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05/04/16 1 Meios de cultura e controle de qualidade Profª M.Sc. Iukary Takenami Meios de cultura • Mime;zar as condições encontradas in vivo; • Suprir as necessidades do embrião para o seu bom funcionamento. Estabelecer condições que favoreçam o desenvolvimento de embriões até o estágio de blastocisto Meios de cultura • Inicialmente u;lizava-‐se o mesmo meio para cul;vo de células somá;cas – Earle’s balanced salt solu;on (EBSS) – Ham’s F10 (mais completo) Meios de cultura Água, fonte energé;ca, fatores de crescimento, componentes inorgânicos, an;bió;co • Gametas e embriões necessitam de condições diferentes • Novas formulações foram desenvolvidas, duas necessidades: – Entender quais os metabólicos envolvidos nos primeiros estágios dos embriões humanos; – Determinar o papel específico dos componentes. Meios de cultura • Gadner e cols (1996) – Diversas coletas e análises dos componentes do fluído da tuba uterina – piruvato, lactato e glicose • Piruvato à constante durante todo o ciclo • Lactato à é período de ovulação e ê na fase lútea • Glicose à é fase folicular e lútea, ê no período de ovulação Meios de cultura Embrião: alta concentração de lactato e baixa concentração de glicose 05/04/16 2 • Simples – Suportam o desenvolvimento embrionário até o 3º dia • Meios universais (complexos) – Permitem o desenvolvimento in vitro até o 5º dia • Sequenciais – Des;nados a cul;vos prolongados Meios de cultura MONOFÁSICO BIFÁSICO Melhora no desenvolvimento embrionário que reflete no aumento das taxas de gestação e implantação • Componentes do meio de culHvo: – Água – Fatores de crescimento: AA e vitaminas – Fonte energé;ca: Glicose – Componentes inorgânicos – An;bió;co Meios de cultura ÁGUA – Excelente solvente – Fornece meio para as reações químicas e biológicas – Qualidade da água é um fator limitante para o crescimento embrionário Meios de cultura FATORES DE CRESCIMENTO: AA, vitaminas AA – Substrato para a síntese protéica – Glutaminas, dipepkdeo alanil-‐glutamina, piruvato Vitaminas – Vitamina E protege a célula do estresse oxida;vo – Vitamina B5 transforma carboidratos em energia Meios de cultura Ausência de piruvato 84% dos embriões retardam o desenvolvimento FONTE ENERGÉTICA: GLICOSE • Espermatozóide u;liza glicose como fonte de ATP COMPONENTES INORGÂNICOS • Contribuem para a manutenção da osmolaridade Meios de cultura Após fecundação altas concentrações de glicose podem bloquear o desenvolvimento embrionário ANTIBIÓTICO – Minimizar o risco de contaminação – Gentaminica e estreptomicina à síntese protéica – Penicilia à parede celular Meios de cultura Embriões cul;vados sem an;bió;cos apresentam maior taxa de divisão celular 05/04/16 3 • Variações no sistema de cul;vo – Meio para manipulação – pH – Óleo mineral Meios de cultura pH 7,4 – Processos altamente sensíveis • Síntese de proteínas • Metabolismo • Funções mitocondriais • Regulação de citoesqueleto – Desenvolvimento embrionário se adapta a diferentes pH • Tuba uterina: alcalino • Útero: ácido Entretanto as variações in vitro podem prejudicar o desenvolvimento embrionário Meios de cultura SISTEMA ABERTO vs SISTEMA FECHADO Óleo mineral • Previne a rápida evaporação do meio de cul;vo; • Previne mudanças no pH; • Protege contra contaminação microbiana; • Facilita análise dos embriões durante a cultura. Meios de cultura Embriões cul1vados apenas com meio Microgotas de meio cobertas com óleo mineral • Normas vigentes da ANVISA (RDC 33, RDC 50, RDC 23) – Requisitos mínimos para funcionamento das clínicas • Papel do Lab Embriologia à manter a viabilidade dos gametas e embriões em um ambiente fora do aparelho reprodutor feminino/masculino Controle de Qualidade • SETORES: 1. Escritório 2. Recepção 3. Consultório 4. Estoque/Almoxarifado 5. Área de lavagem e esterilização de materiais 6. Laboratórios de preparo dos meios de cultura 7. Coleta e processamento seminal 8. Coleta e manipulação dos oócitos 9. Salas de transferência de embriões 10. Sala de criopreservação 11. Nicho externo para o armazenamento dos cilindros de CO2 12. Gerador de emergência Controle de Qualidade • Mudanças no ambiente: – Viabilidade; – Desenvolvimento embrionário. Controle de Qualidade Como um laboratório de Fer;lização é avaliado? Descuidos ou falta de atenção podem provocar danos ao desenvolvimento embrionário à prejudicar a qualidade dos resultados ob;dos pelo laboratório 05/04/16 4 • Implementação de um Programa de controle de qualidade – Conjunto de normas que devem ser seguidas em um ins;tuto, permi;ndo a padronização e a o;mização dos procedimentos realizados • ObjeHvo? – Assegurar o melhor desenvolvimento e precisão das condutas e técnicas u;lizadas, almejando a o;mização dos resultados com maior segurança e fidelidade Controle deQualidade • Equipe • Procedimentos • Ambiente laboratorial à infraestrutura • Exposição dos embriões a luz • Incubadoras Controle de Qualidade • Equipe – Treinamento específico; – Cursos de atualização; – Organização: • Minimização de erros; • Contaminação dos procedimentos realizados. Controle de Qualidade • Procedimentos – Todo o material, durante o processamento, apresentar iden;ficação do casal – Iden;ficação do profissional que realizou o procedimento à data e hora devem ser registradas Controle de Qualidade Todos os passos do tratamento devem ser documentados • Ambiente laboratorial – Disposição dos equipamentos • Facilitação da sua u;lização • Movimentação dos profissionais durante os procedimentos • Exposição dos embriões a luz – Fator de estresse aos embriões • Instalação de filtros no microscópio • Luz ambiente reduzida Controle de Qualidade • Incubadoras – Mime;zar as condições encontradas na tuba uterina e no útero Controle de Qualidade Sabe-se que quanto mais preciso este controle, e mais próximo ao ambiente in vivo são os parâmetros Melhor a qualidade dos óvulos e embriões Melhor a taxa de sucesso de gravidez no tratamento 05/04/16 5 Controle de Qualidade
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