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HIIT - UM BREVE ESTUDO. 
Profissional de Educação Física: Luiz Carlos Chiesa.
Registro: CREF 01/ES-RJ 000069G/ES.
Temos observado discussão
acirrada, tendo como via principal a rede
Internet, de defensores da forma de
aplicação de treinamento conhecida como:
“(treinamento intervalado de alta
intensidade (HIIT)”1, sigla em inglês; no
idioma português: “treino intervalado de alta
intensidade (TIAI)”2, começa a surgir com
certa frequência no cenário nacional. 
Faremos um breve estudo pela
história do Treinamento Intervalado ou
INTERVAL - TRAINING3, o qual não é novo.
Ele evoluiu do sistema de treinamento
finlandês e do renomado método “Fartlek”4,
do qual houve a respectiva manutenção de
elementos constitutivos originais básicos,
das corridas fracionadas. De acordo com
Ramos: 
“a escola de treinadores alemães,
inspirada por Waltzer e
representada pela dupla Gerscher –
1 De acordo com Almeida, F. E; Cruz, R. M & Touguinha,
H. M. (2014). Os efeitos do HIIT sobre a composição
corporal de diferentes grupos: uma breve revisão. Acedido
em 13 de dezembro de 2014, em
http://www.faculdadesaolourenco.com.br/biblioteca/anais/2
014/ed/EF_07.pdf 
2 De acordo com Mendes, R. D. C. (2014). Diabetes em
Movimento-programa comunitário de exercício para
pessoas com diabetes tipo 2: efeitos no controlo
glicémico, fatores de risco cardiovascular e aptidão física.
Vila Real. Portugal. Tese de Doutoramento em Ciências
do Desporto. Orientador: Reis, Victor Manuel Machado de
Ribeiro dos Barata, José Luís Ribeiro Themudo
Recuperado 13 de dezembro de 2014, de
http://repositorio.utad.pt/handle/10348/3365 
3 De acordo com Ramos, J. J. (1972). Temas de
desporto i – interval - training. conselho nacional de
desportos – MEC. 
4 De acordo com Bompa, T. (2000). “O Fartlek, ou método
do jogo rápido, foi desenvolvido pelos corredores
escandinavos e alemães de 1920 a 1930.” (Bompa, 2000;
p. 369).
Harbig, concebeu o aperfeiçoamento
do sistema finlandês e Fartlek,
trazendo o atleta novamente para a
pista e continuando a manter o
processo de corridas alternadas –
rápidas e lentas – porém
estabelecendo, entre os seus fatores
de sucesso, a diminuição das
diferentes etapas, o controle do tempo
para cobrir os percursos e maior
trabalho de velocidade no quadro de
treinamento.” (Ramos, 1972; p. 09).
Os estudos científicos que deram
origem ao controle do método, tem sua data de
inicio, após o fim da 1ª Grande Guerra Mundial,
na Alemanha. De acordo com Ramos: 
“Das experiências realizadas, tendo
como palco a cidade de Friburgo, na
Floresta Negra, surgiu o “Interval –
Training, também conhecido por
sistema fracionado, parcelado ou de
trabalho intervalado. Diga-se de
passagem que esse sistema, por sua
concatenação precisa e científica,
difere dos inúmeros processos de
treinamento fracionado existentes nos
estados Unidos e na Europa.” (Ramos,
1972; p. 09).
O presente método de aplicação de
treinamento de resistência, em sua forma
original, consiste na execução de exercícios de
corridas, por intermédio de estímulos com
velocidade rápida combinada com velocidade
lenta, durante lapsos ou períodos de tempo
previamente determinados, assim como de
intervalos específicos para a recuperação
orgânica. De acordo com Ramos:
“O Interval - Training, como vimos, esta
baseado numa idéia revolucionária – a
resistência pela velocidade - , cuja
aplicação inteligente aumenta a
eficiência do funcionamento de todos
os órgãos e funções. Em particular, os
sistemas circulatório, muscular e
neurovegetativo são grandemente
beneficiados.”(Ramos, 1972; p. 15).
Ramos discorre sobre os aspectos
positivos no organismo, gerados pelo
INTERVAL – TRAINING, por intermédio da
seguinte afirmativa entusiástica:
“Do ponto de vista funcional, já não
há controvérsias sobre o valor do
“I.T”. Há poucos anos, em
Karlshüre, grande número de
médicos e treinadores alemães,
pós três dias de debates e troca de
opiniões, concluíram
unanimemente quanto à segurança
do sistema.” (Ramos, 1972; p. 15).
Com foco voltado ao aspecto de
glicemia humana, o Treinamento
Intervalado de Alta Intensidade (TIAI), tem
seu nível de eficiência superior ao (TCIM)
Treino Contínuo de Intensidade Moderada,
de acordo com conclusão, encontrada no
resumo do estudo5 de Mendes et al:
“O TIAI parece ser um método mais
eficaz do que o TCIM para o
controlo glicémico agudo em
doentes com diabetes tipo 2.” in
Mendes et al, (2014)6.
Encontramos em publicação no
artigo original intitulado: Efeitos de
diferentes intensidades de treinamento
aeróbio sobre a lipemia de adolescentes
5 De acordo com Mendes, R. et al. (2014): Este estudo
teve por objetivo comparar os efeitos agudos de uma
sessão de treino intervalado de alta intensidade (TIAI) e
uma sessão de treino contínuo de intensidade moderada
(TCIM) na glicemia capilar de doentes com diabetes tipo
2. Recuperado 13 de dezembro de 2014, de
http://www.academia.edu/6942178/
6 De acordo com Mendes, R. et al. (2014): Treino
intervalo de alta intensidade vs. treino contínuo de
intensidade moderada: qual o melhor método para o
controlo glicémico agudo em doentes com diabetes tipo 2?
Resultados do estudo diabetes em movimento.
recuperado 13 de dezembro de 2014, de
http://www.academia.ed u/6942178/ 
obesos; em conclusão favorável à
superioridade na eficácia do treinamento de
baixa intensidade, sobre os aspectos
relacionados à redução dos valores de
colesterol total, a que chegaram os autores Lira
et al7 observamos que:
“Os resultados do presente estudo
sugerem que ambas intensidades de
treinamento físico são capazes de
promover alterações positivas na
lipemia de adolescentes obesos
submetidos a intervenção
multidisciplinar, entretanto, quando
comparado ao treinamento de alta
intensidade, o treinamento de baixa
intensidade é mais efetivo na redução
do colesterol total. Vale ressaltar que
mais estudos são necessários para se
verificar a manutenção de tais
respostas ao final da intervenção.”
(Lira et al 2013; p. 769). 
Dentre os nomes, que figuram como
representantes na história da forma de
treinamento INTERVAL - TRAINING, os quais
contribuiram de maneira definitiva para o
aperfeiçoamento, ressurgimento (após a 2ª
grande guerra mundial) e definitivo sucesso
esportivo (até os dias atuais), estão atletas de
excelência, de acordo com Ramos, tais como:
“HARBIG, atleta extraordinário que
serviu de «cobaia» nos trabalhos
iniciais do «I.T.».”
“GORDON PIRIF, ex recordista mundial
de 3.000 e 5.000 m e um dos atletas
que mais contribuíram para o
aperfeiçoamento do «I.T.».”
“ZATOPECK, o maior atleta de todos
os tempos. Demonstrou, durante sua
brilhante carreira, o valor do
7 Lira et al in Rev Bras Ativ Fis e Saúde • Pelotas/RS •
18(6):761-770 • Nov/2013.
treinamento realizado na base do
esforço e do contra-esforço.”
(Ramos, 1972; pp. 10 - 11 – 16).
Em relação ao desempenho
esportivo, especificamente em atletas de
ciclismo, por intermédio da utilização de
treinamento intervalado e periodizado em
bloco , de acordo com Costa8: 
“o presente estudo demonstrou que
utilizar um bloco semanal de
treinamento intervalado de alta
intensidade em um grupo de
ciclistas treinados, é uma nova
estratégia de treinamento que
promove aumentos significativos
em diversosíndices fisiológicos e a
performance aeróbia.”(Costa, 2014.
p. 08).
De forma direcionada aos atletas de
ciclismo competitivo, podemos constatar, a
eficiência do método de Treinamento
Intervalado, em promover adaptações
orgânicas significativas, em curto período
de tempo, por intermédio da conclusão do
estudo de Costa que: 
“é possível obter ganhos de
performance em ciclistas com
apenas poucos dias de treinamento
físico e um período curto de
recuperação.” (Costa, 2014. p. 08).
De acordo com afirmação de Del
Vecchio et al9:
8 Costa, V. Pereira. (2014). Efeitos de um bloco semanal
de treinamento intervalado de alta intensidade nos índices
fisiológicos e performance de ciclistas competitivo.
recuperado 13 de dezembro de 2014, de
https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/123343 
9 Del Vecchio et al. (2013). Aplicações do exercício
intermitente de alta intensidade na síndrome metabólica.
Rev Bras Ativ Fis e Saúde • Pelotas/RS • 18(6):669-687•
Nov/2013. Recuperado 13 de dezembro de 2014, de
http://periodicos.ufpel.edu.br/ojs2/index.php/RBAFS/article/
viewFile/3302/2741 
“Os exercícios intermitentes de alta
intensidade se mostram úteis no
tratamento de fatores que caracterizam
a SM10. Além da eficiência temporal, da
motivação e maior aderência ao
processo de treinamento, a otimização
dos resultados em prazos menores que
os promovidos em exercícios contínuos
tornam o HIIT um meio de treino
interessante a ser adicionado na
prescrição de exercício para esta
população.” (Del Vecchio,et al, 2013; p.
682).
É prudente manter durante a
progressão do treinamento cautela e controle
dos aspectos relacionados à intensidade do
treinamento, a qual deve ser elevada linear e
progressivamente, dentro de padrões de
segurança e controle, estritos. De acordo com
Del Vecchio et al:
“Especificamente quanto ao processo
de treinamento, sugere-se que
sedentários portadores de síndrome
metabólica sigam uma progressão
linear de intensidades e regressão
concomitante do tempo dos estímulos,
visando a introdução gradativa de
exercícios intensos na rotina de
treinamento. Esta introdução deve
respeitar a tolerância em diferentes
estágios, a saber: faz-se necessário
reforçar que esta indicação segue uma
lógica linear de progressão do
treinamento e que métodos não
lineares também podem ser
considerados para prescrição do HIIT.”
(Del Vecchio,et al, 2013; p. 682).
De acordo com Ramos:
“Mesmo fora do campo das atividades
físicas, esta demonstrado
cientificamente, sem a menor dúvida,
que o organismo humano pode
adaptar-se a esforços intensos e a
10 Síndrome metabólica.
práticas de tarefas pesadas,
quando se atua de maneira firme e
regular e se utiliza o princípio da
progressão.” Ramos, 1972; p. 15). 
O aspecto motivacional é chave no
processo de adesão e fixação aos
treinamentos, por este motivo as formas de
Treinamento Intervaladas, se prestam
positivamente a este papel, devendo ser
utilizadas, racionalmente, nos programas
de treinamento como prevenção aos
fatores de risco contra a saúde. De acordo
com Del Vecchio et al:
“Em resumo, com o aumento da
prevalência da SM, exercícios
intermitentes de alta intensidade
parecem ser uma alternativa
relevante para a prevenção e o
tratamento dos fatores de risco que
a compõem. Desta forma, diferentes
protocolos de treinamento de alta
intensidade com potencial
motivacional e eficiência temporal
podem aumentar a adesão aos
programas de exercícios que
objetivam reduzir os fatores de risco
das doenças crônicas, estando eles
isolados ou agrupados (SM).
“Sugere-se, portanto que tal modo
de exercício seja considerado na
prescrição e nas recomendações de
atividades para promoção da saúde
na SM.” (Del Vecchio et al, 2013; p.
683).
Com relação às atitudes ou ações
práticas durante o período de repouso entre
os estímulos, temos observado a aplicação
de intervalo de recuperação estático,
inclusive em indivíduos comuns ou não
atletas, frequentadores de academias de
ginástica, sem ao menos terem sido
submetidos a testes hemodinâmicos e
cardiovascular, que visam ao diagnóstico e
possível tratamento de cardiopatias e
arteriopatias, após estímulos de intensidade
muito elevada. De acordo com Ramos:
“Durante os intervalos não fica o atleta
parado, mas realizando atividades
suaves, a fim de evitar acidentes –
sincopes, desmaios etc -, impedir a
rijeza muscular ou músculos dolorosos,
manter o ritmo circulatório e o calor
corporal e, principalmente, concorrer de
maneira racional para a recuperação
parcial. Para isso, normalmente, são
indicadas as seguintes formas de
trabalho: marchar, trotar, marchar e
trotar alternadamente. No entanto,
dentro do conceito da escola de
Friburgo, o trote é a forma
especialmente indicada.” (Ramos,
1972; p. 30). 
 O renomado cientista Weineck11 esclarece
que: 
“as pausas devem ser ativas (para
pessoas não treinadas: caminhadas;
para pessoas treinadas: marchas em
maior velocidade, para que o sangue
bombeado para os músculos possa ser
novamente bombeado para o coração.
Uma pausa passiva, um intervalo de
repouso, leva a um acúmulo de sangue
nos vasos periféricos.” (Weineck, 1999,
p. 168). 
Seguindo em acordo com Weineck: 
“a pausa deveria ser “ativa” (andar,
trotar), para bombar da musculatura
em trabalho de volta para o coração,
pela bomba cardíaca, a quantidade
necessária de sangue para o grande
volume de pulsação; numa pausa, que
fosse passada com a pessoa parada
em pé, ocorreria uma estagnação do
sangue nos vasos periféricos da
extremidade inferior.” (Weineck, 2005,
p. 229). 
11 Médico alemão nascido em 1941 na cidade de Munique,
professor desde 1969 de Ciências do esporte no Instituto para
a Ciência do Esporte da Universidade de Erlangen
(Nuremberg); possui formação prática e teórica em Fisiologia
do Esporte, ex-atleta de alto nível.
De acordo com as recomendações
e observações, desde o ano de 1959,
Reindell in Ramos se faz presente em sua
explanação afirmativa: 
“No intervalo, o repouso não pode
ser completo. Todos os vasos
sanguíneos dos músculos abrem-
se durante a corrida a fim de dar-
lhes o oxigênio necessário. Após o
esforço, a tensão sanguínea
diminui. O sangue fica nos
músculos e a quantidade que vai
para o cérebro, quando a circulação
não é mantida, é insuficiente,
resultando num estado de lipotímia.
Uma vez terminado o esforço,
deve-se continuar, portanto, a fazer
movimentos leves, para que a
passagem para o estado de
repouso se faça progressivamente.
Assim, bem antes de o organismo
voltar à calma, deve o atleta
reiniciar o trabalho intenso, isto é,
fazer novo esforço.”(Ramos, 1972;
p. 30.).
Deve-se dispensar atenção
relacionada a efeitos adversos e
degradantes, que podem ocorrer sobre o
organismo, porque, de acordo com
Platonov & Bulatova:
“A alta eficácia do método
intervalado não deve camuflar
alguns de seus aspectos negativos.
Primeiramente, seu efeito sobre o
rendimento cardíaco, embora
significativo, não é estável e, em
segundo lugar, uma aplicação
excessiva do treinamento
intervalado pode ser perigosa para
o organismo do atleta,
principalmente para o coração e
para o sistema nervoso central.
Além disso, este método é
consideravelmente inferior ao
método contínuo com cargas de
longas distâncias, no que tange ao
reordenamento dos tecidos
musculares.”(Platonov & Bulatova,
1999, p. 310). 
Observamos no cotidiano esportivo a
atitude prática, principalmente no campo do
treinamento de alto nível ou excelência, a
necessidade de cruzamentos das formas de
aplicação de treinos, sendo elas aeróbias,
anaeróbias desenvolvidas nas formas: contínua
e intervalada. A manutenção e controle
permanente, sob estrita supervisão, da
Periodização, observada com seriedade e
determinação profissional, é caminho seguro
em direção ao sucesso do treinamento de
fenômenos esportivos. De acordo com
Platonov & Bulatova:
“a combinação mais eficaz é aquela em
que se alternam periodicamente os
exercícios executados em cada
método, recomendando-se no
princípio(na primeira etapa do período
preparatório) a execução de um
considerável volume de trabalho
principal através do método contínuo
variável e, ao final do período
preparatório e no início do período
competitivo, a enfase recairá na
aplicação dos métodos intervalados.
Esta relação contribui para o
desenvolvimento mais amplo das
capacidades aeróbias e influi
positivamente no desenvolvimento de
outras qualidades e capacidades dos
atletas.”(Platonov & Bulatova, 1999, p.
311). 
De acordo com indicação de Bompa:
“Para um efeito mais eficiente, combine os três
métodos de treinamento de intervalo, como
sugerido a seguir:
 Treinamento de intervalo de
curta distância, entre 15 segundos e 2
minutos, que desenvolve
principalmente resistência anaeróbia;
 Treinamento de intervalo de
distância média, de 2 a 8 minutos,
que pode desenvolver ambos os
sistemas de produção de energia;
 Treinamento de intervalo de
longa distância, de 8 a 15 minutos,
com um efeito de treinamento
principal de melhoria da resistência
aeróbia.
Nos Treinamentos Intervalados, ou
qualquer outro método de treino, não há
resultado milagroso. O INTERVAL -
TRAINING é uma das formas mais
versáteis e eficientes, que por intermédio
de variações na aplicação de exercícios,
visam à melhoria ou elevação da
performance muscular e cardiovascular. A
utilização cega ou impensada, assim como
a exclusão do presente método, por
qualquer razão, é atitude de inteligência
desprivilegiada. De acordo com Bompa:
“Não há nenhum método de
treinamento que possa fazer tudo
para todos. Apenas uma
combinação inteligente de todos os
métodos combinados de acordo
com as necessidades do atleta e
as especificidades do desporto
pode ser bem sucedida.” (Bompa;
2000. p.371).
Tomem cuidado com aplicação
cruzada de treinamentos distintos. Em voga
ou na moda, encontram-se rotineiramente
treinamento concorrente entre atividades
de caráter aeróbio e treinamentos contra
resistência. De acordo com o alerta de
Weineck, em sua publicação no Brasil do
livro: Manual de treinamento desportivo.
São Paulo: Manole, 1986 – 1989, alertou
para a seguinte atitude de risco: 
“como combinação de treinamentos
simultâneos de resistência e de força.
A mistura de exercícios de corrida e de
força implica um componente de risco
bem pouco percebido, pois a
combinação de exercícios de força
adicionais e de corridas provoca
hipertonias locais de trabalho mais ou
menos consideráveis (cf. Weineck,
1982, 515), que se associam a uma
respiração bloqueada.
Particularmente, nefastas são as
cargas de tipo estático, tais como
trações, apoios tensionados e
exercícios abdominais.
Portanto, por esse motivo, seria
preciso preceder o treinamento de
corrida com um treinamento de força
do tipo geral, e não associá-las em
combinação direta. Na realidade, esta
associação implica, para os
praticantes de uma certa idade e
portadores de uma ameaça
coronariana, um risco incalculável e
portanto uma contra indicação.” 
Necessitamos de opiniões variadas, de
escritores, filósofos e cientistas diversos,
dentre outros profissionais de áreas afins, para
que as ideias sejam pulverizadas, e ajude
nossas decisões profissionais. 
Cientistas que temem a verdade alheia,
por intermédio de manipulação de informações
fechadas em seu casulo, como donos da
verdade, não são cientistas! São mero
pesquisadores, inclusive fadados ao insucesso
e consequente esquecimento. De acordo com
Demo12 “o bom estudo faz-se pela tomada de
contato com o maior numero de posturas
possíveis, a fim de permitir ao estudante
opções metodológicas. (Demo, 1982; p. 11).
Provavelmente a maior margem de
erros, esteja na atitude de seguir opinião única
12 Autor de mais de 70 livros.
ou singular e tendência ao raciocínio e
abordagem simplista. 
De acordo com Nelson Rodrigues
“Toda unanimidade é burra. Quem pensa
com a unanimidade não precisa pensar.”
Bom trabalho!

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