Buscar

CAP. 62 PRINCÍPIOS GERAIS DA FUNÇÃO GASTROINTESTINAL

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 5 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

PRINCÍPIOS GERAIS DA FUNÇÃO GASTROINTESTINAL – MOTILIDADE, CONTROLE NERVOSO E CIRCUÇALÃO SANGUÍNEA
PRINCÍPIOS GERAIS DA MOTILIDADE GASTROINTESTINAL
CARACTERÍSTICAS DA PAREDE GASTROINTESTINAL
Camadas: mucosa, submucosa, muscular circular, muscular longitudinal e serosa.
Obs: existe uma camada difusa de fibras musculares lisas nas camadas mais profundas da mucosa. As funções motoras são executadas pelas diferentes camadas de músculos lisos.
MÚSCULO LISO GASTROINTESTINAL
No interior de cada feixe, fibras musculares são eletricamente conectadas umas com as outras, através de um grande numero de junções abertas que permitem o movimento de íons de uma célula a outra com baixa resistência.
Cada camada muscular funciona como sincício, ou seja, quando um potencial de ação é desencadeado em qualquer parte através da massa muscular, dirige-se em geral para todas as direções pelo músculo.
O músculo liso do TGI apresenta atividade elétrica quase continua, porem lenta.
ONDAS LENTAS: a maioria das contrações gastrointestinais ocorre de maneira rítmica, sendo esse, determinado pela frequência de ondas lentas no potencial de membrana do M. liso. Essas ondas não são potenciais de ação, são alterações lentas e ondulantes no potencial de membrana em repouso. É importante ressaltar que as ondas lentas, em geral, não produzem contração muscular na maioria do TGI, exceto no estomago.
PONTENCIAIS EM PONTA: são verdadeiros PA, toda vez que os picos das ondas lentas se elevam temporariamente (tornam-se menos negativo), surgem potenciais em ponta sobre estes picos.
FATORES QUE DESPOLARIZAM A MEMBRANA: 
Estiramento do músculo
Estimulação pela acetilcolina – parassimpático
Estimulação por hormônios gastrointestinais específicos 
FATORES QUE HIPERPOLARIZAM A MEMBRANA:
Noradrenalina e epinefrina – simpático 
Obs: a contração muscular ocorre em resultado da entrada de cálcio na fibra muscular. É importante saber que as ondas lentas não são responsáveis pela entrada de cálcio na fibra muscular lisa, apenas pela entrada de íons sódio.(Na).
CONTRAÇÃO TÔNICA: produzida por hormônios ou outros fatores que desencadeiam a despolarização continua da membrana muscular lisa.
CONTROLE NEURAL DA FUNÇÃO GASTROINTESTINAL
O TGI possui um sistema nervoso próprio, SISTEMA ENTÉRICO, localizado na parede intestinal desde o esôfago ate o anus. Ele controla os movimentos e as secreções gastrointestinais. Formado por dois plexos.
PLEXO MIOENTÉRICO OU AUERBACH
 Cadeia linear de numerosos neurônios interconectados que se estende por todo TGI controlando, basicamente, os movimentos gastrointestinais. Quando estimulados seus principiais efeitos são:
Aumento da contração Tonica da parede intestinal
Maior intensidade das contrações rítmicas
Ligeiro aumento do ritmo de contrações 
Maior velocidade de condução de ondas excitatórias ao longo da parede intestinal, resultando em movimentos mais rápidos das ondas peristálticas.
Obs: esse plexo não deve ser considerado totalmente excitatório. Os sinais inibitórios são uteis para inibir alguns dos músculos esfincterianos que impedem a passagem do alimento.
PLEXO SUBMUCOSO OU DE MEISSNER
Localizado na mucosa, controla, em geral, as secreções gastrointestinais e o fluxo sanguíneo local. Muitos sinais sensitivos se originam do epitélio gastrointestinal e são integrados a esse plexo para ajudar a acontrolar a secreção gastrointestinal local, bem como a absorção e a contração local do músculo submucoso (responsável pelo bvariado grau de pregueamento da mucosa gástrica).
CONTROLE AUTONÔMICO DO TRATO GASTROINTESTINAL
INERVAÇÃO PARASSIMPÁTICA: transmitida quase que inteiramente pelos nervos vagos que inerva intensamente o esôfago, estomago e pâncreas; e menos o intestino delgado e a primeira metade do intestino grosso. O parassimpático sacro origina-se no segundo, terceiro e quarto segmentos sacros da medula espinhal e através dos nervos pélvicos chega a metade distal do intestino grosso.
INERVAÇÃO SIMPÁTICA: inibe a atividade do TGI, no qual uma forte estimulação pode bloquear o transito do alimento pelo TGI.
REFLEXOS GASTROINTESTINAIS
Que o correm totalmente no sistema entérico: controlam a secreção gastrointestinal, o peristaltismo, as contrações de mistura, os efeitos inibitórios locais e outros.
Do intestino para os gânglios simpáticos pré-vertebrais, retornando para o TGI: proporcionam sinais por longas distancias. Ex: reflexo gastrocólico (sinais provenientes do estomago que causam o esvaziamento do cólon); reflexo enterogástrico (sinais provenientes do cólon e intestino delgado para inibir a motilidade e a secreção gástrica); reflexo colonoileal (tem origem no cólon para inibir o esvaziamento ileal dentro do cólon).
Do intestino para a medula espinhal ou para o tronco cerebral que retornam para o TGI: incluem reflexos provenientes do estomago e do duodeno retornando para o estomago por meio do N. vago de modo a controlar a atividade gástrica secretora e motora; reflexos de dor que causam inibição geral de todo o TGI; reflexo de defecação que chegam a medula espinhal e retornam para produzir as contrações colônicas, retais e abdominais necessárias a defecação.
CONTROLE HORMONAL DA MOTILIDADE GASTROINTESTINAL
COLECISTOCININA (CCK): secretadas pelas células I na mucosa do duodeno e jejuno em resposta a presença de produtos da degradação de lipídios, ácidos graxos e monoglicerídeos (gorduras). Ele aumenta a contratilidade da vesícula biliar e inibe moderadamente a motilidade gástrica, ou seja, ao mesmo tempo que esse hormônio provoca o esvaziamento da vesícula biliar ele também retardada o esvaziamento do alimento do estomago, permitindo um tempo adequado para digestão de gorduras no TGI superior.
SECRETINA: secreta pelas células S da mucosa do duodeno em resposta ao suco gástrico ácido esvaziado pelo estomago através do piloro. Ele exerce um ligeiro efeito inibidor sobra a maior parte do TGI.
PEPTÍDEO GASTROINIBIDOR GÁSTRICO (GIP): secretado pela mucosa da parte superior do intestino delgado em resposta a presença de ácidos graxos e aminoácidos. Ele exerce efeitos leves ao diminuir atividade motora do estomago.
TIPOS FUNCIONAIS DE MOVIMENTOS NO TRATO GASTROINTESTINAL
MOVIMENTO PROPULSIVOS – PERISTALTISMO
Um anel contrátil aparece em torno do intestino e move-se para adiante, de modo que qualquer material que estiver à frente do anel contrátil é também movido.
A estimulação de qualquer ponto pode produzir a formação do anel contrátil. Quando uma grande quantidade de alimento se acumula em qualquer ponto do intestino, o estiramento da parede intestinal estimula o sistema nervoso entérico a contrair o intestino surgindo um anel contrátil que desencadeia o movimento peristáltico. Estímulos como a irritação do epitélio e sinais nervosos extrínsecos parassimpáticos também estimulam a formação do anel contrátil.
Teoricamente, pode ocorrer peristaltismo em ambas as direções a partir do ponto estimulado.
Obs: o peristaltismo efetivo exige a presença do plexo mioénterico ativo.
REFLEXO PERISTALTICO E “LEI DO INTESTINO”: quando um segmento do tubo intestinal é estimulado por distensão o anel contrátil surge pouco acima do lado oral do segmento distendido, ao mesmo tempo, o intestino relaxa distalmente em direção ao ânus, relaxamento receptivo, permitindo que o alimento seja propelido mais facilmente na direção anal do que na direção oral - o reflexo mioenterico (peristáltico) junto a direção anal é conhecido como lei do intestino.
MOVIMENTO DE MISTURA
Em algumas áreas o próprio peristaltismo provoca o movimento de mistura, pois a progressão do conteúdo para a frente é bloqueada por um esfíncter. Outras vezes, ocorrem contrações constritivas locais a intervalos de poucos centímetros na parede intestinal. Esses movimentos, peristaltico e constritivos, são modificados em diferentes partes do TGI para propulsão e mistura adequada.
FLUXO SANGUINEO GASTROINTESTINAL 
Os vasos sanguíneos do sist. Gastrointestinal faz parte da CIRCULAÇÃO ESPLÂNCNICA, que inclui o fluxo sanguíneoatravés do próprio intestino juntamente com o fluxo sanguíneo pelo baço, pâncreas e fígado.
Os nutrientes à base de gordura e insolúveis em água são quase todos absorvidos do vasos linfáticos intestinais e conduzidos ate o sangue circulante através do ducto torácico.
ANATOMIA DO SUPRIMENTO SANGUINEO GASTROINTESTINAL
Artérias mesentéricas (superior e inferior) irrigam as paredes do intestino delgado e grosso através de um sistema arterial em arco.
A artéria celíaca fornece um suprimento sanguíneo semelhante para o estomago.
As paredes das arteríolas são altamente musculares, sendo também, extremamente ativas no controle do fluxo sanguíneo da vilosidade. Durante a absorção ativa de nutrientes, o fluxo sanguíneo aumenta acentuadamente nas microvilosidades e regiões adjacentes da mucosa. De forma semelhante, o fluxo sanguíneo nas camadas musculares da parede intestinal aumenta com a maior atividade motora do intestino.
Obs: varias substancias vasodilatadoras são liberadas da mucosa do tubo intestinal durante o processo digestivo. Algumas glândulas gastrointestinais também liberam da parede intestinal duas cininas (calidina e bradicinina) ao mesmo tempo que lançam as suas secreções na luz. Essas substancias são vasodilatadoras.
Obs: a diminuição da concentração de oxigênio na parede intestinal pode aumentar o fluxo sanguíneo intestinal e, consequentemente, o aumento do metabolismo durante a atividade intestinal gera uma provável redução da concentração do oxigênio.
CONTROLE NERVOSO DO FLUXO SANGUINEO 
A estimulação dos nervos parassimpáticos aumenta o fluxo sanguíneo no local bem como a secreção glandular. Já a estimulação simpática, causa um efeito vasoconstritor das arteríolas com acentuada redução do fluxo sanguíneo. Essa vasoconstrição permite o fechamento do fluxo gastrointestinal e esplâncnico por curtos períodos de tempo durante a realização de exercícios físicos intensos, quando há a necessidade de um maior fluxos para os músculos estriados esqueléticos e coração.
Obs: a estimulação simpática pode bloquear por completo o fluxo sanguíneo esplâncnico por um período de até uma hora. 
ALGUNS CONCEITOS
Esfíncter pilórico: controla o esvaziamento do estomago
Esfíncter da válvula ileocecal: controla o esvaziamento do intestino delgado no ceco.

Outros materiais