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FISIOLOGIA Weslley Jonathan P2 MOTILIDADE DO TRATO GASTROINTESTINAL ANATOMIA FISIOLÓGICA DA PAREDE GASTROINTESTINAL: MUSCULO LISO o Responsáveis pela função motora do trato gastrointestinal o A camada muscular mucosa consistem em feixes esparsos de fibras localizados na camada mais interna da mucosa o A camada muscular longitudinal possui feixes que se estendem longitudinalmente no trato intestinal o A camada muscular circular se estende em torno do intestino o No interior de cada feixe, as fibras estão conectadas eletricamente por junções comunicantes com baixa resistência a movimentação de íons o Os sinais elétricos que desencadeiam as contrações passam para a fibra seguinte em cada feixe, sendo mais rápido ao longo do comprimento do feixe do que radialmente o Os feixes de fibras musculares são parcialmente separados por tecido conjuntivo frouxo, mas contém conexões entre as fibras em diversos pontos o A camada muscular funciona como um sincício no qual um potencial de ação disparado em qualquer ponto da massa muscular, se propaga em todas as direções no musculo o A distancia percorrida pelo potencial de ação depende da excitabilidade do músculo, podendo percorrer toda a extensão do TGI ou poucos milímetros ATIVIDADE ELÉTRICA DO MUSCULO LISO GASTROINTESTINAL - O musculo liso do TGI é excitado por atividade elétrica intrínseca, continua e lenta - O potencial de repouso varia em diferentes níveis, sendo um fator importante para o controle da atividade motora - A atividade elétrica conta com duas ondas: Ondas lentas e potenciais em espicula ONDAS LENTAS - Determina a contração rítmica que acontece nas contrações gastrointestinais - NÃO são potenciais de ações, mas sim variações lentas e ondulantes do potencial de repouso da membrana - Não causam contração na maior parte do trato gastrointestinal, mas estimulam o disparo intermitente dos potenciais em espicula que de fato provocaram a contração muscular - Sua intensidade varia de 5 e 15mV, e sua frequência em diferentes partes do TGI varia de 3 a 12 o Corpo do estomago: 3/min → Portanto o ritmo de contração do estomago é de 3 por minuto o Duodeno: Frequência de 12/min – Ritmo de contração 12/min o Íleo: Frequência de 8 ou 9/min – Ritmo de contração varia d 8 a 9/min CÉLULAS INTERSTICIAIS DE CAJAL – Marca-passo elétrico das células do musculo liso o As células formam uma rede entre si e interpõem- se nas camadas de musculo liso com contato sináptico com as células de musculo liso o Seu potencial de membrana é cíclico, devido a canais iônicos específicos que se abrem periodicamente → Essa abertura periódica dos canais permite correntes de influxo (marca-passo) que geram a atividade da onda lenta POTENCIAIS EM ESPÍCULAS FISIOLOGIA Weslley Jonathan P2 - São os verdades potenciais de ação - Ocorre automaticamente quando o potencial de repouso (picos de onda lenta mais positivos) atinge cerca de -40mV → O potencial normal do musculo liso do intestino varia entre -50 a -60mV - Quanto maior o potencial da onda lenta, maior a frequência em espícula - Nas fibras do musculo liso os canais responsáveis pelo potencial de ação são canais para CÁLCIO-SÓDIO: Esses canais permitem uma maior influxo de cálcio com menor quantidade de íons sódio O potencial em espicula tem duração maior que os potenciais de ação das fibras musculares, devido a essa diferença de canais → Os canais de sódio das fibras se abrem e fecham rápido, enquanto esses canais de sódio- cálcio do musculo liso gastrointestinal se abrem e fecham lentamente A razão pela qual existe maior quantidade de íons cálcio ocorre devido seu papel de contração das fibras musculares gastrointestinais FATORES QUE ALTERAM O POTENCIAL DE REPOUSO - Além das ondas lentas e dos potenciais em espicula, o potencial de repouso da fibra muscular lisa gastrointestinal pode variar devido a outros fatores - Sob condições normais o potencial de repouso é cerca de -56mV - Os fatores podem deixar a fibra mais excitável ou menos excitável, dependendo do seu efeito de hiperpolarização e despolarização → Despolarização (aumento do potencial – Mais excitável) x Hiperpolarização (diminuição do potencial – Menos excitável) Fatores que causam despolarização (+ EXCITÁVEL) o Estiramento do musculo o Liberação da acetilcolina pelos nervos PARASSIMPÁTICOS o Estimulação por hormônios gastrointestinais específicos Fatores que causam hiperpolarização (- EXCITÁVEL) o Noraepinefrina e epinefrina o Liberação de noraepinefrina pelo nervos SIMPÁTICOS CONTRAÇÃO TÔNICA DO MÚSCULO LISO - Parte do musculo liso gastrointestinal possui contrações tônicas, e também contrações rítmicas - A contração tônica é continua, não se associando ao ritmo elétrico das ondas lentas → Pode haver variação da intensidade, mas continua sendo continua - A contração é causada por potenciais em espicula repetidos sem interrupção → Quanto maior a frequência, maior o grau de contração - Pode ser causada por hormônios, dentro outros fatores que causam a despolarização parcial da membrana sem gerar o potencial de ação - Outro fator para a presença de contração tônica pode ser a entrada continua de cálcio no interior das células, que não está associada a variação do potencial da membrana SISTEMA NERVOSO ENTÉRICO - Sistema nervoso próprio do trato gastrointestinal, se localiza na parede intestinal, do esôfago até o ânus - Conta com quase a mesma quantidade de neurônios existentes na medula espinal (100 milhões) - Possuem a função de controle de movimento e secreção gastrointestinal Composto por dois plexos: o Plexo mioentérico ou Plexo de Auerbach (PLEXO EXTERNO) – Disposto entre as camadas musculares longitudinais e circulares, controlam os movimentos gastrointestinais o Pexo submucoso ou Plexo de Meissner (PLEXO INTERNO) – Localizado na mucosa, sendo responsável pela secreção gastrointestinal e controle do fluxo sanguíneo - Fibras extrínsecas simpáticas e parassimpáticas se conectam com os dois plexos, podendo intensificar ou inibir suas funções → O sistema nervoso entérico funciona FISIOLOGIA Weslley Jonathan P2 de forma independente desses nervos, no entanto sua atividade pode ser alterada em função deles - Terminações nervosas sensoriais se originam no epitélio gastrointestinal e na parede intestinal, enviando fibras aferentes para: o Os dois plexos entéricos o Gânglios pré-vertebrais do sistema nervoso simpático o Medula espinal o Tronco cerebral pelos nervos vagos Os nervos sensoriais podem provocar reflexos locais na própria parede intestinal, e outros reflexos que são transmitidos ao intestino pelos gânglios pré-vertebrais e das regiões basais do cérebro PLEXO MIOENTÉRICO - Neurônios se organizam em cadeia linear de muitos neurônios interconectados que se estende por todo o comprimento do trato gastrointestinal - Participa do controle da atividade muscular de todo o intestino Seus principais efeitos são: o Aumento da contração tônica (tônus) da parede intestinal o Aumento da intensidade das contrações rítmicas o Aumento no ritmo da contração o Aumento na velocidade de condução das ondas excitatórias, aumentando de forma mais rápida as ondas peristálticas intestinais ao longo da parede do intestinoO plexo mioentérico não possui apenas neurônios excitatórios mas também neurônios inibitórios Os terminais das fibras inibitórias secretam peptídeo intestinal vasoativo e outros peptídeos inibitórios A função inibitória é útil para inibir a contração dos esfíncteres que impedem a movimentação do alimento por movimentos sucessivos no TGI: Esfíncter pilórico (Estômago → Duodeno) e Esfíncter da valva íleo cecal (Íleo → ceco) PLEXO SUBMUCOSO - Está envolvido com a função de controle da parede interna de cada segmento do intestino - Sinais sensoriais são originados do epitélio gastrointestinal e integrados no plexo mucoso, ajudando no controle: o Secreção intestinal o Absorção local o Contração local do musculo submucoso → Causa variados graus de dobramento da mucosa gastrointestinal CONTROLE AUTÔNOMO DO TRATO GASTROINTESTINAL ESTIMULAÇÃO PARASIMPÁTICA - Aumentam a atividade do sistema nervoso entérico - A inervação parassimpática do intestino, divide-se em DIVISÕES CRANIANAS e DIVISÕES SACRAIS - Os neurônios pós-ganglionares do sistema parassimpático gastrointestinal estão localizados em maior parte nos plexos mioentéricos e submucoso NERVOS PARASSIMPÁTICOS CRANIANOS: o Quase todas fibras nervosas estão nos nervos vagos o Forma extensa inervação do esôfago, estomago e pâncreas o Forma extensões menos extensas dos intestinos, até a primeira metade do intestino grosso o Poucas fibras parassimpáticas inervam as regiões bucal e faringianas do trato alimentar NERVOS PARASIMPÁTICOS SACRAIS o Se origina no segundo, terceiro e quarto segmentos sacrais da medula espinal o Passa pelos nervos pélvicos pra a metade distal do intestino até o ânus o As regiões sigmoides, retal e anal são as regiões mais supridas pelas fibras parassimpáticas do que outras regiões do intestino o As fibras funcionam principalmente para executar os reflexos da defecação ESTIMULAÇÃO SIMPÁTICA - As fibras simpáticas se original da medula espinal entre os segmentos T-5 e L-2. - Grande parte das fibras pré-ganglionares que inervam o intestino, após sair da medula, entram nas cadeias simpáticas dispostas lateralmente a coluna vertebral, alcançando os gânglios mais distantes → Gânglios mesentérico e o gânglio celíaco - Maior parte dos corpos dos neurônios simpáticos pós-ganglionares se encontram nos gânglios mesentéricos e celíaco FISIOLOGIA Weslley Jonathan P2 - As fibras pós-ganglionares se distribuem pelos nervos simpáticos pós-ganglionares para todas as partes do intestino O simpático inerva IGUALMENTE todas as partes do TGI, sem maiores extensões na proximidade da cavidade oral e do anus, como ocorre nos parassimpáticos O principal neurotransmissor secretado é a NORAEPINEFRINA O principal efeito do simpático é a inibição da atividade do TGI, através de dois modos: 1. Inibição de toda a musculatura lisa do trato intestinal pela ação da noraepinefrina 2. Efeito inibidor da norepinefrina sobre todos os neurônios do sistema nervoso entérico A norapinefrina inibe a ação de toda musculatura lisa do trato intestinal, exceto o musculo MUCOSO que é excitado por sua ação A intensa estimulação do sistema nervoso simpático pode fazer com que a movimentação do alimento pelo trato seja totalmente inibido FIBRAS NERVOSAS SENSORIAIS AFERENTES - Fibras sensoriais aferentes se originam no intestino e muitas delas tem seus corpos celulares no sistema nervoso entérico e também nos gânglios das raízes dorsal da medula espinal - Os sinais transmitidos pelas fibras podem excitar ou inibir os movimentos e secreções intestinais Os fatores que estimulam essas fibras envolvem: o Irritação da mucosa intestinal o Distensão excessiva do intestino o Presença de substancias químicas especificas do intestino Sinais sensoriais do intestino também vão para outras áreas da medula espinal e do tronco cerebral 80% das fibras nervosas nos nervos vagos são aferentes e não eferentes As fibras aferentes transmitem sinais do trato gastrointestinal para o bulbo, que por sua vez desencadeia sinais vagas reflexos para o trato gastrointestinal REFLEXOS GASTROINTESTINAIS - A disposição anatômica do sistema nervoso entérico e suas conexões com o sistema nervoso simpático e o parassimpático suportam três tipos de reflexos: 1. Reflexos completamente integrados na parede intestinal do sistema nervoso entérico – São os reflexos que controlam grande parte da secreção gastrointestinal, peristaltismo, contrações de mistura, efeito inibidores locais dentre outros 2. Reflexos do intestino para os gânglios simpáticos pré-vertebrais que voltam pra o trato gastrointestinal – São reflexos transmitidos por longas distancias, para diferentes áreas do trato gastrointestinal o Reflexo gastrocólico – Sinais do estomago que causa evacuação do colón o Reflexos enterogástricos – Sinais do cólon e do intestino delgado para inibir a motilidade e secreção do estômago o Reflexo colonoileal – Reflexos do cólon para inibir o esvaziamento de conteúdo do íleo para o cólon 3. Reflexos do intestino para a medula ou tronco cerebral que voltam pra o trato gastrointestinal: o Reflexos do estomago e duodeno para o tronco cerebral, que retornam ao estomago pelos nervos vagos, que controlam a atividade motora e secretora gástrica o Reflexos de dor que causam inibição geral de todo o trato gastrointestinal o Reflexos de defecação do colón e reto para a medula, retornando e produzindo contrações colônicas, retais e abdominais que são necessários para defecação → Reflexos da defecação CONTROLE HORMONAL DA MOTILIDADE GASTROINTESTINAL GASTRINA o Secretado pelas células G do antro do estomago o Secretado em resposta aos estímulos associados a digestão – Produtos de digestão de proteínas e o peptídeo liberador de gastrina, liberado pelos nervos da mucosa gástrica pelo estimulo vagal o Funções primárias: Estimular a secreção gástrica de ácido e estimulação do crescimento da mucosa gástrica COLECISTOCININA (CCK) FISIOLOGIA Weslley Jonathan P2 o Secretado pelas células “I” da mucosa do duodeno e do jejuno o Secretado em resposta as produtos da digestão de gordura – Ácidos grãos e monoglicerídeos nos conteúdos intestinais o Causa a contração da vesícula biliar, expelindo a bile para o duodeno, onde atuará na emulsificação de gorduras o Atua inibindo a contração do estomago, moderadamente, permitindo um tempo adequado de digestão de gorduras no trato intestinal superior o Inibe o apetite para evitar excessos durante a refeição → O hormônio estimula as fibras nervosas sensoriais AFERENTES no duodeno, que por sua vez mandam sinais por meio do nervo vago para inibir o centros de alimentação no cérebro SECRETINA o É secretada pelas células “S” da mucosa do duodeno o Sua secreção ocorre em resposta ao ácido gástrico que é transferido do estomago para o duodeno pelo piloro o Estimula a secreção de bicarbonato pelo pâncreas, para neutralizar o ácido no intestino delgado o Tem pouco efeito na motilidade do trato gastrointestinal PEPTÍDEO ISULINOTRÓPICO DEPENDENTE DE GLICOSE/ PEPTIDEO INIBIDOR GÁSTRICO (GIP) o Secretado pela mucosa do intestino delgado superior o Liberado principalmente em resposta a ácidos graxos e aminoácidos, e em menor extensão aos carboidratos o Possui a função de retardar o esvaziamento gástrico no duodeno, quando o intestino delgado superior está cheio → Exerce efeito moderado na diminuição da atividademotora do estômago o Também estimula a secreção de insulina MOTILINA o Secretada pelo estômago e duodeno superior durante o jejum o Possui a única função de aumentar a motilidade gastrointestinal o É liberada ciclicamente e estimula as ondas da motilidade gastrointestinal → “COMPLEXOS MIOELETRICOS INTERDIGESTIVOS” que se propagam pelo estomago e intestino delgado a cada 90 minutos na pessoa em jejum o A secreção da motilina após a digestão TIPOS DE MOVIMENTOS NO TRATO GASTROINTESTINAL - No trato gastrointestinal possui os movimentos propulsivos e os movimentos de mistura MOVIMENTOS PROPULSIVOS – PERISTALTISMO - Tipo de movimento que faz com que o alimento percorre o trato com uma velocidade apropriada para ocorrer a digestão e absorção - O movimento básico do trato gastrointestinal é o peristaltismo - Um anel contrátil ao redor do intestino, surge em um ponto e se move adiante levando o bolo alimentar que está a sua frente - A estimulação em qualquer ponto do intestino pode fazer que um anel surja na musculatura e então esse anel percorre todo o intestino - O principal estimulo é a distensão da parede intestinal → Quando grande quantidade de alimento se acumula em um ponto do intestino, a distensão da parede o sistema nervoso entérico a produzir contrações da parede 2 a 3 centímetros do ponto de distensão, fazendo um anel contrátil surgir e iniciar o movimento peristáltico - Os sinais intensos parassimpáticos também estimulam um forte peristaltismo O peristaltismo efetivo necessita do plexo mioentérico ativo → As regiões do trato intestinal que não possuam o plexo mioentérico por defeitos congênitos, ou ainda que possuem um plexo deprimido por ação da atropina (bloqueia ação dos terminais colinérgicos do plexo), não são capazes de realizar o movimento REFLEXO MIOENTÉRICO/PERISTÁLTICO: O movimento do peristaltismo sempre na região oral do segmento do intestino, e segue em direção ao ânus → Isso ocorre porque quando uma parte do intestino é distendido, automaticamente existe um “relaxamento receptivo” que facilita a impulsão do alimento em direção ao anus, do que em relação a boca FISIOLOGIA Weslley Jonathan P2 MOVIMENTOS DE MISTURA - Possui a função de manter os conteúdos intestinais bem misturados o tempo todo - Os movimentos se diferem nas varias partes do trato alimentar - Os próprios movimentos peristálticos podem realizar essa mistura, quando a sua progressão é barrada por esfíncteres que fazem com que a onda apenas agite o conteúdo sem movimenta-lo - Os movimentos de mistura funcionam como “contrações constritivas intermitentes locais” → Surgem constrições de 5 a 30 segundos em regiões separadas por poucos centímetros ao longo do trato intestinal, fazendo com que o conteúdo seja triturado e separado FLUXO SANGUINEO GASTROINTESTINAL - Os vasos sanguíneos do sistema gastrointestinal fazem parte de um sistema mais extenso denominado CIRCULAÇÃO ESPLÂNCNICA - A circulação esplâncnica inclui o fluxo sanguíneo pelas seguintes estruturas o Intestino o Baço o Pâncreas o Fígado - Todo o fluxo sanguíneo que passa pela circulação esplâncnica flui diretamente para o fígado pela veia porta → No fígado, o sangue passa pelos milhões de sinusoides hepáticos e deixa o órgão por meio das veias hepáticas - O fluxo sanguíneo para o fígado permite que as células reticuloendoteliais (revestem os sinusoides hepáticos) evitem que bactérias e substancias indesejadas entrem na circulação do trato gastrointestinal - Os nutrientes não lipídicos e hidrossolúveis que são absorvidos no intestino, são transportados para os sinusoides hepáticos → As células reticuloendoteliais e as células hepáticas atuam absorvendo e armazenando temporariamente os nutrientes, e também atuam no processamento químico dessas substancias A maior parte das gorduras absorvidas no trato intestinal, NÃO SÃO TRANSPORTADOS NO SANGUE PORTA mas sim pelo sistema linfático intestinal → O sistema linfático intestinal leva as gorduras ao sangue circulante sistêmico pelo ducto torácico, sem passar pelo fígado AUMENTO DO FLUXO SANGUINEO DURANTE A ATIVIDADE GASTROINTESTINAL - Durante a absorção ativa de nutrientes, ocorre o aumento do fluxo sanguíneo pelas vilosidades e regiões subjacentes da submucosa Os fatores que ocasionam o aumento do fluxos sanguíneo envolvem: o Liberação de substâncias vasodilatadores pela mucosa do trato intestinal, durante o processo digestivo → Hormônios que controlam atividades motoras e secretórias do intestino o Colecistocinina o Peptídeo vasoativo intestinal o Gastrina o Secretina o Liberação de cininas pelas glândulas gastrointestinais, e outras substancias no lúmen do trato intestinal: o Calicidina e bradicinina – Pontente vasodilatadores, responsáveis pela dilatação intensa da mucosa o Redução Da quantidade de oxigênio na parede intestinal, que ocorre durante a intensa atividade metabólica da mucosa e da parede intestinal, causando o aumento da vasodilatação e fluxo sanguíneo pelo aumento da concentração de ADENOSINA (forte vasodilatador) FISIOLOGIA Weslley Jonathan P2 INGESTÃO ALIMENTAR MASTIGAÇÃO - Os dentes são adaptados para a mastigação: Os anteriores (incisivos) são responsáveis por cortar o alimento, enquanto os posteriores (molares) atuam triturando - A maior parte dos músculos da mastigação é inervada pelo ramo motor do quinto nervo craniano (nervo trigêmeo) - O processo de mastigação é controlado por núcleos no tronco encefálico - A mastigação é importante para ocorrer a digestão dos alimentos → Acontece porque as enzimas digestivas só agem nas superfícies das particulares de alimento, pois a intensidade também depende da área de superfície total que é exposta as secreções digestivas Reflexo da mastigação: o A mastigação é ocasionada pelo chamado reflexo da mastigação o A presença do bolo alimentar ocasiona a inibição reflexa dos músculos da mastigação, permitindo que a mandíbula inferior se abaixe o O estiramento dos músculos mandibulares, causado pelo relaxamento, ocasiona a contração reflexa que eleva a mandíbula o A contração reflexa causa o cerramento dos doentes e comprime o bolo alimentar contra as paredes da cavidade bucal, ocasionando novamente o relaxamento reflexo o O processo se repete novamente DEGLUTIÇÃO - A deglutição é um processo complexo, pelo fato de a faringe servir como uma passagem comum da respiração e da deglutição - A faringe se converte por apenas alguns segundos em um trato de propulsão alimentar A deglutição conta com três estágios: 1. Estágio voluntário – Inicia o processo de deglutição 2. Estágio faríngeo – É um processo involuntário que corresponde a passagem do alimento pela faringe até o esôfago 3. Estágio esofágico – Outra fase involuntária, responsável por transportar o alimento da faringe ao estomago ESTÁGIO VOLUNTÁRIO DA DEGLUTIÇÃO - Corresponde ao estágio voluntário em que o bolo alimentar é engolido - Basicamente quando o bolo alimentar está pronto, a pressão da língua para cima e para trás contra o palato empurra o bolo alimentar para faringe - Após o bolo alimentar entrar na faringe, o processo passa a ser quase totalmente automático ESTÁGIO FARÍNGEO INVOLUNTÁRIO DA DEGLUTIÇÃO - Quando o bolo alimentar atinge a parte posterior da cavidade bucal e a faringe, as áreas de receptores epiteliais da deglutição ao redor da abertura da faringe é ativado → Os pilares tonsilares enviamimpulsos para o tronco encefálico que iniciam contrações musculares faríngeas automáticas Processo da deglutição: 1. O palato mole é empurrado para cima, fechando a parte posterior da cavidade nasal e evitando o refluxo de alimento 2. As pregas palatofaríngeas em cada lado da faringe são empurradas medialmente e se aproximam, formando uma fenda sagital por onde o alimento deve passar para a parte posterior da faringe ▪ Essa fenda desempenha ação seletiva, facilitando a passagem do ambiente ▪ Esse estágio da deglutição dura menos que um segundo, e qualquer objeto grande é geralmente barrado de passar para o esôfago 3. As cordas vocais da laringe se aproximam, a laringe é puxada para cima e para frente pelos músculos do pescoço e ao mesmo tempo, essas ações combinadas com a presença de ligamentos impedem que a epiglote se mova para coma, fazendo ela se mover para trás e bloqueando a passagem da faringe ▪ O conjunto desses efeitos impede a passagem do alimento para o nariz e para traqueia FISIOLOGIA Weslley Jonathan P2 ▪ A justaposição das cordas vocais é importante para evitar a passagem do alimento a traqueia, mas a epiglote evita que o alimento chegue até elas 4. O movimento da laringe para cima puxa e dilata a abertura do esôfago, fazendo com que o esfíncter superior (ou faringoesofágico) relaxem e o alimento se mova da faringe posterior para o parte superior do esôfago ▪ O esfíncter faringoesofágico permanece contraído entre as deglutições, evitando a passagem de ar para o esôfago durante a respiração ▪ O levantamento da laringe também eleva a glote, a afastando do fluxo principal do alimento oque faz com que ele passe nos lados da epiglote em vez de ao longo da sua superfície, conferindo uma proteção adicional contra a entrada de alimentos na traqueia 5. Quando a laringe é elevada e o esfíncter superior relaxa, toda a parede muscular da faringe se contrai da parte superior e para baixo, impulsionando o alimento para o esôfago pelos movimentos peristálticos INICAÇÃO NERVOSA DO ESTÁGIO FARINGEO: o As áreas táteis da parte posterior da boca e da faringe mais sensíveis para a iniciação do estágio faríngeo, se situa em um anel ao redor da abertura da faringe com maior sensibilidade nos pilares tonsilares o Os impulsos dessas áreas transmitem os impulsos para o bulbo, através dos nervos trigêmeo e glossofaríngeo pelo trato solitário ou por nervos intimamente associados ao bulbo o As áreas neuronais da substancia reticular do bulbo e das porções inferiores das ponte desencadeia estágios sucessivos do processo de deglutição → Essas áreas do bulbo e da ponte são denominadas CENTRO DA DEGLUTIÇÃO o Os impulsos motores do centro da deglutição para a faringe e para parte superior do esôfago, causam a deglutição e são transmitidos pelo quinto, nono, décimo e décimo segundo nervo craniano O centro de deglutição inibe o centro respiratório da respiratório do bulbo durante o tempo de deglutição, interrompendo o ciclo respiratório por cerca de 6 segundos ESTÁGIO ESOFÁGICO DA DEGLUTIÇÃO - O estágio esofágico conta com dois tipos de contrações peristálticas: Peristaltismo primário e o peristaltismo secundário Peristaltismo primário: o É a continuação da onda peristáltica que surgiu na faringe e que se prolongou para o esôfago, durante o estagio faríngeo da deglutição o Essa onda faz o percurso da faringe até o estomago em cerca de 8 a 10 segundos o O alimento engolido por uma pessoa em pé, desce mais rápido do que a própria onda peristáltica devido o auxilio da gravidade Peristaltismo secundário: o Surgem quando a onda peristáltica primária não consegue mover para o estomago todo o alimento que entrou no esôfago o Essas ondas surgem do próprio esôfago pelo alimento retido, e se continuam até seu esvaziamento completo o As ondas secundárias são deflagradas por circuitos neuronais intrínsecos do sistema nervoso mioentérico e também por reflexos iniciados na faringe que foram transmitidas para o bulbo através das fibras vagais e retornou para o esôfago por fibras aferentes vagais e glossofaríngeas MUSCULATURA DA PAREDE FARÍNGEA - A musculatura da parede faríngea e do terço superior do esôfago é composta por musculo estriado → As ondas peristálticas nessa região são controladas por impulsos em fibras nervosas motoras de musculo esquelético dos nervos glossofaríngeo e vago - Nos dois terços inferiores, a parede do esogado é composta por musculo liso → Essa porção é controlada pelo s nervos vagos, que atuam por meio de conexões com o sistema nervoso mioentérico esofágico Quando os ramos do nervo vago para o esôfago são cortados, o plexo mioentérico fica excitável o suficiente para causar, após vários dias, ondas peristálticas secundarias fortes mesmo sem o refluxo vagal ESFÍNCTER ESOFÁGICO INFERIOR - Se localiza na parte final do esôfago, cerca de 3cm acima da sua junção com oestomago - É composto por um musculo circular esofágico que funciona com um esfíncter - Nas condições normais, o esfíncter permanece contraído e gera uma pressão intraluminal no esôfago de aproximadamente 30 mmHg → Essa contração reflexa é responsável por evitar o refluxo do conteúdo gástrico para o esôfago, evitando que a parte mais acima do esôfago, que não é resistente ao ácido gástrico, seja prejudicado. - Quando a onda peristáltica chega a porção final do esôfago, há o relaxamento desse esfíncter oque permite a passagem do alimento para o estomago → RELAXAMENTO RECEPTIVO - Outro fator que evita o refluxo é o mecanismo chamado “válvula de curta porção do esôfago”, que causa o fechamento do esôfago no ponto que há o aumento da pressão intra-abdominal → Caso não houvesse essa válvula, o ácido gástrico poderia refluir para o esôfago durante a respiração, fala ou tosse FISIOLOGIA Weslley Jonathan P2 FUNÇÕES MOTORAS DO ESTÔMAGO - As funções motoras do estomago estão associados a: o Armazenar grande quantidade de alimento, até que ele possa ser processado no estomago, no duodeno e nas demais partes do intestino delgado o Formar o quimo, através da mistura desse alimento com as secreções gástricas o Esvaziar lentamente o quimo do estomago para o intestino delgado, em uma vazão compatível com a digestão e absorção adequada no intestino delgado FUNÇÃO DE ARMAZENAMENTO DO ESTOMAGO - A medida em que o alimento entra no estomago, formam- se na porção oral (2/3 do corpo) círculos concêntricos de alimento - O alimento mais recente fica mais perto da abertura esofágica, enquanto o alimento mais antigo fica mais próximo da parede externa do estomago - O REFLEXO VASOVAGAL é responsável pelo armazenamento do alimento dentro do estomago → A medida em que o alimento distende o estomago, o reflexo vasovagal envia sinais para o tronco encefálico que enviam sinais de volta para o estomago, causando a diminuição do tônus da parede muscular, e permitindo que a parede se estenda para armazenar mais alimento MISTURA E PROPULSÃO DO ALIMENTO NO ESTOMAGO - Os sucos digestivos do estomago são secretados pelas células gástricas que estão presentes em toda a extensão da parede do corpo do estomago (exceto na curvatura estreita) - Quando o alimento está no estomago, ondas constritivas peristálticas fracas se iniciam na porção media a superior da parede gástrica e deslocam-se em direção ao antro → ONDAS DE MISTURA - As ondas de mistura ficam mais intensas a medida em que a percorrem em direção ao antro, e geram um potente potencialde ação peristáltica → São formados anéis constritivos que forçam o conteúdo antral sobre pressão cada vez maior na direção do piloro Função de mistura do alimento: o Os anéis constritivos atuam também misturando os conteúdos gástricos o Cada vez que a onda peristáltica percorre a parede antral na direção do piloro, o conteúdo gástrico é comprimido no antro em direção ao piloro o Como o piloro é pequeno, apenas alguns mililitros de conteúdo antral é ejetado para o duodeno a cada onda peristáltica o Simultaneamente, a a onda peristáltica quando se aproxima do piloro faz com que o musculo pilórico se contraia e impeça o esvaziamento → Com isso, grande parte do conteúdo antral é lançado de volta na direção do corpo do estomago e o conteúdo gástrico é misturado o O quimo é formado após ter sido misturado com as secreções gástricas e passa para o intestino → O grau de fluidez com que ele deixa o estomago, depende das quantidades relativas de alimento, água e das secreções e do grau de digestão que ocorreu ESVAZIAMENTO DO ESTOMAGO - O esvaziamento é promovido por intensas contrações peristálticas no antro gástrico, enquanto a resistência a passagem do quimo pelo piloro diminui o esvaziamento BOMBA PILÓRICA: o Na maior parte do tempo, as ondas peristálticas estomacais são fracas e servem apenas para a mistura do alimento com as secreções gástricas o Com o passar do tempo, as contrações se tornam mais intensas, se iniciando na porção media do órgão e progredindo como ondas peristálticas fortes em sentido caudal o A constrição intensa formam anéis de constrição que causam o esvaziamento do estomago, e as contrações começam a se iniciar mais proximalmente no corpo do estomago a medida em que o esvaziamento ocorre o Quando o tônus pilórico é normal, cada onda peristáltica força grandes mililitros de quimo para o duodeno PILORO: o Consiste na abertura distal do estomago o A espessura da musculatura circular é maior que as porções anteriores do antro gástrico e permanece em leve contração tônica na maior parte do tempo o A contração tônica normal permite que ocorra a passagem de água e outros líquidos do estomago para o duodeno, mas evita a passagem de partículas de alimentos até terem sido misturadas no quimo para consistência quase liquida o O grau de constrição do piloro aumenta ou diminui sob influencia de sinais nervosos e hormonais, tanto do estomago quanto do duodeno A velocidade/intensidade em que o estomago se esvazia depende dos sinais vindos do estomago e do duodeno, porém sendo mais intensos os sinais advindo do duodeno → O esvaziamento do quimo para o duodeno ocorre em intensidade menor que a que o quimo possa ser digerido e absorvido no intestino delgado FISIOLOGIA Weslley Jonathan P2 REGULAÇÃO DO ESVAZIAMENTO GÁSTRICO o Quanto maior o volume gástrico, maior será o ritmo de esvaziamento → Isso ocorre porque a dilatação da parede gástrica desencadeia reflexos mioentéricos locais que acentuam a atividade da bomba pilórica e não porque causa do aumento da pressão de armazenamento o Gastrina – Liberados pelas células G em resposta a produtos da digestão da carne, estimula a secreção de suco gástrico pelas células gástrica, exerce efeitos sobre as funções motoras e intensifica a bomba pilórica INIBIÇÃO DO ESVAZIAMENTO PELO DUODENO Efeito inibitório dos reflexos nervosos pelo duodeno: o Quando o quimo entra no duodeno, são desencadeados múltiplos reflexos nervosos com origem na parede duodenal → Esses reflexos voltam para o estomago e retardam ou interrompem o esvaziamento, se o volume do duodeno for excessivo o Os reflexos são mediados por três vias: 1. Diretamente do duodeno para o estomago, pelo sistema nervoso entérico da parede intestinal 2. Nervos extrínsecos que vão aos gânglios simpáticos pré-vertebrais e retornam pelas fibras simpáticas inibidoras que retornam a estomago 3. Pelos nervos vagos que vão ao tronco encefálico, onde inibem os sinais excitatórios normais transmitidos ao estomago pelos ramos eferentes dos vagos o Os reflexos possui o efeito de inibir as contrações propulsivas (bomba pilórica) e de aumentar o tônus do esfíncter pilórico - Os fatores que desencadeiam reflexos inibidores enterogástricos incluem: 1. Distensão do duodeno 2. Presença de qualquer irritação da mucosa duodenal 3. Acidez do quimo duodenal – Sempre que ocorre queda do pH do quimo, os reflexos bloqueiam a sua passagem para o duodeno até que o quimo possa ser neutralizado por substancias pancreáticas e outras secreções 4. Osmolalidade do quimo – Ocorre reflexos inibitórios com o intuito de evitar o fluxo rápido de líquidos não isotônicos para o intestino delgado, evitando mudanças rápidas da concentração de eletrólitos do LEC durante a absorção intestinal 5. Presença de determinados produtos da degradação química do quimo, especialmente da degradação de proteínas e em menor grau de gorduras – Os reflexos inibitórios sevem para assegurar um tempo suficiente de digestão de proteínas no duodeno e no intestino delgado FEEDBACK HORMONAL DO DUODENO: o Os hormônios liberados pelo trato intestinal superior inibem o esvaziamento gástrico → O principal estimulo para liberação desses hormônios é a entrada de gorduras no duodeno o Quando a gordura entra no duodeno, provocam liberação de diversos hormônios pelo epitélio duodenal e jejunal que são transportados pelo sangue para o estomago e que inibem a bomba pilórica e aumenta a força de contração do esfíncter pilórico o A inibição do esvaziamento gástrico é importante porque as gorduras são digeridas de forma mais lenta que os outros nutrientes Hormônios envolvidos: o Colecistonina (CCK) – Liberado pela mucosa do duodeno e o mais potente dos hormônios inibitórios, bloqueiam a motilidade gástrica causa pela gastrina e é liberado em resposta a substancias gordurosas o Secretina – Liberada principalmente pela mucosa duodenal, em resposta ao acido gástrico que sai do estomago pelo piloro o Peptídeo insulinotrópico dependente de glicose (GIP) – Liberado pelo intestino delgado superior em resposta ao aumento de gordura, sua principal função é a de estimular a secreção de insulina pelo pâncreas, e possui pouco efeito de diminuir a motilidade gastrointestinal MOVIMENTOS DO INTESTINO DELGADO - Os movimentos do intestino delgado também podem ser classificados como contrações de mistura e contrações de propulsão, mas essa distinção é superficial porque todo o movimento do intestino delgado causa essas duas coisas. CONTRAÇÕES DE MISTURA (CONTRAÇÕES DE SEGMENTAÇÃO) - Quando a porção do intestino delgado é distendida pelo quimo, o estiramento da parede intestinal provoca FISIOLOGIA Weslley Jonathan P2 contrações concêntricas localizadas, espaçadas ao longo do intestino e com duração de fração de minuto → As contrações causam segmentações do intestino delgado - Quando uma série de contrações de segmentação se relaxa, outra se inicia mas em pontos diferentes do intestino → As contrações de segmentação dividem o quimo duas a três vezes por minuto, oque promove a mistura do alimento com as secreções do intestino delgado - A frequência de ondas lentas determinam a frequência máxima das contrações de segmentação → A frequência das ondas lentas não ultrapassam 12 por minuto no duodeno e no jejuno, oque significa que a frequência máxima das contrações de segmentação também são cerca de 12 por minuto - A máxima frequência ocorre apenasem condições extremas de estimulação → No íleo terminal a frequência máxima normalmente é de 8 a 9 contrações por minuto O fármaco atropina pode bloquear a atividade do sistema nervoso entérico e deixar as contrações de segmentação muito fracas, mesmo o musculo liso sendo responsável por essas contrações MOVIMENTOS PROPULSIVOS - O quimo é impulsionado por ondas peristálticas que se movem em direção ao anus - As contrações são mais rápidas no intestino proximal e mais lentas na porção terminal - As contrações são muito fracas e cessam depois de percorrer 3 a 5cm, possuindo um movimento resultante de em média 1 cm/min CONTROLE NERVOSO E HORMONAL DO PERISTALTISMO - A atividade peristáltica aumenta bastante após as refeições, devido a distensão da parede do duodeno pelo quimo - O reflexo gastroentérico provocado pela distensão do estomago e conduzido pelo plexo mioentérico da parede do estomago até o intestino, também é responsável por aumentar atividade peristáltica - As funções das ondas peristálticas é também de distribuir o quimo ao longo da mucosa intestinal o Quando o quimo entra no intestino, as contrações peristálticas o distribui ao longo do intestino e esse processo se intensifica com a entrada de mais quimo o Quando o quimo chega a válvula ileocecal, fica retido por várias horas até o momento que a pessoa faça outra refeição → Nesse momento, o reflexo gastroileal intensifica o peristaltimos no íleo e força o quimo a atravessar a válvula ileocecal para o ceco do intestino grossos - Os hormônios podem ser dividido em hormônios que intensificam a motilidade e os hormônios que a diminui: Aumento da motilidade Diminuição da motilidade GASTRINA SECRETINA CCK GLUCAGON INSULINA MOTILINA SEROTONINA SURTO PERISTALTICO - É um peristalse intensa e rápida causada por irritação intensa da mucosa intestinal, como em casos graves de diarreia infecciosa - O fenômeno é desencadeado por reflexos nervosos que envolvem o sistema nervoso autônomo e o tronco cerebral e em parte pela intensificação intrínseca de reflexos no plexo mioentérico da parede do trato intestinal - As intensas contrações percorrem longas distâncias do intestino delgado em questões de minutos, varrendo os conteúdos do intestino para o cólon e aliviando o intestino delgado do quimo irritativo e da distensão excessiva VÁVULA ILEOCECAL - Se prolonga para o lúmen do ceco, sendo fechada quando o aumento da pressão no ceco empurra o conteúdo contra a abertura da válvula - A válvula é circundada por uma musculatura circular → ESFÍNCTER ILEOCECAL - O esfíncter ileocecal permanece levemente contraído e retardada o esvaziamento do conteúdo ileal para o ceco, mas após as refeições o reflexo gastroileal intensifica o peristaltismo no íleo, lançando o conteúdo ileal no ceco Controle por feedback: o O grau de contração do esfíncter e a intensidade do peristaltismo no íleo terminal são controlados por reflexos originados no ceco o Quando o ceco se distende, a contração do esfíncter ileocecal se intensifica e o peristaltismo ileal é inibido para retardar o esvaziamento do íleo para o ceco o Qualquer irritação do cedo retarda o esvaziamento → Na apendicite, a irritação do apêndice causa espasmo intenso do esfíncter ileocecal e paralisia parcial do íleo, bloqueando o esvaziamento do íleo no ceco o Os reflexos do ceco para o esfíncter ileocecal e o íleo são mediados pelo plexo mioentérico na parede do trato intestinal, pelos nervos autônomos extrínsecos e por meio de gânglios simpáticos pré-vertebrais FISIOLOGIA Weslley Jonathan P2 MOVIMENTO DO CÓLON - As principais funções do cólon são: Absorção de água e eletrólitos do quimo para formar fezes sólidas e o armazenamento de material fecal até o momento em que possa ser expelido - A metade proximal do cólon está envolvida na absorção, enquanto a metade distal no armazenamento - Os movimentos do cólon são muito lentos, devido a falta de necessidade de movimentos rápidos para o cólon exercer suas típicas funções - Os movimentos também podem ser divididos em propulsores e movimentos de mistura MOVIMENTOS DE MISTURA (HAUSTRAÇÕES) - São movimentos de segmentação, semelhantes ao do intestino delgado, no qual grandes constrições cirfculares ocorrem no intestino grosso - Cada constrição possui extensão de cerca de 2,5cm de musculo circular contraído, podendo restringir o lúmen do cólon até ser quase ocluído - O músculo longitudinal do cólon se reúne em três faixas longitudinais, denominadas TÊNIAS CÓLICAS → Quando se contraem junto com as faixas circulares e longitudinais de musculo, a porção não estimulados do intestino grosso se infla em sacos denominados HAUSTRAÇÕES - Cada haustração atinge uma intensidade máxima de 30 segundos e desaparece nos próximos 60 segundos → Algumas podem se mover lentamente na direção do anus, durante a contração, em especial no ceco e no cólon ascendente e contribuir com propulsão do conteúdo colônico para adiante - Após poucos minutos, novas haustrações surgem em áreas próximas, e então todo o material fecal é revolvido no intestino grosso e é exposto gradualmente a superfície mucosa do intestino grosso → Isso permite que os líquidos e substancias dissolvidas sejam progressivamente absorvidos MOVIMENTOS PROPULSIVOS (MOVIMENTOS DE MASSA) - Contrações haustrais lentas e persistentes são responsáveis pela grande parte da propulsão no ceco e no cólon ascendente - O quimo demora de 8 a 15 horas para se mover da válvula ileocecal pelo cólon, passando a ser fecal quando se transforma de material semilíquido em material semissólido - Do ceco ao sigmoide os movimentos de massa assumem papel propulsivos → Esses movimentos ocorrem apenas de 1 a 3 vezes por dia, e em muitas pessoas em cerca de 15 minutos após o desjejum Movimento de massa: o Tipo movimento de peristaltismo o Primeiramente, a distensão ou irritação em um ponto do cólon (geralmente o transverso) causa a formação de um anel constritivo o Em 20cm ou mais do cólon distal ao anel constritivo, as haustrações desaparecem e o segmento passa a se contrair como uma unidade → Ocorre então a impulsão do material fecal em massa, para regiões mais adiante no cólon o A contração se desenvolve progressivamente por volta de 30 segundos, e o relaxamento ocorre nos próximos 2 a 3 minutos o Ocorrem outros movimentos de massa, sendo uma série de movimentos que se mantem por 10 a 30 segundos, forçando a massa de fezes para o reto, surgindo a vontade de defecar o A irritação do cólon pode iniciar intensos movimentos de massa → Quando a pessoa desenvolve uma colite ulcerativa, os movimentos de massa persistem quase todo o tempo Reflexos gastrocólicos e duodenocólicos: o O reflexo pela distensão do estomago e do duodeno, facilita o aparecimento dos movimentos de massa após as refeições o São transmitidos pelo sistema nervoso autônomo DEFECAÇÃO - O reto fica vazio, sem fezes, a maior parte do tempo devido ao esfíncter funcional entre o sigmoide e o reto e também pela angulação aguda do local que contribui com resistência adicional - Quando o movimento de massa força as fezes para o reto, surge a vontade de defecar com contração reflexa do reto e o relaxamento do esfíncteres anais FISIOLOGIA Weslley Jonathan P2 A passagem do material fecal para o ânus é evitada pela constrição tônica de dois músculos: o ESFINCTER ANAL INTERNO – Musculo liso espesso, com vários comprimentos da regiãodo anus o ESFINCTER ANAL EXTERNO – Composto por musculo estriado esquelético, controlado por fibras nervosas do nervo pudendo que faz parte do sistema nervoso autônomo, sendo controlado voluntariamente (ele fica contraído até que os sinais conscientes causem o seu relaxamento) REFLEXOS DA DEFECAÇÃO - A defecação é iniciado por reflexos de defecação que podem ser reflexo intrínseco ou reflexo de defecação parassimpática Reflexo intrínseco: o Mediado pelo sistema nervoso entérico local na parede do reto o A distensão da parede retal pelas fezes desencadeia sinais aferentes que se propagam pelo plexo mioentérico, dando início a ondas peristálticas no cólon descendente, sigmoide e no reto o A medida em que a onda peristáltica se aproxima do anus, ocorre relaxamento do esfíncter anal interno por sinais inibidores do plexo mioentérico o A defecação ira ocorrer se o esfíncter anal externo estiver relaxado consciente e voluntariamente o Normalmente o reflexo intrínseco mioentérico é relativamente fraco, dependendo do reflexo de defecação parassimpático para provar a defecação Reflexo de defecação parassimpático: o Esse reflexo envolve os segmentos sacros da medula espinal o Quando as terminações nervosas no reto são estimuladas, os sinais são transmitidos para a medula espinal e volta para o cólon descendente, sigmoide, reto e ânus por fibras nervosas parassimpáticas nos nervos pélvicos o Os sinais parassimpáticos intensificam as ondas peristálticas e relaxam o esfíncter anal interno, tornando o reflexo de defecação mioentérico intrínseco fraco em um processo intenso de defecação que é efetivo para o esvaziamento do intestino grosso o Sinais de defecação que entram na medula espinal iniciam outros efeitos: Inspiração profunda, fechamento da glote e contração dos músculos da parede abdominal → Esses efeitos forçam os conteúdos fecais do cólon para baixo, e faz com que o assoalho pélvico se relaxe e se projete para baixo, oque empurra o anel anal para baixo e elimina as fezes o A pessoa pode provocar esses reflexos propositalmente pela respiração profunda, movimento do diafragma para baixo e contração da musculatura abdominal para aumentar a pressão abdominal e forçar o conteúdo fecal para o reto e causar novos reflexos → Esses reflexos quase nunca são eficazes, comparados com os reflexos que surgem naturalmente
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