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Fisiologia da motilidade do trato gastrointestinal

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FISIOLOGIA Weslley Jonathan P2 
 
MOTILIDADE DO TRATO GASTROINTESTINAL 
 
ANATOMIA FISIOLÓGICA DA PAREDE GASTROINTESTINAL: 
 
MUSCULO LISO 
o Responsáveis pela função motora do trato 
gastrointestinal 
o A camada muscular mucosa consistem em 
feixes esparsos de fibras localizados na 
camada mais interna da mucosa 
o A camada muscular longitudinal possui feixes 
que se estendem longitudinalmente no trato 
intestinal 
o A camada muscular circular se estende em 
torno do intestino 
o No interior de cada feixe, as fibras estão 
conectadas eletricamente por junções 
comunicantes com baixa resistência a 
movimentação de íons 
o Os sinais elétricos que desencadeiam as 
contrações passam para a fibra seguinte em 
cada feixe, sendo mais rápido ao longo do 
comprimento do feixe do que radialmente 
o Os feixes de fibras musculares são 
parcialmente separados por tecido conjuntivo 
frouxo, mas contém conexões entre as fibras 
em diversos pontos 
o A camada muscular funciona como um 
sincício no qual um potencial de ação 
disparado em qualquer ponto da massa 
muscular, se propaga em todas as direções no 
musculo 
o A distancia percorrida pelo potencial de ação 
depende da excitabilidade do músculo, 
podendo percorrer toda a extensão do TGI ou 
poucos milímetros 
 
 
 
ATIVIDADE ELÉTRICA DO MUSCULO LISO 
GASTROINTESTINAL 
- O musculo liso do TGI é excitado por atividade 
elétrica intrínseca, continua e lenta 
- O potencial de repouso varia em diferentes níveis, 
sendo um fator importante para o controle da 
atividade motora 
- A atividade elétrica conta com duas ondas: Ondas 
lentas e potenciais em espicula 
 
 
ONDAS LENTAS 
- Determina a contração rítmica que acontece nas 
contrações gastrointestinais 
- NÃO são potenciais de ações, mas sim variações 
lentas e ondulantes do potencial de repouso da 
membrana 
- Não causam contração na maior parte do trato 
gastrointestinal, mas estimulam o disparo 
intermitente dos potenciais em espicula que de fato 
provocaram a contração muscular 
- Sua intensidade varia de 5 e 15mV, e sua frequência 
em diferentes partes do TGI varia de 3 a 12 
o Corpo do estomago: 3/min → Portanto o 
ritmo de contração do estomago é de 3 por 
minuto 
o Duodeno: Frequência de 12/min – Ritmo de 
contração 12/min 
o Íleo: Frequência de 8 ou 9/min – Ritmo de 
contração varia d 8 a 9/min 
 
CÉLULAS INTERSTICIAIS DE CAJAL – Marca-passo 
elétrico das células do musculo liso 
o As células formam uma rede entre si e interpõem-
se nas camadas de musculo liso com contato 
sináptico com as células de musculo liso 
o Seu potencial de membrana é cíclico, devido a 
canais iônicos específicos que se abrem 
periodicamente → Essa abertura periódica dos 
canais permite correntes de influxo (marca-passo) 
que geram a atividade da onda lenta 
POTENCIAIS EM ESPÍCULAS 
FISIOLOGIA Weslley Jonathan P2 
 
- São os verdades potenciais de ação 
- Ocorre automaticamente quando o potencial de 
repouso (picos de onda lenta mais positivos) atinge 
cerca de -40mV → O potencial normal do musculo liso 
do intestino varia entre -50 a -60mV 
- Quanto maior o potencial da onda lenta, maior a 
frequência em espícula 
- Nas fibras do musculo liso os canais responsáveis 
pelo potencial de ação são canais para CÁLCIO-SÓDIO: 
Esses canais permitem uma maior influxo de cálcio 
com menor quantidade de íons sódio 
O potencial em espicula tem duração maior que os 
potenciais de ação das fibras musculares, devido a essa 
diferença de canais → Os canais de sódio das fibras se 
abrem e fecham rápido, enquanto esses canais de sódio-
cálcio do musculo liso gastrointestinal se abrem e fecham 
lentamente 
A razão pela qual existe maior quantidade de íons cálcio 
ocorre devido seu papel de contração das fibras musculares 
gastrointestinais 
 
FATORES QUE ALTERAM O POTENCIAL DE REPOUSO 
- Além das ondas lentas e dos potenciais em espicula, 
o potencial de repouso da fibra muscular lisa 
gastrointestinal pode variar devido a outros fatores 
- Sob condições normais o potencial de repouso é 
cerca de -56mV 
- Os fatores podem deixar a fibra mais excitável ou 
menos excitável, dependendo do seu efeito de 
hiperpolarização e despolarização → Despolarização 
(aumento do potencial – Mais excitável) x 
Hiperpolarização (diminuição do potencial – Menos 
excitável) 
 
Fatores que causam despolarização (+ EXCITÁVEL) 
o Estiramento do musculo 
o Liberação da acetilcolina pelos nervos 
PARASSIMPÁTICOS 
o Estimulação por hormônios gastrointestinais 
específicos 
 
 
Fatores que causam hiperpolarização (- EXCITÁVEL) 
o Noraepinefrina e epinefrina 
o Liberação de noraepinefrina pelo nervos 
SIMPÁTICOS 
 
CONTRAÇÃO TÔNICA DO MÚSCULO LISO 
- Parte do musculo liso gastrointestinal possui contrações 
tônicas, e também contrações rítmicas 
- A contração tônica é continua, não se associando ao ritmo 
elétrico das ondas lentas → Pode haver variação da 
intensidade, mas continua sendo continua 
- A contração é causada por potenciais em espicula 
repetidos sem interrupção → Quanto maior a frequência, 
maior o grau de contração 
- Pode ser causada por hormônios, dentro outros fatores 
que causam a despolarização parcial da membrana sem 
gerar o potencial de ação 
- Outro fator para a presença de contração tônica pode ser 
a entrada continua de cálcio no interior das células, que não 
está associada a variação do potencial da membrana 
 
SISTEMA NERVOSO ENTÉRICO 
- Sistema nervoso próprio do trato gastrointestinal, se 
localiza na parede intestinal, do esôfago até o ânus 
- Conta com quase a mesma quantidade de neurônios 
existentes na medula espinal (100 milhões) 
- Possuem a função de controle de movimento e 
secreção gastrointestinal 
 
Composto por dois plexos: 
o Plexo mioentérico ou Plexo de Auerbach 
(PLEXO EXTERNO) – Disposto entre as 
camadas musculares longitudinais e 
circulares, controlam os movimentos 
gastrointestinais 
o Pexo submucoso ou Plexo de Meissner 
(PLEXO INTERNO) – Localizado na mucosa, 
sendo responsável pela secreção 
gastrointestinal e controle do fluxo sanguíneo 
- Fibras extrínsecas simpáticas e parassimpáticas se 
conectam com os dois plexos, podendo intensificar ou 
inibir suas funções → O sistema nervoso entérico funciona 
FISIOLOGIA Weslley Jonathan P2 
 
de forma independente desses nervos, no entanto sua 
atividade pode ser alterada em função deles 
- Terminações nervosas sensoriais se originam no epitélio 
gastrointestinal e na parede intestinal, enviando fibras 
aferentes para: 
o Os dois plexos entéricos 
o Gânglios pré-vertebrais do sistema nervoso 
simpático 
o Medula espinal 
o Tronco cerebral pelos nervos vagos 
 
Os nervos sensoriais podem provocar reflexos locais na 
própria parede intestinal, e outros reflexos que são 
transmitidos ao intestino pelos gânglios pré-vertebrais e 
das regiões basais do cérebro 
 
 
PLEXO MIOENTÉRICO 
- Neurônios se organizam em cadeia linear de muitos 
neurônios interconectados que se estende por todo o 
comprimento do trato gastrointestinal 
- Participa do controle da atividade muscular de todo o 
intestino 
Seus principais efeitos são: 
o Aumento da contração tônica (tônus) da parede 
intestinal 
o Aumento da intensidade das contrações rítmicas 
o Aumento no ritmo da contração 
o Aumento na velocidade de condução das ondas 
excitatórias, aumentando de forma mais rápida as 
ondas peristálticas intestinais ao longo da parede 
do intestinoO plexo mioentérico não possui apenas neurônios 
excitatórios mas também neurônios inibitórios 
Os terminais das fibras inibitórias secretam peptídeo 
intestinal vasoativo e outros peptídeos inibitórios 
A função inibitória é útil para inibir a contração dos 
esfíncteres que impedem a movimentação do alimento por 
movimentos sucessivos no TGI: Esfíncter pilórico 
(Estômago → Duodeno) e Esfíncter da valva íleo cecal (Íleo 
→ ceco) 
 
PLEXO SUBMUCOSO 
- Está envolvido com a função de controle da parede 
interna de cada segmento do intestino 
- Sinais sensoriais são originados do epitélio 
gastrointestinal e integrados no plexo mucoso, 
ajudando no controle: 
o Secreção intestinal 
o Absorção local 
o Contração local do musculo submucoso → 
Causa variados graus de dobramento da 
mucosa gastrointestinal 
 
CONTROLE AUTÔNOMO DO TRATO 
GASTROINTESTINAL 
 
ESTIMULAÇÃO PARASIMPÁTICA 
- Aumentam a atividade do sistema nervoso entérico 
- A inervação parassimpática do intestino, divide-se 
em DIVISÕES CRANIANAS e DIVISÕES SACRAIS 
- Os neurônios pós-ganglionares do sistema 
parassimpático gastrointestinal estão localizados em 
maior parte nos plexos mioentéricos e submucoso 
 
NERVOS PARASSIMPÁTICOS CRANIANOS: 
o Quase todas fibras nervosas estão nos nervos 
vagos 
o Forma extensa inervação do esôfago, 
estomago e pâncreas 
o Forma extensões menos extensas dos 
intestinos, até a primeira metade do intestino 
grosso 
o Poucas fibras parassimpáticas inervam as 
regiões bucal e faringianas do trato alimentar 
 
NERVOS PARASIMPÁTICOS SACRAIS 
o Se origina no segundo, terceiro e quarto 
segmentos sacrais da medula espinal 
o Passa pelos nervos pélvicos pra a metade 
distal do intestino até o ânus 
o As regiões sigmoides, retal e anal são as 
regiões mais supridas pelas fibras 
parassimpáticas do que outras regiões do 
intestino 
o As fibras funcionam principalmente para 
executar os reflexos da defecação 
 
ESTIMULAÇÃO SIMPÁTICA 
- As fibras simpáticas se original da medula espinal 
entre os segmentos T-5 e L-2. 
- Grande parte das fibras pré-ganglionares que 
inervam o intestino, após sair da medula, entram nas 
cadeias simpáticas dispostas lateralmente a coluna 
vertebral, alcançando os gânglios mais distantes → 
Gânglios mesentérico e o gânglio celíaco 
- Maior parte dos corpos dos neurônios simpáticos 
pós-ganglionares se encontram nos gânglios 
mesentéricos e celíaco 
FISIOLOGIA Weslley Jonathan P2 
 
- As fibras pós-ganglionares se distribuem pelos 
nervos simpáticos pós-ganglionares para todas as 
partes do intestino 
O simpático inerva IGUALMENTE todas as partes do 
TGI, sem maiores extensões na proximidade da 
cavidade oral e do anus, como ocorre nos 
parassimpáticos 
O principal neurotransmissor secretado é a 
NORAEPINEFRINA 
 
O principal efeito do simpático é a inibição da 
atividade do TGI, através de dois modos: 
1. Inibição de toda a musculatura lisa do trato 
intestinal pela ação da noraepinefrina 
2. Efeito inibidor da norepinefrina sobre todos 
os neurônios do sistema nervoso entérico 
 
A norapinefrina inibe a ação de toda musculatura lisa 
do trato intestinal, exceto o musculo MUCOSO que é 
excitado por sua ação 
A intensa estimulação do sistema nervoso simpático 
pode fazer com que a movimentação do alimento 
pelo trato seja totalmente inibido 
 
FIBRAS NERVOSAS SENSORIAIS AFERENTES 
- Fibras sensoriais aferentes se originam no intestino 
e muitas delas tem seus corpos celulares no sistema 
nervoso entérico e também nos gânglios das raízes 
dorsal da medula espinal 
- Os sinais transmitidos pelas fibras podem excitar ou 
inibir os movimentos e secreções intestinais 
 
Os fatores que estimulam essas fibras envolvem: 
o Irritação da mucosa intestinal 
o Distensão excessiva do intestino 
o Presença de substancias químicas especificas 
do intestino 
 
Sinais sensoriais do intestino também vão para outras 
áreas da medula espinal e do tronco cerebral 
80% das fibras nervosas nos nervos vagos são 
aferentes e não eferentes 
As fibras aferentes transmitem sinais do trato 
gastrointestinal para o bulbo, que por sua vez 
desencadeia sinais vagas reflexos para o trato 
gastrointestinal 
 
 
 
 
REFLEXOS GASTROINTESTINAIS 
- A disposição anatômica do sistema nervoso entérico 
e suas conexões com o sistema nervoso simpático e o 
parassimpático suportam três tipos de reflexos: 
1. Reflexos completamente integrados na 
parede intestinal do sistema nervoso entérico 
– São os reflexos que controlam grande parte 
da secreção gastrointestinal, peristaltismo, 
contrações de mistura, efeito inibidores locais 
dentre outros 
2. Reflexos do intestino para os gânglios 
simpáticos pré-vertebrais que voltam pra o 
trato gastrointestinal – São reflexos 
transmitidos por longas distancias, para 
diferentes áreas do trato gastrointestinal 
o Reflexo gastrocólico – Sinais do 
estomago que causa evacuação do 
colón 
o Reflexos enterogástricos – Sinais do 
cólon e do intestino delgado para 
inibir a motilidade e secreção do 
estômago 
o Reflexo colonoileal – Reflexos do 
cólon para inibir o esvaziamento de 
conteúdo do íleo para o cólon 
3. Reflexos do intestino para a medula ou tronco 
cerebral que voltam pra o trato 
gastrointestinal: 
o Reflexos do estomago e duodeno 
para o tronco cerebral, que retornam 
ao estomago pelos nervos vagos, que 
controlam a atividade motora e 
secretora gástrica 
o Reflexos de dor que causam inibição 
geral de todo o trato gastrointestinal 
o Reflexos de defecação do colón e reto 
para a medula, retornando e 
produzindo contrações colônicas, 
retais e abdominais que são 
necessários para defecação → 
Reflexos da defecação 
 
CONTROLE HORMONAL DA MOTILIDADE 
GASTROINTESTINAL 
GASTRINA 
o Secretado pelas células G do antro do estomago 
o Secretado em resposta aos estímulos associados a 
digestão – Produtos de digestão de proteínas e o 
peptídeo liberador de gastrina, liberado pelos 
nervos da mucosa gástrica pelo estimulo vagal 
o Funções primárias: Estimular a secreção gástrica 
de ácido e estimulação do crescimento da mucosa 
gástrica 
 
 
COLECISTOCININA (CCK) 
FISIOLOGIA Weslley Jonathan P2 
 
o Secretado pelas células “I” da mucosa do duodeno 
e do jejuno 
o Secretado em resposta as produtos da digestão de 
gordura – Ácidos grãos e monoglicerídeos nos 
conteúdos intestinais 
o Causa a contração da vesícula biliar, expelindo a 
bile para o duodeno, onde atuará na emulsificação 
de gorduras 
o Atua inibindo a contração do estomago, 
moderadamente, permitindo um tempo 
adequado de digestão de gorduras no trato 
intestinal superior 
o Inibe o apetite para evitar excessos durante a 
refeição → O hormônio estimula as fibras 
nervosas sensoriais AFERENTES no duodeno, que 
por sua vez mandam sinais por meio do nervo vago 
para inibir o centros de alimentação no cérebro 
 
SECRETINA 
o É secretada pelas células “S” da mucosa do 
duodeno 
o Sua secreção ocorre em resposta ao ácido gástrico 
que é transferido do estomago para o duodeno 
pelo piloro 
o Estimula a secreção de bicarbonato pelo pâncreas, 
para neutralizar o ácido no intestino delgado 
o Tem pouco efeito na motilidade do trato 
gastrointestinal 
 
PEPTÍDEO ISULINOTRÓPICO DEPENDENTE DE 
GLICOSE/ PEPTIDEO INIBIDOR GÁSTRICO (GIP) 
o Secretado pela mucosa do intestino delgado 
superior 
o Liberado principalmente em resposta a ácidos 
graxos e aminoácidos, e em menor extensão aos 
carboidratos 
o Possui a função de retardar o esvaziamento 
gástrico no duodeno, quando o intestino delgado 
superior está cheio → Exerce efeito moderado na 
diminuição da atividademotora do estômago 
o Também estimula a secreção de insulina 
 
MOTILINA 
o Secretada pelo estômago e duodeno superior 
durante o jejum 
o Possui a única função de aumentar a motilidade 
gastrointestinal 
o É liberada ciclicamente e estimula as ondas da 
motilidade gastrointestinal → “COMPLEXOS 
MIOELETRICOS INTERDIGESTIVOS” que se 
propagam pelo estomago e intestino delgado a 
cada 90 minutos na pessoa em jejum 
o A secreção da motilina após a digestão 
 
 
 
 
 
TIPOS DE MOVIMENTOS NO TRATO 
GASTROINTESTINAL 
- No trato gastrointestinal possui os movimentos 
propulsivos e os movimentos de mistura 
 
MOVIMENTOS PROPULSIVOS – PERISTALTISMO 
 - Tipo de movimento que faz com que o alimento 
percorre o trato com uma velocidade apropriada para 
ocorrer a digestão e absorção 
- O movimento básico do trato gastrointestinal é o 
peristaltismo 
- Um anel contrátil ao redor do intestino, surge em um 
ponto e se move adiante levando o bolo alimentar 
que está a sua frente 
- A estimulação em qualquer ponto do intestino pode 
fazer que um anel surja na musculatura e então esse 
anel percorre todo o intestino 
 
 
- O principal estimulo é a distensão da parede 
intestinal → Quando grande quantidade de alimento 
se acumula em um ponto do intestino, a distensão da 
parede o sistema nervoso entérico a produzir 
contrações da parede 2 a 3 centímetros do ponto de 
distensão, fazendo um anel contrátil surgir e iniciar o 
movimento peristáltico 
- Os sinais intensos parassimpáticos também 
estimulam um forte peristaltismo 
O peristaltismo efetivo necessita do plexo 
mioentérico ativo → As regiões do trato intestinal que 
não possuam o plexo mioentérico por defeitos 
congênitos, ou ainda que possuem um plexo 
deprimido por ação da atropina (bloqueia ação dos 
terminais colinérgicos do plexo), não são capazes de 
realizar o movimento 
REFLEXO MIOENTÉRICO/PERISTÁLTICO: O movimento 
do peristaltismo sempre na região oral do segmento 
do intestino, e segue em direção ao ânus → Isso 
ocorre porque quando uma parte do intestino é 
distendido, automaticamente existe um 
“relaxamento receptivo” que facilita a impulsão do 
alimento em direção ao anus, do que em relação a 
boca 
 
FISIOLOGIA Weslley Jonathan P2 
 
MOVIMENTOS DE MISTURA 
- Possui a função de manter os conteúdos intestinais 
bem misturados o tempo todo 
- Os movimentos se diferem nas varias partes do trato 
alimentar 
- Os próprios movimentos peristálticos podem 
realizar essa mistura, quando a sua progressão é 
barrada por esfíncteres que fazem com que a onda 
apenas agite o conteúdo sem movimenta-lo 
- Os movimentos de mistura funcionam como 
“contrações constritivas intermitentes locais” → 
Surgem constrições de 5 a 30 segundos em regiões 
separadas por poucos centímetros ao longo do trato 
intestinal, fazendo com que o conteúdo seja triturado 
e separado 
 
FLUXO SANGUINEO GASTROINTESTINAL 
- Os vasos sanguíneos do sistema gastrointestinal 
fazem parte de um sistema mais extenso denominado 
CIRCULAÇÃO ESPLÂNCNICA 
- A circulação esplâncnica inclui o fluxo sanguíneo 
pelas seguintes estruturas 
o Intestino 
o Baço 
o Pâncreas 
o Fígado 
 
- Todo o fluxo sanguíneo que passa pela circulação 
esplâncnica flui diretamente para o fígado pela veia 
porta → No fígado, o sangue passa pelos milhões de 
sinusoides hepáticos e deixa o órgão por meio das 
veias hepáticas 
- O fluxo sanguíneo para o fígado permite que as 
células reticuloendoteliais (revestem os sinusoides 
hepáticos) evitem que bactérias e substancias 
indesejadas entrem na circulação do trato 
gastrointestinal 
 
- Os nutrientes não lipídicos e hidrossolúveis que são 
absorvidos no intestino, são transportados para os 
sinusoides hepáticos → As células reticuloendoteliais 
e as células hepáticas atuam absorvendo e 
armazenando temporariamente os nutrientes, e 
também atuam no processamento químico dessas 
substancias 
 
A maior parte das gorduras absorvidas no trato intestinal, 
NÃO SÃO TRANSPORTADOS NO SANGUE PORTA mas sim 
pelo sistema linfático intestinal → O sistema linfático 
intestinal leva as gorduras ao sangue circulante sistêmico 
pelo ducto torácico, sem passar pelo fígado 
 
AUMENTO DO FLUXO SANGUINEO DURANTE A ATIVIDADE 
GASTROINTESTINAL 
- Durante a absorção ativa de nutrientes, ocorre o aumento 
do fluxo sanguíneo pelas vilosidades e regiões subjacentes 
da submucosa 
Os fatores que ocasionam o aumento do fluxos sanguíneo 
envolvem: 
o Liberação de substâncias vasodilatadores pela 
mucosa do trato intestinal, durante o processo 
digestivo → Hormônios que controlam atividades 
motoras e secretórias do intestino 
o Colecistocinina 
o Peptídeo vasoativo intestinal 
o Gastrina 
o Secretina 
o Liberação de cininas pelas glândulas 
gastrointestinais, e outras substancias no lúmen 
do trato intestinal: 
o Calicidina e bradicinina – Pontente 
vasodilatadores, responsáveis pela 
dilatação intensa da mucosa 
o Redução Da quantidade de oxigênio na parede 
intestinal, que ocorre durante a intensa atividade 
metabólica da mucosa e da parede intestinal, 
causando o aumento da vasodilatação e fluxo 
sanguíneo pelo aumento da concentração de 
ADENOSINA (forte vasodilatador) 
 
 
FISIOLOGIA Weslley Jonathan P2 
 
 
 
 
 
INGESTÃO ALIMENTAR 
 
MASTIGAÇÃO 
- Os dentes são adaptados para a mastigação: Os anteriores 
(incisivos) são responsáveis por cortar o alimento, 
enquanto os posteriores (molares) atuam triturando 
- A maior parte dos músculos da mastigação é inervada pelo 
ramo motor do quinto nervo craniano (nervo trigêmeo) 
- O processo de mastigação é controlado por núcleos no 
tronco encefálico 
- A mastigação é importante para ocorrer a digestão dos 
alimentos → Acontece porque as enzimas digestivas só 
agem nas superfícies das particulares de alimento, pois a 
intensidade também depende da área de superfície total 
que é exposta as secreções digestivas 
 
Reflexo da mastigação: 
o A mastigação é ocasionada pelo chamado reflexo 
da mastigação 
o A presença do bolo alimentar ocasiona a inibição 
reflexa dos músculos da mastigação, permitindo 
que a mandíbula inferior se abaixe 
o O estiramento dos músculos mandibulares, 
causado pelo relaxamento, ocasiona a contração 
reflexa que eleva a mandíbula 
o A contração reflexa causa o cerramento dos 
doentes e comprime o bolo alimentar contra as 
paredes da cavidade bucal, ocasionando 
novamente o relaxamento reflexo 
o O processo se repete novamente 
 
DEGLUTIÇÃO 
- A deglutição é um processo complexo, pelo fato de a 
faringe servir como uma passagem comum da respiração e 
da deglutição 
- A faringe se converte por apenas alguns segundos em um 
trato de propulsão alimentar 
A deglutição conta com três estágios: 
1. Estágio voluntário – Inicia o processo de deglutição 
2. Estágio faríngeo – É um processo involuntário que 
corresponde a passagem do alimento pela faringe 
até o esôfago 
3. Estágio esofágico – Outra fase involuntária, 
responsável por transportar o alimento da faringe 
ao estomago 
 
ESTÁGIO VOLUNTÁRIO DA DEGLUTIÇÃO 
- Corresponde ao estágio voluntário em que o bolo 
alimentar é engolido 
- Basicamente quando o bolo alimentar está pronto, a 
pressão da língua para cima e para trás contra o palato 
empurra o bolo alimentar para faringe 
- Após o bolo alimentar entrar na faringe, o processo passa 
a ser quase totalmente automático 
 
ESTÁGIO FARÍNGEO INVOLUNTÁRIO DA DEGLUTIÇÃO 
- Quando o bolo alimentar atinge a parte posterior da 
cavidade bucal e a faringe, as áreas de receptores epiteliais 
da deglutição ao redor da abertura da faringe é ativado → 
Os pilares tonsilares enviamimpulsos para o tronco 
encefálico que iniciam contrações musculares faríngeas 
automáticas 
 
Processo da deglutição: 
1. O palato mole é empurrado para cima, fechando 
a parte posterior da cavidade nasal e evitando o 
refluxo de alimento 
2. As pregas palatofaríngeas em cada lado da faringe 
são empurradas medialmente e se aproximam, 
formando uma fenda sagital por onde o alimento 
deve passar para a parte posterior da faringe 
▪ Essa fenda desempenha ação seletiva, 
facilitando a passagem do ambiente 
▪ Esse estágio da deglutição dura menos 
que um segundo, e qualquer objeto 
grande é geralmente barrado de passar 
para o esôfago 
3. As cordas vocais da laringe se aproximam, a 
laringe é puxada para cima e para frente pelos 
músculos do pescoço e ao mesmo tempo, essas 
ações combinadas com a presença de ligamentos 
impedem que a epiglote se mova para coma, 
fazendo ela se mover para trás e bloqueando a 
passagem da faringe 
▪ O conjunto desses efeitos impede a 
passagem do alimento para o nariz e para 
traqueia 
FISIOLOGIA Weslley Jonathan P2 
 
▪ A justaposição das cordas vocais é 
importante para evitar a passagem do 
alimento a traqueia, mas a epiglote evita 
que o alimento chegue até elas 
4. O movimento da laringe para cima puxa e dilata a 
abertura do esôfago, fazendo com que o esfíncter 
superior (ou faringoesofágico) relaxem e o 
alimento se mova da faringe posterior para o 
parte superior do esôfago 
▪ O esfíncter faringoesofágico permanece 
contraído entre as deglutições, evitando 
a passagem de ar para o esôfago durante 
a respiração 
▪ O levantamento da laringe também 
eleva a glote, a afastando do fluxo 
principal do alimento oque faz com que 
ele passe nos lados da epiglote em vez de 
ao longo da sua superfície, conferindo 
uma proteção adicional contra a entrada 
de alimentos na traqueia 
5. Quando a laringe é elevada e o esfíncter superior 
relaxa, toda a parede muscular da faringe se 
contrai da parte superior e para baixo, 
impulsionando o alimento para o esôfago pelos 
movimentos peristálticos 
 
INICAÇÃO NERVOSA DO ESTÁGIO FARINGEO: 
o As áreas táteis da parte posterior da boca e 
da faringe mais sensíveis para a iniciação do 
estágio faríngeo, se situa em um anel ao 
redor da abertura da faringe com maior 
sensibilidade nos pilares tonsilares 
o Os impulsos dessas áreas transmitem os 
impulsos para o bulbo, através dos nervos 
trigêmeo e glossofaríngeo pelo trato solitário 
ou por nervos intimamente associados ao 
bulbo 
o As áreas neuronais da substancia reticular do 
bulbo e das porções inferiores das ponte 
desencadeia estágios sucessivos do processo 
de deglutição → Essas áreas do bulbo e da 
ponte são denominadas CENTRO DA 
DEGLUTIÇÃO 
o Os impulsos motores do centro da deglutição 
para a faringe e para parte superior do 
esôfago, causam a deglutição e são 
transmitidos pelo quinto, nono, décimo e 
décimo segundo nervo craniano 
O centro de deglutição inibe o centro respiratório da 
respiratório do bulbo durante o tempo de deglutição, 
interrompendo o ciclo respiratório por cerca de 6 segundos 
 
ESTÁGIO ESOFÁGICO DA DEGLUTIÇÃO 
- O estágio esofágico conta com dois tipos de contrações 
peristálticas: Peristaltismo primário e o peristaltismo 
secundário 
 
Peristaltismo primário: 
o É a continuação da onda peristáltica que surgiu na 
faringe e que se prolongou para o esôfago, 
durante o estagio faríngeo da deglutição 
o Essa onda faz o percurso da faringe até o estomago 
em cerca de 8 a 10 segundos 
o O alimento engolido por uma pessoa em pé, desce 
mais rápido do que a própria onda peristáltica 
devido o auxilio da gravidade 
 
Peristaltismo secundário: 
o Surgem quando a onda peristáltica primária não 
consegue mover para o estomago todo o alimento 
que entrou no esôfago 
o Essas ondas surgem do próprio esôfago pelo 
alimento retido, e se continuam até seu 
esvaziamento completo 
o As ondas secundárias são deflagradas por circuitos 
neuronais intrínsecos do sistema nervoso 
mioentérico e também por reflexos iniciados na 
faringe que foram transmitidas para o bulbo 
através das fibras vagais e retornou para o esôfago 
por fibras aferentes vagais e glossofaríngeas 
 
MUSCULATURA DA PAREDE FARÍNGEA 
- A musculatura da parede faríngea e do terço superior do 
esôfago é composta por musculo estriado → As ondas 
peristálticas nessa região são controladas por impulsos em 
fibras nervosas motoras de musculo esquelético dos nervos 
glossofaríngeo e vago 
- Nos dois terços inferiores, a parede do esogado é 
composta por musculo liso → Essa porção é controlada 
pelo s nervos vagos, que atuam por meio de conexões com 
o sistema nervoso mioentérico esofágico 
Quando os ramos do nervo vago para o esôfago são 
cortados, o plexo mioentérico fica excitável o suficiente 
para causar, após vários dias, ondas peristálticas 
secundarias fortes mesmo sem o refluxo vagal 
 
ESFÍNCTER ESOFÁGICO INFERIOR 
- Se localiza na parte final do esôfago, cerca de 3cm acima 
da sua junção com oestomago 
- É composto por um musculo circular esofágico que 
funciona com um esfíncter 
- Nas condições normais, o esfíncter permanece contraído 
e gera uma pressão intraluminal no esôfago de 
aproximadamente 30 mmHg → Essa contração reflexa é 
responsável por evitar o refluxo do conteúdo gástrico para 
o esôfago, evitando que a parte mais acima do esôfago, que 
não é resistente ao ácido gástrico, seja prejudicado. 
- Quando a onda peristáltica chega a porção final do 
esôfago, há o relaxamento desse esfíncter oque permite a 
passagem do alimento para o estomago → RELAXAMENTO 
RECEPTIVO 
- Outro fator que evita o refluxo é o mecanismo chamado 
“válvula de curta porção do esôfago”, que causa o 
fechamento do esôfago no ponto que há o aumento da 
pressão intra-abdominal → Caso não houvesse essa 
válvula, o ácido gástrico poderia refluir para o esôfago 
durante a respiração, fala ou tosse 
 
FISIOLOGIA Weslley Jonathan P2 
 
FUNÇÕES MOTORAS DO ESTÔMAGO 
 - As funções motoras do estomago estão associados a: 
o Armazenar grande quantidade de alimento, até 
que ele possa ser processado no estomago, no 
duodeno e nas demais partes do intestino delgado 
o Formar o quimo, através da mistura desse 
alimento com as secreções gástricas 
o Esvaziar lentamente o quimo do estomago para o 
intestino delgado, em uma vazão compatível com 
a digestão e absorção adequada no intestino 
delgado 
 
 
FUNÇÃO DE ARMAZENAMENTO DO ESTOMAGO 
- A medida em que o alimento entra no estomago, formam-
se na porção oral (2/3 do corpo) círculos concêntricos de 
alimento 
- O alimento mais recente fica mais perto da abertura 
esofágica, enquanto o alimento mais antigo fica mais 
próximo da parede externa do estomago 
- O REFLEXO VASOVAGAL é responsável pelo 
armazenamento do alimento dentro do estomago → A 
medida em que o alimento distende o estomago, o reflexo 
vasovagal envia sinais para o tronco encefálico que enviam 
sinais de volta para o estomago, causando a diminuição do 
tônus da parede muscular, e permitindo que a parede se 
estenda para armazenar mais alimento 
 
MISTURA E PROPULSÃO DO ALIMENTO NO ESTOMAGO 
- Os sucos digestivos do estomago são secretados pelas 
células gástricas que estão presentes em toda a extensão 
da parede do corpo do estomago (exceto na curvatura 
estreita) 
- Quando o alimento está no estomago, ondas constritivas 
peristálticas fracas se iniciam na porção media a superior 
da parede gástrica e deslocam-se em direção ao antro → 
ONDAS DE MISTURA 
- As ondas de mistura ficam mais intensas a medida em que 
a percorrem em direção ao antro, e geram um potente 
potencialde ação peristáltica → São formados anéis 
constritivos que forçam o conteúdo antral sobre pressão 
cada vez maior na direção do piloro 
 
Função de mistura do alimento: 
o Os anéis constritivos atuam também misturando 
os conteúdos gástricos 
o Cada vez que a onda peristáltica percorre a parede 
antral na direção do piloro, o conteúdo gástrico é 
comprimido no antro em direção ao piloro 
o Como o piloro é pequeno, apenas alguns mililitros 
de conteúdo antral é ejetado para o duodeno a 
cada onda peristáltica 
o Simultaneamente, a a onda peristáltica quando se 
aproxima do piloro faz com que o musculo pilórico 
se contraia e impeça o esvaziamento → Com isso, 
grande parte do conteúdo antral é lançado de 
volta na direção do corpo do estomago e o 
conteúdo gástrico é misturado 
o O quimo é formado após ter sido misturado com 
as secreções gástricas e passa para o intestino → 
O grau de fluidez com que ele deixa o estomago, 
depende das quantidades relativas de alimento, 
água e das secreções e do grau de digestão que 
ocorreu 
 
ESVAZIAMENTO DO ESTOMAGO 
- O esvaziamento é promovido por intensas contrações 
peristálticas no antro gástrico, enquanto a resistência a 
passagem do quimo pelo piloro diminui o esvaziamento 
 
BOMBA PILÓRICA: 
o Na maior parte do tempo, as ondas peristálticas 
estomacais são fracas e servem apenas para a 
mistura do alimento com as secreções gástricas 
o Com o passar do tempo, as contrações se tornam 
mais intensas, se iniciando na porção media do 
órgão e progredindo como ondas peristálticas 
fortes em sentido caudal 
o A constrição intensa formam anéis de constrição 
que causam o esvaziamento do estomago, e as 
contrações começam a se iniciar mais 
proximalmente no corpo do estomago a medida 
em que o esvaziamento ocorre 
o Quando o tônus pilórico é normal, cada onda 
peristáltica força grandes mililitros de quimo para 
o duodeno 
 
PILORO: 
o Consiste na abertura distal do estomago 
o A espessura da musculatura circular é maior que 
as porções anteriores do antro gástrico e 
permanece em leve contração tônica na maior 
parte do tempo 
o A contração tônica normal permite que ocorra a 
passagem de água e outros líquidos do estomago 
para o duodeno, mas evita a passagem de 
partículas de alimentos até terem sido misturadas 
no quimo para consistência quase liquida 
o O grau de constrição do piloro aumenta ou diminui 
sob influencia de sinais nervosos e hormonais, 
tanto do estomago quanto do duodeno 
A velocidade/intensidade em que o estomago se esvazia 
depende dos sinais vindos do estomago e do duodeno, 
porém sendo mais intensos os sinais advindo do duodeno 
→ O esvaziamento do quimo para o duodeno ocorre em 
intensidade menor que a que o quimo possa ser digerido e 
absorvido no intestino delgado 
 
 
FISIOLOGIA Weslley Jonathan P2 
 
REGULAÇÃO DO ESVAZIAMENTO GÁSTRICO 
o Quanto maior o volume gástrico, maior será o 
ritmo de esvaziamento → Isso ocorre porque a 
dilatação da parede gástrica desencadeia reflexos 
mioentéricos locais que acentuam a atividade da 
bomba pilórica e não porque causa do aumento da 
pressão de armazenamento 
o Gastrina – Liberados pelas células G em resposta a 
produtos da digestão da carne, estimula a 
secreção de suco gástrico pelas células gástrica, 
exerce efeitos sobre as funções motoras e 
intensifica a bomba pilórica 
 
INIBIÇÃO DO ESVAZIAMENTO PELO DUODENO 
Efeito inibitório dos reflexos nervosos pelo duodeno: 
o Quando o quimo entra no duodeno, são 
desencadeados múltiplos reflexos nervosos com 
origem na parede duodenal → Esses reflexos 
voltam para o estomago e retardam ou 
interrompem o esvaziamento, se o volume do 
duodeno for excessivo 
o Os reflexos são mediados por três vias: 
1. Diretamente do duodeno para o estomago, pelo 
sistema nervoso entérico da parede intestinal 
2. Nervos extrínsecos que vão aos gânglios 
simpáticos pré-vertebrais e retornam pelas fibras 
simpáticas inibidoras que retornam a estomago 
3. Pelos nervos vagos que vão ao tronco encefálico, 
onde inibem os sinais excitatórios normais 
transmitidos ao estomago pelos ramos eferentes 
dos vagos 
o Os reflexos possui o efeito de inibir as contrações 
propulsivas (bomba pilórica) e de aumentar o 
tônus do esfíncter pilórico 
 
- Os fatores que desencadeiam reflexos inibidores 
enterogástricos incluem: 
1. Distensão do duodeno 
2. Presença de qualquer irritação da mucosa 
duodenal 
3. Acidez do quimo duodenal – Sempre que ocorre 
queda do pH do quimo, os reflexos bloqueiam a 
sua passagem para o duodeno até que o quimo 
possa ser neutralizado por substancias 
pancreáticas e outras secreções 
4. Osmolalidade do quimo – Ocorre reflexos 
inibitórios com o intuito de evitar o fluxo rápido de 
líquidos não isotônicos para o intestino delgado, 
evitando mudanças rápidas da concentração de 
eletrólitos do LEC durante a absorção intestinal 
5. Presença de determinados produtos da 
degradação química do quimo, especialmente da 
degradação de proteínas e em menor grau de 
gorduras – Os reflexos inibitórios sevem para 
assegurar um tempo suficiente de digestão de 
proteínas no duodeno e no intestino delgado 
 
FEEDBACK HORMONAL DO DUODENO: 
o Os hormônios liberados pelo trato intestinal 
superior inibem o esvaziamento gástrico → O 
principal estimulo para liberação desses 
hormônios é a entrada de gorduras no duodeno 
o Quando a gordura entra no duodeno, provocam 
liberação de diversos hormônios pelo epitélio 
duodenal e jejunal que são transportados pelo 
sangue para o estomago e que inibem a bomba 
pilórica e aumenta a força de contração do 
esfíncter pilórico 
o A inibição do esvaziamento gástrico é importante 
porque as gorduras são digeridas de forma mais 
lenta que os outros nutrientes 
 
Hormônios envolvidos: 
o Colecistonina (CCK) – Liberado pela mucosa do 
duodeno e o mais potente dos hormônios 
inibitórios, bloqueiam a motilidade gástrica causa 
pela gastrina e é liberado em resposta a 
substancias gordurosas 
o Secretina – Liberada principalmente pela mucosa 
duodenal, em resposta ao acido gástrico que sai do 
estomago pelo piloro 
o Peptídeo insulinotrópico dependente de glicose 
(GIP) – Liberado pelo intestino delgado superior 
em resposta ao aumento de gordura, sua principal 
função é a de estimular a secreção de insulina pelo 
pâncreas, e possui pouco efeito de diminuir a 
motilidade gastrointestinal 
 
MOVIMENTOS DO INTESTINO DELGADO 
- Os movimentos do intestino delgado também podem ser 
classificados como contrações de mistura e contrações de 
propulsão, mas essa distinção é superficial porque todo o 
movimento do intestino delgado causa essas duas coisas. 
 
 
CONTRAÇÕES DE MISTURA (CONTRAÇÕES DE SEGMENTAÇÃO) 
 
- Quando a porção do intestino delgado é distendida pelo 
quimo, o estiramento da parede intestinal provoca 
FISIOLOGIA Weslley Jonathan P2 
 
contrações concêntricas localizadas, espaçadas ao longo do 
intestino e com duração de fração de minuto → As 
contrações causam segmentações do intestino delgado 
- Quando uma série de contrações de segmentação se 
relaxa, outra se inicia mas em pontos diferentes do 
intestino → As contrações de segmentação dividem o 
quimo duas a três vezes por minuto, oque promove a 
mistura do alimento com as secreções do intestino delgado 
- A frequência de ondas lentas determinam a frequência 
máxima das contrações de segmentação → A frequência 
das ondas lentas não ultrapassam 12 por minuto no 
duodeno e no jejuno, oque significa que a frequência 
máxima das contrações de segmentação também são cerca 
de 12 por minuto 
- A máxima frequência ocorre apenasem condições 
extremas de estimulação → No íleo terminal a frequência 
máxima normalmente é de 8 a 9 contrações por minuto 
O fármaco atropina pode bloquear a atividade do sistema 
nervoso entérico e deixar as contrações de segmentação 
muito fracas, mesmo o musculo liso sendo responsável por 
essas contrações 
 
MOVIMENTOS PROPULSIVOS 
- O quimo é impulsionado por ondas peristálticas que se 
movem em direção ao anus 
- As contrações são mais rápidas no intestino proximal e 
mais lentas na porção terminal 
- As contrações são muito fracas e cessam depois de 
percorrer 3 a 5cm, possuindo um movimento resultante de 
em média 1 cm/min 
 
CONTROLE NERVOSO E HORMONAL DO PERISTALTISMO 
- A atividade peristáltica aumenta bastante após as 
refeições, devido a distensão da parede do duodeno pelo 
quimo 
- O reflexo gastroentérico provocado pela distensão do 
estomago e conduzido pelo plexo mioentérico da parede 
do estomago até o intestino, também é responsável por 
aumentar atividade peristáltica 
- As funções das ondas peristálticas é também de distribuir 
o quimo ao longo da mucosa intestinal 
o Quando o quimo entra no intestino, as contrações 
peristálticas o distribui ao longo do intestino e 
esse processo se intensifica com a entrada de 
mais quimo 
o Quando o quimo chega a válvula ileocecal, fica 
retido por várias horas até o momento que a 
pessoa faça outra refeição → Nesse momento, o 
reflexo gastroileal intensifica o peristaltimos no 
íleo e força o quimo a atravessar a válvula 
ileocecal para o ceco do intestino grossos 
 
- Os hormônios podem ser dividido em hormônios que 
intensificam a motilidade e os hormônios que a diminui: 
Aumento da motilidade Diminuição da motilidade 
GASTRINA SECRETINA 
CCK GLUCAGON 
INSULINA 
MOTILINA 
SEROTONINA 
 
SURTO PERISTALTICO 
- É um peristalse intensa e rápida causada por irritação 
intensa da mucosa intestinal, como em casos graves de 
diarreia infecciosa 
- O fenômeno é desencadeado por reflexos nervosos que 
envolvem o sistema nervoso autônomo e o tronco cerebral 
e em parte pela intensificação intrínseca de reflexos no 
plexo mioentérico da parede do trato intestinal 
- As intensas contrações percorrem longas distâncias do 
intestino delgado em questões de minutos, varrendo os 
conteúdos do intestino para o cólon e aliviando o intestino 
delgado do quimo irritativo e da distensão excessiva 
 
VÁVULA ILEOCECAL 
- Se prolonga para o lúmen do ceco, sendo fechada quando 
o aumento da pressão no ceco empurra o conteúdo contra 
a abertura da válvula 
- A válvula é circundada por uma musculatura circular → 
ESFÍNCTER ILEOCECAL 
- O esfíncter ileocecal permanece levemente contraído e 
retardada o esvaziamento do conteúdo ileal para o ceco, 
mas após as refeições o reflexo gastroileal intensifica o 
peristaltismo no íleo, lançando o conteúdo ileal no ceco 
 
 
Controle por feedback: 
o O grau de contração do esfíncter e a intensidade 
do peristaltismo no íleo terminal são controlados 
por reflexos originados no ceco 
o Quando o ceco se distende, a contração do 
esfíncter ileocecal se intensifica e o peristaltismo 
ileal é inibido para retardar o esvaziamento do íleo 
para o ceco 
o Qualquer irritação do cedo retarda o 
esvaziamento → Na apendicite, a irritação do 
apêndice causa espasmo intenso do esfíncter 
ileocecal e paralisia parcial do íleo, bloqueando o 
esvaziamento do íleo no ceco 
o Os reflexos do ceco para o esfíncter ileocecal e o 
íleo são mediados pelo plexo mioentérico na 
parede do trato intestinal, pelos nervos 
autônomos extrínsecos e por meio de gânglios 
simpáticos pré-vertebrais 
 
 
FISIOLOGIA Weslley Jonathan P2 
 
MOVIMENTO DO CÓLON 
- As principais funções do cólon são: Absorção de água e 
eletrólitos do quimo para formar fezes sólidas e o 
armazenamento de material fecal até o momento em que 
possa ser expelido 
- A metade proximal do cólon está envolvida na absorção, 
enquanto a metade distal no armazenamento 
- Os movimentos do cólon são muito lentos, devido a falta 
de necessidade de movimentos rápidos para o cólon 
exercer suas típicas funções 
- Os movimentos também podem ser divididos em 
propulsores e movimentos de mistura 
 
 
MOVIMENTOS DE MISTURA (HAUSTRAÇÕES) 
- São movimentos de segmentação, semelhantes ao do 
intestino delgado, no qual grandes constrições cirfculares 
ocorrem no intestino grosso 
- Cada constrição possui extensão de cerca de 2,5cm de 
musculo circular contraído, podendo restringir o lúmen do 
cólon até ser quase ocluído 
 
 
- O músculo longitudinal do cólon se reúne em três faixas 
longitudinais, denominadas TÊNIAS CÓLICAS → Quando se 
contraem junto com as faixas circulares e longitudinais de 
musculo, a porção não estimulados do intestino grosso se 
infla em sacos denominados HAUSTRAÇÕES 
- Cada haustração atinge uma intensidade máxima de 30 
segundos e desaparece nos próximos 60 segundos → 
Algumas podem se mover lentamente na direção do anus, 
durante a contração, em especial no ceco e no cólon 
ascendente e contribuir com propulsão do conteúdo 
colônico para adiante 
- Após poucos minutos, novas haustrações surgem em 
áreas próximas, e então todo o material fecal é revolvido 
no intestino grosso e é exposto gradualmente a superfície 
mucosa do intestino grosso → Isso permite que os líquidos 
e substancias dissolvidas sejam progressivamente 
absorvidos 
 
MOVIMENTOS PROPULSIVOS (MOVIMENTOS DE MASSA) 
- Contrações haustrais lentas e persistentes são 
responsáveis pela grande parte da propulsão no ceco e no 
cólon ascendente 
- O quimo demora de 8 a 15 horas para se mover da válvula 
ileocecal pelo cólon, passando a ser fecal quando se 
transforma de material semilíquido em material 
semissólido 
- Do ceco ao sigmoide os movimentos de massa assumem 
papel propulsivos → Esses movimentos ocorrem apenas de 
1 a 3 vezes por dia, e em muitas pessoas em cerca de 15 
minutos após o desjejum 
 
Movimento de massa: 
o Tipo movimento de peristaltismo 
o Primeiramente, a distensão ou irritação em um 
ponto do cólon (geralmente o transverso) causa a 
formação de um anel constritivo 
o Em 20cm ou mais do cólon distal ao anel 
constritivo, as haustrações desaparecem e o 
segmento passa a se contrair como uma unidade 
→ Ocorre então a impulsão do material fecal em 
massa, para regiões mais adiante no cólon 
o A contração se desenvolve progressivamente por 
volta de 30 segundos, e o relaxamento ocorre nos 
próximos 2 a 3 minutos 
o Ocorrem outros movimentos de massa, sendo 
uma série de movimentos que se mantem por 10 
a 30 segundos, forçando a massa de fezes para o 
reto, surgindo a vontade de defecar 
o A irritação do cólon pode iniciar intensos 
movimentos de massa → Quando a pessoa 
desenvolve uma colite ulcerativa, os movimentos 
de massa persistem quase todo o tempo 
 
Reflexos gastrocólicos e duodenocólicos: 
o O reflexo pela distensão do estomago e do 
duodeno, facilita o aparecimento dos movimentos 
de massa após as refeições 
o São transmitidos pelo sistema nervoso autônomo 
 
DEFECAÇÃO 
- O reto fica vazio, sem fezes, a maior parte do tempo 
devido ao esfíncter funcional entre o sigmoide e o reto e 
também pela angulação aguda do local que contribui com 
resistência adicional 
- Quando o movimento de massa força as fezes para o reto, 
surge a vontade de defecar com contração reflexa do reto 
e o relaxamento do esfíncteres anais 
FISIOLOGIA Weslley Jonathan P2 
 
A passagem do material fecal para o ânus é evitada pela 
constrição tônica de dois músculos: 
o ESFINCTER ANAL INTERNO – Musculo liso espesso, 
com vários comprimentos da regiãodo anus 
o ESFINCTER ANAL EXTERNO – Composto por 
musculo estriado esquelético, controlado por 
fibras nervosas do nervo pudendo que faz parte do 
sistema nervoso autônomo, sendo controlado 
voluntariamente (ele fica contraído até que os 
sinais conscientes causem o seu relaxamento) 
 
REFLEXOS DA DEFECAÇÃO 
- A defecação é iniciado por reflexos de defecação que 
podem ser reflexo intrínseco ou reflexo de defecação 
parassimpática 
 
Reflexo intrínseco: 
o Mediado pelo sistema nervoso entérico local na 
parede do reto 
o A distensão da parede retal pelas fezes 
desencadeia sinais aferentes que se propagam 
pelo plexo mioentérico, dando início a ondas 
peristálticas no cólon descendente, sigmoide e no 
reto 
o A medida em que a onda peristáltica se aproxima 
do anus, ocorre relaxamento do esfíncter anal 
interno por sinais inibidores do plexo mioentérico 
o A defecação ira ocorrer se o esfíncter anal externo 
estiver relaxado consciente e voluntariamente 
o Normalmente o reflexo intrínseco mioentérico é 
relativamente fraco, dependendo do reflexo de 
defecação parassimpático para provar a defecação 
 
 
 
 
 
 
Reflexo de defecação parassimpático: 
o Esse reflexo envolve os segmentos sacros da 
medula espinal 
o Quando as terminações nervosas no reto são 
estimuladas, os sinais são transmitidos para a 
medula espinal e volta para o cólon descendente, 
sigmoide, reto e ânus por fibras nervosas 
parassimpáticas nos nervos pélvicos 
o Os sinais parassimpáticos intensificam as ondas 
peristálticas e relaxam o esfíncter anal interno, 
tornando o reflexo de defecação mioentérico 
intrínseco fraco em um processo intenso de 
defecação que é efetivo para o esvaziamento do 
intestino grosso 
o Sinais de defecação que entram na medula espinal 
iniciam outros efeitos: Inspiração profunda, 
fechamento da glote e contração dos músculos da 
parede abdominal → Esses efeitos forçam os 
conteúdos fecais do cólon para baixo, e faz com 
que o assoalho pélvico se relaxe e se projete para 
baixo, oque empurra o anel anal para baixo e 
elimina as fezes 
o A pessoa pode provocar esses reflexos 
propositalmente pela respiração profunda, 
movimento do diafragma para baixo e contração 
da musculatura abdominal para aumentar a 
pressão abdominal e forçar o conteúdo fecal para 
o reto e causar novos reflexos → Esses reflexos 
quase nunca são eficazes, comparados com os 
reflexos que surgem naturalmente

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