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DCDiurno PenalGeral AEstefam Aula37e38 061115 RKardous

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DELEGADO CIVIL DIURNO 
CARREIRAS JURÍDICAS 
Damásio Educacional 
 
MATERIAL DE APOIO 
Disciplina: Direito Penal – Parte Geral 
 Professor: André Estefam 
Aulas: 37 e 38 | Data: 06|11|15 
 
 
 
ANOTAÇÃO DE AULA 
SUMÁRIO 
 
CAUSAS EXTINTIVAS DA PUNIBILIDADE (continuação) 
1. Prescrição 
2. PPP 
_____________________________________________________________________________________________ 
1. Prescrição 
Períodos prescricionais: resultam dos termos iniciais (art. 111, CP) e causas interruptivas (art. 117, CP). Ou 
seja, a PPP é contada em 3 períodos então a prescrição precisa ser verificada em cada período. 
1) termos iniciais: 
- regra: 
Inciso I: crimes consumados; o termo inicial a data da consumação. 
Inciso II: crimes tentados: o termo inicial é na dato do último ato executório 
Inciso III: crimes permanentes: o termo inicial a data da cessação da permanência 
Exceção: No caso dos crimes de bigamia e falsificação de registro civil, a prescrição só começa a correr quando o 
fato torna-se conhecido. Nos crimes sexuais contra menor de 18 anos, a prescrição começa acorrer quando a 
vítima tiver 18 anos ou quando proposta a ação começa a contagem do prazo (só vale para fatos após 
18.05.2012). 
2) Causas interruptivas: 
I) recebida a denúncia ou queixa 
II) pronúncia 
III) acórdão confirmatório da pronuncia 
IV) publicação da sentença (1ª condenação) ou acórdão condenatório recorrível (acórdão que reforma a sentença 
absolutória condenando o réu (o acordo confirmatório da condenação não é causa interruptiva) 
Consumação ---- recebimento da den/queixa ---- condenação recorrível ---- trans. Julg. 
 1º período 2º período 3º período 
Extensão dos efeitos interruptivos 
1. subjetiva: a interrupção da prescrição em relação a um dos agentes se estende a todos 
 
 
 
 Página 2 de 5 
2. objetiva: a interrupção do prazo em relação a um dos crimes se estende aos demais crimes conexos que sejam 
objetivo do mesmo processo. 
- causas suspensivas da prescrição: art. 116, CP. (rol exemplificativo). 
“Art. 116 - Antes de passar em julgado a sentença final, a 
prescrição não corre: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 
11.7.1984) 
I - enquanto não resolvida, em outro processo, questão de que 
dependa o reconhecimento da existência do crime; (Redação dada 
pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
II - enquanto o agente cumpre pena no estrangeiro. 
Parágrafo único - Depois de passada em julgado a sentença 
condenatória, a prescrição não corre durante o tempo em que o 
condenado está preso por outro motivo. (Redação dada pela Lei 
nº 7.209, de 11.7.1984)” 
 
I) suspensão do processo por questão prejudicial (Ex.: processo de bigamia. Em quanto no civil estiver resolvendo 
essa questão, a prescrição no processo penal fica suspensa) 
II) cumprimento de pena no exterior 
Art. 366, CPP: suspensão do processo por citação por edital (outra causa suspensiva) 
“Art. 366. Se o acusado, citado por edital, não comparecer, nem 
constituir advogado, ficarão suspensos o processo e o curso do 
prazo prescricional, podendo o juiz determinar a produção 
antecipada das provas consideradas urgentes e, se for o caso, 
decretar prisão preventiva, nos termos do disposto no art. 312. 
(Redação dada pela Lei nº 9.271, de 17.4.1996)” 
Art. 89, lei 9099/96: suspensão condicional do processo (outra causa suspensiva). 
“Art. 89. Nos crimes em que a pena mínima cominada for igual ou 
inferior a um ano, abrangidas ou não por esta Lei, o Ministério 
Público, ao oferecer a denúncia, poderá propor a suspensão do 
processo, por dois a quatro anos, desde que o acusado não esteja 
sendo processado ou não tenha sido condenado por outro crime, 
presentes os demais requisitos que autorizariam a suspensão 
condicional da pena (art. 77 do Código Penal). 
§ 1º Aceita a proposta pelo acusado e seu defensor, na presença 
do Juiz, este, recebendo a denúncia, poderá suspender o 
processo, submetendo o acusado a período de prova, sob as 
seguintes condições: 
I - reparação do dano, salvo impossibilidade de fazê-lo; 
 
 
 
 Página 3 de 5 
II - proibição de freqüentar determinados lugares; 
III - proibição de ausentar-se da comarca onde reside, sem 
autorização do Juiz; 
IV - comparecimento pessoal e obrigatório a juízo, mensalmente, 
para informar e justificar suas atividades. 
§ 2º O Juiz poderá especificar outras condições a que fica 
subordinada a suspensão, desde que adequadas ao fato e à 
situação pessoal do acusado. 
§ 3º A suspensão será revogada se, no curso do prazo, o 
beneficiário vier a ser processado por outro crime ou não efetuar, 
sem motivo justificado, a reparação do dano. 
§ 4º A suspensão poderá ser revogada se o acusado vier a ser 
processado, no curso do prazo, por contravenção, ou descumprir 
qualquer outra condição imposta. 
§ 5º Expirado o prazo sem revogação, o Juiz declarará extinta a 
punibilidade. 
§ 6º Não correrá a prescrição durante o prazo de suspensão do 
processo. 
§ 7º Se o acusado não aceitar a proposta prevista neste artigo, o 
processo prosseguirá em seus ulteriores termos.” 
 
Obs.: a causa interruptiva zera a contagem, começando do zero a contagem e a suspensiva bloqueia a contagem, 
continuando de onde parou. 
b) em concreto (exceção): calculada com base na pena aplicada 
b.1) retroativa: quando verificada antes da condenação (período 1 e 2) 
b.2) superveniente ou intercorrente: quando verificada após a condenação (período 3) 
- Para ser calculada precisa de três pressupostos: 
1. condenação 
 + 
2. ocorra a impossibilidade de aumento da pena aplicada (Ex.: quando transita em julgado para a acusação, sobrando só o 
recurso da defesa, que em recurso a pena não pode ser aumentada ou quando há o improvimento do recurso acusatório) 
Ex.: crime de furto consumado. A prescrição em abstrato seria 8 anos: 
cons. (12.01.08) --- rec. (11.01.13) --- cond. (10.01.14 – 1 ano de condenação) --- TJ 
 1º 2º 3ª 
 
 
 
 Página 4 de 5 
Houve apelação só da defesa, transitando em julgado para a acusação. Então o prazo da prescrição em 
concreto seria 4 anos, retroagindo a prescrição para o primeiro período) (Lei 12.234 de 5.05.10: extinguiu a 
prescrição retroativa do período 1, ou seja, nos casos atuais, só pode ocorrer prescrição retroativa no período 2 
só a prescrição em abstrato, e não mais no período 1) (a sessão de julgamento tem que ocorrer antes que haja a 
prescrição em concreto) (lembrar que se ocorrer a prescrição no período 3, é a prescrição superveniente ou 
intercorrente) (a prescrição antecipada ou virtual ou pela pena em perspectiva) (Sumula 438: não cabe prescrição 
reprovativa ou virtual) 
3. PPE: 
▪ Prazos: precisa verificar qual a pena aplicada (privativa de liberdade, restritiva de direito ou multa) 
- Requisitos para privativa de liberdade 
a) parâmetro: pena aplicada se apenas for cumprida em parte, aplica-se a prescrição no restante da pena. 
b) tabela: do art. 109, CP 
c) reincidência (sumula 220, STJ:): reincidência antecedente (ao tempo da sentença), o prazo ira ser aumento em 
1/3 
Súmula 220, STJ: A reincidência não influi no prazo da prescrição 
da pretensão punitiva. 
d) idade do agente: reduz pela ½. 
Requisito para a restritiva de direto: 
a) parâmetro: valor da privativa de liberdade substituída na sentença, ou seja, a pena que seria de privativa de 
liberdade 
b) tabela do art. 109, CP. 
c) idade do agente 
Requisitos para a multa: (lembrar que amulta é dívida de valor e por isso segue as regras do CTN e Lei de 
execução fiscal) 
1. termos iniciais: 
a) transito em julgado para acusação 
b) revogação do sursis 
c) revogação do livramento condicional. A base de cálculo é o restante da pena 
d) interrupção do cumprimento da pena, salvo no caso do art. 41, CP (superveniência de doença mental no 
cumprimento da pena, então neste caso, não interrompe a prescrição). A base de cálculo é o restante da pena 
 
 
 
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2. causas interruptivas: art. 117, V e VI, CP 
“Art. 117 - O curso da prescrição interrompe-se: 
(...) 
V - pelo início ou continuação do cumprimento da pena; (Redação 
dada pela Lei nº 9.268, de 1º.4.1996) 
VI - pela reincidência. (Redação dada pela Lei nº 9.268, de 
1º.4.1996)” 
a) início ou continuação do cumprimento da pena (durante o cumprimento da pena não corre a PPE) 
b) reincidência futura ou subsequente: condenado fugiu e no período de fuga cometeu outro crime e continua 
foragido. O prazo da prescrição será zerado, mas por conta do princípio da inocência, não pode aplicar essa causa 
de imediato, precisando aguardar o transito em julgado do novo crime para aplicar a causa interruptiva, mas 
neste caso, a data não será do transito em julgado e sim da data do novo crime. 
Causa suspensiva: art. 116, parágrafo único: durante o cumprimento da pena não corre a PPE, inclusive quanto a 
outras condenações 
“Parágrafo único - Depois de passada em julgado a sentença 
condenatória, a prescrição não corre durante o tempo em que o 
condenado está preso por outro motivo. (Redação dada pela Lei 
nº 7.209, de 11.7.1984)”

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