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DIREITO PENAL II - PRESCRIÇÃO - EXERCÍCIOS COMENTADOS

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EXERCÍCIOS SOBRE PRESCRIÇÃO PENAL COM GABARITO
I. Questões de múltipla escolha
1. Acerca do instituto da prescrição penal e seus efeitos, assinale a opção correta:
a) A partir do trânsito em julgado da sentença penal condenatória, começa a correr o prazo da prescrição da pretensão punitiva
b) O reconhecimento da prescrição da pretensão punitiva significa que o réu pode ser considerado reincidente caso pratique novo crime
c) Ocorrendo a prescrição da pretensão executória, o título executório é formado com o trânsito em julgado; entretanto, o Estado perde o direito de executar a sentença penal condenatória.
d) Ocorrendo a prescrição da pretensão executória, a vítima não tem à sua disposição o título executivo judicial para promover a liquidação e execução cível.
2. (OAB/PR-2006-1) Sobre a prescrição no Direito Penal, assinale a alternativa CORRETA:
a) A prescrição não se aplica aos crimes hediondos e aos a eles equiparados, em virtude da extrema gravidade.
b) A prescrição aplica-se a todo e qualquer delito.
c) A prescrição somente começa a fluir a partir do recebimento da denúncia.
d) A prescrição da pretensão executória aplica-se, também, às penas pecuniárias e restritivas de direito.     
3. A respeito do regime legal da prescrição no Código Penal, tendo por base ocorrência do fato na data de hoje, assinale a alternativa correta.
a) A prescrição, depois da sentença condenatória com trânsito em julgado para a acusação, regula-se pela pena aplicada, não podendo, em nenhuma hipótese, ter por termo inicial data anterior à da denúncia ou queixa.
b) A prescrição da pena de multa ocorrerá em 2 (dois) anos, independentemente do prazo estabelecido para a prescrição da pena de liberdade aplicada cumulativamente.
c) Se o réu citado por edital permanece revel e não constitui advogado, fica suspenso o processo, mantendo-se em curso o prazo prescricional, que passa a ser computado pelo dobro da pena máxima cominada ao crime.
d) São causas interruptivas do curso da prescrição previstas no Código Penal, dentre outras, o recebimento da denúncia ou da queixa, a pronúncia, a publicação da sentença condenatória ou absolutória recorrível.
4. Considere os seguintes enunciados, relacionados com prescrição:
I. O art. 89, § 6.º, da Lei n.º 9.099/95, estabelece causa interruptiva de prescrição ao dispor que "não correrá a prescrição" durante o prazo da suspensão condicional do processo. 
II. Reconhecida a prescrição da pretensão punitiva, não prevalece nenhum efeito da sentença condenatória eventualmente existente.
III. Reconhecido crime continuado na sentença condenatória, não se computa o acréscimo da pena decorrente da continuação no cálculo da prescrição retroativa ou intercorrente. 
Estão corretos
a) todos os três.
b) nenhum dos três.
c) apenas I e II.
d) apenas I e III.
e) apenas II e III.
5. (OAB/SC-2007-1) Quanto à prescrição da pretensão executória. É certo afirmar:
a) Não incide sobre a medida de segurança aplicada ao inimputável.
b) Para a sua contagem, na pena imposta devem ser desconsideradas eventuais agravantes e causas de aumento especial de pena.
c) Ela é determinada pelo máximo da pena privativa de liberdade cominada em abstrato.
d) A sua contagem tem início com a publicação da sentença condenatória.    
Resposta: A prescrição da pretensão executória (art. 110, CP) é calculada, segundo a tabela do artigo 109 do Código Penal, pela pena concretamente aplicada, sendo que nesta será considerada as eventuais causas agravantes e atenuantes, bem como, as causas de aumento e diminuição da pena (da parte especial e da parte geral), segundo sistema trifásico (art. 68, CP).
Vale ressaltar que mesmo na prescrição da pretensão punitiva propriamente dita, em que o cálculo é feito pelo máximo da pena cominada, deve se computar as causas de aumento e diminuição, visto que são de observância obrigatória, usando o critério máximo predeterminado legalmente para as primeiras e o critério mínimo para as segundas. O mesmo não se pode dizer para as atenuantes e agravantes, nem para as circunstâncias judiciais (art. 59, CP), pois nenhuma delas possui quantum preestabelecido em lei.
     
 	O termo inicial da prescrição da pretensão executória não é a data da publicação da sentença condenatória (causa interruptiva da prescrição da pretensão punitiva), mas sim, na data: do trânsito em julgado para a acusação ou da improcedência do recurso; da revogação do livramento condicional da pena ou do sursis; ou ainda, do dia em que se interrompe a execução, salvo quando o tempo a interrupção deva computar-se na pena (art. 112, CP).
     
 	Correta a alternativa “a”, pois na omissão do Código Penal quanto à utilização ou não do instituto da prescrição em medidas de segurança, estabeleceu-se o entendimento na doutrina e jurisprudência no sentido de sua aplicabilidade apenas em casos de medida de segurança substitutiva (semi-imputáveis), tendo como base para o cálculo o quantum da pena substituída. Assim, em caso de inimputáveis, que recebem uma sentença absolutória (podendo ser própria ou imprópria) e não condenatória, não há prescrição. Entende-se, porém, que não iniciado o tratamento ambulatorial (medida de segurança restritiva) ou a internação (medida de segurança detentiva) dentro do prazo mínimo estabelecido pelo juiz para seu cumprimento, se faz necessário outro exame pericial para a constatação da continuação de sua periculosidade.
6. Sobre a prescrição, como causa extintiva da punibilidade, é correto afirmar-se que
a) as penas restritivas de direitos prescrevem na metade dos prazos previstos para a prescrição das penas privativas de liberdade.
b) verifica-se em oito anos, se o máximo da pena é superior a dois anos e não excede a seis.
c) as penas restritivas de direitos prescrevem nos mesmos prazos previstos para a prescrição das penas privativas de liberdade.
d) a prescrição, depois de transitar em julgado a sentença condenatória, regula-se pela pena em abstrato.
e) a prescrição da pretensão executória começa a correr do dia em que transitar em julgado a sentença para o réu.
7. José Pedro foi processado e condenado por rapto para fins libidinosos como incurso no art. 220 do Código Penal a uma pena de dois anos de detenção, que foi substituída por duas restritivas de direito, quais sejam, prestação de serviço à comunidade e multa. Em 25 de dezembro de 2004, a sentença condenatória transitou em julgado e o sentenciado passou ao cumprimento da pena imposta. Agora, José Pedro requereu a extinção da punibilidade com base no art. 107 do Código Penal. É CORRETO afirmar que:
a) diante da sentença condenatória com trânsito em julgado e iniciada a execução, o pedido formulado será indeferido;
b) a sentença será mantida, vez que a lei nova só retroage para beneficiar o réu;
c) diante dos princípios que regem os conflitos de direito intertemporal e ausente a prescrição da pretensão executória, o pedido de extinção de punibilidade será indeferido;
d) será decretada a extinção de punibilidade em face da abolitio criminis.
8. Em matéria de extinção da punibilidade, é possível assegurar que
a) as causas de aumento ou de diminuição, com exceção do concurso material, do concurso formal e do crime continuado, devem ser computadas no prazo prescricional.
b) as medidas de segurança não se sujeitam à prescrição.
c) a reincidência não interfere na prescrição da pretensão executória.
d) a prescrição admite interrupção, mas não suspensão.
e) é admissível pela prescrição da pretensão punitiva com fundamento em pena hipotética, independentemente da existência ou sorte do processo penal, segundo súmula do Superior Tribunal de Justiça.
II. Questões de V e F:
1. A pretensão punitiva, que nasce após a prática do crime, é a exigência de que o direito de punir do Estado prevaleça sobre o direito de liberdade do autor do crime, com a sujeição deste à pena cabível na espécie ( ). 
2. Os crimes hediondos, catalogados na Lei n.º 8072/90, são imprescritíveis ( ). 
3. A prescrição, antes de transitar em julgado a sentença final, para os crimes permanentes,começa a correr do dia em que o agente criminoso privou a vítima de sua liberdade ( ). 
4. No cômputo do prazo prescricional, o dia do começo é incluído, independentemente da hora em que tenha ocorrido ( ). 
5. Ocorrendo uma causa suspensiva da prescrição, sua incidência faz com que seja extinto ou desprezado o prazo decorrido antes da suspensão, recomeçando a correr o prazo por inteiro ( ). 
6. Às penas restritivas de direito são aplicados os mesmos prazos prescricionais encontrados para a pena privativa de liberdade que substituem ( ) 
7. A pena de multa sempre prescreverá em 2 anos ( ) 
8. No concurso de crimes, a extinção da punibilidade pela prescrição incidirá sobre a pena de cada um isoladamente ( ) 
9. Não se aplica a menoridade penal (18 a 21 anos) como causa redutora do prazo prescricional, se o agente criminoso alcançou a plena capacidade civil, pela emancipação ou pelo casamento ( ).
10. As hipóteses de redução do prazo prescricional previstas no art. 115, do CP são comunicáveis a co-autores e participes na forma do art. 30 do CP ( ).
III. Questões de responder
1. Caracterize a chamada prescrição antecipada, projetada ou virtual.
2. Qual o menor e o maior prazo prescricional no sistema brasileiro? 
3. Para sabermos se houve incidência da prescrição da pretensão punitiva propriamente dita de um determinado crime quais as circunstâncias que devemos considerar?
4. Em quanto tempo prescreve a pena de multa?
IV. Problemas
1. Em 13/06/2009, o Ministério Público denunciou Felipe da Rosa Martins, 23 anos, por ter, em 11/01/2004, praticado o delito de perigo de contágio venéreo, com intenção, previsto no artigo 130, §1.º do Código Penal. A denúncia foi recebida em 18/06/2009. Em 20/06/2010, o Magistrado extinguiu a punibilidade do réu, em decorrência da prescrição. Analise se a decisão do Magistrado foi correta apontando os fundamentos que justificam a resposta.
 	
A pena máxima para o delito é de 4 anos, conforme nos informa o tipo penal do crime em questão. Se depreende do disposto no artigo 109, IV, do CP, que para esse parâmetro, o prazo prescricional é de 8 anos. Felipe da Rosa Martins à época do fato tinha menos de 21 anos, sendo-lhe aplicável a regra do art. 115, do CP. Portanto, aplicando-se a causa de redução, o prazo prescricional será de 4 anos. 
 	Assim, pode-se afirmar que o Magistrado decidiu corretamente, porque entre a data do fato e o recebimento da denúncia passaram-se bem mais de 4 anos. 
2. Em 13/09/2005, o Ministério Público denunciou Silvio Vilaverde, 33 anos, pela prática do delito previsto no art. 22, §único, da Lei 7.492/1986, por ter promovido, sem autorização legal, saída de moeda para o exterior no período entre 07/05/1999 e 07/09/2001. A denúncia foi recebida em 20/09/2005. Na sentença, em 22/09/2008 o Magistrado condenou Jonas a 2 anos de reclusão e 90 dias-multa no valor de 1/10 do salário mínimo. Transitou em julgado a sentença para o Ministério Público. Poderia ser alegado com sucesso a extinção da punibilidade em virtude da prescrição? Fundamente sua resposta.
 	A pena aplicada a Silvio Vilaverde foi de 2 anos de reclusão e 90 dias-multa no valor de 1/10 do salário mínimo. Tendo transitada em julgado para o Ministério Público, calcula-se a prescrição pela pena concretizada na sentença. 
 	Cumpre observar que o prazo prescricional para a pena de multa cumulada será o mesmo da pena privativa de liberdade, conforme dispõe o art. 114, II do CP. Assim, na presente hipótese, ao encontrar o prazo prescricional este será aplicado para ambas penas concretizadas na sentença.
 	Segundo pode-se observar no art. 109, V, do CP, o prazo prescricional é de 4 anos. Entre o último fato e o recebimento da denúncia passaram-se 4 anos e 13 dias. Assim, está prescrita a pretensão punitiva pela prescrição em concreto retroativa. 
 	Por fim, há de se fazer uma última ponderação. Em que pese o disposto na lei 12.234/2010 que impossibilita a contagem do prazo prescricional em concreto antes do oferecimento da denúncia, tal lei, por se tratar de lei nova que afeta direito material do acusado, não retroage. Portanto, tal lei só se aplica aos fatos ocorridos após a entrada em vigor da referida lei, em 05/06/2010.
 	Assim, na situação hipotética narrada, a alegação da prescrição em favor do réu efetivamente extinguiria a punibilidade e seria a tese vencedora. 
3. Em 10/06/2005, o Magistrado da 1ª Vara Criminal da Comarca de Santa Maria recebeu denúncia oferecida contra Thiago Rodrigues pela prática do crime de lesão corporal grave – art. 129, §1º, I, do CP – decorrente de conduta praticada em 13/08/2003. Em 10/06/2007, foi prolatada sentença absolutória. Contra a decisão, o Ministério Público interpôs recurso de apelação. Em 10/05/2010 o Tribunal de Justiça deu provimento ao apelo do Ministério Público e condenou Thiago a 1 (um) ano e 10 (dez) meses de reclusão. O acórdão transitou em julgado para o Ministério Público. Há no caso incidência de prescrição? Fundamente.
 	No caso há incidência de prescrição, tendo em vista que a sentença absolutória (conforme o art. 117) não é causa interruptiva da prescrição. Somente a condenatória é que produz tal efeito. Entre 10/06/2005 e 10/05/2010 houve o decurso do prazo prescricional de 4 anos, correspondente à penal concretizada 1 (um) ano e 10 (dez) meses de reclusão. 
4. Em quanto tempo prescreve um crime de roubo praticado mediante arma de fogo contra uma mulher grávida? E se na hipótese o crime fosse tentando?
Resposta:
Roubo = reclusão de 4 a 10 anos – art. 157
Mulher grávida = agravante – art. 61 (já estamos lidando com a pena máxima)
Arma de fogo – majorante = 1/3 até ½
Tentativa= Minorante = 1/3 até 2/3
Prescrição da Pretensão Punitiva Abstrata
Máximo de pena = 10 + 1/2 (10) = 10 anos + 5 anos  = 15 anos.
Para essa quantia de pena, a prescrição é de 20 anos conforme art. 109, Inciso I.
Tentativa
15 – 1/3 (de 15) 
15 – 5 anos = 10 anos
Para essa quantia de pena, a prescrição será de 16 anos conforme art. 109, inciso II.
5. João e Maria são coautores do crime de constrangimento ilegal. Em 01/01/1995 praticam o fato. Em 01/02/1996 são denunciados. Em 01/03/1997 sai publicada a sentença condenando João a 03 meses de detenção e Maria é absolvida. O MP indignado recorre e em 01/01/1998 o TJ condena Maria, também, a 03 meses de detenção. Não houve recurso da defesa. Há que se falar em prescrição em relação aos envolvidos?
 	Quando interrompe para João interrompe para Maria, não há que se falar em prescrição mesmo existindo um prazo superior a 3 anos entre o início do Processo de Maria (01/02/96) e sua efetiva condenação pelo tribunal (01/02/99) porque quando da condenação de João (01/03/97) o prazo prescricional dela também foi interrompido conforme dispõe o art. 117, § 1º primeira parte.
GABARITO
I. Questões de múltipla escolha
1. C
2. D
Resposta: Os crimes imprescritíveis são os que constituem a prática de racismo (art. 5º XLII, CF) e a ação de grupos armados, civis ou militares, contra a ordem constitucional e o Estado Democrático (art.5 º, XLIV, CF). O recebimento da denúncia não é termo inicial de prescrição (art. 111 CP), mas sim, causa interruptiva, voltando a fluir o seu prazo do início (arts. 117, I, §2º CP). Vale ressaltar que, diferentemente da prescrição no direito civil, a prescrição penal pode ser interrompida várias vezes. Correta alternativa “d” (arts 109 parágrafo único, 114 CP).
3. A
4. I. (trata-se de causa suspensiva e não interruptiva); II. Afirmação correta; III. Afirmação correta (Nos termos da Súmula 497 do STF, quando se tratar de crime continuado, a prescrição regula-se pela pena imposta na sentença, não se computando o acréscimo decorrente da continuação). RESPOSTA CORRETA: E
5. A. Resposta: A prescrição da pretensão executória (art. 110, CP) é calculada, segundo a tabela do artigo 109 do Código Penal, pela pena concretamente aplicada, sendo que nesta será considerada as eventuais causas agravantes e atenuantes, bem como, as causas de aumento e diminuição da pena (da parte especiale da parte geral), segundo sistema trifásico (art. 68, CP).
Vale ressaltar que mesmo na prescrição da pretensão punitiva propriamente dita, em que o cálculo é feito pelo máximo da pena cominada, deve se computar as causas de aumento e diminuição, visto que são de observância obrigatória, usando o critério máximo predeterminado legalmente para as primeiras e o critério mínimo para as segundas. O mesmo não se pode dizer para as atenuantes e agravantes, nem para as circunstâncias judiciais (art. 59, CP), pois nenhuma delas possui quantum preestabelecido em lei.
     
 	O termo inicial da prescrição da pretensão executória não é a data da publicação da sentença condenatória (causa interruptiva da prescrição da pretensão punitiva), mas sim, na data: do trânsito em julgado para a acusação ou da improcedência do recurso; da revogação do livramento condicional da pena ou do sursis; ou ainda, do dia em que se interrompe a execução, salvo quando o tempo a interrupção deva computar-se na pena (art. 112, CP).
     
 	Correta a alternativa “a”, pois na omissão do Código Penal quanto à utilização ou não do instituto da prescrição em medidas de segurança, estabeleceu-se o entendimento na doutrina e jurisprudência no sentido de sua aplicabilidade apenas em casos de medida de segurança substitutiva (semi-imputáveis), tendo como base para o cálculo o quantum da pena substituída. Assim, em caso de inimputáveis, que recebem uma sentença absolutória (podendo ser própria ou imprópria) e não condenatória, não há prescrição. Entende-se, porém, que não iniciado o tratamento ambulatorial (medida de segurança restritiva) ou a internação (medida de segurança detentiva) dentro do prazo mínimo estabelecido pelo juiz para seu cumprimento, se faz necessário outro exame pericial para a constatação da continuação de sua periculosidade.
6. Resposta: letra c, segundo o art. 109, parágrafo único, do CP. 
7. D
8. A
II. Questões de V e F:
1. ( V ). 
2. ( F ). {nos incisos XLII e XLIV do art. 5.º, CF}
3. ( F ) {art. 111, III, CP}
4. ( V ). {Prazo penal, conta de acordo com art. 10, CP}.
5. ( F ). {Somente a causa interruptiva zera o prazo}.
6. ( V ) {parágrafo único do art. 109, CP}
7 ( F ) {art. 114, CP} 
8. ( V ) {art. 119, CP}
9. ( F ).
10. ( F ).
III. Questões de responder
1. É uma espécie de antecipação da prescrição retroativa, antes de prolatada a sentença penal. Utilizam-se os mesmos marcos temporais da prescrição retroativa (termos a quo e ad quem) sem que ainda se tenha, entretanto, uma pena em concreto fixada, projeta-se o prazo prescricional pela pena que possivelmente será fixada e reconhece-se a prescrição retroativa antecipadamente. Daí o nome de “prescrição antecipada”.
          Em que pese opiniões favoráveis de vários doutrinadores, a tese não tem boa aceitação na jurisprudência dos tribunais, visto que seu reconhecimento se daria com base em uma possível pena concreta a ser aplicada em uma sentença que ainda não existe.
         Inclusive, recentemente o STJ aprovou a Súmula n.º 438, consagrando o entendimento de inadmissibilidade da prescrição antecipada. Isso, contudo, não impede que alguns julgadores continuem reconhecendo em determinados casos concretos referida espécie prescricional, considerando que o entendimento sumulado in casu não é vinculante.
          Para aqueles que entendem que a prescrição virtual deve ser adotada, impende reconhecer que a Lei n.º 12.234/2010 impõe  agora não ser mais possível reconhecer a prescrição com base na pena em concreto (virtual ou real) referente a prazos anteriores ao recebimento da denúncia; ou seja, torna-se impossível reconhecer a prescrição virtual relativa a crimes que ainda não são objeto de denúncia ou queixa.
2. O menor prazo prescricional brasileiro é de 1 ano e 6 meses conforme art. 109, inciso VI cominado com art. 115 e o maior prazo prescricional brasileiro é de 26 anos e 8 meses conforme art. 109, inciso I cominado com art. 110 última parte.
3. Devemos considerar as circunstâncias que tenham a capacidade de modificar os limites do tipo, causas de aumento ou diminuição da seguinte forma: havendo uma majorante utilizaremos a que mais aumente; havendo uma minorante utilizaremos a que menos diminua ambas no sentido de se conseguir a pior pena possível.
4. A pena de multa conforme art. 114, incisos I e II do CP prescrevem: a. Em 2 anos se a pena de multa for a única cominada no tipo; b. Em 2 anos se a multa for a única pena aplicada no caso; c.  O Prazo da Prescrição da Pena Privativa de Liberdade caso a multa seja cominada abstratamente e alternativamente com ela (1 a 4 anos ou multa = 8 anos); d. O Prazo da Prescrição da Pena Privativa de Liberdade caso a multa seja cominada abstratamente e cumulativamente com ela (1 a 4 anos e multa = 8 anos); e.  O Prazo da Prescrição da Pena Privativa de Liberdade caso a multa seja aplicada conjuntamente com ela (art. 118); f. Prescrição da Pena de Multa da Pretensão Executória se dá em 5 anos (art. 51 cominado com art. 174 do CTN;
IV. Problemas
1. A pena máxima para o delito é de 4 anos, conforme nos informa o tipo penal do crime em questão. Se depreende do disposto no artigo 109, IV, do CP, que para esse parâmetro, o prazo prescricional é de 8 anos. Felipe da Rosa Martins à época do fato tinha menos de 21 anos, sendo-lhe aplicável a regra do art. 115, do CP. Portanto, aplicando-se a causa de redução, o prazo prescricional será de 4 anos. 
 	Assim, pode-se afirmar que o Magistrado decidiu corretamente, porque entre a data do fato e o recebimento da denúncia passaram-se bem mais de 4 anos. 
2. A pena aplicada a Silvio Vilaverde foi de 2 anos de reclusão e 90 dias-multa no valor de 1/10 do salário mínimo. Tendo transitada em julgado para o Ministério Público, calcula-se a prescrição pela pena concretizada na sentença. 
 	Cumpre observar que o prazo prescricional para a pena de multa cumulada será o mesmo da pena privativa de liberdade, conforme dispõe o art. 114, II do CP. Assim, na presente hipótese, ao encontrar o prazo prescricional este será aplicado para ambas penas concretizadas na sentença.
 	Segundo pode-se observar no art. 109, V, do CP, o prazo prescricional é de 4 anos. Entre o último fato e o recebimento da denúncia passaram-se 4 anos e 13 dias. Assim, está prescrita a pretensão punitiva pela prescrição em concreto retroativa. 
 	Por fim, há de se fazer uma última ponderação. Em que pese o disposto na lei 12.234/2010 que impossibilita a contagem do prazo prescricional em concreto antes do oferecimento da denúncia, tal lei, por se tratar de lei nova que afeta direito material do acusado, não retroage. Portanto, tal lei só se aplica aos fatos ocorridos após a entrada em vigor da referida lei, em 05/06/2010.
 	Assim, na situação hipotética narrada, a alegação da prescrição em favor do réu efetivamente extinguiria a punibilidade e seria a tese vencedora. 
3. No caso há incidência de prescrição, tendo em vista que a sentença absolutória (conforme o art. 117) não é causa interruptiva da prescrição. Somente a condenatória é que produz tal efeito. Entre 10/06/2005 e 10/05/2010 houve o decurso do prazo prescricional de 4 anos, correspondente à penal concretizada 1 (um) ano e 10 (dez) meses de reclusão. 
4. Resposta:
Roubo = reclusão de 4 a 10 anos – art. 157
Mulher grávida = agravante – art. 61 (já estamos lidando com a pena máxima)
Arma de fogo – majorante = 1/3 até ½
Tentativa= Minorante = 1/3 até 2/3
Prescrição da Pretensão Punitiva Abstrata
Máximo de pena = 10 + 1/2 (10) = 10 anos + 5 anos  = 15 anos.
Para essa quantia de pena, a prescrição é de 20 anos conforme art. 109, Inciso I.
Tentativa
15 – 1/3 (de 15) 
15 – 5 anos = 10 anos
Para essa quantia de pena, a prescrição será de 16 anos conforme art. 109, inciso II.
5. Quando interrompe para João interrompe para Maria, não há que se falar em prescrição mesmo existindo um prazo superior a 3 anos entre o início do Processo de Maria (01/02/96) e sua efetiva condenação pelo tribunal (01/02/99) porque quando da condenação de João (01/03/97) o prazo prescricionaldela também foi interrompido conforme dispõe o art. 117, § 1º primeira parte.

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