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DELEGADO CIVIL DIURNO CARREIRAS JURÍDICAS Damásio Educacional MATERIAL DE APOIO Disciplina: Direito Penal Geral Professor: André Estefam Aulas: 29 e 30 | Data: 20/10/2015 ANOTAÇÃO DE AULA SUMÁRIO 1.CONCURSO DE CRIMES 2.TEORIA DA PENA 1.CONCURSO DE CRIMES - (continuação) Art. 29 - Quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas a este cominadas, na medida de sua culpabilidade. § 1º - Se a participação for de menor importância, a pena pode ser diminuída de um sexto a um terço. § 2º - Se algum dos concorrentes quis participar de crime menos grave, ser-lhe-á aplicada a pena deste; essa pena será aumentada até metade, na hipótese de ter sido previsível o resultado mais grave. Circunstâncias incomunicáveis Art. 30 - Não se comunicam as circunstâncias e as condições de caráter pessoal, salvo quando elementares do crime. Casos de impunibilidade Art. 31 - O ajuste, a determinação ou instigação e o auxílio, salvo disposição expressa em contrário, não são puníveis, se o crime não chega, pelo menos, a ser tentado. Requisitos: 1 – Pluralidade de Pessoas. 2 – Relevância causal das condutas. 3 – Vínculos subjetivos: (unidade de desígnios |identidade de propósitos). - Basta à adesão (aderir, somar-se) ao propósito criminoso que se torna um objetivo comum. - Não se exige o acordo prévio (“pacta sceleris”). 4 – Unidade de infração: é a conseqüência prevista no - O Código Penal no concurso de pessoas adotou a Teoria Monista e ou Unitária. Página 2 de 4 Cuidado: Exceções pluralistas na Teoria Monista – Exemplo: aborto (124 e 126); corrupção (317 e 333). ***São casos em que duas ou mais pessoas concorrem para o mesmo resultado. Artigo 29, “caput”, do Código Penal. - Teoria Monista Parágrafo 1º - instituto da participação de menor importância, ou seja, trata-se da reduzida influência causal. O partícipe que teve uma participação de menor importância, de reduzida influência causal e a sua conseqüência será em uma causa de diminuição de pena, ou seja, redução de 1|6 a 1|3. Parágrafo 2º - concorrência (espécie) dolosamente distinta. Se um dos concorrentes quis participar de crime menos grave, ser-lhe-á aplicada a pena deste. ***Para alguns autores este parágrafo é destinado ao partícipe. - Mas cabe para a figura do co-autor também. Artigo 30 do Código Penal. - Circunstâncias incomunicáveis. Dados de um tipo penal se dividem em: Elementares – essenciais para a existência de um crime. (são comunicáveis) Circunstanciais – assessórios. *Algumas circunstancias são incomunicáveis. Circunstâncias: - Objetiva – são *comunicáveis - Subjetiva – de caráter pessoal e ou de natureza psicológica (são incomunicáveis). Para que a elementar e a circunstância se comuniquem, é preciso que ela seja conhecida e ou no mínimo previsível. Artigo 31 do Código Penal. - Participação impunível – (natureza acessória da participação) A participação somente é punível se o crime (executor) chegar ao menos a tentar a praticar o crime. TEORIA EXTENSIVA - Adotada pelo Código Penal de 1940. Autor: todo o concorrente; Coautor: mais de 1 concorrente; Partícipe: ninguém. Página 3 de 4 TEORIA RESTRITIVA - Adotada pela reforma pós 1984. Autor: realiza o verbo nuclear; Coautor: pratica atos executórios; Partícipe: auxílio material e ou moral. TEORIA DOMINIO DO FATO Autor é o individuo que detém o domínio do fato, ou seja, o controle final sobre a realização do fato criminoso. Duas espécies de autor: - Imediato (direto) – é aquele que tendo o domínio do fato (sempre) realiza a conduta nuclear. - Mediato (indireto) – é aquele que tem o domínio do fato e se utiliza de um terceiro com um instrumento de sua vontade e, será o terceiro que realizará a conduta. ***Solução: artigo 20, parágrafo 2º do Código Penal – erro determinado por terceiro. Autor: indivíduo que detém o controle final sobre a realização do fato criminoso. Coautor: ela ocorre quando ocorre uma divisão funcional de tarefa, ou seja, cada um se encarrega de sua parcela de tarefa que lhe fora incumbida (domínio funcional sobre a sua parcela). Partícipe: é o sujeito que presta o auxílio material ou moral (através do induzimento e ou instigação) e o conceito será sempre residual. 2.TEORIA DA PENA Princípios constitucionais ligados a pena. - Princípio da Dignidade humana (CF, 1º, III) - Princípio da Legalidade (CF, 5º, XXXIX e CP, 1º) - Princípio da Culpabilidade (CF, 5º, LVII) - Princípio da Retroatividade benéfica Principio da Individualidade | Personalidade | Intranscendência. - Artigo 5º, XLV, da CF. A responsabilidade penal é personalíssima. É a regra do artigo 107, I, do Código Penal – declara como causa extintiva da punibilidade. *** Os efeitos civis podem ultrapassar a pessoa do condenado – artigo 91 do Código Penal *** Princípio da Individualização da Pena. - artigo 5º, XLVI, da CF. Conferir um tratamento individualizado. Em três diferentes momentos: 1º - de cunho abstrato – Legislador; 2º - Juiz sentenciante – Sistema Trifásico (ferramentas ao Magistrado – artigos 59 a 68 do CP); 3º - Execução penal – Código Penal e Lei de Execuções Penais. Página 4 de 4 *Supremo Tribunal Federal 1 – HC 82959 – declarou a iniciação do regime integral fechado. Súmula Vinculante 26 2 – HC 97256 – da proibição de substituição de PPL (pena privativa de liberdade), por pena alternativa em tráfico de drogas. Resolução 12 (Senado Federal) 3 – HC 111.840 – declarou a inconstitucionalidade do regime inicial fechado (Lei 8072|90) 4 – HC 123316 – declarou a constitucionalidade do regime inicial fechado previsto na Lei de Tortura 9455|97.
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