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O PRINCÍPIO DA PROTEÇÃO EM XEQUE

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O PRINCÍPIO DA PROTEÇÃO EM XEQUE – ARION SAYÃO ROMITA
Amanda Abreu Ricardo
	Houve muitas mudanças na esfera do direito do trabalho, do Estado Novo até o atual trabalho industrial do modelo de organização fordista-taylorista que se forma no trabalhador do conhecimento e da informação. É de se esperar que as mudanças que ocorre na economia, tecnologia e política refletem na legislação que regula as relações de trabalho.
	
	Hoje a um constante estudo sobre os princípios do direito individual, coletivo e processual do trabalho. Tendo uma necessidade de tomar posição em face a transformação do direito do trabalho. Sendo o principio da proteção o primeiro a se estudar, mas apesar de falar em proteção, o direito em si tem função de regular a relação em busca da realização de justiça, e não de proteger um dos sujeitos da relação social. O direito do trabalho tem a função de regular as relações entre empregador e empregado.
O princípio da proteção pode ser enfocado por quatro diferentes prismas. São eles: 
Visão marxista: esta visão rejeita a noção de proteção, que desaparecerá com o desaparecimento do próprio direito; 
Visão fascista: o Direito do Trabalho, longe de proteger o trabalhador, nele vê apenas um dos fatores da produção. No regime corporativista, a legislação do trabalho não têm por fim proteger o empregado. Nesta visão, inconcebível é a noção de proteção dispensada pelo Direito do Trabalho ao empregado. 
Visão pragmática: encontra no tema proteção a melhor oportunidade para o suporte e o desenvolvimento das classes que se autointitulam protetoras do trabalhador. 
Visão realista (democrática): nesta visão a proteção dos trabalhadores representa uma conquista do estado social e democrático de direito. 
	É muito importante destacar, que existe um projeto de lei do Poder Executivo (Projeto de lei da Câmara n◦ 134/2001), ora em tramitação no Senado, segundo a lei só regulará as relações de trabalho na ausência de acordo ou convenções. Tal projeto não introduz inovação no Direito Brasileiro, apenas da seguimento à orientação que a Lei Maior já imprime à regulação de trabalho e à solução das controvérsias. 
Este projeto de lei visará os seguinte tópicos: 
* Negociação entre empregado e empregador; 
* Mudança do nível da negociação; 
* Mudança do tempo em que ocorre a negociação; 
* Mudança da natureza dos direitos negociados. 
	Atualmente, a negociação entre empregado e empregador se desenvolve nas Varas do Trabalho, quando o ajuizamento da reclamação pelo trabalhador que acabou de perder o emprego. Chamavam-se até pouco tempo atrás, Juntas de Conciliação e Julgamento, só se julgava se fracassasse a conciliação.
	Quando se fala em proteção admite-se com antecedência a existência de dois autores sociais, o protetor e o protegido, se o trabalhador sujeito mais fraco na relação, é o protegido sua posição de submissão se perpetua com a conseqüência exaltação da posição social do protetor. Na relação social é importante identificar o centro do poder, no caso da legislação brasileira que é autoritária e corporativista, quem assume o poder são os agentes estatais e os empresários. 
	A legislação trabalhista brasileira dita protecionista, está redenda em desproteção, sendo pela perpetuação da posição subalterna e submissa do trabalhador justificando a atuação dos protetores. 
	Há de se considerar a economia informal, já que esta movimenta equivalente a 450 bilhões de dólares por ano no sistema financeiro. Sendo que esta situação econômica e social reflete no particular, assim o trabalhador no setor formal, saí perdendo. Os dados estatísticos no qual o operário especializado brasileiro só não é o mais mal pago do mundo, pois há a situação do Siri Lanka. Após a CF/88 a renda mensal dos brasileiros entrou em declínio, esses índices repercutem diretamente na qualidade de vida. Há uma fonte de desigualdade econômica. Como efeito disso, há o rebaixamento do salário médio da população, perda de qualidade do emprego geral e redução da receita dos fundos sociais. A situação econômica da classe trabalhadora reflete a da população em geral.
	A regulamentação das relações de trabalho da Constituição, necessita de uma criteriosa modificação, devendo perseguir os objetivos de eliminar o entulho autoritário e corporativista, compatibilizar a regulamentação das relações de trabalho com a norma fundamental, podar os excessos da normatividade. O objetivo fundamental é a supressão do autoritarismo e do corporativismo.
	A Constituição fracassou, ao tentar introduzir elementos do método democrático, na regulamentação autoritária e corporativista que conservou. Causa disso é que, a negociação ocorre após o termino do contrato de trabalho. As reclamações trabalhistas são formuladas pelo empregado após a dispensa. A Justiça do Trabalho favorece o desempregado, quando devia ser o empregado. As ações deveriam ser propostas no curso da execução do contrato de trabalho e não após o seu fim.

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