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A Psicologia Jurídica e o Direito de Família Prof. Ms. Bruno Eduardo Silva Ferreira 1 A vara de família é o local no qual se julgam causas relacionadas ao direito de família; Julgam-se, entre outros temas: Questões ligadas à separação e divórcio; Guarda e visitação de filhos; Síndrome da Alienação Parental (SAP); É necessária a atuação interdisciplinar, complementar aos diversos saberes envolvidos. 2 AS VARAS DE FAMÍLIA Via de regra, são colocadas questões que não podem ser respondidas de maneira direta e inequívoca; O psicólogo pode atuar por demanda do juiz, no interesse das duas partes ou de apenas uma delas; Diferenças estruturais entre a clínica e a atuação no meio jurídico (autocensura, interesse pessoal); É preciso definir e esclarecer que lugar o psicólogo ocupa no meio jurídico; ATUAÇÃO NAS VARAS DE FAMÍLIA 3 Comumente, as partes costumam materializar seus conflitos em termos dos bens adquiridos; Isso, contudo, é apenas um deslocamento do real conflito: é preciso buscar o conteúdo velado (disputa de poder, punições por mágoas sofridas), para efetivamente resolver o litígio; Com esta visão, consegue-se não apenas a solução jurídica do processo, mas também a resolução emocional do mesmo. SEPARAÇÕES 4 O psicólogo pode trabalhar o processo de separação como uma oportunidade para o crescimento pessoal dos envolvidos; Esta forma de atuação pode prevenir o retorno dos conflitos deslocados (por não resolverem os conflitos latentes), bem como proporcionar uma melhor qualidade de vida para as pessoas. Muda-se o paradigma do conflito: de disputa, ele passa a ser visto como transição. SEPARAÇÕES 5 A separação conjugal pode gerar uma separação parental, na qual os pais disputam a criança. Frente a este situação, o psicólogo deve atuar com extremo cuidado: Os relatórios produzidos podem alimentar os conflitos prévios; Deixar a criança decidir pode lhe trazer problemas no futuro; Atualmente, busca-se preferencialmente a guarda compartilhada (Lei 11.698/2008); GUARDA DE FILHOS 6 Ambos os genitores mantém seu papel, dividindo o tempo que cada um passa com o(s) filho(s) de maneira equilibrada; Nos casos em que a guarda compartilhada se mostra inviável, sugere-se dar a guarda ao genitor que apresenta maior permissividade à presença do outro. A equipe multidisciplinar tem papel fundamental na implementação e no sucesso desta modalidade de guarda. GUARDA COMPARTILHADA 7 A Síndrome da Alienação Parental (SAP) é um distúrbio infantil que ocorre especialmente em menores expostos às disputas entre seus genitores; Se caracteriza por rejeição exagerada a um dos genitores, sem razão justificada para tal, e é causada por manipulação psicológica da criança por parte de um dos genitores contra o outro; Pesquisas indicam uma relação intensa de um dos genitores com a criança após o rompimento conjugal. SÍNDROME DA ALIENAÇÃO PARENTAL 8 Na SAP costuma-se: Denegrir o outro genitor; Sugerir que o outro é perigoso; Transmitir desagrado com todos os aspectos relativos ao outro, incluindo presentes e passeios; No tratamento da SAP é necessário reconhecer o papel de cada um dos envolvidos na instalação da síndrome; É preciso discernir a separação conjugal da função parental, para tratar estas questões separadamente. SÍNDROME DA ALIENAÇÃO PARENTAL 9
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