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PSICOSE EM FREUD
Aline de Freitas Tallarico
Curso de Especialização em PDB
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“As psicoses e não a psicose” 
L. Zolty
Apesar da diversidade, há traços comuns inegáveis na psicose.
Para Freud toda psicose é uma doença da defesa – tentativa desesperada para se preservar, para se livrar de uma representação inassimilável, que a maneira de um corpo estranho, ameaça sua integridade psíquica. 
Alucinações ou delírios são consequências derivadas da luta travada pelo eu, para se defender de uma dor insuportável.
Rejeição (Recusa da realidade/ Forclusão): representação psíquica superinvestida pelo eu, fica subitamente privada de qualquer significação. (autores traduzem por: desautorização, denegação, desmentido ou repúdio).
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Processo psicótico
1. Há o superinvestimento pelo eu de uma representação psíquica.
2. Rejeição – retirada violenta e maciça do investimento na representação - abolição da realidade, da qual a representação era a cópia psíquica (renegação).
3. Percepção pelo eu do pedaço rejeitado na forma de alucinação ou delírio, substituição da realidade.
Para Freud o eu da psicose se divide em duas partes:
 
Rejeitado Alucina 
Perdido e/ou pedaço arrancado como nova realidade 
Pedaço arrancado
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Rejeição da realidade B. Penot
 Conceito elaborado por Freud durante 30 anos:
Mecanismo defensivo (1908-1909), porém não havia termo específico para esclarecer rejeição de uma parte da realidade (neg. menino reconhecer a ausência do pênis na menina).
1916 – percepção como impensável 
1925 – recusa da realidade como conceito (ego clivado).
Conteúdo ser rejeitado antes mesmo de ser conhecido (RECUSA) como Freud concebera.
Autor utiliza termo Recusa de justiça – suspensão da função de julgamento.
Recusa oposição ao recalcamento: representação não foi subtraída à CS, mas teve valor não admitido, seu sentido reduzido.
 
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Segundo Laplanche e Pontalis (2oo1):
	“Recusa (da realidade) - Modo de defesa que consiste numa recusa por parte do sujeito em reconhecer a realidade de uma percepção traumatizante, essencialmente a da ausência de pênis na mulher. Este mecanismo é evocado por Freud em particular para explicar o fetichismo e as psicoses”.
Freud começa descrever a recusa em relação a castração, perante a ausência de pênis na menina as crianças “recusam ou negam esta falta, crêem ver, apesar de tudo, um membro...”. Progressivamente considerarão a ausência do pênis como resultado da castração.
Na medida em que a recusa incide na realidade exterior, Freud vê nela, em oposição ao recalque, o primeiro momento da psicose – o neurótico recalca as exigências do id e o psicótico recusa a realidade.
Fetichismo – possibilidade de elaborar o conceito de recusa. O fetichista perpetua duas posições inconciliáveis a recusa e o reconhecimento da castração feminina. Clivagem do sujeito em dois.
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PSICOSE (Laplanche e Pontalis, 2001)
Nos primeiros escritos Freud procura mostrar o conflito defensivo em ação contra a sexualidade, o que faz em relação a neurose. Ao mesmo tempo, tenta especificar os mecanismos originais da relação do sujeito com o exterior: rejeição radical para fora da CS (na alucinação) ou projeção originária da recriminação p/ o exterior.
1911 – 1914 retoma a questão (1ª Teoria do aparelho psíquico): relação entre os investimentos libidinais e os investimentos das pulsões do ego (Interesse) no objeto. Modo flexível de avaliar na clínica a “perda da realidade”, não deveria ser encarado de forma generalizada e indiscriminada.
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2ª Teoria do aparelho psíquico: na psicose começa por se produzir entre o ego e a realidade uma ruptura, que deixa o ego sob o domínio do id. Posteriormente, no delírio o ego reconstruiria uma nova realidade a partir dos desejos do id. Freud é levado a atribuir à própria realidade o papel de uma verdadeira força autônoma. Perdendo de vista a distinção entre investimento libidinal e interesse – relação adaptativa com a realidade fica comprometida.
Ex. Caso clínico 
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OBRIGADA!!