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* ELETROANALGESIA Prof. Ana Helena Lopes UNIFAFIBE 2012 * PULSO: evento elétrico isolado separado por um tempo finito do evento seguinte, descrito por: Sua amplitude mA, uA ou V; Sua duração em ms ou us; Seu tempo de subida e de declínio em ms ou us. FASE: corrente em uma direção por um tempo finito. Sinônimo de pulso uniderecional, portanto monofásico; FORMA DE ONDA: forma de representação visual de um pulso em uma marcação amplitude-tempo; INTERVALOS INTERPULSOS: tempo entre pulsos sucessivos; FREQUÊNCIA: número de pulsos por unidade de tempo; pulsos por segundo em Hz. RELEMBRANDO * TENS – Estimulação Elétrica Nervosa Transcutânea Baixa frequência: 1 a 150Hz Pulsos bidirecionais, assimétricos e compensados; Bidirecionais (bifásicos): evitar o efeito galvânico (concentração iônica + ou -); Assimétricos: diminuir o efeito da acomodação; Compensados: as duas fases + e – têm o mesmo tempo de duração e intensidade. * Tempo us Intensidade Mesmo tempo de duração + - Corrente Bifásica Assimétrica Compensada mA * DEFINIÇÃO - TENS Estimulação Elétrica Nervosa Transcutânea é um método de estimulação dos nervos periféricos através de eletrodos acoplados à pele com fins terapêuticos. A estimulação elétrica nervosa transcutânea é um valioso recurso físico para o alívio somático da dor, seja ela proveniente de lesões agudas ou mesmo decorrentes de processos crônicos. GUIRRO, R. * AVALIAÇÃO SUBJETIVA DA DOR * ELETROANALGESIA POR TENS Consiste na aplicação de eletrodos transcutâneos sobre a pele intacta com objetivo de estimular fibras nervosas grossas A-alfa (sensoriais) mielinizadas de condução rápida bem como as fibras motoras. Esta estimulação desencadeia a nível central, os sistemas analgésicos inibitórios sobre a transmissão nociceptiva conduzida pelas fibras não-mielinizadas de pequeno calibre, gerando desta forma a redução da dor. * ELETROANALGESIA POR TENS A frequência tem relação inversa com a duração do pulso elétrico. FREQUÊNICA ELEVADA (90-130Hz) DURAÇÃO DO PULSO PEQUENA VICE-VERSA * TIPOS DE TENS CONVENCIONAL ACUPUNTURA BREVE-INTENSO BURST * TENS BURST – TRENS DE PULSO Ocorre a modulação de frequência mais elevada para outra mais baixa (100 – 200 Hz e a modulação 10Hz) Diminui a resistência cutânea; Torna os estímulos mais eficazes e confortáveis. Consegue-se melhores resultados e mais conforto com o BURST modulado a 8Hz. Age nas comportas e na liberação de opióides endógenos; * Tempo Intensi dade TENS DE PULSO - BURST Alta frequência, pulso curto, alta intensidade em trens * TENS BREVE INTENSO Utiliza a frequência e a duração dos pulsos elevados; Permite estimulação sensorial e motora; Utilizado para eletroanalgesia localizada imediata; As intensidades devem ser elevadas; Tempo de aplicação: máximo 10 minutos. * TENS CONVENCIONAL Realiza somente estimulação sensorial; Age nas comportas da dor; A frequência (elevada) deverá estar entre 90 – 130Hz (40 – 150Hz); A duração dos pulsos deverão estar no menor valor disponível no equipamento; Intensidade: elevada – sensação de formigamento intenso ou pontadas; Não deve causar dor, nem contrações musculares; Tempo de estimulação: longo para liberar de GABA. Em média 30 a 60 minutos, 1 ou 2 vezes ao dia. Dores agudas respondem melhor a frequência elevada. * Tempo Intensi dade TENS CONVENCIONAL Alta frequência, pulso curto, baixa intensidade * TENS ACUPUNTURA Utiliza valores inversos ao modo convencional; Duração do pulso é elevado: 180 – 250useg; Frequência sempre abaixo de 10Hz; Intensidade: até a visualização de ligeiras contrações musculares; Libera beta endorfina, promove relaxamento muscular, retira toxinas e melhora o metabolismo local; Este modo é substituído pelo BURST por este demorar a se acomodar. Dores contínuas, profundas, de longa duração, responde melhor com baixa frequência; * Tempo Intensi dade TENS ACUPUNTURA Baixa frequência, pulso relativamente longo, alta intensidade * INDICAÇÕES Dores pós operatórias; Dores cervicais, Cervicobraquialgias; Dores Lombares, Ciatalgias e Torácicas; Dores de Cabeça, Face, Dentais e de ATM; Dores Articulares, Artrites, Bursites, Luxações, Entorses; Dores Musculares, Contusões, Miosites, Tendinites, Miofaciais; Dores de Câncer; Dores Viscerais Abdominais; Dores no Coto de Amputação; Neuropatias e Neurites; * PRECAUÇÕES Gravidez; Sobre os Olhos; Boca; Uso Interno; Problemas cardíacos na parede torácica anterior; AVC/AVE; Pacientes com alterações Mentais e Cognitivas; Dores não diagnosticadas; * CONTRA INDICAÇÕES Regiões próximas a marca passo; Nunca associar com estímulos térmicos; Abdômen de gestantes; Seios carotídeos: arritmias cardíacas; Região Faríngea: pode provocar interferência com a coordenação da respiração e da deglutição; Fístulas; Peles lesadas; Regiões de hipoestesia; * ORIENTAÇÕES PRÉVIAS Regular e observar como esta posicionado o aparelho; Questionar o paciente sobre as expectativas relacionadas ao aparelho; Quantidade de eletrodos a serem utilizados; Orientar o paciente quanto a alteração perceptiva da corrente elétrica; * DISPOSIÇÃO DOS ELETRODOS Cotidianamente encontramos várias literaturas e manuais, receitas prontas, determinando a melhor colocação dos eletrodos, assim como os parâmetros. Cada paciente é único! Deveremos fazer uma abordagem individual, mesmo que este tenha um diagnóstico clínico semelhante a de outros pacientes. Devemos nos lembrar que há uma série de fatores que poderão interferir nos estímulos elétricos (obesidade, processo inflamatório, consistência da pele, tipo de dor, etc) * DISPOSIÇÃO DOS ELETRODOS Avaliação da localização e tipo álgico LOCAL, SISTÊMICA (DIFUSA), IRRADIADA Tamanho e quantidade de eletrodos; NEVRÁLGICA: eletrodo deve seguir o trajeto do ramo nervoso e sempre colocar um eletrodo na raiz nervosa; Pode-se colocar os eletrodos seguindo os dermátomos, em caso de lesões cutâneas; Longitudinal, transversal ou cruzada; Extremos de uma musculatura ou sobre o ponto motor, em caso de dores mecânicas; Os pontos gatilhos ou de acupuntura; * A dor por compressão do nervo ciático, geralmente, se irradia desde os glúteos, passando pela região posterior da coxa e perna, podendo acometer também a região plantar dos pés. * Pontos Gatilhos: é uma área sensível à palpação, com dor referida. Dermátomos: a corrente passa através do eixo longo do dermátomo. * * Essas abordagens referentes às disposições dos eletrodos não são exclusivas. A escolha da posição do eletrodo é as vezes ditada por um resultado efetivo, ou seja, alívio da dor. Podem ser tentadas várias posições antes de conseguir bons resultados. * Quanto tempo dura a analgesia por TENS? Dependerá do quadro clínico que originou a dor do paciente e do tipo de dor. Exemplo: dor mecânica contínua, a analgesia será curta. * NÚMERO DE SESSÕES É impossível estabelecer previamente um número de sessões, pois as respostas dependerão de outros procedimentos utilizados concomitantemente e ao quadro clínico geral do paciente. Utilizar a Escala Visual Analógica. O tempo de tratamento deve ser diminuído gradualmente * CONCLUSÃO O uso do TENS é somente uma forma de estimulação antálgica; Deve-se investigar a causa desta sintomatologia; O TENS deve servir de complemento à outros procedimentos;
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