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Instituto Federal Catarinense – Campus Araquari Alberto Gonçalves Evangelista Clínica Médica de Pequenos Animais I 1 Doença Causa Transmissão Fatores Predisponen- tes Sinais Diagnóstico Tratamento Demodicose Demodex canis Demodex cati Demodex gatoi Demodex spp. Contato direto nos primeiros dias de vida. Imunodeficiência (Principalmente de Linfócitos), que pode ser por fatores primá- rios (Endocrinopatias, neoplasias, DM, FIV/FeLV, medicamen- toso, etc) ou secundá- rios (estro, gestação, lactação, etc) Lesões localizadas (cabeça, face, região periocular, focinho e membros), ou gene- ralizadas, alopecia, eritema, descama- ção, pápula, pústu- las, hiperpigmenta- ção, dor, exsudação, linfoadenomegalia, apatia, hipertermia e anorexia Anamnese Exame dermatológico Exame físico Exames complementa- res (Exame parasitoló- gico de raspado cutâ- neo profundo e histo- patologia da pele) Tópico - Xampu de peri- dróxido de benzoíla 2,5% (Banho a cada três dias) e no caso de pododemodi- cose, passar 1 mL de ami- traz em 30 mL de óleo mineral Causa de Base - Castra- ção e eliminar fator imu- nossupressor Sistêmico – Ivermectina oral (0,6 mg/Kg uma vez ao dia). Antibióticotera- pia com cefalexina 30 mg/Kg, duas vezes ao dia por via oral. Tratamento feito até se ter 3 exames negativos Escabiose Canina (Sarna Sar- cóptica) Sarcoptes sca- biei var. canis Contato direto (cães, humanos e fômites) Prurido intenso, pá- pulas, alopecia, eri- tema, crostas, desca- mação, escoriações, dermatite, emagreci- mento e linfadeno- patia. Lesões locali- zadas, que podem evoluir para genera- lizadas História clínica Sinais Clínicos Exames Complemen- tares (Exame parasito- lógico de raspado cu- tâneo superficial e re- flexo oto-pedal posi- tivo) Tópico – Banho com sar- nasol sabonete (Um ba- nho por dia por três dias, depois um banho a cada três dias, no total de oito banhos. Aplicação de Re- volution por três vezes, a cada 15 dias. Instituto Federal Catarinense – Campus Araquari Alberto Gonçalves Evangelista Clínica Médica de Pequenos Animais I 2 Manejo Ambiental – La- var casinha objetos, co- bertores e o quintal com Vaporeto Escabiose Felina (Sarna Notoédrica) Notoedres cati Doença contagiosa Prurido intenso, crostas, liquenifica- ção, alopecia, alope- cia, espessamento, descamação, escori- ação, linfadenopatia e anorexia. Geral- mente começa em pavilhão auricular, se disseminando por cabeça, face, pes- coço, membros e pe- rínio. Anamnese Achados dermatológi- cos Raspado de pele su- perficial Ivermectina injetável, 0,2 mg/Kg no subcutâneo, a cada sete dias, por três aplicações. Sarna Oto- décica Otodectes cynotis Doença contagi- osa, transmitida por contato direto Otite parasitária, maneios cefálicos, escoriação, cerúmen enegrecido, derma- tite auto infligida, crostas e descama- ção e oto-hematoma Lesões em orelha, face, cabeça, pes- coço ou ainda gene- ralizadas. Anamnese Achados dermatológi- cos em condutos audi- tivos Otoscopia Reflexo oto-pedal po- sitivo Exame de raspado de pele Swab auricular Citologia Limpeza do conduto au- ditivo com Cerumin e ivermectina (0,2-0,4 mg/Kg, via subcutânea, a cada 7 dias, por 4 aplica- ções). Dermatofi- tose Microsporum canis (zoofí- lico) Contado direto (pelo, caspas ou Imunossupressão (Animais jovens, com Lesões multifocais ou generalizadas em face, orelhas, patas e História clínica Achados dermatológi- cos Sistêmico - Itraconazol 10 mg/Kg, uma vez ao dia, Instituto Federal Catarinense – Campus Araquari Alberto Gonçalves Evangelista Clínica Médica de Pequenos Animais I 3 M. gypseum (geofílico) Tricophyton men- tagrophytes com o agente fún- gico), fômites (má- quina de tosa, ca- mas e caixas de transporte) ou pelo ambiente. doenças imunossu- pressoras ou medica- mentos, animais es- tressados), ambientes úmidos ou banhos ex- cessivos, e animais de pelos longos caudas, podendo apresentar prurido discreto, alopecia, descamação, eri- tema, crostas, pápu- las, pústulas, qué- rion dermatofítico, paroníqua, onicodis- trofia e pseudomice- toma dermatofítico Proprietários sintomá- ticos Lâmpada de Wood Tricograma Cultivo micológico com pelos, caspas e carpete Histopatológico por via oral, durante 30 dias. Ambiental – Clorexidine, diluído em 1:10, diaria- mente no canil/gatil Malassezí- ase Malassezia pachydermatis Levedura comen- sal, que se torna patógeno. Produção excessiva de cerúme, umidade, rompimento de bar- reira epidérmica, der- matopatias alérgicas ou bacterianas, corti- coideterapia ou uso de antibióticos. Prurido, caspas, des- camação, untuosi- dade, eritema, odor rançoso fétido, otite externa, alopecia, hi- perpigmentação e lidnificação. Lesões podem aparecer em dobras cutâneas, pe- rilabial, orelhas, foci- nho, interdigital, in- tertrigo e períneo Exame dermatológico Citologia por swab cu- tâneo de pele ou ou- vido Teste da fita adesiva Cetoconazol junto com o alimento, 10 mg/Kg, uma vez ao dia. Esporotri- cose Sporothrix schenckii Saprófita no solo e debris orgânicos, e arranhadura e mordedura por ga- tos infectados, com inoculação do agente Forma cutânea – Nó- dulos firmes e múlti- plos, drenantes e ul- cerados, placas ulce- radas de bordos ele- vados, lesões anula- res crostosas e alo- pécicas, sem pru- rido. Cultivo micológico de crostas e pelos Citologia aspirativa ou imprint Biópsia Diagnóstico diferencial de neoplasias, granu- Itraconazol 10 mg/Kg, uma vez ao dia, por via oral, sendo que o trata- mento durará até 30 dias após a cura Instituto Federal Catarinense – Campus Araquari Alberto Gonçalves Evangelista Clínica Médica de Pequenos Animais I 4 Forma cutâneo- lin- fática – Nódulo em membro e infecção ascendente por via linfática, com linfo- adenopatia regional em nódulos secun- dários ao trajeto. Forma disseminada é rara, em que o ani- mal apresenta hiper- termia, anorexia e apatia lomas por corpo estra- nho e dermatopatias imunomediadas Criptoco- cose Cryptococcus neoformans Inalação do agente no excremento de pombos Cães de caça, animais que passeiam em bos- ques, e animais da zona rural Lesões em narinas, ponte nasal, trato respiratório, região perilabial e leito un- gueal, com presença de abscessos, ulcera- ção, exsudação, nó- dulos e massas. Ani- mal pode apresentar uveíte e sinais neu- rológicos. Citologia aspirativa por imprint Biópsia Cultivo micológico Exame de líquido cé- falo-raquidiano Fluconazol, sendo que o tratamento deve ser mantido por 30 dias após a cura. Seborréia canina Primária – He- reditária Secundária – Agressão in- terna ou ex- terna, com al- teração na Hiperplasia epidér- mica (Demodicose, dermatofitose, derma- tite por contato irri- tante, etc), fatores en- dócrinos (hipoadre- Caspas, descamação, untuosidade, otite externa ceruminosa, prurido ausente, odor fétido, crostas, pelagem opaca e Anamnese – Pergun- tas sobre dieta e do- enças endócrinas Exame dermatológico e físico Citologia por swab cu- tâneo Tratar a causa de base Seborréia oleosa – Banho com peróxido de benzo- íla 2,5 a 5% Seborréia seca – Banho com Salisoap sabonete Instituto Federal Catarinense– Campus Araquari Alberto Gonçalves Evangelista Clínica Médica de Pequenos Animais I 5 proliferação, diferenciação ou descama- ção do epitélio nocorticismo e hipoti- reoidismo), fatores nutricionais (Deficiên- cia ou excesso de gli- cose, minerais, proteí- nas, ácidos graxos, etc) e fatores ambien- tais (baixa umidade, banhos excessivos) seca. Prurido na forma crônica. Pode induzir a pio- dermites e dermati- tes por Malassezia. Doença pode ser lo- calizada, dissemi- nada ou generali- zada Exames laboratoriais (Hemograma, uriná- lise, bioquímico sérico e testes endócrinos) Dermatite Seborreica – Antibioticoterapia e Roa- cutan 1 mg/kg, uma vez ao dia, por via oral Dermatite Alérgica a Picada de Pulga Reação de Hi- persensibili- dade tipo 1 à extratos da sa- liva de pulga, e da própria pulga, pelas substâncias antigênicas Transmissão da pulga Ctenocepha- lides canis ou C. fe- lis entre cães e ga- tos, respectiva- mente Lesões localizadas em região lombossa- cra dorsal, cozas caudomediais, ab- dome e flancos. Em gatos pode haver a dermatite miliar. Le- sões generalizadas aparecem em casos mais graves. Em ca- sos crônicos ocorre dermatite piotrau- mática, piodermite bacteriana secundá- ria. Otite externa e prurido podal/facial sugerem outras en- fermidades associa- das. Anamnese – Infesta- ção por Dipylidium ca- ninum Exames dermatológi- cos – Morfologia e dis- tribuição das lesões e presença de pulgas ou fezes de pulgas Resposta ao trata- mento pulicida e de controle ambiental Histopatologia Diagnóstico diferencial para hipersensibili- dade alimental, ato- pia, reação a drogas, foliculite bacteriana, dermatite por Malas- sezia e dermatofitose. Controle de pulgas no animal e no ambiente – Frontline sray a cada 30 dias e pulverização com Butox. Uso de corticosteroide sistêmico, anti-histamíni- cos (Hidroxizine 2,2 mg/Kg, três vezes ao dia por via oral), e ácidos graxos (ômega 3 e 6) Hipersensi- bilidade Ali- mentar Reação de hi- persensibili- dade de tipo 1 Pápulas, placas, pús- tulas, erupções, an- Dieta de eliminação Teste de pesquisa ali- mentar Evitar alérgenos Impedir acesso à rua Dieta hipoalergênica Instituto Federal Catarinense – Campus Araquari Alberto Gonçalves Evangelista Clínica Médica de Pequenos Animais I 6 à glicoproteí- nas da dieta gioedemas, erite- mas, úlceras, escori- ações, liquenifica- ção, alterações de pigmentação, caspa, crostas, prurido com pouca resposta a corticoides, otite ex- terna, associação com atopia ou DAPP Dienta hipoalergênica Introdução de alimen- tos que o animal nunca ingeriu Dieta caseira, no caso da ração hipoalergê- nica não ser eficiente Utilização de alimen- tos não convencionais na dieta caseira Suplementação com cálcio, vitaminas e áci- dos graxos em animais jovens, e taurina para gatos Histopatologia Diagnóstico diferencial para atopia, foliculite bacteriana, sarna notoédrica, hipersen- sibilidade parasitária intestinal. Uso de corticosteroides e anti-histamínicos Atopia Reação de hi- persensibili- dade tipo 1 à antígenos am- bientais. Doença genética Grande predisposição racial, hereditária. Reações inflamatórias aumentam a penetra- ção de alérgenos pela barreira percutânea Animais apresentam prurido, lesões de pele por autotrau- matismo, piodermi- tes bacteriana, se- borreia secundária e dermatite por Ma- lassezia associadas, Anamnsese Exame dermatológico Descarte de outras dermatoses Diagnóstico diferencial para DAPP, hipersensi- bilidade alimentar, alergia a insetos, der- matite de contato, Minimizar/evitar contato com alérgenos Uso de xampu hipoa- lergênico e umectante Controle de pulgas Hidroxizine Corticosteróides para controle Ômega 3 e 6 Instituto Federal Catarinense – Campus Araquari Alberto Gonçalves Evangelista Clínica Médica de Pequenos Animais I 7 alopecia, pigmenta- ção salivar, pápulas, pústulas, crostas, hi- perpigmentação, li- quenificação, trico- bezoares, pelo que- bradiço e arrancado, máculas eritemato- sas, sendo essas le- sões generalizadas ou localizadasAba dermatofitose e alope- cia psicogênica Pênfigo Fo- liáceo Dermatopatia imunomedi- ada Dermatopatia imu- nomediada Animais são mais aco- metidos na faixa dos quatro anos Lesões multifocais ou generalizada, sendo elas máculas eritematosas, se tor- nando crostas secas, amareladas. Animal pode apresentar cas- pas, alopecia, ero- sões, colaretes epi- dérmicos, anormali- dade nas unhas, des- pigmentação nasal, claudicação, prurido, pústulas e crostas. Em casos graves en- contra-se anorexia, depressão e febre Lúpus Erite- matoso Dis- cóide Dermatopatia imunomedi- ada Dermatopatia imu- nomediada, com agravante gerado Animal apresenta despigmentação, eri- tema e descamação História Exame físico Durante toda a vida, o animal deverá usar filtro Instituto Federal Catarinense – Campus Araquari Alberto Gonçalves Evangelista Clínica Médica de Pequenos Animais I 8 pela fotossensibili- dade nasal, perda de ar- quitetura nasal, ero- são, ulceração, cros- tas. Lesão começa em narinas, indo para a ponte nasal. Doença piora com exposição solar, sendo mais grave no verão. Cicatriz e leu- codermia são co- muns, sendo que o animal apresenta prurido e níveis vari- ados de dor, além de alopecia. Histopatologia – Muci- nose dérmica de graus variáveis é caracterís- tica Teste ANA positivo com baixa titulação, ou negativo Pesquisa de células LE negativa Diagnóstico diferencial de dermatite solar na- sal, despigmentação nasal, pênfigo erite- matoso, pênfigo foliá- ceo, dermatite de con- tato, etc solar e evitar a exposição solar Corticóide tópico – Beta- metasona (para remis- são) Manutenção – Hidrocor- tizona 1 a 2% tópico Vitamina E Ômega 3 e 6 Uso de Azatioprina ou- Clorambucil, mas pos- suem muitos efeitos cola- terais Foliculite bacteriana superficial Bacillus spp. Streptococcus spp. Staphylococ- cus spp. Comensais ou agentes oportunis- tas Infecção secundária Pápulas, pústulas, crostas, descama- ção, colarete epidér- mico, eritema, tufos de pelos eriçados, alopecia e prurido variável Anamnese Exame dermatológico Citologia Histopatologia Cultura bacteriana Deve-se tratar a causa primária, além do uso de antibióticos, como exem- plo a cefalexina por 30 dias e mais 7 dias após a cura. Pode-se recomen- dar o banho com clorexi- dine 2,5% Piodermite de junções mucocutâ- neas e do- bras cutâ- neas Bacillus spp. Streptococcus spp. Staphylococ- cus spp. Comensais ou agentes oportunis- tas Raças braquicefálicas, dobras labiais, caudais e vulvares, cães obe- sos e cauda espira- lada. O acúmulo de material e a macera- ção predispõe ainda Lesões cutâneas, principalmente em comissura labial, do- bras cutâneas e jun- ções mucocutâneas. Aparecimento de eritemas, ulceras, Anamnese Achados dermatológi- cos (Raça, odor fétido, presença de material untuoso em dobras) Citologia por imprint Tratar a causa de base (Obesidade, remover do- bras cirurgicamente) Tricotomia Limpeza local 3 vezes ao dia Clorexidine xampu 2,5% Instituto Federal Catarinense – Campus Araquari Alberto Gonçalves Evangelista Clínica Médica de Pequenos Animais I9 mais o aparecimento da doença odor fétido, prurido variável, fissura, ex- sudação, crostas e edemacia Antibióticoterapia Foliculite profunda, furunculose e celulite Bacillus spp. Streptococcus spp. Staphylococ- cus spp. Comensais ou agentes oportunis- tas É um quadro crônico de dermatite superfi- cial, com maior predis- posição no caso de atopias, endocrinopa- tias, dermatites para- sitárias, dermatites imunomediadas e cor- pos estranhos Animal apresenta le- sões cutâneas com prurido variável, lambedura, eritema, ulceração, alopecia, edema, exsudação, pústulas, fístulas drenantes, e altera- ções sistêmicas, como linfadenopatia e hipertermia Anamnese Lesões dermatológicas Citologia Histopatologia Cultura bacteriana Antibioticoterapia Clorexidine 2,5% xampu
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