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CLÍNICA DE PEQUENOS II DERMATITES PARASITÁRIAS EM CÃES E GATOS SARNA DEMODÉCICA EM CÃES (SARNA NEGRA) AGENTE ETIOLÓGICO: Demodex canis. É encontrado em peles normais, e fica na unidade pilo-sebácea. Às vezes de ninfa e adulto podem ser vistas. TRANSMISSÃO: Contato direto (pela amamentação), causando lesões em face e membros; e devido a Deficiência Imunológica (transmissão genética paterna ou materna). OCORRÊNCIA: Animais jovens com menos de 1 ano, Cães de Raça Definida e de pelame curto. DEMODICIOSE LOCALIZADA Exame Físico: Presença de até sete máculas alopécicas em face e membros torácicos. Tratamento: Não há! Pode ser que o animal se cure sozinho com o tempo (geralmente em duas semanas), ou o quadro generalize-se. DEMODICIOSE GENERALIZADA Ocorre principalmente em animais de 3 a 18 meses. Em cães idosos deve-se investigar se há uma doença base acometendo o sistema imune. Quadro do animal: Não há prurido (exceto em casos onde há piodermite). Há presença de alopecia, pápulas, crostas, eritema, hiperpigmentação, escamas, pústulas e colarete epidérmico. Pode ocorrer de o animal ter concomitantemente a doença uma pododermatite demodécica e uma otite parasitária. DIAGNÓSTICO: Parasitológico de raspado cutâneo. DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL: Piodermite e Dermatofitose. TRATAMENTO: Banhos semanais com peróxido de benzoíla 2,5%, e após, deve-se secar bem o animal + TERAPIA SISTÊMICA: Amitraz / Ivermectina (1 vez ao dia por 3 meses) – Porém tem muitos efeitos colaterais / Bravecto (a cada 3 meses) e Advocate (Mensal) / Simparic (Mensal) / Nexgard PREVENÇÃO: Controle; OSH em fêmeas portadoras; Retirar machos da reprodução e Evitar uso de drogas imunossupressoras. SARNA DEMODÉCICA EM FELINOS (SARNA NEGRA) AGENTE ETIOLÓGICO: Demodex cati, Demodex gatoi. O habitat desses dois agentes ainda é desconhecido. SARNA CAUSADA PELO DEMODEX CATI Ocorrência: Animais imunossuprimidos (FIV/FeLV e Hiperadrenocorticismo). Exame Físico: Feridas em região de orelhas e dermatite facial. Quando generalizada afeta a cabeça e o dorso do animal. SARNA CAUSADA PELO DEMODEX GATOI Ocorrência: Animais imunossuprimidos (FIV/FeLV e Hiperadrenocorticismo). Exame Físico: Perda simétrica dos pelos; Lesões em região em volta dos olhos, cabeça, pescoço e pálpebras, onde geralmente causam crostas. DIAGNÓSTICO: Tricograma e Parasitológico de raspado cutâneo, feito nas áreas alopécicas e região interdigital. DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL: Piodermite e Dermatofitose. TRATAMENTO: Primeiramente deve-se corrigir as doenças concomitantes. LOCALIZADA: Uso diário de pomada de rotenona e banhos com cal sodada, além de banhos com amitraz (sempre secando bem o animal). GENERALIZADA: Banhos com amitraz, mas em doses diferente e semanalmente. O animal pode apresentar efeitos colaterais, como salivação, leve sedação e quietude. ESCABIOSE EM CÃES (SARNA SARCÓPTICA) – ZOONOSE!! AGENTE ETIOLÓGICO: Sarcoptes scabiei variante canis. PATOGENIA: As fêmeas fertilizadas do ácaro escavam galerias na epiderme liberando substâncias pruriginosas. Esses ácaros são mais ativos em temperatura corporal maior que 26°C, porém a fêmea é capaz de sobreviver até 21 dias em temperatura de até 10°C. HISTÓRICO + EXAME FÍSICO: Animal apresenta prurido intenso e constante sem ceder com a utilização de corticoides (proprietário relata nota 9 de 10). As lesões possuem: Alopecia, eritema, crostas hemorrágicas, escoriações e seborreia (escamas). Geralmente localizam-se em borda de pavilhões auriculares e nas articulações úmero-rádio-ulnas e tíbio-társica; Pode haver generalização do quadro com evolução. TRANSMISSÃO: Fômites e Contato Direto (ZOONOSE!!!! – seres humanos adquirem pápulas pruriginosas em antebraço e tronco) DIAGNÓSTICO: Anamnese + Parasitológico de raspado cutâneo (pode dar negativo, mas não exclui a doença) → Deve ser feito principalmente em bordas de pavilhão auricular + Se realmente for à doença, o Reflexo otopedal será positivo = DIAGNÓSTICO TERAPÊUTICO. DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL: Outras dermatopatias pruriginosas (Dermatites alérgicas = DAPE, Hipersensibilidade Alimentar e Atopia; e Piodermites). TRATAMENTO: Banhos com xampus acaricidas (Tetratiltiuram = 3 dias consecutivos + 4 banhos semanais; Benzoato de benzila) Ivermectina Advocate (2 administrações a cada 14 dias) Bravecto Revolution (2 aplicações tópicas em 30 dias) = BARATO!! TODOS OS CONTACTANTES DEVEM SER TRATADOS!! MANEJO DO AMBIENTE: Utilizar jornais (descartar diariamente) Ferver fômites Temperaturas altas são eficazes ESCABIOSE FELINA (SARNA NOTOÉDRICA) – ZOONOSE!! AGENTE ETIOLÓGICO: Ácaro Notoedres cati (morfologicamente semelhante ao Sarcoptes scabiei). PATOGENIA: Há destruição do tecido cutâneo com formação de pápulas. A fêmea põe ovos nas galerias por ela escavadas durante três a quatro semanas, depois das quais morre. O ciclo completo é de aproximadamente 20 dias. ANAMNESE + EXAME FÍSICO: Prurido intenso. Lesões escamosas, secas, com crostas nas bordas das orelhas (levando ao plissamento) e na face, pele espessada, alopecia, pápulas, eritema e hiperpigmentação. TRANSMISSÃO: É uma doença altamente contagiosa, principalmente através de fômites (visto que o ácaro resiste alguns dias no ambiente fora do hospedeiro); contato direto e transmissão intra e interespécie (homem, cão e coelho). DIAGNÓSTICO: Anamnese (prurido intenso) + Localização das lesões + Rápida disseminação, atingindo todos os filhotes da mesma ninhada + Parasitológico de raspado cutâneo (em 80% dos casos acha-se o Notoedres cati, pois esse ácaro geralmente é muito numeroso) = DIAGNÓSTICO TERAPÊUTICO. DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL: Alergias; Otocaríase; Doenças imunitárias (pênfigo e lúpus); Dermatofitose e Feridas causadas por brigas com outros gatos. TRATAMENTO: Banhos com tetraetiltiuran (BENZOATO DE BENZILA É TÓXICO PARA FELINOS!) Selamectina (Revolution): 2 aplicações tópicas, com intervalo de 30 dias. Amitraz – diluição: 2 ml/1 litro de água OTOACARÍASE/SARNA DE ORELHA/SARNA OTODÉCICA AGENTE ETIOLÓGICO: Ácaro Otodectes cynotis. OCORRÊNCIA: 50% otites externas (gatos); 10% (cão). PATOGENIA: Os ácaros causam reação de Hipersensibilidade do Tipo 1 (IMEDIATA). ANAMNESE + EXAME FÍSICO: Contactantes sintomáticos ou assintomáticos (fontes de infecção = recidivas). Prurido ótico bilateral intenso. TRANSMISSÃO: Animais contaminados com o Otodectes cynotis. DIAGNÓSTICO: Histórico dos animais + Avaliação da orelha externa através da otoscopia/vídeo- otoscospia (às vezes o ácaro é visto a olho nu) + Exames complementares, como a citologia (para ver se tem Malassezia), cultura e parasitológico de cerúmen. Otoscopia: eritema, cerúmen enegrecido em grande quantidade, movimentação do ácaro (em alguns casos). TRATAMENTO: Devem-se tratar TODOS OS ANIMAIS DA PROPRIEDADE! Ceruminolítico (agente acaricida SID/21 dias → Tiabendazol) + Revolution (Selamectina) → Acaricida sistêmica (1 aplicação) DERMATOPATIAS ALÉRGICAS (SÃO PRURIGINOSAS!!) DERMATITE ALÉRGICA À PICADE DE PULGA (D.A.P.E.) SOBRE A DOENÇA: É a hipersensibilidade mais frequente em cães e gatos. OCORRÊNCIA: De 3 a 6 anos de idade. PATOGENIA: Ao morder o animal, a saliva da pulga entra em contato com sua pele, e esta possui substâncias potencialmente antigênicas → polipeptídeos, aminoácidos, compostos aromáticos. Uma pulga no animal = 50 – 100 no ambiente. CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS: Prurido intenso (nota a cima de 7 de 0 à 10). Tutor relata que o animal coça-se, esfrega-se em objetos e em alguns casos que até se mordisca violenetamente; Lesões pápulo-crostosas; LOCALIZAÇÃO: Região lombo-sacra (triângulo da DAPE), próximo a cauda, na face medial dos membros pélvicos, abdômen ventral e flanco; CRONICIDADE → Piodermite e disqueratinização Otite Sazonal: Geralmente ocorre no verão! (• SEMPRE FAZER RASPADO CUTÂNEO!) Dermatite Aguda Úmida (D.U.A. / “Hot spot” = aparece de um dia para o outro!). o É comum aparecer associadacom piodermite DIAGNÓSTICO: Histórico + Exame Físico (Morfologia e distribuição das lesões); Proglotes de Dipilidium → Só é possível encontrar esse helminto se o animal ingerir uma pulga; Manobra de Mackensie o Ao achar fezes de pulga no animal, você esfrega um algodão úmido na região, se aparecer halos vermelhos, significa que realmente são fezes de pulga (essas são feitas de sangue). o RESULTADOS Ausência de pulgas: 30% DAPE Presença de pulgas: É DAPE, mas pode estar associada a Hipersensibilidade Alimentar e a Atopia. Por esse motivo, pode ser necessário ocorrer a outros exames complementares, como citologia, biópsia ou testes intradérmicos. Felinos: Animal tem alergia à pulga, e forma o Complexo Granuloma-eosinofílico. DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL: Hipersensibilidade alimentar, Atopia, Hipersensibilidade medicamentosa, Hipersensibilidae aos parasitas intestinais, Foliculite, Dermatite por Malassezia e Distúrbios hormonais. TRATAMENTO: A principal medida no tratamento da DAPE é a eliminação das pulgas do animal e do meio ambiente: o Animal: Fipronil (Frontline) / Imidacloprid (Advantage) / Lufenuron (Program) → Não deixa as larvas saírem dos ovos. o Ambiental: Dedetização: Spray Flee gard (Bayer) NO ANIMAL: Medicações anti-pruriginosas o Corticoides (• em casos de muito prurido!) Prednisona: 0,5 – 1 mg / kg / SID o Anti-histamínicos Antibióticos; Ciclosporina (se tiver atopia concomitante) Imunoterapia quando necessário. HIPERSENSIBILIDADE ALIMENTAR PRINCIPAIS CAUSAS: Alérgenos. CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS: CÃO: Prurido intenso. Poucas lesões, sendo estes em orelhas (causando otohematoma → “orelha de pastel”), patas, axilas e região inguinal. Dermatites secundárias: Disqueritinização, otite ceruminosa, dermatite piotraumática, piodermite recidivante. GATO: Prurido (generalizado ou localizado); Lesões: Pápulas, dermatite miliar, Complexo Granuloma-eosinofílico, úlceras, alopecia simétrica e otite externa, em região cervical e cefálica; Sinais do TGI. DIAGNÓSTICO: Histórico + Exame Físico; Histopatológico; Testes imunológicos: RAST e ELISA; Teste intradérmico; Teste gastroscópico de sensibilidade alimentar (GFST); Dieta de eliminação ou hipoalergênica (alimento a base de proteína hidrolisada): Administrar a ração durante 6 a 8 semanas. DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL: Dermatofitose e Malasseziose. TRATAMENTO: Excluir alimento identificado na dieta; Durante a dieta: o Corticosteroides (apenas no início mascara os sintomas); anti- histamínicos (uso limitado, pois causa sonolência); o Fazer citologia para malassezia e piodermite! o Exposição provocativa: Reintrodução dos constituintes alimentar anteriores, inclusive rações (7 dias – um a um). ATOPIA PRINCIPAIS CAUSAS: Contato com o alérgeno (pode ser por contato direto, ingestão ou inalação deste). 2ª dermatopatia mais frequente em cães e 3ª em gatos! CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS: Animal apresenta prurido. Sua pele fica seca. Em sharpei: A pele fica com excesso de mucina, e o cão fica como se estivesse derretido. DIAGNÓSTICO: Queixa + Tete intradérmico / Teste imunológico (RAST e ELISA) TESTE DE ALERGIA Feito para evitar o alérgeno descoberto, a fim de Refinar o Tratamento! DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL: Hipersensibilidade Alimentar (ambas não possuem boa resposta aos corticoides), DAPP, Dermatite de contato, Dermatite parasitária. TRATAMENTO: Afastar o alérgeno +Terapia medicamentosa: o Corticoides (NÃO FUNCIONA! E POSSUI MUITOS EFEITOS COLATERAIS!) o Anti-histamínicos (causa sonolência) o Ácidos graxos (Grax-vet; Sandol de humanos) o Xampus o Antiparasitários (para ectoparasitas) o Doenças secundárias? Recomendado: 1) Apoquel (Oclactnib) o Bloqueia cicocitonias pró-inflamatórias e pruridogênicas o Bloqueia JAK (início da cascata da produção de citocinas) o ALTO CUSTO! 2) Ciclosporina (Imunossupressor) o Bloqueia linfócitos T o Dose: 10 mg / kg/ dia 3) Prednisolona (em cães) / Depo-medrol (em gatos) → SC ou IM + Ácidos graxos (Grax- vet; Sandol de humanos) (CÃES = Sempre em dose baixa!) PIODERMITES SUPERFICIAIS E PROFUNDAS MECANISMOS DE DEFESA CUTÂNEA: Quando o animal se coça e provoca sangramento, há perca de imunoglobulinas. MICRO-ORGANISMOS RESIDENTES Cães: Staphylococcus Pseudointermedius. Gatos: Micrococcus sp, Staphylococcus simulans, Achtinobacter sp, Staphylococcus aureus e intermedius. MICRO-ORGANISMOS INTERMÉDIOS Cães: Pseudomonas sp. Gatos: Streptococcus hemolíticos, E. coli, Proteus mirabilis, Pseudomonas sp, Alcaligenes sp, Bacillus sp, Staphylococcus sp. INFECÇÕES CUTÂNEAS Causa: Multiplicação das bactérias residentes (S. pseudointermedius). PRIMÁRIA: Não tem causa de base (não tem concentração adequada de bactérias na pele) SECUNDÁRIA: Doença de base = Dermatites alérgicas (DAPE/HA/Atopia), Dermatites parasitárias (Demodiciose/Escabiose) CLASSIFICAÇÃO DAS INFECÇÕES BACTERIANAS Infecções bacterianas de superfície: Dermatite Úmida Aguda. Infecções bacterianas superficiais: Impetigo, piodermite mucocutânea, foliculite bacteriana superficial e dermatofilose. Infecções bacterianas profundas: Celulite (cutânea, nasal e podais), Síndrome Foliculite Furunculose do Pastor Alemão (SFFPA), Dermatite acral por lambedura. INFECÇÕES BACTERIANAS DE SUPERFÍCIE DERMATITE ÚMIDA AGUDA CAUSA: Dor ou prurido. OCORRÊNCIA: Principalmente em Pastor Alemão – em caso de displasia coxo- femoral. PATOGENIA: Muitos cães e gatos podem ter alergias, serem picados por um inseto, sofrer uma queimadura química (exemplo: cloro ou creolina) e causar um ponto de irritação na pele. O cão ou o gato começam a lamber e morder insistentemente este local por causa da dor e acaba mutilando mais ainda a área, além de injetar mais micro-organismos na ferida. Com isso, o local começa a ficar alopécico e eritematosa, além de começar a drenar pús. Formou-se então a ferida de Dermatite Úmida Aguda. ANAMNESE + EXAME FÍSICO: Lesão úmida (alopécica, eritematosa e com presença de pús) associada à lambedura constante. TRATAMENTO: Corticoterapia (prednisona – 0,5 a 1,0 mg/kg SID por 7 dias + antibioticoterapia). INFECÇÕES BACTERIANAS SUPERFICIAIS IMPETIGO (Doença pustulosa bacteriana não folicular) AGENTE ETIOLÓGICO: Staphylococcus coagulase positivos. OCORRÊNCIA: Filhotes (até 6 meses) e jovens (antes de entrar na puberdade), porém é pouco frequente em cães e raro em gatos. PATOGENIA: É uma doença bacteriana geralmente causada por microrganismos Staphylococcus coagulase positivos. ANAMNESE + EXAME FÍSICO: Sintomatologia é mínima. LESÕES PRIMÁRIAS: Lesões intradérmicas quando aparecem independentes dos folículos pilosos; presença de pústulas. Quando o impetigo for bolhoso, estará mais associado a distúrbios endócrinos como a diabetes melito, o hipotireoidismo, o hiperadrenocorticismo além de outras doenças debilitantes e, outros micro-organismos causadores podem estar presentes como a Pseudomonas sp e a E. coli. DIAGNÓSTICO: É complicado, pois as pústulas presentes rompem-se facilmente. DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL: Longo. TRATAMENTO: Doença auto-limitante (some sozinha). PIODERMITE MUCOCUTÂNEA (PMC) AGENTE ETIOLÓGICO: Staphylococcus pseudointermedius. CAUSAS: Inúmeras causas: S. pseudointermedius, Dermatófitos, Ácaros de Demodex canis. OCORRÊNCIA: Bull Terrier, Pastor Alemão e raças de pelo curto como Dobermann, Pinscher, Dogue Alemão, Boxer e Teckel apresentam predisposição ao desenvolvimento da piodermite. PATOGENIA: Inflamação do lúmen ou parede do folículo piloso. É uma infecção bacteriana que se caracteriza pelo acúmulo de exsudato neutrofílico, embora não tenha presença de pús em todos os casos. ANAMNESE + EXAME FÍSICO: Lesões pós-tosa! Animal apresenta prurido. LESÕES: Pápulas (lesões cutâneas primárias mais comuns), Alopecia (lesões secundárias) → decorrente da perda de pelos dos folículos infectado e quando esses se rompem há o aparecimento de bolhas hemorrágicas, pústula, escoriações,eritema, escamação, crosta, hiperpigmentação e hiperqueratose. As lesões aparecem geralmente em regiões perilabiais e envolvem o muco-cutâneo do animal. DIAGNÓSTICO: Anamnese + Exame Físico + Exames Complementares (Raspado cutâneo / Exame citológico). DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL: Demodicose, Dermatofitose, Pênfigo foliáceo e Folicute. TRATAMENTO: Corticosteroides de curto prazo em alguns casos (CUIDADO!!!) Xampus tópicos podem ajudar na resolução do quadro + Antibióticos sistêmicos (amoxicilina com ácido clavulânico ou cefalosporina): Administração diária até que as lesões sejam resolvidas + 7 dias Cirúrgico PIODERMITE RECIDIVANTE CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS: Prurido variável; Alopecia, pústulas e colaretes epidérmico em abdômen ventral, região axilar, cervical ventral e dorso; Animal fica com aspecto tonsurado ou em “roedura de traça”. DIAGNÓSTICO: Clínico + Cultura e antibiograma + Citologia das pústulas (a procura de neutrófilos) + Exames subsidiários (parasitológico raspado, histopatológico). DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL: Pênfigo foliáceo, Lesões pustulares e crostosas. PIODERMITE BACTERIANA CAUSA: Sintetizada a partir de bacteriófagos. AGENTE ETIOLÓGICO: Staphylococcus pseudintermedius e fragmentos de S. aureus. ANAMNESE + EXAME CLÍNICO: Prurido, queda de pelo e secreções purulentas. DIAGNÓSTICO: Citologia (por impressão os esfregaços de pústulas integrais, áreas adjacentes, colaretes epidérmicos, crostas ou trajetos drenantes). Se houver grande quantidade de bactérias e muitos neutrófilos degenerados, pode-se fechar o diagnóstico. TRATAMENTO: Deve ser iniciado após recidivas (em pele hígida). Manter antibiótico por mais 2 semanas. Esquema: 0,5 a 1,0 ml SC a cada 72h (por três meses → espaçar em: 7 dias → 15 dias → 30 dias →...). PULSOTERAPIA Utilizar antibióticos com boa ação no sistema tegumentar (betalactâmicos): Cefalexina, Enrofloxacina, Amoxaciclina + Ácido clavulânico). Esquema finais de semana: Semanas alternadas. PIODERMITES SUPERFICIAIS e FOLICULITE BACTERIANA SUPERFICIAL CAUSA: Os microrganismos podem ser introduzidos por trauma local, uma infecção por contaminação devida a pelagens sujas ou tosa deficiente, seborreia, infestação parasitária (principalmente demodicose), fatores hormonais, irritantes locais ou alergias AGENTE ETIOLÓGICO: S. intermedius embora outras espécies de estafilococos e bactérias possam estar envolvidas. Outros agentes etiológicos podem estar envolvidos, como por exemplo, os estafilococos, os dermatófitos e os ácaros demodécidos podendo as foliculites superficiais progredir para foliculites profundas, furunculose e até celulite. PATOGENIA: Na piodermite superficial ocorre uma invasão bacteriana da epiderme que pode se manifestar de duas formas. Na primeira forma as bactérias podem penetrar no estrato córneo com a subsequente formação de pústulas subcorneanas. Na segunda forma, as bactérias podem invadir a abertura do folículo piloso, causando a inflamação, sendo chamada foliculite. PRIMÁRIAS RECIDIVANTES: Poodle, Cocker, Daschund, Weimaraner, Labrador, Golden Retriever. SECUNDÁRIAS: Secundárias à demodiciose, dermatites alérgicas (DAPE, HÁ, Atopia) e endocrinopatias (hipotireoidismo e HAC). ANAMNESE + EXAME FÍSICO: Muito prurido. Lesões pós-tosa (muito quente!), pápulas e pústulas. DIAGNÓSTICO: Clínico; Citologia: Quantitativo (subjetivo) / Neutrófilos (fagocitose) → É complicado, pois as pústulas rompem facilmente. Exames complementar para excluir causa base: EPRC; Citologia; Dosagens hormonais; Histopatológico. o Diferenciar causas primárias e secundárias. INFECÇÕES BACTERIANAS PROFUNDAS EM CÃES: Pit Bull, Bull Terrier, American Stanfordshire. Cicatriz = Furunculose! Tratamento: Antibioticoterapia por períodos longos > 90 dias. o Amoxicilina o Cefalexina o Cefovexina (Convenia – não funciona com Pseudomonas) o Enruofloxacina (Gram negativos) EM GATOS: Comum as piodermites secundárias. Abscessos por briga ou secundária à carcinomas e traumas. DIAGNÓSTICO: Clínico (lesões): Pústulas, colaretes epidérmicos. Citologia: Neutrófilos e bactérias (furar a lesão e realizar um imprinting para fazer a citologia). Exames complementares: EPRC; Citologia; Dosagens hormonais; Histopatológico. TRATAMENTO: Banhos: Soluções adstringentes (permanganato de potássio – dar banho só na pata do animal) Antibióticos: o Marbofloxacina SÍNDROME FOLICULITE FURUNCULOSE DO PASTOR ALEMÃO OCORRÊNCIA: Cães Pastores Alemães de meia-idade, em ambos os sexos. As raças puras são predispostas, mas nota-se que pode ocorrer uma condição similar em cães mestiços e em outras raças de pastoreio, assim como Dálmatas e Bull Terrier. CAUSA: DAPE ou alterações endócrinas, como o hipotireoidismo, acabam imunodeprimindo o animal, fazendo com que o mesmo descompense, favorecendo assim o aparecimento de piodermites profundas, levando a lesões cicatriciais. PATOGENIA: Acredita-se que haja uma imunodeficiência celular de linfócitos T (por conta de um gene recessivo da raça) que muitas vezes atrelada a fatores agravantes pioram o quandro. ANAMNESE + EXAME FÍSICO: Animal tem prurido. Lesões cutâneas profundas e de odor fétido localizadas em região lombossacra, inguinal, abdômen ventral, assim como faces laterais de membros pélvicos e interdígitos, glúteos, cotovelos, região axilar, facial e região cervical, podendo atingir também a forma generalizada. Essas lesões têm baixas resposta a antibioticoterapia e são recidivantes. Junto com estas alterações dermatológicas, o animal pode apresentar perda de peso, disorexia, sensibilidade dolorosa da região e linfadenopatia. DIAGNÓSTICO: Histórico e exame físico (principalmente raça e idade do animal) + Achados de exame citológico (que indicam muitas vezes uma piodermite e exsudato rico em neutrófilos e células mononucleares). TRATAMENTO: Tratar causa base. Após, deve-se realizar o tratamento tópico (tricotomia das lesões + lavagem com xampus a base de peróxido de benzoíla ou clorexidine). Caso o tratamento termine antes do indicado, poderá acarretar em recidivas mais graves do quadro e das lesões!! DERMATITE ACRAL (automutilação) POR LAMBEDURA (DAL) OCORRÊNCIA: O quadro mórbido de dermatite por lambedura acomete animais de qualquer idade, porém a maioria dos casos envolve animais acima de três anos de idade. Os machos são mais acometidos que as fêmeas em uma ordem 2 para 1. CAUSA: Modificação na rotina do animal, levando a um quadro de estresse emocional, e este pode ser aliviado pelo ato de lamber parte do copo, e a partir daí têm-se a instalação da doença e o aparecimento das lesões auto-induzidas. PATOGENIA: A patogênese ocorre porque o constante ato de lamber produzirá uma área erodida sobre a pele e um espessamento indolor, o que provoca um prurido agudo, assim se estabelece um ciclo “prurido-lambedura”, até resultar em uma lesão, levando a ulceração e a exposição das camadas mais profundas, como nervos sensoriais e estruras. Por conta desse quadro, pode haver uma infecção bacteriana associada. ANAMNESE + EXAME CLÍNICO: Placa granulomatosa úmida, firme, espessada, oval, eritematosa e alopécica, acompanhada de uma borda epitelial insensível. DIAGNÓSTICO: Diagnóstico clínico + Exames complementares (Raios-x; Histopatológico, entre outros). DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL: Foliculite profunda, hipersensibilidade e anormalidades esqueléticas subjacentes, granuloma de corpo estranho, dermatite neurotrópica, neoplasia granuloma dos pontos de pressão, calcinos circunscrita, furunculose bacteriana, hemodicose, dermatofitose, sarna demodécica, granuloma micótico e atopia. TRATAMENTO: Tratar causa de base: Dermatite psicogênica. Terapia medicamentosa (com o uso de sedativos, tranquilizantes, antidepressivos, corticosteroides tópicos). Terapia alternativa (radioterapia, acupuntural, criocirurgia, remoção cirúrgica, métodos de contenção e a terapia comportamental). OTOLOGIA EM PEQUENOS ANIMAIS ANATOMIA DA ORELHA PAVILHÃOAURICULAR Borda rostral + Borda caudal = Hélice Escafa Concha Ápice Base Estrutura móvel Caso haja problemas no pavilhão auricular, deve-se utilizar ceruminolíticos (apenas em cães que produzem muita cera!). Captação e transmissão de ondas sonoras Diferentes conformações o Ereto (em cães que vivem dentro de casa = OK!) o Tombado ou pendular (deixa a temperautra elevada e com alta umidade – principalmente se o animal ficar na água) o Semitombado o Semiereto MEATO ACÚSTICO EXTERNO Poro acústico até a membrana timpânica (canal auditivo) Ramo vertical e Ramo horizontal (Maior, por isso escutam melhor) Ph: 4,6 a 7,2 (média = 6 = ácido → Protegendo contra algumas infecções) CERUMINOQUINASE o Folículosos pilosos o Glândulas sebáceas o Glândulas ceruminolíticas o Cerumen é produzido do Ramo Horizontal até o Ramo Vertical, por isso o uso de cotonete não é recomendado! o Restos celulares o Micro-organismos residentes ORELHA MÉDIA Contida no osso temporal Tímpano Cadeia ossicular Tuba auditiva (comunicação nasofaríngea) Trompa de Eustáquio Inervação dos nervos trigêmio, facial, vago, vestíbular e coclear. ORELHA INTERNA Labirinto ósseo e membranáceo Cóclea (audição) Vestíbulo e canais semicirculares(equilíbrio) OBSERVAÇÃO: Ao analisar a orelha interna do animal, o Cabo do Martelo apontará SEMPRE para o cerúmen. O que fazer (auxilia) Limpeza das orelhas (por fora, com algodão) Cinética ciliar Orelhas pendulares O que não fazer (atrapalha) Orelhas pendulares Excesso de pelos Limpeza inadequada Umidade excessiva Processos de estenose ou obstrução Flogose (Inflamação) da tuba auditiva (doenças sistêmicas e endocrinopatias) – CUIDADO COM OBJETOS ESTRANHOS! FATORES PREDISPONENTES PARA OTITES Produção excessiva de cerúmen Proliferação de micro-organismos Malassezia pachydermatis CONSULTA! ANAMNESE Prurido ótico e meneios cefálicos (• otohematoma) Otalgia (• dor) e otorreia (• secreção) Odor desagradável Deambulação e postura de cabeça (otite média) o Head Tilt / Síndrome de Horner / Alterações de equilíbrio. Presença de contactantes (cães e gatos): Principalmente sarnas. Ambiente e manejo: o Passeios, Banhos, Produtos utilizados, Controle de ectoparasitas. INSPEÇÃO DIRETA E INDIRETA Utilizar otoscópio de uso veterinário Tamnho dos cones (• não pode ser muito grosso) X conformação do meato Decúbito lateral (• melhor e mais seguro!) Auxílio do proprietário Amordaçar o animal (• ou por focinheira) Iniciar pela orelha menos acometida! OTOSCOPIA: o Otoscópio digital: Pesquisar o ácaro Otodex o Em alguns casos realizar uma otoendoscopia PALPAÇÃO E OLFAÇÃO Calcificações do conduto auditivo – PALPAÇÃO Acético = Otomicose Pútridos = Bacterianos Rançoso = Ceruminosa e fúngicas EXAMES COMPLEMENTARES Citológico e parasitológico do cerúmen → observado na lente 4x ou 10x Para esse exame o swab não precisa ser estéril e pode-se utilizar um cotonete comum! o Utilizar a potassa (• mais fácil a visualização) o Demodex > Otodectes > Notoedris > Sarcoptes PASSO A PASSO PARA O EXAME CITOLÓGICO: o Colher o material da pele/orelha com auxílio de swab ou lâmina de bisturi (raspado superficial) o Rodar o swab sobre a lâmina de vidro para coletar o epitélio o Corar (Panótico rápido) Colocar a lâmina no frasco 1 (30 segundos) Colocar a lâmina no frasco 2 (30 segundos) Colocar a lâmina no frasco 3 (30 segundos) Retirar o excesso de corante em água corrente Esperar secar (uso de calor) o Observar na objetiva de 100x com óleo de imersão OTITES EXTERNAS OTITE CERUMINOSA OCORRÊNCIA: Principalmente nas seguintes raças: Labrador, Cocker Americano e Inglês, Golden Retriever, Shap pei e Persa. AGENTE ETIOLÓGICO: Em casos de processos seborreicos, há presença de micro- organismos leveduriformes e lipolíticos, como por exemplo, a Malassezia pachydermatis (a Malassezia gosta de sebo). CAUSAS: Excesso de produção de cerúmen (hiperplasia); Endocrinopatias; Otite ceruminosa por Otocaríase; Infecções bacterianas ou fúngicas. PATOGENIA: A otite ceruminosa é caracterizada pelo aumento da quantidade de cerúmen de cor castanha ou marrom, associada a eritema do canal auditivo, podendo ocorrer uni ou bilateralmente e ter evolução clínica aguda ou crônica. DIAGNÓSTICO: Citologia (> 10-15 leveduras/campo, randomizado na objetiva de 100x). Deve ser feito um diagnóstico por exclusão. DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL: Caso haja muita Malassezia, pode ser uma alergopatia ou algo endocrinopatia. TRATAMENTO: CERUMINOLÍTICO (cuidado com produtos muito ácidos!) – Associado ou não a uma terapia sistêmica. o Encher o conduto auditivo com o produto! o Usar por 3 a 5 (7) dias conscecutivos, de 2 a 3 vezes ao dia. o Uso semanal ou quinzenal. o Descartar causa de base. o Ácido Lático /Ácido Salicílico o Propilenoglicol (SÓ EM CÃES!!!) MALASSEZIOSE! TÓPICO (Sempre preconizar): o Cetoconazal 2% / Miconazol 2 % / Clotrimazol 2% / Ciclopirox Otamina 1% (usado mais em humanos) / Terbinafrina e Posacronazol (medicamentos novos) SISTÊMICO: o Cetoconazol (Causa hepatoxicidade) /Itraconazol 5 mg/kg SID/ 2 a 4 semanas. OTOCARÍASE ou SARNA OTODÉCICA OCORRÊNCIA: 50% otites externas (gato); 10% (cão). AGENTE ETIOLÓGICO: Otodectes cynotis. PATOGENIA: Ácaros – causam hipersensibilidade imediata (tipo 1). O agente casual não escava galerias dentro do tegumento do hospedeiro, entretando se desenvolve no pelame do animal alimentando-se de fluido tissulares na profundidade do canal auditivo, próximo ao tímpano (ORELHA EXTERNA). O ambiente com cerúmen predispõe ao aparecimento de Malassezia. ANAMNESE + EXAME FÍSICO: Prurido ótico bilateral intenso; contactantes sintomáticos ou assintomáticos (fontes de infecção recidivas). DIAGNÓSTICO: Otoscopia bilateral: Eritema; cerúmen enegrecida em grande quantidade (coloração não é patognomônica). Exame parasitológico do cerúmen em busca do O. cynotis. DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL: Malasseziose. TRATAMENTO: Ceruminolíticos Agentes acaricidas tópicos auriculares: o Natalene Acaricidas sistêmicos: o Ivermectina (0,02 ml/kg) – 2 aplicações com intervalo de 15 dias o Selamectina (Revolution) – 1 aplicação o Imidacloprida + Moxidectina (Advocate) OTITE ECZEMATOSA ETIOLOGIA: Por ser causada por afecções secundárias (alergopatias e dermatite atópica) ou por proliferação de fungos e bactérias. PATOGENIA: Há reação inflamatória com formação de vesículas, desenvolvimento de escamas e prurido (eczema). Esse tipo de otite geralmente está relacionado às alergopatias, tais como a DAPE, reações adversas alimentares e dermatite atópica, além disso, os casos de otite ceruminosa com proliferação de Malassezia pachydermatis podem evoluir para esse tipo de otite. A otite eczematosa pode evoluir para otite purulenta (por proliferação de bactérias), otite hiperplásica e, finalmente, otite estenosante. ANAMNESE + EXAME FÍSICO: Prurido. Lesões com aspecto de “sagu” ou “caviar”. As lesões apresentam: eritema, edema, hiperhidrose e descamação (é o tipo lesional mais evidenciado nas otopatias de cães). Em caso de atopia, o quadro do animal torna-se crônico e suas lesões tornam-se hiperpigmentadas. DIAGNÓSTICO: Otoscopia (pápulas esbranquiçadas). DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL: Sarna otodécica. TRATAMENTO: Como ocorre geralmente em animais alergopatas, a enfermidade de base deve ser encontrada. Nos casos de DAPE e Hipersensibilidade alimentar, farão com que o quadro não tenha resolução; no caso de Atopia, a cura não será obtida na maioria dos pacientes, e por isso, um tratamento de manutenção deve ser considerado. Quando o quadro evolui para otites bacterianas ou purulentas, os antibióticos podem ou devem estar associados na terapia de otite eczematosa, pois isso impedirá sua evolução negativa. Vale destacar que o tratamento deve durar em média 20 dias, para depois, em casos de dermatite atópica, se avaliar uma estratégia de manutenção.OTITE BACTERIANA CAUSA: Bactérias: Cocos (com células brancas) e Bastonete (CERTEZA! – SÓ É CONFIRMADO COM UMA CULTURA E ANTIBIOGRAMA!). AGENTES ETIOLÓGICOS: S. Intermedius e S. Aureus; Pseudomonas spp.; Proteus spp.; E. Coli e Klebsiella spp. PATOGENIA: Pode ser uma complicação de uma otite externa (fator perpetuante). ANAMNESE + EXAME FÍSICO: Presença de pús. DIAGNÓSTICO: Cultura e Antibiograma (Presença de bastonetes) o Colher secreção purulenta (swab estéril) e enviar ao laboratório. DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL: Otite fúngica e Otite Mista (fúngica e bacteriana). TRATAMENTO: Antibioticoterapia de uso prolongado. o TÓPICO Quinolonas Trobamicina 0,3 % (pode gerar ototoxicidade) o SISTÊMICO Amoxicilina + Clavulanato de potássio Cefalexia Análise citológica a fim de refinar o tratamento! Lavagem ótica (com solução fisiológica) + Anti-sépticos tópicos (povidona e clorexidina) o Paciente sob anestesia o Retirar o material purulento o Permitir avaliação adequada o Avaliar necessidade de miringotomia o Colher material = Fazer CULTURA E ANTIBIOGRAMA Soluções otológicas ou PVP 1:30 Aspiração do conteúdo Ruptura iatrogênica do tímpano Não é um procedimento resolutivo OTITES HIPERPLÁSICAS E ESTENOSANTES (crônicas) CAUSA: Processos neoplásicos, atingindo primeiramente o canal vertical. PATOGENIA: HIPERPLÁSICA: Edema e estenose parcial da luz do conduto. São quadros crônicos dos demais tipos de otite (particularmente das eczematosas de etiologia alérgica) e alérgicos. Em animais da raça Cocker Spaniel Americano, o quadro pode estar associado a processos de disqueratinização ou mesmo ser idiotpático e refratário à terapia medicamentosa. ESTENOSANTES: Quando há completa estenose do meato acústico. EXAME FÍSICO: Em alguns anos de evolução da ESTENOSANTE, o animal poderá desenvolver uma fístula para aural, tornando a intervenção terapêutica muito mais complexa e com menores índices de êxito. EXAMES COMPLEMENTARES: Exame parasitológico de cerúmen Citologia Cultura e antibiograma Tomografia ou ressonância devem ser consideradas em animais com suspeita de otite média/interna. DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL: TRATAMENTO (corticoides): O objetivo do tratamento é a interrupção do processo evolutivo do quadro. No caso das HIPERPLÁSICAS, o objetivo primordial é a reversão para que haja a “abertura” do meato e, consequentemente, a viabilização de exame adequado. TÓPICO: Dexametasona, Triancinolona, Fluocinolona (• Pode causar hipercotisolismo iatrogênico – Poliúria, polifagia e polidipsia), Hidrocortisona. SISTÊMICO: o Prednisona / Prednisolona (SEMPRE!) + Ciclosporina (ao parar o tratamento com a prednisona/prednisolona, deve-se continuar com a ciclosporina) o Dexametasona (quando o animal não responde à prednisona/prednisolona) o Deflazacort (sempre em 3º lugar, pois é muito forte!) Anti-inflamatórios + Anti-fibróticos. Cirúrgico. OTITE MÉDIA VESTIBULOPATIA PERIFÉRICA (Inflamação/Infecção/Idiopática) Ausência de alteração locomoção Síndrome de Horner (• um olho em miose e midríase) N. Facial = motor Nistagmo constante
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