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Portfolio Organização do Trabalho Pedagógico

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CENTRO UNIVERSITARIO INTERNACIONAL- UNINTER
LICENCIATURA PLENA EM PEDAGOGIA - EAD
TUTORA: JOSIVALDA ALVES PEREIRA
CAMPUS PATOS - PB
PORTFÓLIO: EDUCAÇÃO, CULTURA E SOCIEDADE – FASE 1
MARIA DO SOCORRO DE SOUTO DANTAS
RU: 985079
Patos-Pb
Maio/2016
PORTFÓLIO: EDUCAÇÃO, CULTURA E SOCIEDADE – FASE 1
MARIA DO SOCORRO DE SOUTO DANTAS
RU: 985079
Portfolio apresentado a Unidade Temática de Aprendizagem (UTA) – Organização Escolar, fase 2, como exigência parcial para avaliação da disciplina: Estagio Gestão Escolar e Organização do Trabalho Pedagógico, sob a orientação da Tutora Jozivalda Alves Pereira, Campus: Patos-Pb.
Patos-Pb
Abril
INTRODUÇÃO
Esse portfolio contém todo estudo pertencente a UTA: Organização escolar (Fase 2), disciplinas: Organização do trabalho pedagógico e Estágio Gestão Escolar, ministradas pelo Me. Marcos Aurélio Silva Soares e pela Profa. Kátia C. Dambiski Soares, sob a tutoria de Jozivalda Alves Pereira. As atividades foram desenvolvidas pela acadêmica Maria do Socorro de Souto Dantas – RU: 985079, vivenciadas no período de 28/03 a 02/05 de 2016, atendendo a uma exigência da grade curricular do Centro Universitário Internacional (UNINTER) – Polo presencial de Patos- PB.
Sabendo da importância do portfolio para os alunos instrumentalizar seus estudos, foi feito um levantamento acerca do eixo temático - EDUCAÇÃO, CULTURA E SOCIEDADE (Fase 1): TEMPO E ESPAÇO DO SUJEITOS E INSTITUIÇÕES ESCOLARES. As atividades propostas nos permitiram compor relações entre as realidades compostas numa instituição escolar. Portanto, constará deste relatório de pesquisa, a função da escola, a identificação de elementos e instrumentos partes do contexto escolar e suas finalidades, a relação entre os sujeitos deste contexto, os estilos de gestão escolar e suas características, e a importância da articulação de diversas ações nas instituições de educação para que as mesmas atinjam seus objetivos.
E por fim será apresentada uma síntese e análise dos dados obtidos nas entrevistas, destacando-se pontos divergentes e convergentes entre a teoria e a prática observada. 
As atividades ficaram assim dividas:
I. Texto1. “O tempo e o espaço dos sujeitos nas instituições escolares” e Mapa conceitual explicitando a temática abordada;
II. Texto 2. “Gestão democrática e conselho escolar”.
Para o desenvolvimento e compreensão desse projeto, foram utilizados de vários recursos disponibilizados pelo AVA: vídeos-aulas, fórum e slides das aulas aliados aos diversos artigos, atividades de reflexão, estudo dos livros de apoio e outras referências complementares disponibilizados pela instituição.
TEXTO 1
O TEMPO E O ESPAÇO DOS SUJEITOS NAS INSTITUIÇÕES ESCOLARES
 1 Dantas, Maria do Socorro de Souto
RESUMO
O presente trabalho tem como objetivo apresentar informações coletadas junto a uma instituição de ensino público, baseada nas informações absorvidas pela leitura da entrevista com a Drª. Acácia Zeneida Kuenzer, sobre a posição das escolas diante das mudanças constantes de tempo e espaço dos sujeitos, revista “Pensar a Prática”. Para as entrevistas foram elaboradas perguntas que questionaram o ambiente escolar e a relação entre os integrantes da instituição. A análise dos resultados das entrevistas apontou a busca pela inserção da vida em sociedade dentro da escola e a preservação dos conhecimentos adquiridos no entorno escolar. Este trabalho apresenta uma abordagem qualitativa, onde os dados foram coletados, descritos e interpretados.
Palavra chave: Escola, Sujeitos, Tempo/espaço
INTRODUÇÃO
Os elementos tempo/espaço na organização do ensino na atualidade se apresentam como uma questão básica e também de grande intensidade, pois está relacionado ao tempo de convivência, aos laços que se estabelecem com o passar dos dias e meses, quando a criança, o adolescente aprende a confiar na figura do professor, desejar fazer perguntas sobre o conteúdo trabalhado e também ser perguntado para expressar seu pensamento. Também está presente nos espaços em que alunos e professores podem interagir com o objeto de conhecimento, pesquisar, estabelecer relações entre as informações a partir diversas experiências.
Pensar no tempo, espaço e a organização pedagógica numa instituição escolar não é tarefa simples, representa pensar em detalhes que irão refletir o Projeto Político Pedagógico da escola. A organização do tempo e dos espaços impõem regras, valores e condutas que são interiorizadas pelos sujeitos envolvidos no processo educacional.
A organização escolar perpassa por uma profunda análise da função da escola nos dias de hoje, são fornecidas as melhores condições para que os diversos setores participem efetivamente da tomada de decisões, e pensar numa estrutura organizada que privilegie esse tipo de encaminhamento é importante para o bom andamento das instituições escolares. 
Para Libâneo (2004), a escola da qual a sociedade necessita hoje é aquela que inclui e que luta contra a exclusão econômica, política, cultural e pedagógica, provendo formação básica, como ler, escrever, formação científica, estética e ética e desenvolvimento cognitivo e operativo. É no espaço escolar que sintetiza a cultura vivenciada no dia a dia, a cultura formal e o conhecimento sistematizado, devendo a mesma, considerar o aluno como sujeito do seu próprio conhecimento.
A organização escolar faz-se necessária a percepção dos sujeitos que integram esse espaço e sua dinâmica no processo educativo, esses processos de encaminhamento das ações dentro das instituições de ensino se dão também a partir das relações entre os sujeitos que ali se manifestam.
Segundo Kuenzer (2002)... 
O tempo, o espaço e a organização pedagógica [...] devem ser redimensionados, no exercício da autonomia da escola para construir seu projeto político-pedagógico, para atender à lógica da racionalidade revolucionária, como já tem ocorrido em escolas e em sistemas administrados pela esquerda. E, graças às demandas por flexibilidade, do ponto de vista do novo regime de acumulação, a atual legislação permite múltiplas modalidades de organização, flexibilizando tempos e espaços. KUENZER, Acácia Zeneida. Revista Pensar a pratica, 2002. Disponível em https://revistas.ufg.emnuvens.com.br/fef/article/view/25/2654 Acessado em 12/05/2016
Nesta perspectiva, a cultura escolar com seus rituais e normas regulam os tempos estabelecendo, por exemplo, o tempo de brincar e formas de viver e conviver no espaço educativo. A partir dessa análise é que surge o tema desse nosso trabalho que se propõe a tratar dos espaços e dos tempos escolares dos sujeitos nas instituições escolares, marcado por uma trajetória que vem desde os primórdios até a escola nos atuais.
A pesquisa de campo e bibliográfica, juntamente com a entrevista foi realizada na EMEIEF Francisco Pergentino, em São Mamede – PB, no dia 10 a 12 de Maio de 2016, a equipe gestora é formada pela diretora Dona Irene Isidoro e a Vice-diretora Jaqueline dos Santos.
A entrevista, ou seja, a coleta das informações destinou-se em constatar a posição atual em que as instituições se apresentam diante dos novos comportamentos da sociedade, referente às constantes mudanças do tempo e do espaço, na necessidade de reaver toda bagagem cultural da comunidade escolar e adaptá-las para serem aplicadas em sala de aula como principal diretriz para os processos de ensino-aprendizagem. A atividade tem com intenção a visita e entrevista da diretora de uma escola da Rede Pública do Município de São Mamede - PB, para investigar a posição dos membros da instituição sobre o espaço contemplar as necessidades do contexto atual em que está inserida. 
A Escola escolhida é uma instituição com segmento do Ensino Infantil e Séries Iniciais do Ensino Fundamental. No dia da visita, os funcionários apresentaram-se bastante receptivos e atenciosos. A unidade é pequena e bastante organizada, poucas salas, porém bem distribuídas.
A escolhidapara a entrevista foi a Diretora Irene Isidoro, graduada em Pedagogia e Gestão Escolar, é diretora da instituição EMEIEEF Francisco Pergentino desde o inicio do ano de 2000.
Durante a entrevista, a Diretora Irene foi questionada a relação entre comunidade e escola, os projetos abordados para a relação interpessoal de docentes e discentes, a visão sobre a bagagem cultural dos integrantes e a posição pessoal diante da diversidade apresentada no convívio escolar.
Segundo a diretora, quando questionada sobre a preservação da bagagem cultural material e imaterial, respondeu que o ambiente escolar é um espaço constituído pela exploração da relação social de todos os seus integrantes, da aprendizagem e do ensinamento dos direitos e deveres, como a liberdade de ir e vir, da troca dos conhecimentos e da necessidade da conquista da autonomia, é um ambiente focado na interação com outras pessoas e com o meio que vivem, um espaço das descobertas pessoais e de novos meios de comunicação, uma contemplação para a inclusão e diversidade social e cultural, e um organismo para descobrir e desenvolver as potencialidades e as capacidades.
Irene Isidoro relatou que trabalha a Cultura Material e Imaterial no currículo escolar, fazendo parte das programações do Calendário Escolar da instituição, dentre eles estão incluída aulas de campo no Sítio Arqueológico de Pedra Branca, (São Mamede – PB) com as turmas do 3º ano do Ensino Fundamental; a festa junina, um evento tradicional na nossa região e já envolvendo todas as turmas, desde a Educação Infantil até o Ensino Fundamental; e o desfile cívico de 7 de setembro.
Ao perguntar sobre quais eram as atividades ligadas á rotina escolar que ela considerava mais importante, ela nos disse que em função do novo modelo da sociedade, onde os pais não dispõem de tempo para ficar com seus filhos, ela acredita que todas as atividades devem estar envolvidas em afetividade, valorizando a relação entre professor e aluno, o que ajuda no processo de ensino-aprendizagem, entre essas atividades estão incluídas a roda de conversa, que promove uma interação do educador com seus alunos, em relação a pergunta, sobre o que ela gostasse que fosse diferente dentro do espaço escolar, ela respondeu que gostaria que os professores olhassem com um olhar diferente para cada criança de forma singular e única( tanto o jeito de agir, de ver o mundo e principalmente de aprender), e com isso elaborar estratégias que facilite a aprendizagem dos alunos e não dificulte como acontece.
Neste contexto, analisando as respostas da diretora entrevistada, foi possível constatar que os elementos tempo/espaço no cotidiano docente sempre são discutidos e reavaliados, pois quando eles são pensados em termos do ensino, é preciso se aproximar cada vez mais as representações que são trazidas sobre os mesmos e também sobre a aprendizagem ao longo do processo de desenvolvimento.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Diante dos argumentos expostos, fica expressiva a importância da aprendizagem baseada na cultura material e imaterial, tais como a sua relação no tempo e espaço dentro e fora dos muros escolares, que são as vertentes principais para um processo educacional de suma responsabilidade e com resultados positivos, assim como Freire (1996) que descreveu em uma de suas mais renomadas obras pedagógicas, alegando que a aprendizagem é um processo que deve ser construído, e não transmitido, ser incorporado através da vivencia em sociedade, onde aluno deve descobrir, deve ler o mundo para poder transformá-lo, e principalmente que não há o professor sem o aluno, ambos devem aprender a conviver apesar de suas diferenças.
MAPA CONCEITUAL
ESTUDO
PESQUISA
ATUANTE
CRÍTICO
CRESCIMENTO
CIDADANIA
SOCIEDADE
CULTURA
RECONHECIMENTO
VALORIZAÇÃO
SOCIALIZAÇÃO
CIDADÃO
PREPARAÇÃO
FORMAÇÃO
APRENDIZAGEM
RELAÇÃO
CONSTRUÇÃO
ESCOLA
RESPEITO
PRESERVAÇÃOO
ATIVO
PARTICIPATIVO
CONHECIMENTO
MEDIADOR
DOCENTE
DISCENTE
CONSCIENTE
PARA A VIDA
ENTREVISTA
Segue abaixo em anexo, a entrevista realizada com a Diretora Irene Isidoro, com sua prospecção sobre a realidade escolar da instituição em que trabalha.
Unidade Escolar: EMEIEEF Francisco Pergentino 
Diretora Escolar: Irene Isidoro
Endereço: R. Janúncio Nobrega, S/N. Centro, São Mamede- PB
1. A unidade escolar inclui no currículo escolar a Cultura Material e Imaterial?
( )Nunca ( )Raramente ( )As vezes ( )Muitas vezes ( )Sempre
2. O espaço e a infraestrutura do ambiente escolar estão sendo utilizado de forma dinâmica pelos alunos?
( )Nunca ( )Raramente ( )As vezes ( )Muitas vezes ( )Sempre
3. A escola incentiva os professores a introduzir nas aulas novas tecnologias como software educativo, pesquisas na internet, projetores, entre outros?
( )Nunca ( )Raramente ( )As vezes ( )Muitas vezes ( )Sempre
4. Já houve casos que os professores de instituição de ensino, não se adaptou ao currículo proposto no Projeto Político Pedagógico?
5. Quais as atividades ligadas á rotina escolar que ela considerava mais importante?
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÀFICAS
BORGES, Ruth. O que é cultura material e imaterial? Publicado em: 16/03/2016
Disponível em http://desconversa.com.br/historia/o-que-e-cultura-material-e-imaterial/
Acessado em: 08/05/2016
COSTA, ROSANNI MACHADO DA. Gestão democrática na escola pública no município de São Mateus: limites e possibilidades. Universidade Federal do Espírito Santo (UFES). São Mateus,2011
Disponível em: http://www3.ceunes.ufes.br/downloads/43/ppgedu-monografia%20Rosanni%20Machado.pdf
Acessado em: 05/05/216
Portal Brasil. Conheça as diferenças entre patrimônios materiais e imateriais. Publicado: 31/10/2009 às 15h38
Disponível em: http://www.brasil.gov.br/cultura/2009/10/conheca-as-diferencas-entre-patrimonios-materiais-e-imateriais
Acessado em: 08/05/1/2016
SOARES, Marcos Aurélio Silva. O pedagogo e a organização do trabalho pedagógico. Curitiba: Intersaberes, 2013. Série Formação de professores.
KUENZER Acácia Zeneida. Revista Pensar À prática. 2002. 
Disponível em https://revistas.ufg.emnuvens.com.br/fef/article/view/25/2654 Acessado em 12/05/2016
TEXTO 2 
GESTÃO DEMOCRÁTICA E CONSELHO ESCOLAR
 
 1 Dantas, Maria do Socorro de Souto 
RESUMO
O presente estudo a abordará a prática do conselho escolar no contexto da gestão democrática de uma escola, visualizar a relevância e significado, no desempenho do Conselho de Escola, servindo de mecanismo facilitador da vivência democrática na rotina escolar. Para tanto foi realizado uma pesquisa de campo na EMEIEF Francisco Pergentino, através de entrevista informal e pesquisa. Sendo assim, esse texto busca refletir a relação da gestão democrática e a importância do Conselho Escolar neste contexto. Este trabalho apresenta uma abordagem qualitativa, onde os dados foram coletados, descritos e interpretados.
Palavras Chaves: Participação; Conselho escolar; Educação. 
INTRODUÇÃO 
Busca-se através desse estudo, analisar e discutir através de pesquisa documental e bibliográfica e entrevista não informal, questionamentos acerca da gestão democrática e o Conselho Escolar e sua importância numa instituição de ensino, a EMEIEF Francisco Pergentino, em São Mamede – PB, tendo como equipe gestora a diretora Dona Irene Isidoro e a Vice-diretora Jaqueline dos Santos. A entrevista foi realizada no dia 10 a 12 de Maio de 2016
Nesta perspectiva, buscamos respostas para as seguintes questões que delimitam o objeto a ser estudado: 
• A escola pesquisada possui Conselho Escolar?
• Quem faz parte dela? Quantas pessoas de cada segmento? 
• As reuniões são agendadas periodicamente ou quando há necessidade?
• Citar alguns assuntos que foram pauta de discussão.
• Como classificaria a instituição de ensino: gestão de qualidade total, gestão compartilhada ou gestão democrática? Por quê? Justifique relacionando com o conceito/características da gestão com os exemplos observados.
É neste direcionamentoque apresentamos este trabalho de pesquisa, pois, entendemos que o tema é relevante, envolve um assunto de interesse dos que se preocupam em fazer uma educação voltada para a integração de todos os atores do ambiente escolar através de uma gestão participativa e democrática.
2. GESTÃO DEMOCRÁTICA E CONSELHO DE ESCOLA
Essa perspectiva de gestão está amplamente amparada pela legislação brasileira. A Constituição Federal de 1988 aponta a gestão democrática como um dos princípios para a educação brasileira e ela é regulamentada por leis complementares como a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) e o Plano Nacional da Educação, em seu artigo 22. A gestão escolar constitui uma dimensão essencial da educação, uma vez que, por meio dela, observa-se a escola e os problemas educacionais, possibilitando uma visão estratégica e de conjunto, além de auxiliar a comunidade a definir os rumos da instituição. Para uma gestão ser democrática, é essencial que a comunidade educacional auxilie no desenvolvimento da escola, na melhoria da compreensão desta como um todo, considerando o contexto local, promovendo processos de reflexão, debate, proposição, registro, produção, organização, consolidação, sistematização, replanejamento e intervenção.
A construção da gestão democrática implica luta pela garantia da autonomia da unidade escolar, participação efetiva nos processos de tomada de decisão, incluindo a implementação de processos colegiados nas escolas, e, ainda, financiamento pelo poder público, entre outros. Uma das formas de efetivar a participação é por meio do ingresso no conselho de escola. A Constituição Federal de 1988 apresenta no seu Artigo 206 os princípios que devem pautar o ensino nos Estabelecimentos da rede pública a necessidade de “promover a participação da comunidade na gestão das escolas, universalizando, em dois anos, a instituição de Conselhos Escolares ou órgãos equivalentes”. 
A democratização da gestão por meio do fortalecimento dos mecanismos de participação na escola, em especial do Conselho Escolar, pode-se apresentar como uma alternativa criativa para envolver os diferentes segmentos das comunidades locais e escolares nas questões e problemas vivenciados pelas escolas.
“O gestor possui uma importância muito grande nesse processo, constituindo-se em uma liderança que provoca nas pessoas envolvidas a lembrança de que é da autonomia das pessoas que depende a autonomia das instituições e dos projetos. [...] No entanto, os gestores não são os únicos responsáveis pelo processo, mas devido ao lugar que ocupam na escola, possuem mais mobilidade para convidar pessoas e garantir espaços onde os encontros podem acontecer.” (Programa de Fortalecimento dos Conselhos Escolares – Caderno 12). Disponível em: http://www.seduc.ro.gov.br/portal/legislacao/orientacaoconselhosescolares.pdf Acessado em: 15/05/2016
A Gestão Democrática implica a efetivação de novos processos de organização e gestão baseados em uma dinâmica que favoreça os processos coletivos e participativos de decisão, além da participação de todos os segmentos da comunidade escolar na construção do Projeto Político-Pedagógico e na definição da aplicação dos recursos recebidos pela escola.
Segundo Soares (2013)...
É no conselho escolar que se discute, delibera, normatiza, aconselha e fiscaliza as ações da escola, sempre tendo como horizonte o PPP e o regimento interno da escola [...] sendo assim, um órgão importante para efetivação de uma gestão democrática verdadeiramente comprometida com a melhoria da qualidade de ensino, como os interesses dos profissionais de educação e com a população que o frequenta. (Soares, 2013, p. 115)
O Conselho Escolar é um órgão colegiado, com poder de deliberar as decisões tomadas pelo conjunto. É um espaço coletivo, onde os diferentes segmentos da comunidade escolar (professores, alunos, funcionários, pais e a comunidade) estão representados e têm voz e voto. É uma instância que busca soluções, sendo também local de reflexão séria e rigorosa, onde se devem evitar ações sem fundamentos, ou posições preconceituosas. Tem a função de contribuir para que a escola cumpra a sua função social, que é educar, construindo cidadãos conscientes e participativos. E, dessa forma o Conselho Escolar se torna um dos principais instrumentos para que as escolas tenham uma Gestão Democrática.
3. O CONSELHO ESCOLAR NA EMEIEF FRANCISCO PERGENTINO: EM BUSCA DE UMA GESTÃO DEMOCRÁTICA
A Escola Municipal Francisco Pergentino iniciou suas atividades pedagógicas do Ano Letivo de 2016, nos dias 04 e 05 de 2016. O conselho de Escola deste ano, contou com o apoio das Secretarias Municipais de Educação e de Saúde de São Mamede - P/B, representada por alguns funcionários da área, que se disponibilizam a fortalecer o projeto proposto, através de palestras e atividades físicas. O Conselho Escolar da Escola contam além da equipe pedagógica, a diretora Irene Isidoro.
Analisando a documentação apresentada pela equipe pedagógica, notamos que a instituição busca através do seu PPP (Projeto Político Pedagógico), assegurar o ensino de qualidade garantindo o acesso, a permanência e o sucesso dos educandos, bem como formar cidadãos críticos e conscientes capazes de agir no meio em que vivem, onde o diálogo e a tomada de decisão coletiva são necessários, deixando de lado interesses pessoais com a finalidade de atingir objetivos comuns, buscando junto à comunidade escolar alternativa para o pleno desenvolvimento educacional de seus educandos.
Constatou-se também que há certa dificuldade dos professores e funcionários em participar efetivamente das decisões tomadas na escola, visto que a maioria trabalha em mais de uma escola, o que dificulta a participação nos encontros. Quando perguntados sobre os dias de reuniões, os professores e funcionários reconheceram que há um esforço da equipe gestora em realizá-la em dia de aula. Esta solução foi considerada satisfatória, tendo em vista que muitos professores estão atualmente em processo de formação continuada, e se fosse utilizado em outro horário ou aos sábados impediria o compadecimento de muitos professores nas reuniões.
Na elaboração dos planejamentos, projetos e ações, a diretora da escola que respondeu o questionário, afirmou que mesmo não havendo tempo para a equipe se reunir, existe um acordo entre a equipe gestora e docente que juntos, elaboraram uma pasta de sugestões que é repassada a todos, durante a semana de aula, para que escrevam suas opiniões e no final essas informações são condensadas e só assim é apresentado o produto final.
Quanto ao funcionamento do Conselho Escolar, as respostas mostram que grande parte considera o número de reuniões realizadas satisfatório. Mas, apesar disto, foi ressaltada a importante participação da comunidade e representação de alunos. Vale explicitar que o Conselho Escolar adotou a sistemática de realizar uma reunião extraordinária para decidir as prioridades para o emprego dos recursos PDDE (Programa Dinheiro Direto na Escola), sempre que estes são liberados para a Escola e a organização das festividades no mês de Junho.
O trabalho em equipe da referida instituição é bem organizado, tem como resultado a otimização do tempo e a satisfação dos vários segmentos envolvidos no processo educacional, objetivos divergentes que se afinam quando estão em uma arena de debates que tem uma finalidade maior: a qualidade da educação. Constatamos que a diretora escola, dá autonomia para o conselho escolar debater, sugerir, dialogar, avaliar e contribuir com o processo pedagógico. 
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O objetivo deste trabalho foi investigar a atuação do Conselho Escolar numa unidade escolar. Verificamos que apesar do avanço que se nota a partir das legislações que regulamentam e incentiva a gestão democrática na escola pública por meio da participação da comunidade escolar através dos Conselhos Escolares, ele ainda não tem um efetivo funcionamento.
Considerando a realidade diagnosticada, vimos que efetivamente a atuação étímida e que a escola ainda não está funcionando efetivamente em uma gestão democrática baseada na atuação do Conselho Escolar, tendo em vista que o Conselho é uma instância importante para que a escola contribua na construção da democracia e da cidadania.
Esse trabalho proporcionou um melhor entendimento das legislações que respaldam a gestão democrática e especificamente o Conselho Escolar. Pudemos conhecer e responder as inquietações com relação à atuação dos Conselhos em análise, essa amostra serviu para diagnosticar como estão atuando os Conselhos Escolares e partindo desse diagnóstico, buscar ações para que o mesmo crie espaços de diálogo e atuação nas suas diversas esferas de atuação, a repensarem suas práticas, suscitando reflexões, debates, troca de experiências e tomada de consciência de como estão funcionando os Conselhos Escolares e seu foco de atuação traçando estratégias para o fortalecimento desse órgão tão importante para a promoção de uma gestão democrática e de uma melhoria da qualidade de ensino.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÀFICAS
BRASIL, Secretaria de Educação Fundamental, Parâmetros Curriculares Nacionais. Brasília: MEC/SEF, 2000.
Escola Municipal Francisco Pergentino.
Disponível em: http://escolafranciscopergentino.blogspot.com.br/
Acessado em: 13/05/2016
BRASIL, Ministério da Educação Secretaria de Educação Básica. Conselho Escolar, gestão democrática da educação e escolha do diretor. Brasília – DF. Novembro de 2004
Disponível em: http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/Consescol/ce_cad5.pdfhttp://
Acessado em: 05/05/2016
MARINHEIRO, Edwylson de Lima. Gestão democrática e conselho escolar nas unidades escolares da rede municipal de Londrina. X ANPED SUL, Florianópolis, outubro de 2014.       
Disponível em: http://xanpedsul.faed.udesc.br/arq_pdf/498-0.pdf
Acessado em: 10/05/2016
Programa de Fortalecimento dos Conselhos Escolares – Caderno 12. Disponível em: http://www.seduc.ro.gov.br/portal/legislacao/orientacaoconselhosescolares.pdf Acessado em: 15/05/2016
SOARES, Marcos Aurélio Silva. O pedagogo e a organização do trabalho pedagógico. Curitiba: Intersaberes, 2013. Série Formação de professores.
3. NOTAS FINAIS
Organizar este portfolio foi, ao mesmo tempo, uma tarefa fascinante e desafiadora, pela relevância das temáticas abordadas: Cultura Material e Imaterial, Gestão Democrática e Conselho de Escola e também pelo desenvolvimento da pesquisa de campo entrevista nua instituição de ensino.
Notamos que a instituição pesquisada assume seu dever na formação de cidadãos críticos, conscientes da pluralidade que permeia o espaço em que vivem, bem como do mundo que os rodeia, conscientizando-os acerca de seus deveres, bem como da valorização e promoção do respeito e bem-estar com os espaços, as construções e as demais manifestações da cultura material e material que marcam as vivências de seu tempo.
Podemos concluir que mesmo desenvolvendo uma função eminentemente normativa, como assinalam com mais ênfase os professores e alguns representantes da equipe técnica e a diretora da escola, o Conselho Escolar da instituição pesquisada, ainda que com inúmeras limitações, representa iniciativas que vem contribuindo para o início do desenvolvimento de uma cultura participativa no âmbito da instituição escolar.
Estou imensamente feliz com os resultados deste trabalho, que deverá frutificar outros com o mesmo objetivo utópico: levar novos conhecimentos e fazer da escola plenamente democrática, acolhendo os alunos em suas diversidades. 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÀFICAS
BORGES, Ruth. O que é cultura material e imaterial? Publicado em: 16/03/2016
Disponível em http://desconversa.com.br/historia/o-que-e-cultura-material-e-imaterial/
Acessado em: 08/05/2016
BRASIL, Secretaria de Educação Fundamental, Parâmetros Curriculares Nacionais. Brasília: MEC/SEF, 2000.
BRASIL, Ministério da Educação Secretaria de Educação Básica. Conselho Escolar, gestão democrática da educação e escolha do diretor. Brasília – DF. Novembro de 2004 
Disponível em: http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/Consescol/ce_cad5.pdfhttp:// Acessado em: 05/05/2016
COSTA, ROSANNI MACHADO DA. Gestão democrática na escola pública no município de São Mateus: limites e possibilidades. Universidade Federal do Espírito Santo (UFES). São Mateus,2011
Disponível em: http://www3.ceunes.ufes.br/downloads/43/ppgedu-monografia%20Rosanni%20Machado.pdf
Acessado em: 05/05/216
Escola Municipal Francisco Pergentino. Disponível em: http://escolafranciscopergentino.blogspot.com.br/
Acessado em: 13/05/2016
MARINHEIRO, Edwylson de Lima. Gestão democrática e conselho escolar nas unidades escolares da rede municipal de Londrina. X ANPED SUL, Florianópolis, outubro de 2014.       
Disponível em: http://xanpedsul.faed.udesc.br/arq_pdf/498-0.pdf
Acessado em: 10/05/2016
Portal Brasil. Conheça as diferenças entre patrimônios materiais e imateriais. Publicado: 31/10/2009 às 15h38
Disponível em: http://www.brasil.gov.br/cultura/2009/10/conheca-as-diferencas-entre-patrimonios-materiais-e-imateriais
Acessado em: 08/05/1/2016
Programa de Fortalecimento dos Conselhos Escolares – Caderno 12. Disponível em: http://www.seduc.ro.gov.br/portal/legislacao/orientacaoconselhosescolares.pdf Acessado em: 15/05/2016
SOARES, Marcos Aurélio Silva. O pedagogo e a organização do trabalho pedagógico. Curitiba: Intersaberes, 2013. Série Formação de professores.
KUENZER Acácia Zeneida. Revista Pensar À prática. 2002. 
Disponível em https://revistas.ufg.emnuvens.com.br/fef/article/view/25/2654 Acessado em 12/05/2016

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