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5.1Capacidadede trMego de vias férreas 175 ;.1.2Capacidadede vias férreascom tráfegobidirecional o .,. lU C. •• W Para que seja possível operar trens nos dois sentidos num trecho ferroviário de linha singela, é preciso que existam desvios ou pátios de manobra ao longo da linha para que possa ocorrer o cnlzamento de trens. Esses desvios são trechosde linha dupla, conectadosà linha principal por (I/I(lrel17osde lIludança de pia. Como podeser visto naFigura 5.6. os desvios possibilitam a solução eleconfli- tos entretrensque viajam em direções opostas.já que o trem de menor prioridade pode ser retirado da linha para perll1itira passagemdo trem de maior prioridadê. Na maioria dos troncos ferroviários. os desvios são espaçadosentre 10 e 15 km e têm uma extensãotal que possamacomodarpelo menosum comboio. A Figura 5.7 mostra um esquema da operação de uma ferrovia de linha única com trânsito nas duas direções. No primeiro diagrama, todos os trens estão em movimento: na segundaparte,os trens movendo na direção de menor priori- dade(no caso. de lesteparaoeste)entramnos desvios e espe- ram pela passagemdos trensde rnai(lrprioridade: no terceiro diagrama, todo os trens voltam a movCl"-se. Tempo Fig. 5.6: Soll1<,:i1ode conflito entre trens por mano- hra dc cruzamcnto Como pode ser visto no diagramaespaço-tempoda Fig,u- ra 5.6, o tremque entranos desvios é suhmetidoa atrasospor causa da baixa velocidade de manohra c do tempo de espe- ra para liheração da linha pelo trem prioritário. No entanto, comparando-se os diagramasespaço-tempodasFiguras 5.4 e 5.7, pode-seperceberque os atrasosde- vidos às manobrasde cruzamentosão sempremenoresque os atrasossofridos em 1.Todos os trens estão em movimento ~ ..- Tr~m 3 -.- ..- -.. -I ~ k---/I~~~ ~-\-_ -------~/~I~ k~_~/IUJU~I· •.---------- desvio _.~ /1 ..- 1i ~ 1-Trem 6 Trem <1 Trem 3 --~ l~mJl Trem 2 3.Todos os trens estão em movimento ..- -.. ...•-- -.. _L~_L . ~~--.L_~~...-W..L_ I~~~I_~~~--~JT--- i~cm5-1C=--lT------Tn~m~---.--/---- Trem 3 \~ _ 2.Trens pares entramnos desvios e esperam -I ~I 1\_/1 Fig. 5.7: Esqucma eleopcr;\(,,'i1ode um trecho fcrrovi;íriocolll Ir<Ífq.'.ohidircciollal 176 Capítulo 5.Análise da capacidadee nível de serviço de vias Estação B ca \, '0 6deSVios ~ ~( .O /.............- - ..- . Estação A Fig. 5.S: Trecho com Ir<Íkgo bidireeional operando na capacidade Tempo manobrasde ultrapassagem,o qnc servepara ressaltaro impacto que a diferença de velocidade entre os trens tem sobre a capacidadedo trecho. () diagrama espaço-tempoda Figur<l5.R mostra<Ioper<lçãode um trecho de ferrovi<lcom tráfegohidirecional que oper<lcom o maior númeropossível de trens, o que é feito de acordo com o esqucma mostrado na Figura 5.7. O leitor pode notar que existem parcs de trenscruzando-se em desvios alternados,e que não é possível incluir mais nenhum trem entre dois trens consecutivos sem que ocorra um conflito que s(Í poderia ser resolvido com um dos trens retomando para um desvio. A construção de um diagrama espaço-tempo,como o da Figura 5.8, é feita com basenas prioridadesde cada Irem. que s;io estabclccidaspelos operadoresdo sistema. I\.s prioridades Icv;lm em conta fatores como o tipo de trem, as cafa'C- terísticasda linha, ete. Numa I'crroviacomo a Fstrada de Ferro Carajás, os trens carregados,que viajam da mina parao porto, têmprioridade sobreos trensvazios. J~comum que os trens mais r;ípidos tenhamprioridade sobre os trensmais lentos, e que trensde passageiro tenhampriorid:lde sobre trensde carga. Para a construçãodo grúf1co,inicialmentecolocam-se os trensde maior priori- dadeque, naFigura 5.R, têmnumera~'ãoímpar. Como a linha operanacapacidade, o 'headway' entredois trensconsecutivosque viajam de I\. para B correspondeao tempo nccessúriopara viajar a separ;lç;iomínima que, no caso, é dois blocos, co- mo pode ser pCl'cebidoobservando-sc a segund<lpmte da Figura 5.7. Uma vez colocados os trens de maior prioridade, os trens de menor prioridade podem ser colm~adosno gráfico. No caso do gnífico da Figura 5.R, a velocidade dessestrens é ligeiralllente superior il velocidade dos trensde maior prioridade; essasveloci- dades foram determinadaspela 1llednica da locollloç;io dos trens. Pode-se notar que existe um intervalo entre a chegadade um trem a U1llaestaçãoe a partidado 5.1Capacidadede tráfegode vias férreas 177 tremseguinteeque o mesmoocorre numdesvio; esseintervalo éestabelecidopara aumentara segurançado sistemaeéusadoparaoperaçõestaiscomo a conferência da cauda, mudançade chaves,etc. Nos desvios, o trem de prioridade menor deve chegar ao desvio um certo tempo antesda passagemdo trem de maio!'prioridade e só retoma para a linha um certo tempodepois da passagemdo outro trem. A capacidade do trecho corresponde ao inverso do 'headway' mínimo entre trens viajando na mesmadireção. Observando-se a Figura 5.8, pode-se notar que o 'headway' mínimo é a soma do tempo necessário para um trem Ímpar viajar entredois desvios, mais o tempo necessárioparaum trem par viajar entre os dois desvios, mais um tempode folga. Ou seja, a capacidadeteóricade um trechocom operaçãonos dois sentidosé: A Equa~'ão5.5 revelauma característicaimportanteda capacidadede trechos ferroviários com linha singela: a capacidadeda linha é inversamenteproporcional ao tempo de viagem entre desvios. Se for preciso aumentaro mÍmero máximo de trens,é necessárioreduzir o tempototal de viagem entredesvios. Mais ainda, pode-seperceberqueépossÍvel iden[iflcaros trechosdeestranguIamentona linha, que são aqueles para os quais a soma dos temposde viagem nos dois sentidos e do tempo total de folga é máxima. Pode-se tamhémnotar que qualquer redução da velocidade dos trensafetaa capaci<bdedo ranlal, COlllOselj visto a seguir. c(: capacidadeteórica numa direção [trens/hora]; 1( tempo de viagem entredesvios na direção prioritária [h]; 1,,: tempo eleviagem entredesvios na outra dire(,;ão[h]; e Ir: tempo total de folga nos cruz.amentosde trens [h]. Fig. 5.9: Efeito da falta de manutençãoda via sobre aca- racidadc s~'~~ Tempo ~!~ T~mflO 3. Redução de velocidade 8 t.S2·CII·2·VIO~!~ Tnmpo 4. R8dução de velocidade, IncapacltaçAo de desvio e InterrupçAo do tráfego :S (5.5) ';+I"~+I, ('( em que 5.1.3 A manutenção da via permanente e a capacidade Num trechode linha singelasaturado,isto é, queoperanacapacidade,têm-separes de trenssecruzando em desvios altcrnados,como se mostrano primeiro diagrama espaço-tempo da Figura 5.9. A partir dessc diagrama, pode-se analisar o efeito que a qualidade da manutençãoda via permancntetcm sobre a capacidadede um trecho ferroviário. A detcrioraç:io da via, por falta de manllll'nção apwpriada, força a emissão de uma ordcm temporária de redução de velocidade, para evitar a ocorrência de 178 Capítulo5.Análise da capacidadee nívelde serviço de vias descarrilamentos.Supondo-sequeisso ocorraparao bloco centraldo trecho representadonaFiguraS.9,o segundodiagramaespaço-tempomostraa redução no fluxodetrensqueécausadapelaordemdereduçãodevelocidade. Se,alémdareduçãodevelocidade,umdosdesviosficaincapacitadotempora- riamenteemrazãodafaltademanutençãopreventiva,o efeitosobreacapacidade do trechoéaindamaior,comose mo:,I,'1no terceirodiagramaespaço-tempoda Figura5.9. Pode-senotarquea impossibilidadedeusaro segundodesviocausa umareduçãoadicionalnonúmerodetrens.Finalmente,pode-seperceberoefeito deumainterrupçãotemporáriadalinhasobreacapacidade. 5.2 O HCM: capacidade enível de serviço de rodovias Numaferrovia,ofatorpreponderanteparaadeterminaçãodacapacidadeéo 'head- way' mínimoentreveículosque,por suavez,dependedos temposde viagem. Isso aconteceporque,em funçãodo sistemade controlede tráfegousadonas ferrovias,ostrensraramentetrafegampróximosunsdosoutraseasuavelocidadedependeexclusivamentedascaracterísticasdaviaedotrem.No casodotransporte rodoviário,a velocidadedos veículosé afetadapeladensidadeda correntede tráfego,conformeestudadono Capítulo3. Por isso. alémda capacidade,que é a maiortaxade fluxo de tráfegoquepodesersuportadapelavia, é também importantedeterminaro níveldeserviço,ouseja,ascondiçõesencontradaspelos usuários. Os conceitosde capacidadee nívelde serviçoestãodescritosno HighH'ay CapacityManual4 ou,paramaiorsimplicidade,oHeM, quepoderiasertraduzido paraportuguêscomoManualdeCapacidadeRodoviária.O HCM é areferência básicaparaoestudodacapacidadeedoníveldeserviçodecomponentesdosistema detransporterodoviário.Elaboradoparaserusadoaoestudodacapacidadeenível deserviçoderodoviasdosEUA, o BCM (emamplaaceitaçãoemtodoo mundo, apesardeexistiremoutrasmanuaisquetambémfornecemprocedimentosválidos paraaanálisedecomponentesespecíficosdosistemaviário,taiscomoosmallll<lis canadense5e australian06paraanálisee calibraçãodesemáforos.A utilidadee a facilidadeparausarosprocedimentosqueaparecemnoBCM tornaram-no,sema 4TRB (2000).HCM2000: HiglnvayCapacityMmlllO/. TransportationResearchBoard,National RcscarchCouncil.Washington.DC, EUA. 5Tcply.S. (1984).CmwdirlllCaparityCuide/or SigllalizedIlltcrseoions. UniversityorAlberla anoCanaoianInstituteorTransporlationEngineers.Eclmonton.Alhcrla.Canad<1. 6Akcelik. R. (198I). Trq(ficSigllals: Capaci/yandTim;llgAlla/ysis.ARR Reporl123.Auslralian RoaoResearchHoarel.Vicloria,Austrália. 5.2O HCM: capacidadee nívelde serviço de rodovias menordúvida,o maiorbest-sellernocampodaEngenhariadeTransportes,tendo sidotraduzidoparadiversaslínguas. 5.2.1 A evolução do Highway Capacity Manual A primeiraediçãodoBCM foi publicadanosEUA em 1950,frutodeumesforço conjuntodoComitêdeCapacidadeRodoviáriadoHighwayResearchBoard,um órgãodepesquisasmantidopeloNationalResearchCouncildosEUA, e do Bu- reauof PublicRoads,umórgãodaadministraçãofederalamericana.J\ ediçãode 1950do HCM teveorigememdoisariigospublicadosnarevistaPublic Road.\·7e apresentavadefiniçõesdetermos-chave,umacompilaçãodefluxosmáximosob- servadoseprocedimentosparaanálisedetrechoscomfluxocontínuo,interseções semaforizadas,áreasde entrelaçamento('weavingarcas')e pontosde acessoa rodovias('ramps'). A segundaediçãodo HCM8 foi editadaem 1965,peloHRB. Na ediçãode 1965,quetrouxealteraçõessignificativasemrelaçãoà de 1950,o manualtomou a formaatuale introduziuo conceitodeníveldeserviço. Em 1985,aterceiraediçãodoBCM foipublicadapeloTransportationResearch Bom·d(sucessordoHRB) eintroduziuprocedimentosparaanálisedecomponentes dosistemadetransporterodoviárioquenãorodoviaseruas,bemcomorefinamen- tosno conceitode nívelde serviço. Junto como manualimpresso,foi também publicadaumaimplementaçãodosprocedimentospropostosnumsoftwarepara microcomputadores,o HCS ('HighwayCapacitySoftware').A ediçãode 1985do HCM passouporduasrevisõessignificativas:em1994,quando8dos14capítulos do manualforamatualizados,e em 1997,quandoforamfeitasrevisõesem9 dos seus14capítulos. A ediçãode2000do HCM, quesubstituitodasasanteriores,representauma expansãoe revisãosignificativado manual.O HCM2000 contém31 capítulos, dividosemcincopartes:(1)VisãoGeral,(lI) Conceitos,(ITI) Métodos,(IV) Aná- lisede corredorese áreas,e (V) Simulaçãoe outrosmodelos.A primeiraparte introduzconceitosde fluxode veículosinerentesà análisede nívelde serviçoe capacidadee discutecomoo HCM e os resultadosde suaaplicaçãodev.emser usados.A PmieII apresentaosconceitosusadose valoresbásicosadotadospara 7Norrnann.O. K. e Walker,W. (1949). Highwaycapacity:practicaJapplicalions(lI'rescarch. Public ROl/ds, v. 25,n. J O,p. 201-234c v. 25,n. 11,p. 237-277. 8HRB (1965).Higlllvl/Y Caflacity Mallual. SpccialReport87,I lighwayRcsearchB(lard,Natio- nalResearchCouncil,Washington,DC, EUA. 179 180 Capítulo5.Análise da capacidadee nívelde serviço de vias o desenvolvimentodosmétodosmostradosnaParteIII.A ParteIII apresentaos métodosusadospara,~valiaçãododesempenho:dacapacidadeedoníveldeserviço paraosdiversoscomponentes,conformemostraaTabela5.1.A ParteIV fornece indiqções e técnicasparaaanálisedesistemasmaisamplos,queincorporamdi- versoscomponentesviários,taiscomocorredoresviários.A ParteV discuteouso deoutrosmodelosparaestudosmaisdetalhadosdedesempenho,níveldeserviço e capacidade.Umanovidadelançadacoma ediçãode2000do HCM é a versão emCD-ROM, queinclui tutoriaise videoclipesparamelhoraracompreensãode algunsdosconceitoseelosdehipertextoconectandoo textoeo glossário. Ao longodassuasquatroediçõese maisde 50anosde idade,O HCM tem acompanhadoaevoluçãodoconhecimentosobrecapacidadederodovias.Baseado inicialmentenosresultadosdosestudospioneirosde O. K. Normanne William Walker,nadécadade40,asediçõeserevisõesmaisrecentespassaramaincorporar descobertase resultadosdepesquisasobtidosporpesquisadoresespalhadospelo mundo,o quepodeexplicarsuagrandeaceitaçãoeusoforadosEUA. 5.2.2Objetivos eorganização do HCM Os procedimentosapresentadosnoHCM servemparaaestimaçãodacapacidade e da qualidadedo serviçoencontradaem elementosindividuaisdo sistemade transporterodoviárioe foramestabelecidoscombaseemestudosconduzidosnos últimos50anos,refletindobasicamenteaexperiêncianOI1e-americana.O manual divideosprocedimentosparaaanálisedacapacidadeemdiversosníveis,chamados deoperacional,deprojetoe deplanejamento,pararodoviase viasurbanas,para sistemasdetransportepúblicodepassageiros,eparaviasdepedestresebicicletas. O HCM classificaos componentesdo sistemade transporterodoviárioem dois tipos: os queapresentamfluxo contínuode tráfegoe os queapresentam flllxo interrompido.Fluxocontínuodetráfegoimplicaquenãoexistedispositivos (taiscomosemáforos)queinterrompemperiodicamenteacorrentedeveÍCulosn'O componentee ascondiçõesdetráfegoapresentadassãoresultantesdasinterações entreosveÍCulosnacorrentedetráfegoeascaracterísticasgeométricaseambientais davia.Noscomponentesqueapresentamfluxointerrompido,existemdispositivos decontrole(taiscomosemáforos,sinaisdeparadaobrigatória,etc.),queforçama paradacompletaouumareduçãosignificativanavelocidadedacorrentedetráfego, adespeitodaintensidadedotráfego. Fluxo contínuoe fluxo interrompidodescrevemo tipo de fluxo de tráfego encontradonocomponente,enãoaqualidadedo fluxonumdadoinstante.Assim 5.3Capacidadee nível de serviço de rodovias 181 sendo,umaauto-estradana qualexisteum gravecongestionamentoqueforç~a interrupçãodofluxodeveículoscontinuasendoumcomponentedefluxocontínuo, poiso congestionamentoédevidoà intensidadedo fluxodetráfego. Ruase viasurbanas Interseçõessemaforizadas Interseçõesnãosemaforizadas Pedestres Bicicletas Rodoviasdepistasimples Rodoviasdepistadupla Componentesde 'freeways' Segmentosbásicosde 'freeways' Zonnsdeentrelaçamentode 'freeways' Alças deacessoe saída Conexõesde 'freeways'comarteriais Transportepúblico A.u1111to 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 h'ntl':11('11(2000:/lighll"a-.,'COI'(wif)'Mmllml. TIUt, NRC.Wa!õhin(!tlln.De. U'''.2000. Capo Tab. 5.1:Os capítulosda ParteIII (Métodos)do HCM2000 As 'freeways'- istoé,auto-estradascomacessocontrola- doe limitado- apresentamaformamaispuradefluxocontí- nuo;asrodoviasdepistaduplae pistasimplestambémapre- sentamfluxoscontínuosseexistemtrechoslongos(pelome- nos3 km) entreinterseçõese semáforos;seos trechosentre semáforostiveremmenosde 3 km, deve-seusaro procedi- mentoparaanálisede viasurbanas,nasquaisos fluxossão interrompidos. A Tabela5.1mostraoscapítulosdaParteIII doHCM2000, queestabelecemosprocedimentosparaavaliaçãododesem- penho,do nívelde serviçoe dacapacidade.A estruturabá- sicadessescapítuloscompreendequatropartes:introdução, metodologia,procedimentosparaaplicaçãoe exemplosde cálculo.A introduçãodescreveascaracterísticasdo compo- nentee os conceitose a filosofiado procedimentousado;a metodologiaapresentaoscomponentesdo procedimento,i!l- c1uindoequações,tabelase gráficosusadosparaoscálculos. Osprocedimentosparaaplicaçâoapresentaminstruçõesparaaplicação,passoapasso,doprocedimentoparaanálisedaca- pacidadee níveldeserviço.Os exemplosdecálculoincluem situaçõesqueexplorama aplicaçãodos procedimentos,mostrandotodosos cál- culosnccessáriose discutindoe interprctandoos resultadosobtidos.A cstrutura doscapítulosfoi cstabelecidademodoafacilitaro usodo manual,permitindoque seususuáriosaprendamrapidamentea utilizá-Iodemodoeficiente.Infelizmente, aindanãoexistcumaversãocioBeM emportuguêse adaptadaparaascondições brasileiras,o queexigequeaversãooriginal,eminglês,sejausada. 5.3 Capacidadeenível de serviço de rodovias A análisedecapacidadeeníveldesen'iç'Ovisaestimarosfluxosdetráfcgoqueum componenteviário podesuportardentrodeumagamapredefinidadecondições operacionais,pormeiodaaplicaçãodeumconjuntodeprocedimentosclaramente estabelecidos.O objetivoprincipalde umaanálisede capacidadeé estimara taxade fluxo máximade pessoasou veÍCulosquc podeser suportadapor um 182 Capítulo 5.Análise da capacidadee nível de serviço de vias trecho de rodovia. Entretanto, visto que as condições operacionais que ocorrem próximo dacapacidadesãomuito ruins, nuncaseplanejaquea rodovia operenessa situaçãopor mais do que algumas poucashoraspor ano; assim sendo,a análisede capacidadetambémserveparaestimara taxade fluxo máximadentrodecondições operacionais preestabelecidas,consideradassuportáveispelos usuários. 5.3.1 Capacidade veicular de uma via A capacidade pode scr definida tanto cm tcrmos de veículos como de pessoas. Capacidade I'eicull/r éa taxade t1uxohorário que podeser suportadapor um dado ponto ou scgmcnto uniforme da via, sob condiçõcs prcdominantes de tráfego, controle e da via, supondo-sequc o trecho a jusante do ponto ou segmentoesteja livre e não exista ncnhum impedimento para o fluxo de tráfego. Alguns pontos destadefinição são importantesc dcvcm scr rcssaltados: I. A capacidadeédefinida para('(}//(liriJespredominantesde tráfego,controle e da vil/, que dcvcm ser razoavelmenteconstantesparao segmentoestudado, pois qualquer alteração no trMego, no sistema de controle dos fluxos ou na via resultarãoem altcrações na capacidade. A definição pressupõeque essascondições incluem tempo bom, pavimentoem bom estadoe nenhum incidente dc tnífego (obstruçõestemporáriasdo fluxo). 2. A estimativade capacidaderefere-sea um ponto da via ou a um segmento de característicasuniformes com relaçãoü geometriada via, ao tráfegoe às condições de controle do t1uxode tráfego. Em função de diferenças nessas condições,cadasegmcntoda viapodetercapacidadediferenteeacapacidade do sistema pode ser inferida a partir da c<,pacidadede seus componentes, sendoque o ponto ou segmentode piores condições operacionais determina o nível de serviço do sistema. 3. A capacidadeéexpressaem termosdc uma taxa de.lllIxo de veÍCulosou de pessoas,quc nOlp1almentese refereaos 15minutos mais congestionadosda hora. Reconhece-seassim quepode existir umagrandevariaçãono fluxo ao longo de uma hora c, por conseguinte,a análisedeveser feita considerando o período de maior Jluxo dentro da hora pico. 4. A capacidadeé dellnida em termosde umae.\pectativarazoável de ocorrên- cia, ou seja, que a capacidadeestimadapara o segmentoseja uma taxa de fluxo de tráfegoquepossaserobtida com razoável freqüênciatodasasvezes que a demandafor suficientementealta e que tambémtenha sido observa- da em segmentosde característicassimilares em outros locais. Portanto,
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