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1.4Determinaçãoda velocidadede equilíbrio 23 800 600 Z 400~ lU ~ o LI.. 200 o -200 o 20 ~" R = Rt +Rg(i = -0,25%) Resisténcia de rampa Rg(i = 0,65%) Fig. 1.16:Cálculodavelocidadedeequilíhriocmrampas Se P = O, a curva de [orça motriz é nula e coincide com o eixo x. O trem move-se sob a ação da componenteda força peso na direção do movimento, a resistênciade rampa,que numa descidaé negativa. Nesse caso, a velocidade de equilíbrio do trem seria aquelana qual a resistênciabásica iguala-seà resistência de rampa. O exemplo a seguir mostracomo determinara velocidadede equilíbrio paraum tremque trafeganum declive, que correspondeao ponto em que a curva de resistênciatotal cruza o eixo x. Exemplo 1.6 SI/ponha queo tremdo Exemplo 1.4passea trafegar numdec1il'ede 0,25% e os motoresde traçiio nii(}estüosendo usadospara mOFeI'()trem. Determinar gI"(!(icamente (/1101'(/ Felocidade de equilíbrio. Solução:NumadescidanaqualaforçamotrizFI =O,aúnicaforçaqueatuasohre o trcmé a resislênciatola] R =RI +Rg =R, + 10G m. Comoadeclividade11I énegativa- isloé,o tremviajanumdeclive-, entãoRg <O. Isso fazCOI11 quea velocidadedo trematinjao equilíbrioquandoRI =Rg. No casodesteexemplo,C0l110 a rampa11I =-0,25%, então Rg =-2,5(nL GL +nv Gv) =-229.750 N. Em sendoassim,a resistênciatolalédadapor R =-128.515 +1.]79,1Y +7.5y2 [NI. 24 Capítulo1.Mecânicada locomoçãode veículos ferroviários J O gráficod,lFigura 1.16mostraqueanovavelocidadedeequilíbrioéaproximada- I1IClllc 75 kl1l/h (74,1 km/h). Os gráficodasFiguras].] 5 e ].] 6 podemserelaboradoscom o auxílio deuma planilha eletrônica. De fato,o leitoréencorajadoa usarumaplanilha paraanalisar o movimentodo trem,já que é grandea facilidade de elaboraçãode gráficos de funçõesnasplanilhaseletrônicas.Além disso, a precisãoobtidanasoluçãográfica é maisquesuficienteparaasnecessidadesdeplanejamentoeanálisedo movimento de trens. 1.5 Frenagem de composições ferroviárias Os trens dispõem tanto de sistemasmecânicoscomo de sistemasdinâmicos de frenagem. Os freios mecânicossão sapatasque, ao seremcomprimidas contraas rodas, aplicam uma força de desaceleraçãona composição,desdeque não ocorra um deslizamentodas rodas nos trilhos. Os freios dinâmicos utilizam-se da pro- priedadede os motoresde traçãoelétricospoderematuarcomo geradores,quando acionadossemalimentaçãoelétrica. Desta forma, a correnteelétrica geradapelo movimentodo tremnarampaproduzresistênciaao movimentoeédissipadacomo calor por resistênciasresfriadaspor ventiladoresmovidospor essamesmacorrente elétrica (veja a ilustraçãoda Figura 1.3à página5). Nas locomotivasdiesel-elétricas,toda energiaelétrica geradapela frenagem dinâmica é dissipadapelasresistênciasdas locomotivas;nos ramaiselctrificados, como nosmetrôs,aenergiaelétricageradapelafrenagcmdinâmicapodeserdevol- vidaparaa linhadcdistribuiçãoeusadaparamovimentaroutrostrens,reduzindo-se assim o consumo total de cletricidade. Até a I Guerra Mundial, os freios de cada vagãoeram independentese acio- nados manualmentepelo guarda-freios.A frenagemeraum processocomplexo e demorado,o que terminavapor causarum grandenúmerode acidentes.Hoje em dia, os freios de todos os vagõessão acionadossimultaneamentepor meio de ar comprimido, numsistemainventadonosEstadosUpidos por GeorgeWestinghou- se,em torno de 1860. No sistemade frenagemmecânicaa ar comprimido, cada roda possui uma sapatadc freio e cadavagãopossui um reservatóriode ar comprimido. Os vagões são conectadosentre si e à locomotiva por meio de mangueiras,formando um conduto no qual a pressãodo ar é de cerca de 80 psi (0,552 MPa). Cada vagão possui uma válvula (válvula (ríplice) paracontrolar os freios, que é acionadapor 1.5Frenagemde composições ferroviárias 25 diferençasdepressão.Se apressãonocondutofor igual àpressãonoreservatóriode ar comprimido do vagão,assapatassãomantidasafastadasdas rodas;se a pressão no conduto for menor que a pressão do reservatório, as sapatassão acionadas enquantoa pressãodo conduto for menorque a do reservatório.Restaurando-sea pressãodo conduto, as sapatassão afastadasdas rodas. A intensidadeda variaçãode pressãopermiteo controle da forçade frenagcm: um pequenodecréscimo na pressãodo conduto faz com que a válvula transmita essa pequenadiferença ao freio, que comprime levementcas sapatascontra as rodas;um grandedecréscimo de pressãofaz com que as sapatassejam fortemcnte comprimidas contra as rodas. Como a velocidadede propaga~~ãoda diferençade pressãonocondutodearcomprimido éde200mls,pode-sefreartodaacomposição quaseque instantaneamente. Além do reservatóriode ar comprimido para o freio de serviço, um outro reservatórioé usadoparaacionar os freios em situaçõesde emcrgência,tais como seo condutoentreos vagõesromper-seacidentalmente(como nocasodeum vagão desengatar-sedo restodo trem). 1.5.1 Determinação da força limite de frenagem Q p N Quando um tremestásendofreado,é importantequea força Q aplicadanas sapatasde freio seja tal que a roda nuncapare de rodar duranteo processo de frenagem. Se a roda travar(a chamada"calagem"da roda, nojargão fer- roviário), haveráapenasum atrito de deslizamentoda roda sobre o trilho, que é menorque o atritoda sapatasobrea roda. Com a rodaem movimen- to, haveráainda a ação retardadorado atrito de rolamento,que favorecea frenagem. Além disso, quando as rodas travamocorre a formação de de- formações - "calos" - no aro das rodas que causam trepidaçõese ruídos incomôdos. A Figura 1.17 mostraas forças que atuamnuma roda de um trem que estásendofreadonUIll trechoplano. Chamando-sef; o coeficientede atrito entrea sapatado freio e a roda e Q a força que comprime a sapatacontra Fig. 1.17:Frcnagcmdclimarodade a roda, o conjugado retardadorque atuasobre a roda é Q,f,.r. Apesar de Ircm suprimido o esforço trator na roda, ela continua girando, pois está sendo submetidaa um conjugado P ..fl.r, sendo P o peso descarregadopela roda e fI o atrito existenteentrea roda e o trilho. Para que não ocorra a calageme a roda continue girando, o conjugado retardadornão pode ser maior que o conjugado. aplicado sobre a roda: Q·f,.r <P.lI.r ou seja, Q.f\· <P.f,.
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