Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS DEPARTAMENTO DE FÍSICA LABORATÓRIO DE FÍSICA GERAL – 6028 MOVIMENTO RETILÍNEO UNIFORME MATEUS VITOR BORGES RA: 98744 1º ANO PROFESSOR/ORIENTADOR: AILTON GOIOERÊ 24/05/16 I. OBJETIVOS: Objetivo Geral: Obter experimentalmente a equação de movimento unidimensional de um móvel deslizando sem atrito sobre um trilho na horizontal. Objetivos específicos: Obter dados experimentais e aprender a interpretar os resultados via gráficos, considerando também a teoria de erros. II. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA: Ao entrar em contato com o estudo da Física, o aluno se encontra diretamente com sua primeira grande área: a Mecânica. (MUKAI & FERNANDES, 2016) Os objetos de estudo da Mecânica estão divididos em cinemática, dinâmica e estática (Silva, 2016). Aquela que tomaremos como alvo de nosso experimento, buscando demonstrar o primeiro tipo de movimento estudado, o Movimento Retilíneo Uniforme (MRU). Tal movimento é resultado do deslocamento de um móvel em uma superfície retilínea, sem atrito e com velocidade constante. Galileu Galilei (1564-1642), criador do método experimental (Souza, 2016) citou em alguns de seus inscritos a respeito de uma força sempre contrária a tendência do movimento dos corpos, servindo como conteúdo básico para Isaac Newton (1643-1727) formular sua lei conhecida como Primeira Lei de Newton. Aquela força citada por Galilei se trata da força de atrito, que se for extraída do sistema, o corpo permanecerá com velocidade não nula e constante, e aceleração nula. No experimento a seguir, movimento será na feito na horizontal, com o auxílio de um trilho de ar e seus componentes. O trilho de ar gera uma camada de ar, fazendo com que o atrito entre o móvel e o trilho seja desprezível. Seja S(t) a função o espaço percorrido em função do tempo, t o tempo em que o móvel está a partir de uma posição de referência. Sendo que, com estes dados podemos analisar a velocidade do móvel e sua aceleração. Estaremos assim obtendo a equação do movimento do móvel. Visto que ela fornece qual é a posição (S), a velocidade (v) e a aceleração (a) de um móvel em qualquer tempo (t). III. DESENVOLVIMENTO EXPERIMENTAL MATERIAIS UTILIZADOS - 1 trilho de ar; - 1 compressor de ar; - 1 cronômetro digital; - 1 móvel; - 5 sensores; - 1 roldana; - 1 trena; - 1 nivelador; - fio; - massas (discos metálicos). MONTAGEM EXPERIMENTAL Figura 3.1: Figura esquemática da montagem experimental do experimento do movimento unidimensional em MRU. Como se observa D1>D2, para que quando a massa chegar ao apoio, o móvel já esteja em velocidade constante antes do primeiro sensor. DESCRIÇÃO DO EXPERIMENTO Quando chegamos ao laboratório, o equipamento já estava pré-montado, mas, seguindo as instruções de nosso professor, seguimos os seguintes passos: Nivelamos o trilho com o auxílio do nivelador, para que o experimento seja feito corretamente na posição horizontal, para isso, o trilho foi deixado paralelo a superfície utilizada como base. Como o fio que tínhamos era longo para o teste, posicionamos o trilho de ar próximo a borda da mesa, de forma que a roldana ficasse para fora da mesa, com isso, fizemos um apoio elevado para evitar que a distância entre o peso e o apoio fosse maior que a distância entre o móvel e o primeiro sensor Posicionamos o primeiro sensor na posição (35,00±0,05) cm do trilho de ar com o auxílio da trena, definindo este como primeiro sensor (S0) e os outros sensores com o acréscimo de (15,00±0,05) cm, sendo assim: S1=(15,00±0,05) cm; S2=(30,00±0,05) cm; S3=(45,00±0,05) cm; S4=(60,00±0,05) cm; Testamos o equipamento para ver se seu funcionamento estava em ordem, para tal, ligamos o compressor de ar com o móvel parado, e observamos que o móvel não tinha uma posição fixa, nem algum ponto de fixação. Então um dos integrantes do grupo ficou encarregado de segurar o móvel na posição (10,00±0,05) cm do trilho de ar, que ficou definido como ponto inicial. Além deste, tivemos que reajustar o apoio, pois estava acelerando o móvel por 30 mm a mais do sensor. Fora estes detalhes, os sensores fotoelétricos, o cronômetro e o compressor estavam perfeitamente ajustados. Feitos estes detalhes, zeramos o cronômetro, e iniciamos os testes, soltando o móvel partindo do ponto inicial. No dia de testes, fizemos todo o procedimento por 6 vezes, tomando os dados e organizando em meio a uma tabela, da qual somente 4 das 6 medidas consecutivas foram tomadas com êxito. IV. DADOS OBTIDOS EXPERIMENTALMENTE S(cm) t1(s) t2(s) t3(s) t4(s) 0 0 0 0 0 15,00±0,05 0,3203±0,0001 0,3252±0,0001 0,3236±0,0001 0,3176±0,0001 30,00±0,05 0,6357±0,0001 0,6517±0,0001 0,6371±0,0001 0,6371±0,0001 45,00±0,05 0,9586±0,0001 0,9908±0,0001 0,9500±0,0001 0,9396±0,0001 60,00±0,05 1,2892±0,0001 1,3446±0,0001 1,2645±0,0001 1,2538±0,0001 Tabela 4.1: Medidas experimentais do MRU, tomadas no trilho de ar durante a aula em laboratório. V. INTERPRETAÇÃO DOS DADOS Com base nos resultados, calculamos o valor médio de cada um dos tempos utilizando a seguinte equação de média aritmética simples. (MUKAI & FERNANDES, 2016) E também, para o cálculo correto das variações ou dispersões entre as médias encontradas (MUKAI & FERNANDES, 2016), o desvio padrão dado por: Conferindo todos os cálculos com a calculadora Cassio fx-82MS, além de usarmos o programa Microsoft Excel nas edições 2007 e 2010. Efetuando tanto a digitalização dos dados quanto os cálculos para conferência do resultado. Gerando a Tabela 1.2.[1: Os cálculos efetuados a mão serão entregues no Apêndice A] S(cm) tm(s) 0 0 15,00±0,05 0,3217±0,0040 30,00±0,05 0,6404±0,0076 45,00±0,05 0,9598±0,0222 60,00±0,05 1,2880±0,0405 Tabela 5.1:Tempo médio para cada espaço percorrido com seus respectivos desvios Partindo dos dados acima, produzimos a Figura 1.2, onde o gráfico S x t foi produzido manualmente em papel milimetrado (Vide Apêndice B). Para a adoção de escala utilizamos a seguinte equação para obtê-la: Adotamos o valor máximo no papel milimetrado como 150 mm, e o valor de aproximação máximo de S e de tm, a equação foi a seguinte: Com o uso da escala, obtemos os seguintes dados para a inclusão nos pontos do gráficos S(mm).Me = y tm(s).Me = x 0 0 30,00 24,1275 60,00 48,0300 90,00 71,9850 120,00 96,6000 Tabela 5.2: Dados multiplicados com o módulo de escala, gerando as coordenadas Com base neste gráfico, observamos que a relação entre os pontos marcados pode ser caracterizada como uma relação linear entre eles. Onde pode se determinar como uma equação de primeiro grau. Partindo deste ponto, determinamos o ajuste dos dados no gráfico, para isso, utilizamos o método dos mínimos quadrados (MUKAI & FERNANDES, 2016) e utilizamos a seguinte equação para definir o coeficiente linear dado por: E a equação seguinte para definir o coeficiente linear dado por: Efetuada a análise dimensional, foram descobertas as constantes de proporcionalidade, e assim feito, determinou-se a equação final relacionando espaço e tempo, de forma geral, como: Obtendo assim, a equação horária do movimento do carrinho, que é: Ao fazer os testes de , verifiquei que a mesma estava um pouco mais elevada que o coeficiente angular, mas a elevação era mínima, e o resultado era bem próximo do coeficiente, sendo assim, definiu-se assim a equação da reta. VI. ANÁLISE DOS RESULTADOS Em meio aos dados obtidos, o gráfico foi a parte mais interessante a ser feita. O mesmo quando foi plotado, gerou um gráfico de uma função de primeiro grau, que, devido a pequenos erros laboratoriais, não cruzou todos os pontos já definidos. Além deste feito, a visão da velocidade constante sair da teoria e dos gráficos e ir para nossa frente foiincontestável. A função obtida gerou uma certa investigação, pois não sabia se poderia haver outra que distinguiria a mesma reta, mas com os testes feitos com a velocidade média, foi irrefutável que a reta havia erros, nos levando a refazer os cálculos várias e várias vezes, além da conferência pelo computador e pela calculadora científica. Durante o experimento, algo que pode ter gerado erros foi a falta de algo que segurasse o carrinho em uma posição totalmente fixa. Usamos um de nossos colegas para fazer este serviço, mas ainda assim, deslocamentos mínimos podem ter gerado impacto em meio ao resultado final. A verdadeira ponte entre a teoria e a prática ocorreu em meio ao desenvolvimento da equação, que nos exigiu dois dias e muita pesquisa, além de, devido a erros grotescos em relação ao experimento, houve a necessidade de refazê-lo numa data posterior, para que não houvesse tanto risco de erros em meio a elaboração teórica. Após a realização do experimento, durante a análise das fotos do mesmo, percebi que influências externas mínimas, como erros de ajustes, correntes de ar e até mesmo a umidade podem ter dado variações mínimas. VII. CONCLUSÕES Apesar de diversos contratempos, o objetivo foi alcançado com êxito, os dados utilizados geraram uma equação plausível, que mesmo com pequenas falhas, foi capaz de suprir as necessidades utilizadas. Após o término do experimento, foi possível concluir que no MRU, a aceleração é perfeitamente nula, devido sua velocidade constante, a qual no gráfico gerou uma reta. Nesta que, o coeficiente angular revelou intrínseca relação com a inclinação da reta no meio teórico, enquanto também revelou grande relação com a velocidade escalar, a qual pode ser definida e possuía uma aproximação muito grande do coeficiente angular. APÊNDICEA APÊNDICEB VIII. REFERÊNCIAS Halliday, D., Resnick, R., & Walker, J. (2008). Fundamentos de Física: Mecânica (8 ed., Vol. I). (R. S. Biasi, Trad.) Rio de Janeiro: LTC. MUKAI, H., & FERNANDES, P. R. (2016). Manual de Laboratório de Física I. Maringá. Silva, D. C. (21 de Maio de 2016). Introdução à Cinemática. Fonte: Brasil Escola: http://brasilescola.uol.com.br/fisica/introducao-cinematica.htm Souza, G. I. (21 de Maio de 2016). Galileu e o método empírico. Fonte: Pensamento Extemporâneo: http://pensamentoextemporaneo.com.br/?p=768
Compartilhar