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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO PIAUÍ – CAMPUS PARNAÍBA CURSO: LICENCIATURA EM FÍSICA DISCIPLINA: LABORATÓRIO DE MECÂNICA SEMESTRE: 2019.1 PROFESSOR (A): JEOVÁ CALISTO ALUNO: DIEGO CONCEIÇÃO CARVALHO MOVIMENTO RETILÍNEO UNIFORME E UNIFORMEMENTE ACELERADO PARNAÍBA 2019 DIEGO CONCEIÇÃO CARVALHO MOVIMENTO RETILÍNEO UNIFORME E UNIFORMEMENTE ACELERADO Relatório técnico referente à prática realizada no laboratório de mecânica no Curso de Física do Instituto Federal do Piauí – Campus Parnaíba, como pré- requisito avaliativo na disciplina Laboratório de Mecânica. Professor: Jeová Calisto. PARNAÍBA 2019 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO TEÓRICA .................................................................................................. 5 1.1 Primeiros passos para a determinação da Mecânica ...................................................... 5 1.2 Movimento Retilíneo Uniforme .................................................................................... 5 1.3 Movimento Retilíneo Uniformemente Acelerado ......................................................... 6 1.4 A queda livre .................................................................................................................. 7 2. OBJETIVOS ......................................................................................................................... 8 2.1 Objetivos específicos para o 1º procedimento experimental (MRU) ............................ 8 2.2 Objetivos específicos para o 2º procedimento experimental (MRUA) ......................... 8 3. MATERIAIS E MÉTODOS ................................................................................................. 9 3.1 1º Procedimento experimental (MRU) .......................................................................... 9 3.2 2º Procedimento Experimental (Encontro de móveis) ................................................... 9 3.3 3º Procedimento experimental (MRUA) ..................................................................... 10 4. RESULTADOS E DISCUSSÕES ...................................................................................... 12 4.1 Sobre o movimento retilíneo uniforme ........................................................................ 12 4.2 Sobre a questão do encontro ........................................................................................ 13 4.3 Sobre o Movimento retilíneo uniformemente acelerado ............................................. 15 4.4 Demonstração de Torricelli ......................................................................................... 20 5. CONCLUSÃO .................................................................................................................... 21 6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................................ 22 P á g i n a | 4 RESUMO Esta prática 2 tem como intuito analisar e estudar o Movimento Retilíneo Uniforme (MRUA) e o Movimento Retilíneo Uniformemente Acelerado (MRUA) a fim de verificar a validade das equações que determinam posições, velocidades e aceleração. Todos os dados obtidos durante a prática foram organizados e devidamente tabelados em ordem cronológica a fim de tornar mais fácil a compreensão dos gráficos e os resultados obtidos. O procedimento experimental foi realizado em grupo e durante o cumprimento desta etapa houve diversos problemas como a coleta de dados que estava prejudicada. Apesar dos problemas, a prática pôde ser realizada com êxito. P á g i n a | 5 1. INTRODUÇÃO TEÓRICA 1.1 Primeiros passos para a determinação da Mecânica Desde tempos remotos, o homem preocupou-se em estudar os movimentos de corpos e procurou buscar respostas para os fenômenos naturais que aconteciam na Terra, sendo a Mecânica umas das primeiras áreas a serem exploradas com seus pioneiros como Galileu Galilei, Johannes Kepler e Isaac Newton. Seu primeiro propulsor Galilei nascido em 1564, foi quem introduziu o conceito de movimento uniforme, um dos tipos de movimentos estudados na parte de cinemática pela Física. Embora pareça antigo, o estudo da mecânica data-se de muito mais tempo atrás, estando fortemente evidenciada o seu uso para o estabelecimento de fenômenos periódicos astronômicos, que inclusive permitiram a criação do calendário da Mesopotâmia, por volta de 2700 a.C. (Mendes, s.d.). 1.2 Movimento Retilíneo Uniforme Chamamos o movimento de uniforme o movimento em que o corpo varia seu descolamento espacial em intervalos de tempos iguais, e ainda podemos acrescentar a característica retilínea a ele, denominando-se então como sendo um movimento de um móvel em relação a um referencial numa dada reta de maneira uniforme com velocidade constante. Uma propriedade característica do MRU é a velocidade média, que é a mesma para todos os espaços considerados. Relaciona-se a velocidade média como sendo a variação do espaço no tempo pela fórmula: 𝑣𝑚 = Δ𝑥 Δ𝑡 (1.1) Onde Δ𝑥 representa a variação do espaço sendo Δ𝑥 = 𝑆𝑓 − 𝑆𝑖, e Δ𝑡 representa a variação do intervalo de tempo considerado, sendo Δ𝑡 = 𝑡 𝑓 − 𝑡𝑖. Podemos ainda relacionar uma fórmula matemática que pode descrever o local de um dado móvel num dado instante de tempo com uma determinada velocidade, esta é a chamada função horária do espaço e é dada da seguinte maneira: 𝑆𝑓 = 𝑆𝑖 + 𝑣 ⋅ 𝑡 (1.2) Com estes mesmos estudos de MRU, podemos determinar a posição em que dois móveis se encontram em determinado tempo em relação a um referencial, estando eles em sentidos opostos ao longo de uma reta. Por exemplo para dois móveis distintos podemos usar: P á g i n a | 6 𝑆1 = 𝑆01 + 𝑣1𝑡 e 𝑆2 = 𝑆02 + 𝑣2𝑡 (1.3) Podemos usar esta relação quando quisermos determinar em que instante ou o espaço em que dois móveis se encontrarão, este é o chamado sistema de equações para encontro de dois móveis. 1.3 Movimento Retilíneo Uniformemente Acelerado Podemos caracterizar o Movimento Uniformemente Acelerado como o movimento onde a aceleração escalar é constante e diferente de zero com sua velocidade variando uniformemente com o tempo, assim como no Movimento Retilíneo Uniforme, o estudo aqui é também restrito à cinemática, ou seja, não é necessário conhecer as relações do movimento com as forças a ele associadas. Um fator importante ao estudarmos esse movimento em particular é a questão da aceleração média, que pode ser determinada da seguinte forma: 𝑎𝑚 = Δ𝑣 Δ𝑡 (1.4) Onde Δ𝑣 significa a variação da velocidade Δ𝑣 = 𝑉𝑓 − 𝑉𝑖 e Δ𝑡 refere-se à variação do intervalo de tempo considerado Δ𝑡 = 𝑡𝑓 − 𝑡𝑖. Desta forma, aceleração média é a taxa de variação da velocidade num dado intervalo de tempo. Desta forma, para 𝑡1 = 0, estabelecemos a seguinte relação: 𝑣𝑥 = 𝑣𝑥0 + 𝑎𝑥 ⋅ 𝑡 (1.5) Podemos também mostrar umas das equações fundamentais da cinemática, é a chamada equação do movimento para um corpo que se move em um regime uniformemente acelerado. 𝑥 = 𝑥0 + 𝑣𝑥0 ⋅ 𝑡 + 1 2 𝑎𝑥 ⋅ 𝑡 2 (1.6) Quando quisermos calcular a aceleração média do móvel em um dado intervalo de tempo em um experimento, é conveniente utilizar a seguinte equação: P á g i n a | 7 𝑡𝑔𝑓𝛼 = 𝑎 2 = 𝑥𝑡2 (1.7) 1.4 A queda livre Podemos tratar o movimento em queda livre como o caso mais notável de MRUA. Sabemos, pois, que seu movimento ocorre em um deslocamento vertical y, desta forma é conveniente escrever as Eqs. (1.5) e (1.6) trocando o x por y, e trocando o índice a por g uma vez que nesta orientação vale a aceleração da gravidade que é aproximadamente �⃗� ≃ 9,8 𝑚 𝑠2 . Assim: 𝑣𝑦 = 𝑣𝑦0 + 𝑔 ⋅ 𝑡 𝑦 = 𝑦0 + 𝑣𝑦0 ⋅ 𝑡 + 1 2 𝑔 ⋅ 𝑡2 (1.8) É importante ressaltar que a aceleração da gravidade não constante para todos os locais da Terra, ela pode variar razoavelmente dependendo da latitude e longitude do local. E como no estudo do MRUA em queda livre não se leva em conta a resistência do ar, este valor de aproximação pode ser considerado razoavelmente aceitável. 1 Ainda podemos calcular a velocidade de um móvel em função da posição em lugar do tempo, assim podemos fazê-la através da equação de Torricelli (NUSSENZVEIG, 2002). 𝑣𝑓 2 = 𝑣0 2 + 2 ⋅ 𝑎 ⋅ (𝑦 − 𝑦0) (1.9) 1 Fonte: https://www.infoescola.com/mecanica/aceleracao-da-gravidade/ P á g i n a | 8 2. OBJETIVOS Estudar o movimento retilíneo uniforme e movimento retilíneo uniformemente acelerado e ter noção e capacidade de diferenciação, possuindo ao término da atividade a capacidade de observar os fenômenos de movimento na vida real, como a previsão do espaço ocupado em função do tempo. 2.1 Objetivos específicos para o 1º procedimento experimental (MRU) ✓ Caracterizar um movimento retilíneo uniforme; ✓ Calcular a velocidade de um móvel em MRU; ✓ Verificar a questão do encontro de móveis. 2.2 Objetivos específicos para o 2º procedimento experimental (MRUA) Calcular a velocidade de móveis em MRUA; ✓ Calcular eventuais acelerações dos móveis; ✓ Ser capaz de conceituar o MRUA; ✓ Comparar este movimento com o movimento de queda livre. P á g i n a | 9 3. MATERIAIS E MÉTODOS 3.1 1º Procedimento experimental (MRU) Para a realização desta 1ª etapa do experimento, foram necessários: ✓ 01 base de sustentação principal com um plano inclinado articulável com escala de 0º a 45º graus (1); ✓ 01 tubo lacrado, contendo óleo (24), uma esfera de aço (25) e bolha; ✓ 01 imã (26); ✓ 01 termômetro de pulso; ✓ 01 nível de bolha para superfície. O intuito desta etapa era verificar a validade da equação que descreve o movimento retilíneo. Primeiramente, com o Plano Inclinado já posicionado sobre a mesa de sustentação, ajustou-se o mesmo numa inclinação de 15º acima da horizontal. Foi registrado o tempo que levaria para a esfera contida dentro do fluido perpassar o Plano Inclinado respectivamente nos intervalos de 0 à 100mm; 0 à 200mm; 0 à 300mm e 0 à 400mm. Foi usado para medir o tempo um cronômetro de celular convencional, e visto que devido ao erro de medida, os valores estariam pouco próximos do valor real, foram calculados em média três vezes o mesmo espaço e tirada a média aritmética simples dos valores obtidos. Depois de obtidos os dados, calculou-se a velocidade média correspondente pela Eq. (1.1), tudo foi devidamente tabelado a fim de construir o gráfico da posição versus tempo. Após realizada esta etapa, o próximo passo consistia em verificar a questão do encontro de móveis, para tal foram levados em consideração a mesma esfera no fluído usada no quesito anterior e mais uma bolha de ar dentro do próprio fluido. O intuito aqui era criar um sistema linear matemático que descrevesse o instante e a posição do encontro dos dois móveis em questão usando as Eqs. (1.2) e (1.3). O ângulo usado para esta etapa do experimento também foi de 15º em relação ao eixo horizontal. 3.2 2º Procedimento Experimental (Encontro de móveis) ✓ Plano inclinado articulável com escala de 0º a 45º; ✓ Tubo com fluído; ✓ Esfera de aço confinada; ✓ 01 ímã encapsulado; ✓ 01 cronômetro; ✓ 01 bolha de nível para superfície. O intuito nesta parte da prática era simplesmente verificar a questão do encontro entre os móveis que se encontravam dentro do fluído com velocidades individuais constantes. O objetivo era encontrar a velocidade média e a média das velocidades de cada objeto em questão após ter encontrado o tempo e o valor escalar do espaço na qual os móveis se encontravam. P á g i n a | 10 3.3 3º Procedimento experimental (MRUA) ✓ 01 plano inclinado com ajuste regulável, escala de 0º a 45º graus; ✓ Sistema de elevação contínuo; ✓ Escala na lateral do trilho secundário; ✓ 01 esfera; ✓ 01 cronômetro de pulso; ✓ 05 pedaços (20mm) de fita adesiva; ✓ 05 pequenos retângulos em papel comum (10 x 10 mm). Esta etapa do experimento consistia em verificar a equação que descreve um movimento acelerado (Eqs. (1.6), (1.9) e (1.9)) e calcular os valores correspondentes a cada subdivisão do plano a fim de tabelar os valores e construir seus respectivos gráficos. O plano aqui foi ajustado em 2º e foi usada desta vez uma esfera de ferro homogênea para ser o corpo de prova a ser estudado. A reta do Plano Inclinado foi novamente subdividida em 4 partes iguais de 100mm, foram calculados seus respectivos tempos de descolamento, e novamente, a fim de obter um valor mais exato, foi novamente calculada a média aritmética simples dos valores. Todos os valores foram tabelados para que a partir deles fossem construídos os gráficos solicitados no experimento, que foram o gráfico de velocidade versus tempo das velocidades obtidas em cada intervalo; foi preciso calcular também o gráfico do espaço versus tempo do MRUA. Frequentemente durante a prática, haviam questionamentos extras sobre os dados obtidos nos experimentos. Posteriormente, foi-nos solicitado que construíssemos a linearização do gráfico de espaço versus tempo, nesta etapa foi preciso calcular a aceleração do móvel neste experimento com base nos dados obtidos na tabela anterior. Constantemente nesta etapa foi utilizada a Eq. (1.7) para determinar a aceleração correspondente. P á g i n a | 11 Logo abaixo, seguem-se duas imagens do Plano Inclinado usado na prática 02: Figura 1. Plano Inclinado regulado em 15º (Fonte: fotografia tirada no lab. de mecânica, IFPI). Figura 2. Plano Inclinado regulado em 2º (Fonte: Fotografia retirada do lab. de mecânica IFPI). P á g i n a | 12 4. RESULTADOS E DISCUSSÕES 4.1 Sobre o movimento retilíneo uniforme Sobre o movimento retilíneo uniforme O primeiro passo desta prática consistia em obter a velocidade média da esfera no fluído a partir da análise do espaço percorrido num intervalo de tempo obtido. O plano inclinado em questão possuía uma divisão em 4 partes iguais de 100mm e uma haste ajustável na qual podia-se ajustar o ângulo. Para este experimento foi utilizado o valor de 15º. O tempo foi calculado 4 vezes para cada percurso donde para cada um destes respectivos intervalos de tempo, foi tirada a média aritmética. Os valores estão tabelados a seguir. Posição ocupada Espaço percorrido Intervalo de tempo Velocidade média 𝑥0 = 0𝑚𝑚 Δ𝑥𝑛 Δtn 𝑣𝑛 = Δ𝑥𝑛 Δ𝑡𝑛⁄ 𝑥1 = 100𝑚𝑚 Δ𝑥1 = 100𝑚𝑚 − 0𝑚𝑚 = 100𝑚𝑚 Δ𝑡1 = 1,77𝑠 Δ𝑣1 = 56,49𝑚𝑚/𝑠 𝑥2 = 200𝑚𝑚 Δ𝑥2 = 200𝑚𝑚 − 0𝑚𝑚 = 200𝑚𝑚 Δt2 = 3,77𝑠 Δ𝑣2 = 53,05𝑚𝑚/𝑠 𝑥3 = 300𝑚𝑚 Δ𝑥3 = 300𝑚𝑚 − 0𝑚𝑚 = 300𝑚𝑚 Δt3 = 5,72𝑠 Δ𝑣3 = 52,45𝑚𝑚/𝑠 𝑥4 = 400𝑚𝑚 Δ𝑥4 = 400𝑚𝑚 − 0𝑚𝑚 = 400𝑚𝑚 Δ𝑡4 = 7,67𝑠 Δ𝑣4 = 52,17𝑚𝑚/𝑠 Tabela de dados 1 Conforme podemos observar na Tabela de dados 1, a velocidade permaneceu constante (ao tirarmos a média das velocidades) em todo o percurso considerado. Após isso,usando os dados da mesma tabela foi construído o gráfico de x versus t. Segue-se logo abaixo. Gráfico 2 ' Gráfico 1 P á g i n a | 13 A figura geométrica obtida do gráfico x versus t é uma reta inclinada que passa pela origem dos eixos. Podemos perceber que o gráfico gerado é característico de um MRU, uma vez que em qualquer movimento uniforme e a distância percorrida pelo móvel é diretamente proporcional ao tempo decorrido neste percurso. Agora, observemos o comportamento do gráfico de v versus t. A figura que se forma do gráfico de 𝑣 𝒗𝒆𝒓𝒔𝒖𝒔 𝑡 é um ângulo reto. Este gráfico é referente ao MRU, já que quando um corpo se desloca com velocidade v constante ao longo de uma trajetória retilínea - como foi no caso do experimento - o movimento gerado é denominado de movimento uniforme. Podemos observar que não há declividade na reta por se tratar de uma velocidade constante, observe que o gráfico gera uma reta perpendicular ao eixo do tempo. 4.2 Sobre a questão do encontro Aqui, para o Plano Inclinado, usamos uma abertura de 15º em relação ao eixo horizontal, puxou-se a esfera dentro do fluído até a marca 0mm e soltou-se para que ela percorresse todo o fluído até 400mm. O objetivo aqui era verificar o tempo para isso, que no caso foi de 𝑡 = 7,56𝑠, tirando uma média entre 3 tempos marcados. Gráfico 2 P á g i n a | 14 Medida Esfera Bolha 1 Δ𝑡1 = 7,55𝑠 𝑣1 = 52,90 Δ𝑡1 = 5,86𝑠 𝑣1 = 68,3 2 Δ𝑡2 = 7,49𝑠 𝑣2 = 53,40 Δ𝑡2 = 5,97𝑠 𝑣2 = 67,00 3 Δ𝑡3 = 7,66𝑠 𝑣3 = 52,20 Δ𝑡3 = 5,76𝑠 𝑣3 = 69,40 Média Δ𝑡 = 7,56𝑠 𝑣𝑒 = 52,80𝑚𝑚/𝑠 Δ𝑡 = 5,90𝑠 𝑣𝑏 = 68,20 𝑚𝑚/𝑠 Tabela de dados 2 Depois desse passo, foi preciso determinar qual o tempo e a posição do encontro dos dois móveis, aqui consistia em levar a bolha de ar até a posição 400mm, o tempo que ela levou até chegar à outra extremidade foi de 𝑡1 = 5,90𝑠 e velocidade média de 𝑣𝑚𝑏 = 68,20 𝑚𝑚/𝑠. Agora sobre o encontro dos dois móveis. A bolha saiu do marco 400m e esfera saiu do 0 mm, vale lembrar aqui que o plano inclinado foi manipulado manualmente de forma que ficasse reto e que possibilitasse, assim que baixado, que o plano ficasse inclinado novamente e os móveis percorressem o percurso do fluído. Tomando como referencial o marco 0mm, temos que os móveis se encontram em x=170mm e o tempo de encontro foi de 3,41s. As velocidades médias da esfera e da bolha com seus respectivos tempos ficaram da seguinte forma: 𝑣𝑚𝑒 = 𝑠𝑓 − 𝑠𝑖 Δ𝑡 = 170 − 0 3,41 = 49,85𝑚𝑚/𝑠 𝑣𝑚𝑏 = 𝑠𝑓 − 𝑠𝑖 Δ𝑡 = 170 − 400 3,41 = −67,45𝑚𝑚/𝑠 Velocidade média da esfera: 49,85mm/s Velocidade média da bolha: -67,45mm/s Ponto de encontro: 170mm Tempo de encontro: 3,41s As equações obtidas seguindo o mesmo tratamento das eqs. (1.2) e (1.3), ficaram desta forma: 𝑆𝑒 = 49,85 ⋅ 𝑡 e 𝑆𝑏 = 67,45 ⋅ 𝑡 Para encontrar o tempo de encontro dos dois móveis basta igualar as fórmulas de ambos os objetos, usando as eqs. (1.2) e (1.3). Se=So + 49,85t e Sb= So + 67,45t 𝑆0 + 49,85 ⋅ 𝑡 = 400 + (−67,45) ⋅ 𝑡 ⟹ 49,85 ⋅ t + 67,45 ⋅ t = 400 ⟹ 117,3 ⋅ t = 400 ⟹ t = 400 117,3 = 𝟑, 𝟒𝟏𝒔 P á g i n a | 15 O Gráfico 3 não representa as posições de encontro reais, tendo sido aqui colocado apenas a título de informação sobre como ocorre o encontro graficamente. O ponto de intercessão entre as duas linhas que representam o movimento dos móveis significa que justamente naquele ponto os móveis se encontram. No caso para 𝑡 = 𝟑, 𝟒𝟏𝒔. A reta que está decrescendo é justamente a reta que indica a posição da bolha, que é contrária ao sentido adotado, que foi o da esfera. 4.3 Sobre o Movimento retilíneo uniformemente acelerado O primeiro passo aqui foi regular o plano inclinado em um ângulo de 2º para que a aceleração não ficasse tão elevada, já que ∀∅ com ∅ cada vez mais elevado em relação ao semieixo x positivo, a aceleração que é definida por 𝑎 = 𝑔 ⋅ 𝑠𝑒𝑛 ∅, fica cada vez maior. Após isso, foi fixado o marco da posição inicial, que ficou 𝑥0 = 0𝑚𝑚 ou 𝑥0 = 0𝑚, e depois fixando marcos que definissem a reta em 4 partes iguais de 100 mm cada de 0 mm a 400 mm A partir daí, foi completada a seguinte tabela de dados que definisse o módulo do deslocamento de 𝑥0 até o marco final 𝑥4. A tabela de dados ficou da seguinte maneira. Módulo da posição inicial (m) Módulo da posição final (m) Módulo do deslocamento (m) 𝑥0 = 0𝑚 𝑥1 = 0,10 𝑚 𝑥1 − 𝑥0 = 0,1 𝑚 𝑥1 = 0,10 𝑚 𝑥2 = 0,20 𝑚 𝑥2 − 𝑥1 = 0,1 𝑚 𝑥2 = 0,2 𝑚 𝑥_3 = 0,3 𝑚 𝑥3 − 𝑥2 = 0,1 𝑚 𝑥3 = 0,3 𝑚 𝑥_4 = 0,4 𝑚 𝑥4 − 𝑥3 = 0,1 𝑚 𝑥4 = 0,4 𝑚 𝑥_0 = 0 𝑚 𝑥4 − 𝑥0 = 0,4 𝑚 Tabela de dados 3 Agora inicia-se o procedimento experimental que consistia em colocar o centro da esfera maciça de ferro na posição 𝑥 = 0𝑚 e descrever o movimento do móvel que no caso era um movimento acelerado, uma vez que notadamente ele variava sua velocidade em um intervalo de Gráfico 3 P á g i n a | 16 tempo considerado. Feito isso, determinava-se o tempo que um móvel levaria para ir de 𝑥0 𝑎 𝑥3, obtendo um Δ𝑡0,3 = 2,87𝑠 𝑜𝑢 2,90𝑠 para um deslocamento Δ𝑥0,3 = 0,3 𝑚. Assim, repetindo o experimento por 5 vezes completamos a tabela que confere o tempo obtido para cada intervalo de espaço e suas respetivas velocidades. Número de ordem das medidas 𝑥4 − 𝑥0 (m) 𝑡4 − 𝑡0 (𝑠) 𝑥4−𝑥0 𝑡4−𝑡0 (m/s) 1 0,4 ⋅ 𝑚 3,59𝑠 0,111𝑚/𝑠 2 0,4 ⋅ 𝑚 3,65𝑠 0,109 ⋅ 𝑚/𝑠 3 0,4 ⋅ 𝑚 3,53𝑠 0,113 ⋅ 𝑚/𝑠 4 0,4 ⋅ 𝑚 3,55𝑠 0,112 ⋅ 𝑚/𝑠 5 0,4 ⋅ 𝑚 3,61𝑠 0,110 ⋅ 𝑚/𝑠 Média das medidas 0,4 ⋅ 𝑚 3,59𝑠 0,111 ⋅ 𝑚/𝑠 Tabela de dados 4 O significado físico da razão Δ𝑥0,3 Δ𝑡0,3 , é que isso representa uma variação do espaço em um intervalo de tempo, ou seja, determina a velocidade. Por exemplo, podemos calcular o valor de 𝑣0,3 neste intervalo que no caso foi de 0,30𝑚 2,87𝑠 = 0,105𝑚/𝑠. Agora calculemos os intervalos de tempo para cada intervalo de espaço percorrido e observe a recorrência. Medidas Δ𝑥1 = 100𝑚𝑚 Δ𝑥1 = 200𝑚𝑚 Δ𝑥1 = 300𝑚𝑚 Δ𝑥1 = 400𝑚𝑚 Intervalos de tempo 𝑡1 𝑡2 𝑡3 𝑡4 1 1,33 𝑠 2,13 𝑠 2,96 𝑠 3,59 𝑠 2 1,20 𝑠 2,09 𝑠 2,93 𝑠 3,65 𝑠 3 1,31 𝑠 2,12 𝑠 2,80 𝑠 3,53 𝑠 4 1,28 𝑠 2,06 𝑠 2,82 𝑠 3,55 𝑠 Média 1,28 𝑠 2,10 𝑠 2,87 𝑠 3,58 𝑠 Conforme a eq. (1.1), pudemos calcular a velocidade média para cada intervalo. Desta forma, foi possível completar a seguinte tabela de dados. 1º intervalo 2º intervalo 3º intervalo 4º intervalo Velocidade Média em cada intervalo 78,13 mm/s 95,2 mm/s 104,5 mm/s 112,0 mm/s Tabela de dados 5 P á g i n a | 17 A partir dos dados obtidos Tabela de dados 5 podemos construir o seguinte gráfico de v versus t das velocidades médias para cada intervalo. Conforme pode-se observar, o movimento realizado devido ao gráfico é um movimento característico do MRUA, uma vez que, notadamente, sua velocidade varia em função do tempo. O móvel, então, realizou um movimento retilíneo com uma velocidade variando de um intervalo para outro. Agora observemos o comportamento do gráfico de x versus t, a partir dos valores obtidos na Erro! Fonte de referência não encontrada., mas antes, observe os dados da Tabela de dados 6. Esta tabela foi construída considerando 𝑥0 = 0 e 𝑡0 = 0. Tabela de dados 6 Posição ocupada pelo Móvel (m) Instante (s) 𝑥0 = 0 𝑡0 = 0 𝑥1 = 0,1 𝑚 𝑡1 = 1,28 𝑠 𝑥2 = 0,2 𝑚 𝑡2 = 2,10 𝑠 𝑥3 = 0,3 𝑚 𝑡3 = 2,87 𝑠 𝑥3 = 0,4 𝑚 𝑡4 = 3,58 𝑠 Gráfico 4 P á g i n a | 18 Finalmente, com base nos dados obtidos na tabela acima pode-se construiro seguinte gráfico: Se traçadas algumas retas tangentes ao Gráfico 5 , podemos perceber que a inclinação da reta vai aumentando com o tempo, denominando então, o caso em que a velocidade tende a ficar constante em um determinado tempo. Observe no gráfico acima a curva que se forma, assemelha-se a uma parábola. Isso acontece, pois, a inclinação desse gráfico representa a velocidade média. Como este movimento assemelha-se ao da queda livre, ele é uniformemente variado, observamos a velocidade aumentando uniformemente, fazendo com que, no gráfico, a inclinação seja cada vez maior, formando a parábola. Com os dados da Tabela de dados 6, pudemos construir a Tabela de dados 7 elevando o tempo ao quadrado. Posição do Móvel (m) Tempo ao quadrado (s²) 𝑥0 = 0 𝑡0² = 0 𝑥1 = 0,1 𝑚 𝑡1 2 = 1,64 𝑠 𝑥2 = 0,2 𝑚 𝑡2 2 = 4,41 𝑠 𝑥3 = 0,3 𝑚 𝑡3 2 = 08,24 𝑠 𝑥4 = 0,4 𝑚 𝑡4 2 = 12,82 𝑠 Tabela de dados 7 Gráfico 6 Gráfico 5 P á g i n a | 19 Observe que elevando o tempo ao quadrado, os pontos tendem a se aproximar de uma reta, e isto é realmente verdade se a aceleração é constante para um determinado percurso. Porém, perceba que a reta não é perfeita devido a discrepâncias das incertezas experimentais. Comparando com o Gráfico 6, percebemos que o último é um gráfico é realmente uma função linear. A grandeza física a que está associada à declividade do Erro! Fonte de referência não e ncontrada. é m/s², que inclusive é obtido por 𝑡𝑔𝛼 = Δ𝑥 Δ𝑡² = 𝑎 2 . A aceleração para o móvel neste experimento é de 𝑎 = 2⋅𝑥 𝑡² é igual a 𝑎 = 66,7 𝑚𝑚 𝑠2 . A partir disso e com base nos dados da Tabela de dados 8 pudemos construir o seguinte gráfico de v versus t. Instante (s) Velocidade (m/s) 𝑡0 = 0 𝑣0 = 0 𝑡1 = 1,28 𝑠 𝑣1 = 85,4 𝑚𝑚/𝑠 𝑡2 = 2,10 𝑠 𝑣2 = 140 𝑚𝑚/𝑠 𝑡3 = 2,87 𝑠 𝑣3 = 191,4 𝑚𝑚/𝑠 𝑡4 = 3,58 𝑠 𝑣3 = 238,8 𝑚𝑚/𝑠 Tabela de dados 8 Gráfico 7 P á g i n a | 20 4.4 Demonstração de Torricelli Uma equação que se torna muito prática quando quisermos determinar velocidade aceleração ou espaço sem que conheçamos o tempo. Esta equação é conhecida como equação de Torricelli. Observe sua demonstração. Equação de Torricelli a partir da equação (1.6). modificada. 𝑥(𝑡) = 𝑥0 + 𝑣0(𝑡 − 𝑡0) + 1 2 𝑎(𝑡 − 𝑡0)² 𝑡 − 𝑡𝑜 = 𝑣 − 𝑣0{𝑥 − 𝑥0 = 𝑣0 ( 𝑣 − 𝑣0 𝑎 ) + 𝑎 2 (𝑣 − 𝑣0) 2 𝑎2 = = 𝑣 − 𝑣0 𝑎 (𝑣0 + 𝑣 2 − 𝑣0 2 ) = (𝑣 − 𝑣0)(𝑣 + 𝑣0) 2𝑎 = 𝑣2 − 𝑣0² 2 ⋅ 𝑎 𝑣2 = 𝑣0 2 + 2𝑎 ⋅ (𝑥 − 𝑥0) Equação de Torricelli P á g i n a | 21 5. CONCLUSÃO Concluiu-se com este trabalho a validação dos Movimento Retilíneos Uniformes (MRU) e Movimento Retilíneo Uniformemente Acelerado (MRUA) para algumas situações. Esperava-se uma coleta de dados mais satisfatória para a total compressão dos gráficos e dados obtidos. A falta de ferramentas para concluir os gráficos prejudicaram na elucidação do que se estava querendo mostrar. Porém, pôde-se concluir com este relatório a relação com do MRUA com a queda livre, que era um dos objetivos do trabalho. A prática teve que ser realizada em duas etapas de semanas consecutivas em dois grandes grupos. A prática 2 foi concluída com êxito. P á g i n a | 22 6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Aceleração da Gravidade. Revista: InfoEscola. Disponível em: https://www.infoescola.com/mecanica/aceleracao-da-gravidade/. Acesso em: 31 de março de 2019. H. Moysés Nussenzveig, Curso de Física Básica 1: Mecânica, 4ª edição, Editora Edgard Blücher, 2002. Mendes, Mariane. Mecânica. Revista Online: Brasil Escola. Disponível em: . Acesso em: 30 de março de 2019.
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