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DISSOCIAÇÃO DE FÁRMACOS: O epitélio gastrintestinal atua como uma barreira lipídica para fármacos absorvidos por meio de difusão passiva, assim, os lipossolúveis passarão por essa barreira. Uma vez que a maior parte dos fármacos consiste em eletrólitos fracos, a forma NÃO- IONIZADA de fármacos de ácidos fracos e bases fracas, ou seja, forma lipossolúvel, passará pelos epitélios gastrintestinais, enquanto os epitélios gastrintestinais são impermeáveis para as respectivas formas ionizadas, ou seja, as formas escassamente lipossolúveis. É provável que um fármaco fracamente ácido seja melhor absorvido no estômago, onde se encontra na forma não- ionizada, enquanto um fármaco fracamente básico seja no intestino, onde prepondera a forma não- ionizada. ÁCIDO FRACO pka= pH+ log [Cni] [Ci] BASE FRACA pka= pH+ log [Ci] [Cni] Quando o log for maior que 1 1 X 100 X Quando o log for menor que 1 X X 100 1 COEFICIENTE DE PARTIÇÃO: medida da lipofilia do fármaco Moléculas polares, escassamente solúveis em lipídeos (logP < 0) e de tamanho relativamente grande, são pouco absorvidas após administração oral e, por isso, devem ser administradas na forma injetável. Moléculas menores, escassamente solúveis em lipídeos, ou seja, de natureza hidrofílica, podem ser absorvidos por via paracelular. Os fármacos lipossolúveis, com valores de coeficiente de partição favorável (logP > 0), são normalmente absorvidos após administração pela via oral. FATOR DE EQUIVALÊNCIA E FATOR DE CORREÇÃO Fator de equivalência (FEq)- utilizado para fazer cálculo da conversão da massa do sal ou do éster para a massa do fármaco ativo, ou da substância hidratada para substância anidra -Substância anidra: não possui água de cristalização na sua estrutura molecular -Substância hemi- hidratada: contém ½ molécula de água de cristalização em sua fórmula química -Substância hidratada: contém 1 molécula de água de cristalização em sua fórmula química -Substância sesqui- hidratada: contem 1 e ½ molécula de água de cristalização em sua fórmula química FEq= Eq do sal FEq= Eq g da substância hidratada Eq da base Eq g da substância anidra Fator de correção (Fc)- utilizado para corrigir diluição de uma substância, o teor de princípio ativo, o teor elementar de um mineral ou a umidade da matéria prima Fc teor= 100 Teor da matéria prima Fator de correção de umidade: água livre retida pelas matérias primas Fc umidade = 100 100- teor de umidade CARACTERIZAÇÃO DE PÓS Podem ser classificados através da determinação da menor abertura de malha através da qual uma quantidade especifica do material passa. Os resultados são expressos como: D90 : dimensão da partícula que corresponde a 90% da distribuição cumulativa D50 : dimensão média das partículas D10 : dimensão da partícula que corresponde a 10% da distribuição cumulativa Técnicas para caracterização do tamanho de partículas: Contadores ópticos automáticos O preparo da amostra consiste na dispersão das partículas, de maneira a se preparar uma suspensão. Normalmente, o solvente empregado é a água Sobre a amostra é aplicado um feixe de luz com comprimento de onda conhecido. A medida que as partículas são atingidas por este feixe há espalhamento da luz (difração). A difração é proporcional ao diâmetro da partícula Tamisação analítica Útil quando o tamanho das partículas é superior a 75µm, o que torna o método limitado A análises são realizadas com o produto seco, e a massa a ser empregada varia de 25g a 50g O equipamento é montado de forma que os tamises estejam dispostos de maneira ordenada O tamis de maior abertura de malha encontra- se no topo da montagem Os tamises devem ser previamente pesados antes do início do teste e ao final do teste com a amostra Deve determinar o tempo que ele ficará submetido a vibração Para a avaliação do teste em análises sucessivas do mesmo material, os resultados de massa encontrados nos tamises não podem variar mais que 5% Nos casos em que o tamis retém menos que 5% de toda a amostra, a variação permitida é de até 20% Se mais de 50% de sólidos ficar retido em um dos tamises é necessário inserir outro tamis acima deste, de modo a diminuir a proporção de produto retido em uma só parte da montagem A perda de massa ao final do processo não deve ser superior a 5% da massa pesada inicialmente *O objetivo é diminuir a variação do tamanho das partículas, para selecionar adequadamente os excipientes Como calcular o d10, d50 e d90 posição Dn= n [( N+ 1)/ 100] massa total de pó retida nos tamises massa acumulada 10, 50, 90 D10, D50, D90 Como calcular os limites de separatrizes percentis d10, d50, d90 dn= Lim. Inf. + I [(Dn- m anterior)/ m classe] massa de pó retido no tamis equivalente à posição massa de pó retido nos tamises anteriores posição (valor da fórmula anterior) intervalo entre aberturas de malha da classe onde encontra-se a posição menor abertura de malha declara da classe onde encontra- se a posição limites de separatrizes percentis desejado No quadro deve ter: o intervalo da malha de cada tamis, a diferença do maior e menor intervalo de cada tamis, massa retida (g), massa retida (%), massa acumulada (g), massa acumulada (%) e quando for comparar os tempos de vibração deve ter o desvio Cálculo do desvio: Massa retida em 6 min Ex: 4, 78 ----------- 100% 0,45 ------------ X Diferença da massa retida (6- 12) FLUXO DE PÓS Fatores como forma, tamanho e densidade da partícula determinam a fluidez dos pós A existência de forças moleculares faz com que as partículas sólidas tendam a aderir-se entre si ou a uma superfície A COESÃO ocorre entre partículas semelhantes, como no caso de partículas de um mesmo constituinte de um sólido a granel, enquanto a ADESÃO ocorre entre superfícies diferentes Efeitos do tamanho de partícula: Normalmente partículas finas são mais COESIVAS que as partículas grosseiras, as quais são mais afetadas pela força gravitacional Forma da partícula: Os pós com tamanho de partículas similar, mas com formas diferentes, podem apresentar propriedades de fluxo diferentes, devido a diferenças nas superfícies de contato interparticular Densidade da partícula: As partículas densas são normalmente menos coesivas que as partículas de menor densidade, porém com mesmo tamanho e mesma forma Mais densa melhor Escoamento de pós: Arqueação- não desce Formação de ponte- tendência a adesão Segregação- separação MÉTODOS INDIRETOS: Ângulo de repouso- quantifica a fluidez de um pó, em função da sua relação como a coesão entre as partículas Definido como o maior ângulo obtido entre uma superfície de um pó a granel, que se dispõe na forma de um cone, e o plano horizontal Equação: tan θ= h/ r Raio do cone de pó Altura do cone de pó Ângulo de repouso Quanto maior o ângulo, menor será o fluxo Ângulos de repouso maiores que 50 apresentam propriedade de fluxo deficientes, enquanto ângulos de repouso próximos de 25, correspondem a propriedades de fluxo muito boas. O limite para compressão direta é >43 DENSIDADE: (g/ml)Razão entre a massa e o volume de um material Densidade aparente: considerado o espaço existente entre as partículas, ou seja, o gás incluído no produto Densidade livre- d= m/ vo Volume ocupado Densidade compacta: o método baseia- se na compactação mecânica de uma amostra de pó ou de granulado colocados em uma proveta calibrada Se a diferença obtida entre V500 e V1250 for menor que 2ml, V1250 é o volume final (Vf), se a diferença for maior que 2 ml, deve repetir o teste com mais 1250 batidas, ate que a diferença seja inferior a 2ml Densidade compactada- d= m/Vf A razão entre Vo/Vf está relacionada com o atrito entre as partículas, poderia ser utilizada para prever as propriedade de fluxo de um pó Pós de escasso atrito entre as partículas, como é o caso de esferas de tamanho grosseiro, apresentaram razões de aproximadamente 1, 2 Pós de maior coesividade, de fluxo restrito, como os de formato lamelar, apresentam razão de a 1,6 Índice de compressibilidade ou Índice de Carr Permite avaliar a compressibilidade dos pós. São avaliadas as interações interparticulares No caso de pós que tem boa fluidez, estas interações são menos significativas e o Índice de Carr é pequeno Pós como índice de carr elevado apresentam baixa fluidez e grandes interações interparticulares Índice comp= 100X [(pcompactada- paparente)/ pcompactada] MÉTODO DIRETO Determinação de velocidade de escoamento A resistência ao movimento das partículas, especialmente para grânulos pouco coesivos, pode ser determinada pela medição de sua velocidade de escoamento, fazendo- se passar através de um orifício circular adaptado a um contentor cilíndrico, uma determinada quantidade de material durante um certo período de tempo. PÓS E GRÂNULOS Também é utilizada na preparação de outras formas farmacêuticas solidas, como grânulos, comprimidos e cápsulas *Preparações extemporâneas- reconstitui na hora do uso, e depois tem um prazo de validade de diferente Os grânulos consistem em partículas de pós que sofreram um processo de agregação Quanto tem tamanhos de partículas diferentes pode ocorrer segregação (separação) Pós simples: há apenas 1 substância Pós compostos: há 2 ou mais pós simples São quimicamente mais estáveis que as F.F líquidas Pós e grânulos de fármacos solúveis, administrados pela via oral, apresentam uma velocidade de dissolução mais rápida do que comprimidos ou cápsulas (não precisa desintegrar, maior superfície de contato que favorece a dissolução) Desvantagens: elevada possibilidade de erro por parte dos pacientes no momento da administração de pós em frascos multidose Podem causar desconforto por possível medicamento com sabor amargo ou desagradável (por causa da superfície de contato) Dificuldade de preparo de produtos homogêneos com granulometria adequada Os pós não são adequados para administração de fármacos que possam ser inativados no estômago. Os grânulos têm como revestir e ele ser resistente ao suco gástrico Vantagens dos grânulos em relação aos pós São mais estéticos e não liberam pó durante o manuseio da embalagem e administração Possuem melhor fluxo São mais agradáveis de ingerir do que os pós, porque a área de contato será menor Podem ser revestidos Na forma efervescente são mais estáveis que os pós, menor superfície de contato com o ambiente
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