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RESUMO DIREITO PENAL I - PRINCÍPIOS E REGRAS GERAIS

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RESUMO DIREITO PENAL.
PRINCÍPIOS GERAIS:
LEGALIDADE, ARTIGO 1º, CP E 5 XXXIX, CF: Não há crime sem lei anterior que o defina, ou seja, em direito penal, tudo que não é proibido é lícito. Ninguém pode ser punido por uma conduta que não seja tipificada como crime.
RESERVA LEGAL: Não há crime sem lei que o defina, nem pena sem cominação legal. 
ANTERIORIDADE: A lei e a cominação de pena devem estar previstas antes da execução da conduta pelo agente.
Tais princípios protegem a sociedade do arbítrio do Estado, dando a certeza de que só podemos ser punidos por condutas que estão expressamente especificadas no código penal.
INTERVENÇÃO MÍNIMA:
O Direito Penal deve interferir minimamente na sociedade, atuando apenas para proteger (dos ataques graves) os bens jurídicos mais importantes, além de ser usado como ultima ratio, ou seja, quando todos os outros ramos do direito tiverem falhado. Por isso a aplicação penal tem caráter subsidiário.
LESIVIDADE: 
O Direito Penal só pode tipificar condutas que causem um mínimo de lesão ou possibilidade de lesão a um BJ importante de terceiros.
INSIGNIFICÂNCIA / BAGATELA:
O Direito Penal só deve preocupar-se com condutas que causem danos aos bens jurídicos mais importantes da sociedade. Além disso, o legislador antes de tipificar as condutas deve selecionar apenas as que sejam capazes de causar um mínimo dano ou possibilidade de dano ao BJ que se busca proteger. Sendo as condutas tipificadas e possuindo agora cominação de pena ao agente da mesma, deve-se neste momento verificar o grau de lesão que a conduta (já tipificada) do agente causou ao BJ tutelado, aplicando a cominação penal somente se a conduta foi capaz de lesar consideravelmente tal bem. O Direito Penal não deve se preocupar com danos ínfimos aos BJ.
ADEQUAÇÃO SOCIAL:
O legislador ao escolher as condutas à serem tipificadas devem ter o cuidado de não abranger condutas aceitas socialmente, tendo em vista que as leis andam juntas com a evolução social. E ainda se reconhece a necessidade do legislador filtrar os tipos penais em vigor que a sociedade não considera mais como crime e descriminalizá-los. Lembrando que aceitação e costumes sociais não revogam leis. Conforme artigo 2º LICC, somente uma lei revoga outra.
FRAGMENTARIEDADE: 
O Direito Penal se limita a castigar as ações mais graves contra os BJ mais importantes, daí seu caráter fragmentário.
SUBSIDIARIEDADE:
O Direito Penal é usado quando todas as outras formas de tutela por outros ramos do direito a determinado BJ falham (ultima ratio), daí seu caráter subsidiário.
CULPABILIDADE:
Só pode ser responsabilizado criminalmente o indivíduo que praticou a conduta (fato típico) com dolo ou culpa.
DOLO: Intenção, fazer algo consciente, de propósito.
CULPA: Algo acontece por descuido. Imperícia, imprudência, negligência.
PROPORCIONALIDADE:
A resposta penal deve ser proporcional à culpabilidade e à gravidade do dano causado ao BJ.
CLASSIFICAÇÃO DAS NORMAS PENAIS:
NORMAS PENAIS INCRIMINADORAS:
São as normas penais que proíbem, descrevem ou impõe uma conduta, sob ameaça de sanção penal. Normas penais em sentido estrito.
São divididas em dois preceitos: primário e secundário.
PRIMÁRIO: Descreve de forma detalhada a conduta a ser proibida ou imposta. Art. 155 : “ Subtrair para si, ou outrem, coisa alheias móvel ...”
SECUNDÁRIO: Descreve a respectiva pena caso ocorra a conduta descrita no preceito primário. Individualiza a pena.
“Pena: Reclusão de 1 a 4 anos e multa.”
NORMAS PENAIS NÃO-INCRIMINADORAS:
São as normas penais que não proíbem ou impõe condutas. Têm as seguintes finalidades: Tornar lícitas determinadas condutas (justificantes), afastar a culpabilidade do agente criando causas de isenção de pena (exculpantes), esclarecer determinados assuntos (explicativas) e fornecer princípios gerais do CP (complementares). 
NORMA PENAL EM BRANCO:
Quando uma norma penal necessita de outro diploma legal que a complemente para que seu alcance seja amplamente entendido. O seu preceito primário necessita de complemento. 
As NPB podem ser homogêneas, quando o complemento está em um diploma legal vindo da mesma fonte que ela, ou seja, o Legislador, ex.: C.C, CF, CTB, etc.
Ou heterogêneas, quando o complemento está em um diploma legal cuja fonte é diferente da sua, ou seja, não foi criada pelo Legislador, ex.: Portarias da ANVISA, do Ministério da Saúde e etc.
NORMA PENAL INCOMPLETA/ IMPERFEITA
Sãos as normas que possuem apenas o preceito primário (descrição da conduta), sendo necessário buscar em outra norma indicada por ela a consequência jurídica de tal conduta, ex.: Art. 1º lei 2889/56
CONCURSO OU CONFLITO APARENTE DE NORMAS PENAIS
Existe o conflito aparente entre norma quando para determinado fato, aparentemente, existem duas ou mais normas que poderão incidir sobre ele. Para resolver tal problema, utilizam-se três princípios: Especialidade, subsidiariedade e consunção.
Especialidade: Norma específica prevalece sobre norma geral.
Subsidiariedade: Usa-se uma norma como soldado de reserva caso uma conduta não reúna todos os quesitos necessários para configurar um tipo ilícito mais grave. Ex.: Expor a vida de outras pessoas dirigindo em alta velocidade. Se resultar em morte aplica-se o homicídio.
Consunção: O crime cometido como etapa para alcançar a execução de outro é absorvido por este. Crime fim absorve crime meio
INTERPRETAÇÃO DA LEI PENAL:
OBJETIVA: Busca descobrir a vontade formal da lei.
SUBJETIVA: Busca descobrir a vontade do legislador.
AUTÊNTICA: Quando a própria lei interpreta-se ao leitor para impedir equívocos, ex.: art. 327, CP.
INTERPRETAÇÃO DOUTRINÁRIA: O intérprete recorre à interpretação feita pelos estudiosos do Direito que emitem suas opiniões. Não possui obediência obrigatória.
INTERPRETAÇÃO JURISPRUDENCIAL/ JUDICIAL:
O intérprete para ter clareza da aplicação da norma recorre às decisões proferidas pelo judiciário ao decorrer dos processos.
INTERPRETAÇÃO LITERAL/GRAMATICAL:
O intérprete analisa o significado gramatical das palavras que compõe o texto da norma. Interpretação simples sem considerar os detalhes do caso concreto.
INTERPRETAÇÃO TELEOLÓGICA:
Interpretação que busca analisar a finalidade social da norma, considerando à que ela realmente se destina a regular.
INTERPRETAÇÃO SISTÊMICA: 
 Interpretação da norma levando em consideração todo o sistema na qual ela pertence, não analisando a norma de forma separada.
INTERPRETAÇÃO HISTÓRICA:
Aquela em que o intérprete volta no tempo a fim de analisar em qual contexto social a norma foi criada e descobrir o real motivo de criação da mesma.
INTERPRETAÇÃO EXTENSIVA:
Aquela que o intérprete para entender o real significado da norma precisa, através da análise do óbvio, ir além do alcance do texto. A interpretação extensiva não pode ser distorcida, essa extensão deve manter a intenção do legislador de proteção ao BJ em questão. Ex.: O artigo 235, CP não visou proibir apenas a bigamia, mas também a poligamia.
INTERPRETAÇÃO ANALÓGICA:
O que justifica a interpretação analógica é a impossibilidade do legislador prever todas as situações possíveis ou similares àquelas já enumeradas. Sendo assim o legislador nos deixa uma fórmula casuística, que servirá de norte ao intérprete e logo após uma fórmula genérica. A casuística atende ao princípio da legalidade, detalhando todas as situações que quer o código regular além do BJ a ser tutelado. E a segunda permite que tudo que às situações da casuística seja semelhante possa também ser abrangido pelo mesmo artigo, tendo a mesma finalidade deste. Ex.: Art. 121, §2, III,CP: Casuística: Com emprego de veneno, fogo, explosivo, asfixia, tortura .... “
Genérica: “ou outro meio insidioso ou cruel, ou de que possa resultar perigo comum.”
INTERPRETAÇÃO CONFORME A CONSITUIÇÃO
O intérprete, de acordo com uma concepção garantista, procura verificar a validade da norma penal confrontando-acom a Constituição.
P.S: A LEI PENAL DEVE SER INTERPRETADA RESTRITIVAMENTE QUANDO EM PREJUÍZO DO RÉU E EXTENSIVAMENTE A SEU FAVOR.
ANALOGIA:
Aplicar a uma hipótese não prevista por lei disposição legal prevista a um fato muito semelhante que tutela o mesmo BJ e possui a mesma vontade que a do Legislador na hora de criar a norma prevista. A analogia só é aplicada em benefício, nunca em malefício, pois assim sendo feriria o princípio da legalidade, Ex.: O art. 128, II permite aborto nos casos de estupro, porém não descreve a possibilidade em caso de atentado violento ao pudor. Por analogia, tendo em vista que o BJ tutelado e a vontade do legislador são a mesma, aplica-se o referido artigo aos casos de aborto de gravidez oriunda de atentado violento ao pudor.
EXTRA- ATIVIDADE DA LEI PENAL.
A lei penal revogada pode continuar em vigor nos casos ocorridos ainda quando ela vigorava, assim como a lei penal benéfica pode retroagir. 
RETROATIVIDADE: Art. 5º, XL, CF: A lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu.
ULTRA-ATIVIDADE: Quando uma lei já revogada continua vigendo caso a lei que a revogou prejudique o réu.
ABOLITIO CRIMINIS: Art. 2º, CP:
        Art. 2º - Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa de considerar crime, cessando em virtude dela a execução e os efeitos penais da sentença condenatória.  (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
        Parágrafo único - A lei posterior, que de qualquer modo favorecer o agente, aplica-se aos fatos anteriores, ainda que decididos por sentença condenatória transitada em julgado.

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