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POLÍTICA NACIONAL DE ATENÇÃO BÁSICA (PNAB) e POLÍTICA NACIONAL DE HUMANIZAÇÃO (PNH)

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POLÍTICA NACIONAL DE ATENÇÃO BÁSICA (PNAB) 
 
A Atenção Básica, ou atenção Primária em Saúde, caracteriza-se por um conjunto de 
ações de saúde, no âmbito individual e coletivo, que abrange a promoção e a proteção da 
saúde, a prevenção de agravos, o diagnóstico, o tratamento, a reabilitação, redução de danos 
e a manutenção da saúde com o objetivo de desenvolver uma atenção integral que impacte na 
situação de saúde e autonomia das pessoas e nos determinantes e condicionantes de saúde 
das coletividades. 
A Política Nacional de Atenção Básica, aprovada pela Portaria n. 2488, de 21 de 
outubro de 2011, tem na Saúde da Família sua estratégia prioritária para expansão e 
consolidação da atenção básica. 
A estratégia de Saúde da Família visa à reorganização da Atenção Básica no País, de 
acordo com os preceitos do Sistema Único de Saúde, e é tida pelo Ministério da Saúde e 
gestores estaduais e municipais, representados respectivamente pelo CONASS (Conselho 
Nacional dos Secretários de Saúde) e CONASEMS (Conselho Nacional das Secretarias 
Municipais de Saúde), como estratégia de expansão, qualificação e consolidação da Atenção 
Básica por favorecer uma reorientação do processo de trabalho com maior potencial de 
aprofundar os princípios, diretrizes e fundamentos da atenção básica, de ampliar a 
resolutividade e impacto na situação de saúde das pessoas e coletividades, além de propiciar 
uma importante relação custo-efetividade. 
 
DAS RESPONSABILIDADES PELA ATENÇÃO BÁSICA 
São responsabilidades a todas as esferas do Governo: 
I. Contribuir para a reorientação do modelo de atenção e de gestão com base nos 
fundamentos e diretrizes assinalados; 
II. Apoiar e estimular a adoção da Estratégia Saúde da Família pelos serviços 
municipais de saúde como tática prioritária de expansão, consolidação e 
qualificação da Atenção Básica à Saúde; 
III. III - Garantir a infraestrutura necessária ao funcionamento das Unidades Básicas 
de Saúde, de acordo com suas responsabilidades; 
IV. Contribuir com o financiamento tripartite da atenção básica; 
V. Estabelecer, nos respectivos planos de saúde, prioridades, estratégias e metas 
para a organização da atenção básica; 
VI. Desenvolver mecanismos técnicos e estratégias organizacionais de qualificação da 
força de trabalho para gestão e atenção à saúde, valorizar os profissionais de 
saúde estimulando e viabilizando a formação e educação permanente dos 
profissionais das equipes, a garantia de direitos trabalhistas e previdenciários, a 
qualificação dos vínculos de trabalho e a implantação de carreiras que associem 
desenvolvimento do trabalhador com qualificação dos serviços ofertados aos 
usuários. 
VII. Desenvolver, disponibilizar e implantar os sistemas de informações da atenção 
básica de acordo com suas responsabilidades; 
VIII. Planejar, apoiar, monitorar e avaliar a atenção básica; 
IX. Estabelecer mecanismos de controle, regulação e acompanhamento sistemático 
dos resultados alcançados pelas ações da atenção básica, como parte do processo 
de planejamento e programação; 
X. Divulgar as informações e os resultados alcançados pela atenção básica; 
XI. Promover o intercâmbio de experiências e estimular o desenvolvimento de estudos 
e pesquisas que busquem o aperfeiçoamento e a disseminação de tecnologias e 
conhecimentos voltados à atenção básica; 
XII. Viabilizar parcerias com organismos internacionais, com organizações 
governamentais, não governamentais e do setor privado, para fortalecimento da 
atenção básica e da Estratégia Saúde da Família no País 
XIII. Estimular a participação popular e o controle social. 
 
FUNDAMENTOS E DIRETRIZES DA PNAB 
1. Ter território adstrito (Dependente, estreitado, ligado, unidos). 
2. Possibilitar o acesso universal e contínuo a serviços de saúde de qualidade e 
resolutivos, caracterizados como a porta de entrada aberta e preferencial da rede de 
atenção, acolhendo os usuários e promovendo a vinculação e corresponsabilização 
pela atenção às suas necessidades de saúde. 
3. Adscrever os usuários e desenvolver relações de vínculo e responsabilização entre as 
equipes e a população adscrita garantindo a continuidade das ações de saúde e a 
longitudinalidade do cuidado. 
4. Estimular a participação dos usuários como forma de ampliar sua autonomia e 
capacidade na construção do cuidado à sua saúde e das pessoas e coletividades do 
território, no enfrentamento dos determinantes e condicionantes de saúde, na 
organização e orientação dos serviços de saúde a partir de lógicas mais centradas no 
usuário e no exercício do controle social. 
5. Coordenar a integralidade em seus vários aspectos, a saber: integração de ações 
programáticas e demanda espontânea; articulação das ações de promoção à saúde, 
prevenção de agravos, vigilância à saúde, tratamento e reabilitação e manejo das 
diversas tecnologias de cuidado e de gestão necessárias a estes fins e à ampliação da 
autonomia dos usuários e coletividades; trabalhando de forma multiprofissional, 
interdisciplinar e em equipe; realizando a gestão do cuidado integral do usuário e 
coordenando-o no conjunto da rede de atenção. 
 
A presença de diferentes formações profissionais assim como um alto grau de 
articulação entre os profissionais é essencial, de forma que não só as ações sejam 
compartilhadas, mas também tenha lugar um processo interdisciplinar no qual 
progressivamente os núcleos de competência profissionais específicos vão enriquecendo o 
campo comum de competências ampliando assim a capacidade de cuidado de toda a equipe. 
Esta portaria, conforme normatização vigente do SUS, define a organização de Redes 
de Atenção à Saúde (RAS) como estratégia para um cuidado integral e direcionado às 
necessidades de saúde da população. As RAS constituem-se em arranjos organizativos 
formados por ações e serviços de saúde com diferentes configurações tecnológicas e missões 
assistenciais, articulados de forma complementar e com base territorial, e têm diversos 
atributos, entre eles, destaca-se: a atenção básica estruturada como primeiro ponto de atenção 
e principal porta de entrada do sistema, constituída de equipe multidisciplinar que cobre toda a 
população, integrando, coordenando o cuidado e atendendo às suas necessidades de saúde. 
 
DAS FUNÇÕES NA REDE DE ATENÇÃO A SAÚDE (RAS) 
I - Ser base: ser a modalidade de atenção e de serviço de saúde com o mais elevado grau de 
descentralização e capilaridade, cuja participação no cuidado se faz sempre necessária 
II - Ser resolutiva: identificar riscos, necessidades e demandas de saúde, utilizando e 
articulando diferentes tecnologias de cuidado individual e coletivo, por meio de uma clínica 
ampliada capaz de construir vínculos positivos e intervenções clínica e sanitariamente efetivas, 
na perspectiva de ampliação dos graus de autonomia dos indivíduos e grupos sociais 
III - Coordenar o cuidado: elaborar, acompanhar e gerir projetos terapêuticos singulares, bem 
como acompanhar e organizar o fluxo dos usuários entre os pontos de atenção das RAS. 
IV - Ordenar as redes: reconhecer as necessidades de saúde da população sob sua 
responsabilidade, organizando as necessidades desta população em relação aos outros pontos 
de atenção à saúde, contribuindo para que a programação dos serviços de saúde parta das 
necessidades de saúde dos usuários 
Pontos de atenção
Ambulatório de 
especialidade com 
equipes de 
referência para 
paciente crônico:
Unidade Básica 
de Saúde 
Intersetorialidade
Integração
 
 Dentre as estratégias de melhoria da Atenção Básica está o Programa Nacional de 
Melhoria do Acesso e Qualidade (PNMAQ) que tem como objetivos: induzir a ampliação do 
acesso; melhorarda qualidade da atenção básica; garantir padrão de qualidade comparável 
nacional, regional e localmente; e promover a transparência e efetividade das ações 
governamentais direcionadas à AB. Para o monitoramento da qualidade do serviço prestado, 
os municípios devem utilizar o Instrumento de Autoavaliação para Melhoria do Acesso e 
Qualidade (AMAQ). 
 
ATRIBUIÇÕES DOS PROFISSIONAIS DAS EQUIPES DA ATENÇÃO BÁSICA: 
As atribuições dos profissionais das equipes de atenção básica devem seguir as 
referidas disposições legais que regulamentam o exercício de cada uma das profissões. 
São atribuições comuns a todos os profissionais: 
I - Participar do processo de territorialização e mapeamento da área de atuação da equipe, 
identificando grupos, famílias e indivíduos expostos a riscos e vulnerabilidades; 
II - Manter atualizado o cadastramento das famílias e dos indivíduos no sistema de informação 
indicado pelo gestor municipal e utilizar, de forma sistemática, os dados para a análise da 
situação de saúde, considerando as características sociais, econômicas, culturais, 
demográficas e epidemiológicas do território, priorizando as situações a serem acompanhadas 
no planejamento local; 
III - Realizar o cuidado da saúde da população adscrita, prioritariamente no âmbito da unidade 
de saúde, e, quando necessário, no domicílio e nos demais espaços comunitários (escolas, 
associações, entre outros); 
IV - Realizar ações de atenção à saúde conforme a necessidade de saúde da população local, 
bem como as previstas nas prioridades e protocolos da gestão local; 
V - Garantir a atenção à saúde buscando a integralidade por meio da realização de ações de 
promoção, proteção e recuperação da saúde e prevenção de agravos; e da garantia de 
atendimento da demanda espontânea, da realização das ações programáticas, coletivas e de 
vigilância à saúde; 
VI - Participar do acolhimento dos usuários realizando a escuta qualificada das necessidades 
de saúde, procedendo à primeira avaliação (classificação de risco, avaliação de 
vulnerabilidade, coleta de informações e sinais clínicos) e identificação das necessidades de 
intervenções de cuidado, proporcionando atendimento humanizado, responsabilizando-se pela 
continuidade da atenção e viabilizando o estabelecimento do vínculo; 
VII - Realizar busca ativa e notificar doenças e agravos de notificação compulsória e de outros 
agravos e situações de importância local; 
VIII - Responsabilizar-se pela população adscrita, mantendo a coordenação do cuidado mesmo 
quando necessitar de atenção em outros pontos de atenção do sistema de saúde; 
IX - Praticar cuidado familiar e dirigido a coletividades e grupos sociais que visa a propor 
intervenções que influenciem os processos de saúde-doença dos indivíduos, das famílias, das 
coletividades e da própria comunidade; 
X- Realizar reuniões de equipes a fim de discutir em conjunto o planejamento e avaliação das 
ações da equipe, a partir da utilização dos dados disponíveis; 
XI - Acompanhar e avaliar sistematicamente as ações implementadas, visando à readequação 
do processo de trabalho; 
XII - Garantir a qualidade do registro das atividades nos sistemas de informação na atenção 
básica; 
XIII - Realizar trabalho interdisciplinar e em equipe, integrando áreas técnicas e profissionais de 
diferentes formações; 
XIV - Realizar ações de educação em saúde à população adstrita, conforme planejamento da 
equipe; 
XV - Participar das atividades de educação permanente; 
XVI - Promover mobilização e participação da comunidade, buscando efetivar o controle social; 
XVII - Identificar parceiros e recursos na comunidade que possam potencializar ações 
intersetoriais; 
XVIII - Realizar outras ações e atividades a serem definidas de acordo com as prioridades 
locais. 
 
ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA (ESF) 
A expansão e a qualificação da atenção básica, organizadas pela estratégia Saúde da 
Família, compõem parte do conjunto de prioridades políticas apresentadas pelo Ministério da 
Saúde e aprovadas pelo Conselho Nacional de Saúde. Esta concepção supera a antiga 
proposição de caráter exclusivamente centrado na doença, desenvolvendo-se por meio de 
práticas gerenciais e sanitárias, democráticas e participativas, sob a forma de trabalho em 
equipes, dirigidas às populações de territórios delimitados, pelos quais assumem 
responsabilidade. 
Os princípios fundamentais da atenção básica no Brasil são: integralidade, qualidade, 
eqüidade e participação social. Mediante a adstrição de clientela, as equipes Saúde da Família 
estabelecem vínculo com a população, possibilitando o compromisso e a co-responsabilidade 
destes profissionais com os usuários e a comunidade. Seu desafio é o de ampliar suas 
fronteiras de atuação visando uma maior resolubilidade da atenção, onde a Saúde da Família é 
compreendida como a estratégia principal para mudança deste modelo, que deverá sempre se 
integrar a todo o contexto de reorganização do sistema de saúde. 
A Saúde da Família é entendida como uma estratégia de reorientação do modelo 
assistencial, operacionalizada mediante a implantação de equipes multiprofissionais em 
unidades básicas de saúde. Estas equipes são responsáveis pelo acompanhamento de um 
número definido de famílias, localizadas em uma área geográfica delimitada. As equipes atuam 
com ações de promoção da saúde, prevenção, recuperação, reabilitação de doenças e agravos 
mais freqüentes, e na manutenção da saúde desta comunidade. A responsabilidade pelo 
acompanhamento das famílias coloca para as equipes saúde da família a necessidade de 
ultrapassar os limites classicamente definidos para a atenção básica no Brasil, especialmente 
no contexto do SUS. 
A estratégia de Saúde da Família é um projeto dinamizador do SUS, condicionada pela 
evolução histórica e organização do sistema de saúde no Brasil. A velocidade de expansão da 
Saúde da Família comprova a adesão de gestores estaduais e municipais aos seus princípios. 
Iniciado em 1994, apresentou um crescimento expressivo nos últimos anos. A consolidação 
dessa estratégia precisa, entretanto, ser sustentada por um processo que permita a real 
substituição da rede básica de serviços tradicionais no âmbito dos municípios e pela 
capacidade de produção de resultados positivos nos indicadores de saúde e de qualidade de 
vida da população assistida. 
A Saúde da Família como estratégia estruturante dos sistemas municipais de saúde 
tem provocado um importante movimento com o intuito de reordenar o modelo de atenção no 
SUS. Busca maior racionalidade na utilização dos demais níveis assistenciais e tem produzido 
resultados positivos nos principais indicadores de saúde das populações assistidas às equipes 
saúde da família. 
 
Equipes de Saúde 
O trabalho de equipes da Saúde da Família é o elemento-chave para a busca 
permanente de comunicação e troca de experiências e conhecimentos entre os integrantes da 
equipe e desses com o saber popular do Agente Comunitário de Saúde. As equipes são 
compostas, no mínimo, por um médico de família, um enfermeiro, um auxiliar de enfermagem e 
6 agentes comunitários de saúde. Quando ampliada, conta ainda com: um dentista, um auxiliar 
de consultório dentário e um técnico em higiene dental. 
Cada equipe se responsabiliza pelo acompanhamento de, no máximo, 4 mil habitantes, 
sendo a média recomendada de 3 mil habitantes de uma determinada área, e estas passam a 
ter co-responsabilidade no cuidado à saúde. A atuação das equipes ocorre principalmente nas 
unidades básicas de saúde, nas residências e na mobilização da comunidade, caracterizando-
se: como porta de entrada de um sistema hierarquizado e regionalizado de saúde; por ter 
território definido, com uma populaçãodelimitada, sob a sua responsabilidade; por intervir 
sobre os fatores de risco aos quais a comunidade está exposta; por prestar assistência integral, 
permanente e de qualidade; por realizar atividades de educação e promoção da saúde. 
E, ainda: por estabelecer vínculos de compromisso e de co-responsabilidade com a 
população; por estimular a organização das comunidades para exercer o controle social das 
ações e serviços de saúde; por utilizar sistemas de informação para o monitoramento e a 
tomada de decisões; por atuar de forma intersetorial, por meio de parcerias estabelecidas com 
diferentes segmentos sociais e institucionais, de forma a intervir em situações que 
transcendem a especificidade do setor saúde e que têm efeitos determinantes sobre as 
condições de vida e saúde dos indivíduos-famílias-comunidade. 
 
 
Agentes Comunitários de Saúde 
O Programa de Agentes Comunitários de Saúde é hoje considerado parte da Saúde da 
Família. Nos municípios onde há somente o PACS, este pode ser considerado um programa de 
transição para a Saúde da Família. No PACS, as ações dos agentes comunitários de saúde 
são acompanhadas e orientadas por um enfermeiro/supervisor lotado em uma unidade básica 
de saúde. 
Os agentes comunitários de saúde podem ser encontrados em duas situações distintas 
em relação à rede do SUS: a) ligados a uma unidade básica de saúde ainda não organizada na 
lógica da Saúde da Família;e b) ligados a uma unidade básica de Saúde da Família como 
membro da equipe multiprofissional. Atualmente, encontram-se em atividade no país 204 mil 
ACS, estando presentes tanto em comunidades rurais e periferias urbanas quanto em 
municípios altamente urbanizados e industrializados. 
 
O Ministério da Saúde reconhece e valoriza a formação dos trabalhadores como um 
componente para o processo de qualificação da força de trabalho no sentido de contribuir 
decisivamente para a efetivação da política nacional de saúde. Essa concepção da formação 
busca caracterizar a necessidade de elevação da escolaridade e dos perfis de desempenho 
profissional para possibilitar o aumento da autonomia intelectual dos trabalhadores, domínio do 
conhecimento técnico-científico, capacidade de gerenciar tempo e espaço de trabalho, de 
exercitar a criatividade, de interagir com os usuários dos serviços, de ter consciência da 
qualidade e das implicações éticas de seu trabalho. 
 
Responsabilidades das Esferas Gestoras em Atenção Básica 
Federal 
- Elaborar as diretrizes da política nacional de atenção básica; 
- Co-financiar o sistema de atenção básica; 
- Ordenar a formação de recursos humanos; 
- Propor mecanismos para a programação, controle, regulação e avaliação da atenção básica; 
- Manter as bases de dados nacionais. 
Estadual 
- Acompanhar a implantação e execução das ações de atenção básica em seu território; 
- Regular as relações inter-municipais; 
- Coordenar a execução das políticas de qualificação de recursos humanos em seu território; 
- Co-financiar as ações de atenção básica; 
- Auxiliar na execução das estratégias de avaliação da atenção básica em seu território. 
Municipal 
- Definir e implantar o modelo de atenção básica em seu território; 
- Contratualizar o trabalho em atenção básica; 
- Manter a rede de unidades básicas de saúde em funcionamento (gestão e gerência); 
- Co-financiar as ações de atenção básica; 
- Alimentar os sistemas de informação; 
- Avaliar o desempenho das equipes de atenção básica sob sua supervisão. 
 
NÚCLEO DE APOIO A SAÚDE DA FAMÍLIA 
A Atenção Primária à Saúde é complexa e demanda uma intervenção ampla em 
diversos aspectos para que se possa ter efeito positivo sobre a qualidade de vida da 
população, necessita de um conjunto de saberes para ser eficiente, eficaz e resolutiva. É 
definida como o primeiro contato na rede assistencial dentro do sistema de saúde, 
caracterizando-se, principalmente, pela continuidade e integralidade da atenção, além da 
coordenação da assistência dentro do próprio sistema, da atenção centrada na família, da 
orientação e participação comunitária e da competência cultural dos profissionais. 
Desta forma, são definidos os quatro atributos essenciais da atenção primária à saúde: 
o acesso de primeiro contato do indivíduo com o sistema de saúde, a continuidade e a 
integralidade da atenção, e a coordenação da atenção dentro do sistema. 
A Saúde da Família caracteriza-se como a porta de entrada prioritária de um sistema 
hierarquizado, regionalizado de saúde e vem provocando um importante movimento de 
reorientação do modelo de atenção à saúde no SUS. Visando apoiar a inserção da Estratégia 
Saúde da Família na rede de serviços e ampliar a abrangência e o escopo das ações da 
Atenção Primária bem como sua resolutividade, além dos processos de territorialização e 
regionalização, o Ministério da Saúde criou o Núcleo de Apoio à Saúde da Família - NASF, 
com a Portaria GM nº 154, de 24 de Janeiro de 2008, Republicada em 04 de Março de 2008. 
O NASF deve ser constituído por equipes compostas por profissionais de diferentes 
áreas de conhecimento, para atuarem em conjunto com os profissionais das Equipes Saúde da 
Família, compartilhando as práticas em saúde nos territórios sob responsabilidade das Equipes 
de SF no qual o NASF está cadastrado. 
Existem duas modalidades de NASF: o NASF 1 que deverá ser composto por no 
mínimo cinco das profissões de nível superior (Psicólogo; Assistente Social; Farmacêutico; 
Fisioterapeuta; Fonoaudiólogo; Profissional da Educação Física; Nutricionista; Terapeuta 
Ocupacional; Médico Ginecologista; Médico Homeopata; Médico Acupunturista; Médico 
Pediatra; e Médico Psiquiatra) vinculado de 08 a 20 Equipes Saúde da Família e o NASF 2 que 
deverá ser composto por no mínimo três profissionais de nível superior de ocupações não-
coincidentes (Assistente Social; Profissional de Educação Física; Farmacêutico; Fisioterapeuta; 
Fonoaudiólogo; Nutricionista; Psicólogo; e Terapeuta Ocupacional), vinculado a no mínimo 03 
Equipes Saúde da Família, fica vedada a implantação das duas modalidades de forma 
concomitante nos Municípios e no Distrito Federal. 
Excepcionalmente, nos Municípios com menos de 100.000 habitantes dos Estados da 
Região Norte, cada NASF 1 poderá realizar suas atividades vinculado a, no mínimo, 5 (cinco) 
equipes de Saúde da Família, e a, no máximo, a 20 (vinte) equipes de Saúde da Família. A 
definição dos profissionais que irão compor os núcleos é de responsabilidade dos gestores 
municipais, seguindo os critérios de prioridade identificados a partir das necessidades locais e 
da disponibilidade de profissionais de cada uma das diferentes ocupações.Tem como 
responsabilidade central atuar e reforçar 9 diretrizes na atenção à saúde: a 
interdisciplinaridade, a intersetorialidade, a educação popular, o território, a integralidade, o 
controle social, a educação permanente em saúde, a promoção da saúde e a humanização. 
A equipe do NASF e as equipes da saúde da família criarão espaços de discussões 
para gestão do cuidado. Como, por exemplo, reuniões e atendimentos conjuntos constituindo 
processo de aprendizado coletivo. Desta maneira, o NASF não se constitui porta de entrada do 
sistema para os usuários, mas apoio às equipes de saúde da família e tem como eixos a 
responsabilização, gestão compartilhada e apoio à coordenação do cuidado, que se pretende, 
pela saúde da família. 
O NASF está dividido em nove áreas estratégicas sendo elas: atividade física/praticas 
corporais; práticas integrativas e complementares; reabilitação; alimentação e nutrição; saúde 
mental; serviço social; saúde da criança/ do adolescente e do jovem; saúde da mulher e 
assistência farmacêutica. 
A organizaçãodo processo de trabalho dos NASF, nos territórios de sua 
responsabilidade, deve ser estruturado priorizando: 
1. Atendimento compartilhado para uma intervenção interdisciplinar, com troca de 
saberes, capacitação e responsabilidades mútuas, gerando experiência para ambos os 
profissionais envolvidos. Com ênfase em estudo e discussão de casos e situações, 
realização de projeto terapêutico, orientações, bem como atendimento conjunto; 
(criando espaços de reuniões, atendimento, apoio por telefone, e-mail, etc) 
2. Intervenções especificas do NASF com usuários e famílias encaminhados pela equipe 
de SF, com discussões e negociação a priori entre os profissionais responsáveis pelo 
caso, de forma que o atendimento individualizado pelo NASF se dê apenas em 
situações extremamente necessária; 
3. Ações comuns nos territórios de sua responsabilidade, desenvolvidas de forma 
articulada com as equipes de SF e outros setores. Como por exemplo, o 
desenvolvimento do projeto de saúde no território, planejamentos, apoio aos grupos, 
trabalhos educativos, de inclusão social, enfrentamento da violência, ações junto aos 
equipamentos públicos (escolas, creches, igrejas, pastorais, etc). 
 
Dentro de tal perspectiva, implantar NASF implica, portanto, na necessidade de 
estabelecer espaços rotineiros de reunião de planejamentos, o que incluiria discussão de 
casos, estabelecimentos de contratos, definição de objetivos, critérios de prioridade, critérios 
de encaminhamento ou compartilhamento de casos, critérios de avaliação, resolução de 
conflitos etc. Tudo isso não acontece automaticamente, tornando-se assim necessário que os 
profissionais assumam sua responsabilidade na co-gestão e os gestores coordenem estes 
processos, em constante construção. 
 
Este material foi produzido tendo como referencia o sítio do Departamento de Atenção Básica do Ministério da Saúde. 
Disponível em: http://dab.saude.gov.br. 
POLÍTICA NACIONAL DE HUMANIZAÇÃO (PNH) 
 
Lançada em 2003, a Política Nacional de Humanização (PNH) busca colocar em 
prática os princípios do SUS no cotidiano dos serviços de saúde, produzindo mudanças nos 
modos de gerir e cuidar. A PNH estimula a comunicação entre gestores, trabalhadores e 
usuários para construir processos coletivos de enfrentamento de relações de poder, trabalho e 
afeto que muitas vezes produzem atitudes e práticas desumanizadoras que inibem a 
autonomia e a corresponsabilidade dos profissionais de saúde em seu trabalho e dos usuários 
no cuidado de si. 
Vinculada à Secretaria de Atenção à Saúde do Ministério da Saúde, no Departamento 
de Ações Programáticas e Estratégicas (DAPES), a PNH conta com um núcleo técnico sediado 
em Brasília – DF e equipes regionais de apoiadores que se articulam às secretarias estaduais 
e municipais de saúde. A partir desta articulação se constroem, de forma compartilhada, planos 
de ação para promover e disseminar inovações em saúde. 
Com a análise dos problemas e dificuldades em cada serviço de saúde e tomando por 
referência experiências bem-sucedidas de humanização, a PNH tem sido experimentada em 
todo o país. Existe um SUS que dá certo, e dele partem as orientações da PNH, traduzidas em 
seu método, princípios, diretrizes e dispositivos. 
 O HumanizaSUS aposta em inovações em saúde, como: 
- Valorização dos diferentes sujeitos implicados no processo de produção de saúde: usuários, 
trabalhadores e gestores; 
- Fomento da autonomia e do protagonismo desses sujeitos e dos coletivos; 
- Aumento do grau de co-responsabilidade na produção de saúde e de sujeitos; 
- Estabelecimento de vínculos solidários e de participação coletiva no processo de gestão; 
- Mapeamento e interação com as demandas sociais, coletivas e subjetivas de saúde; 
- Defesa de um SUS que reconhece a diversidade do povo brasileiro e a todos oferece a 
mesma atenção à saúde, sem distinção de idade, etnia, origem, gênero e orientação sexual; 
- Mudança nos modelos de atenção e gestão em sua indissociabilidade, tendo como foco as 
necessidades dos cidadãos, a produção de saúde e o próprio processo de trabalho em saúde, 
valorizando os trabalhadores e as relações sociais no trabalho; 
- Proposta de um trabalho coletivo para que o SUS seja mais acolhedor, mais ágil e mais 
resolutivo; 
- Compromisso com a qualificação da ambiência, melhorando as condições de trabalho e de 
atendimento; 
- Compromisso com a articulação dos processos de formação com os serviços e práticas de 
saúde; 
- Luta por um SUS mais humano, porque construído com a participação de todos e 
comprometido com a qualidade dos seus serviços e com a saúde integral para todos e 
qualquer um. 
A Política Nacional de Humanização está organizada em três princípios: 
 Transversalidade: A Política Nacional de Humanização deve se fazer presente e estar inserida 
em todas as políticas e programas do SUS. A PNH busca transformar as relações de trabalho 
a partir da ampliação do grau de contato e da comunicação entre as pessoas e grupos, tirando-
os do isolamento e das relações de poder hierarquizadas. Transversalizar é reconhecer que as 
diferentes especialidades e práticas de saúde podem conversar com a experiência daquele que 
é assistido. Juntos, esses saberes podem produzir saúde de forma mais corresponsável. 
 Indissociabilidade entre atenção e gestão: As decisões da gestão interferem diretamente na 
atenção à saúde. Por isso, trabalhadores e usuários devem buscar conhecer como funciona a 
gestão dos serviços e da rede de saúde, assim como participar ativamente do processo de 
tomada de decisão nas organizações de saúde e nas ações de saúde coletiva. Ao mesmo 
tempo, o cuidado e a assistência em saúde não se restringem às responsabilidades da equipe 
de saúde. O usuário e sua rede sócio-familiar devem também se corresponsabilizar pelo 
cuidado de si nos tratamentos, assumindo posição protagonista com relação a sua saúde e a 
daqueles que lhes são caros. 
 Protagonismo, corresponsabilidade e autonomia dos sujeitos e coletivos 
Qualquer mudança na gestão e atenção é mais concreta se construída com a ampliação da 
autonomia e vontade das pessoas envolvidas, que compartilham responsabilidades. Os 
usuários não são só pacientes, os trabalhadores não só cumprem ordens: as mudanças 
acontecem com o reconhecimento do papel de cada um. Um SUS humanizado reconhece cada 
pessoa como legítima cidadã de direitos e valoriza e incentiva sua atuação na produção de 
saúde. 
O HumanizaSUS, aposta na INCLUSÃO de trabalhadores, usuários e gestores na 
produção e gestão do cuidado e dos processos de trabalho. A comunicação entre esses três 
atores do SUS provoca movimentos de perturbação e inquietação que a PNH considera o 
“motor” de mudanças e que também precisam ser incluídos como recursos para a produção de 
saúde. 
Humanizar se traduz, então, como inclusão das diferenças nos processos de gestão e 
de cuidado. Tais mudanças são construídas não por uma pessoa ou grupo isolado, mas de 
forma coletiva e compartilhada. Incluir para estimular a produção de novos modos de cuidar e 
novas formas de organizar o trabalho. 
As rodas de conversa, o incentivo às redes e movimentos sociais e a gestão dos 
conflitos gerados pela inclusão das diferenças são ferramentas experimentadas nos serviços 
de saúde a partir das orientações da PNH. Incluir os trabalhadores na gestão é fundamental 
para que eles, no dia a dia, reinventem seus processos de trabalho e sejam agentes ativos das 
mudanças no serviço de saúde. Incluir usuários e suas redes sócio-familiares nos processos de 
cuidado é um poderoso recurso para a ampliação da corresponsabilização no cuidado de si. 
A Política Nacional de Humanização atua a partir de orientações clínicas, éticase 
políticas, que se traduzem em determinados arranjos de trabalho. Entenda melhor alguns 
conceitos que norteiam o trabalho da PNH: 
1. Acolhimento: Acolher é reconhecer o que o outro traz como legítima e singular necessidade 
de saúde. O acolhimento deve comparecer e sustentar a relação entre equipes/serviços e 
usuários/populações. Como valor das práticas de saúde, o acolhimento é construído de forma 
coletiva, a partir da análise dos processos de trabalho e tem como objetivo a construção de 
relações de confiança, compromisso e vínculo entre as equipes/serviços, trabalhador/equipes 
e usuário com sua rede sócio-afetiva. Com uma escuta qualificada oferecida pelos 
trabalhadores às necessidades do usuário, é possível garantir o acesso oportuno desses 
usuários a tecnologias adequadas às suas necessidades, ampliando a efetividade das práticas 
de saúde. Isso assegura, por exemplo, que todos sejam atendidos com prioridades a partir da 
avaliação de vulnerabilidade, gravidade e risco. 
2. Gestão Participativa e cogestão: Cogestão expressa tanto a inclusão de novos sujeitos nos 
processos de análise e decisão quanto a ampliação das tarefas da gestão - que se transforma 
também em espaço de realização de análise dos contextos, da política em geral e da saúde em 
particular, em lugar de formulação e de pactuação de tarefas e de aprendizado coletivo. A 
organização e experimentação de rodas é uma importante orientação da cogestão. Rodas para 
colocar as diferenças em contato de modo a produzir movimentos de desestabilização que 
favoreçam mudanças nas práticas de gestão e de atenção. A PNH destaca dois grupos de 
dispositivos de cogestão: aqueles que dizem respeito à organização de um espaço coletivo de 
gestão que permita o acordo entre necessidades e interesses de usuários, trabalhadores e 
gestores; e aqueles que se referem aos mecanismos que garantem a participação ativa de 
usuários e familiares no cotidiano das unidades de saúde. Colegiados gestores, Mesas de 
negociação, Contratos Internos de Gestão, Câmara Técnica de Humanização (CTH), Grupo de 
Trabalho de Humanização (GTH), Gerência de Porta Aberta, entre outros, são arranjos de 
trabalho que permitem a experimentação da cogestão no cotidiano da saúde. 
3. Ambiência: Criar espaços saudáveis, acolhedores e confortáveis, que respeitem a 
privacidade, propiciem mudanças no processo de trabalho e sejam lugares de encontro entre 
as pessoas. A discussão compartilhada do projeto arquitetônico, das reformas e do uso dos 
espaços de acordo com as necessidades de usuários e trabalhadores de cada serviço é uma 
orientação que pode melhorar o trabalho em saúde. 
4. Clínica ampliada e compartilhada: A clínica ampliada é uma ferramenta teórica e prática cuja 
finalidade é contribuir para uma abordagem clínica do adoecimento e do sofrimento, que 
considere a singularidade do sujeito e a complexidade do processo saúde/doença. Permite o 
enfrentamento da fragmentação do conhecimento e das ações de saúde e seus respectivos 
danos e ineficácia. Para alcançar esta meta, a PNH prevê a utilização de recursos que 
permitam enriquecimento dos diagnósticos (outras variáveis além do enfoque orgânico, 
inclusive a percepção dos afetos produzidos nas relações clínicas) e a qualificação do diálogo 
(tanto entre os profissionais de saúde envolvidos no tratamento quanto destes com o usuário), 
de modo a possibilitar decisões compartilhadas e compromissadas com a autonomia e a saúde 
dos usuários do SUS. 
5. Valorização do Trabalhador: É importante dar visibilidade à experiência dos trabalhadores e 
incluí-los na tomada de decisão, apostando na sua capacidade de analisar, definir e qualificar 
os processos de trabalho. O Programa de Formação em Saúde e Trabalho e a Comunidade 
Ampliada de Pesquisa são possibilidades que tornam possível o diálogo, intervenção e análise 
do que gera sofrimento e adoecimento, do que fortalece o grupo de trabalhadores e do que 
propicia os acordos de como agir no serviço de saúde. É importante também assegurar a 
participação dos trabalhadores nos espaços coletivos de gestão. 
6. Defesa dos Direitos dos Usuários: Os usuários de saúde possuem direitos garantidos por lei 
e os serviços de saúde devem incentivar o conhecimento desses direitos e assegurar que eles 
sejam cumpridos em todas as fases do cuidado, desde a recepção até a alta. Todo cidadão 
tem direito a uma equipe que cuide dele, de ser informado sobre sua saúde e também de 
decidir sobre compartilhar ou não sua dor e alegria com sua rede social. 
A Política Nacional de Humanização da Atenção e Gestão do SUS tem como propósitos: 
- Contagiar trabalhadores, gestores e usuários do SUS com os princípios e as diretrizes da 
humanização; 
- Fortalecer iniciativas de humanização existentes; 
- Desenvolver tecnologias relacionais e de compartilhamento das práticas de gestão e de 
atenção; 
- Aprimorar, ofertar e divulgar estratégias e metodologias de apoio a mudanças 
sustentáveis dos modelos de atenção e de gestão; 
- Implementar processos de acompanhamento e avaliação, ressaltando saberes gerados 
no SUS e experiências coletivas bem-sucedidas. 
Para isso, o HumanizaSUS trabalha com três macro-objetivos: 
1. Ampliar as ofertas da Política Nacional de Humanização aos gestores e aos conselhos de 
saúde, priorizando a atenção básica/fundamental e hospitalar, com ênfase nos hospitais de 
urgência e universitários; 
2. Incentivar a inserção da valorização dos trabalhadores do SUS na agenda dos gestores, dos 
conselhos de saúde e das organizações da sociedade civil; 
3. Divulgar a Política Nacional de Humanização e ampliar os processos de formação e produção 
de conhecimento em articulação com movimentos sociais e instituições. 
 
Na prática, os resultados que queremos são: 
- Redução de filas e do tempo de espera, com ampliação do acesso; 
- Atendimento acolhedor e resolutivo baseado em critérios de risco 
- Implantação de modelo de atenção com responsabilização e vínculo; 
- Garantia dos direitos dos usuários; 
- Valorização do trabalho na saúde; 
- Gestão participativa nos serviços. 
 
Este material foi produzido com base nas informações disponíveis no sítio do Ministério da Saúde. Disponível em: 
<http://portal.saude.gov.br/portal/saude/cidadao/area.cfm?id_area=1342>

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