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Mass Comunication Research
A alternativa de natureza funcionalista ao pensamento crítico influenciado pelo idealismo alemão e pelo marxismo teve, todavia, a sua repercussão mais incisiva em torno de um conjunto de estudos que podem ser designados por mass communication research, especialmente em torno das teorias que se centraram sobre os efeitos de curto prazo dos media.
A eficácia dos efeitos. A primeira etapa de investigação correspondeu à aceitação de um modelo hipodérmico de influência social dos media, a qual acreditava na capacidade de introduzir na sociedade uma mensagem que suscitaria uma resposta condicionada. Os media teriam um poder de acção directa e seriam um agente poderosíssimo de controlo e de propaganda. Com base nesta hipótese, levaram-se a feito uma enorme quantidade de experiências de laboratório que se centravam em temas como o de saber se um meio oral era mais poderoso do que um meio escrito, se uma argumentação mais contundente era mais eficaz do que uma argumentação menos contundente, se a contundência da mensagem variava consoante a fidelidade ao enunciador entre muitas outras variáveis que eram tidas em conta. A postura dos investigadores, na maior parte dos casos, respondia a uma ampla base de experiências e de ideias vigentes que convergiam numa tese central sobre o extremo poder dos media, reforçada pela tese da sociedade de massas que conhecia amplo vigor na época. Como explicariam em 1955 Katz e Lazarsfeld, os principais pressupostos da teoria eram: a) a imagem de uma massa atomizada de milhões de eleitores, espectadores, etc. que recebiam as mensagens; b) em segundo lugar, a configuração da mensagem como um estímulo directo e poderoso que podia dar origem a respostas imediatas (Katz e Lazarsfeld, 1964: 16).
Este tipo de estudos insere-se numa investigação mais geral sobre os actos de comunicação cujo primeiro enquadramento teórico sistemático foi feito por Lasswell através de cinco questões: “Quem diz o quê? A quem? Porque canal? Com que efeitos?” Segundo Lasswell, “o estudo científico do processo comunicativo tende sempre a centrar-se numa ou noutra destas interrogações”. Esta primeira tentativa de produzir uma observação científica sobre os processos de comunicação evidencia uma preocupação unilateral com os efeitos produzidos, resultante, aliás, de um conjunto de preocupações epocais com os efeitos da propaganda. Intui-se uma inquietação envolta por um clima de terror e de certo mistério, mas também de uma profunda ignorância quanto aos meandros mais secretos do funcionamento dos novos meios de comunicação e aos limites do seu poder (Cfr. Esteves, 2002: 14).
De uma forma geral os modelos de efeitos totais tinham como implícito um conjunto de premissas:
a) Os processos comunicacionais são assimétricos com um emissor activo que produz um estímulo e uma massa passiva de destinatários que, uma vez atingida pelo estímulo, reage;
b) A comunicação é intencional e tem por objectivo produzir um efeito observável e susceptível de ser avaliado na medida em que gere um comportamento que pode de certa forma associar-se a esse objectivo;
c) Os papéis de comunicador e destinatário surgem isolados, independentes das relações situacionais e culturais em que os processos comunicativos se realizam mas que o modelo não contempla: os efeitos dizem respeito a modelos atomizados, isolados (Schutz, 1982 citado por Wolf, 1987: 25).
Neste sentido, a história deste ramo da pesquisa identifica-se em grande medida com a teoria dos efeitos, resultado da confluência entre uma concepção atomística da sociedade de massa e uma psicologia comportamentalista (behaviorista) que moldava o processo de comunicação à luz do modelo estímulo – resposta. A concepção atomística do público nas comunicações de massa (típica da teoria hipodérmica) correlacionou-se com a disciplina que liderava a primeira fase dos estudos comunicacionais, ou seja, a psicologia behaviorista que privilegiava os comportamentos dos indivíduos.
Fonte:http://teoriadanoticia.blogspot.com/2009/05/mass-communication-research.html

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