DCDiurno PPenal GMadeira Aulas19e20 301015 LHonorio

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DELEGADO CIVIL DIURNO 
CARREIRAS JURÍDICAS 
Damásio Educacional 
 
MATERIAL DE APOIO 
Disciplina: Direito Processual Penal 
 Professor: Guilherme Madeira 
Aulas: 19 e 20| Data: 30|10|15 
 
 
 
ANOTAÇÃO DE AULA 
SUMÁRIO 
 
1) DESCOBERTA INEVITÁVEL 
2) TEORIA DA FONTE INDEPENDENTE 
3) EXAME DO CORPO DE DELITO 
4) INTERROGATÓRIO 
 
 Descoberta Inevitável 
 
A descoberta inevitável surge no caso Nix vs Willians 1984. Quando se analisam os métodos típicos e de praxe 
próprios da investigação ou instrução criminal e se percebe que a prova seria descoberta de qualquer forma 
então poderá ser usada a prova derivada. O Supremo entendeu que a polícia olhe o histórico de ligações sem 
ordem judicial e ainda que não fosse possível seria hipótese de descoberta inevitável. 
 
 Teoria da Fonte Independente 
 
Essa teoria surge no caso Murray vs EUA de 1988 da Suprema Corte. Há boatos que se surgiu no caso entre 
Bynum vs EUA 1960 porém, esse último caso não é da suprema corte e sim da Corte de Apelação do Distrito de 
Columbia. Quando há duas fontes concretas de prova uma ilícita e outra licita, afasta-se a ilícita e usa-se a licita. 
Localização no código: No artigo 157, §1º está positivada a teoria da fonte independente e do nexo causal 
atenuado. No §2º está positivado o conteúdo da descoberta inevitável. 
 
 Exame do Corpo de Delito art 158 a 184 
 
Obrigatoriedade do Exame do Corpo de Delito: 
O Exame do corpo de delito é obrigatório nas investigações que deixam vestígio não podendo supri-lo a confissão 
do acusado. É a única perícia que o juiz não pode indeferir (artigo 184). 
 
Exame do Corpo de Delito Direto e Indireto 
 
a) Exame do Corpo de Delito Direto: 
 
É o exame que recai diretamente sobre os vestígios da infração tendo como exemplo necropsia/autópsia. 
 
b) Exame do Corpo de Delito Indireto: 
 
Há posições: 
 
 
 
 
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Posição nutritiva: É apenas a atuação dos peritos sobre outros elementos que permitem concluir sobre a 
materialidade. 
Posição Majoritária e Ampliativa (STF e STJ): É o trabalho dos peritos de maneira indireta e também a oitiva de 
testemunhas nos termos do artigo 167 do CPP. 
 
Atuação da prova testemunhal (artigo 167) 
Se os vestígios desapareceram a prova testemunhal poderá suprir a falta. O STJ tem ampliado a incidência do 
artigo 167 para que incida também: 
 
• Quando as circunstâncias do crime não permitirem a confecção do laudo. 
 
Peritos (artigo 159) 
Deve haver um perito oficial ou dois não oficiais. O policial pode ser nomeado como perito não oficial pois a única 
exigência é que seja portador de diploma de curso superior (Ag Rg no A Resp 180146/RS Leopoldo de Arruda 
Raposo julg. 28/08/2015). Na atuação dos peritos se elabora um laudo com prazo de 10 dias podendo depor em 
juízo. Para depor devem ser intimados com copias dos quesitos com antecedência mínima de 10 dias podendo 
apresentar laudo por escrito. 
 
Assistente Técnico (artigo 159) 
Não se confunde o assistente técnico no processo penal com o processo civil. O perito no processo penal somente 
atuam após a elaboração do laudo oficial e sua admissão em juízo. Em sua atuação poderá depor em juízo ou 
apresentar parecer em prazo fixado pelo juiz. 
 
Aspectos Finais 
a) Exame de corpo de delito na lesão corporal por incapacidade para ocupações habituais por mais de 30 
dias (artigo 168, §2º) 
A lei exige que haja dois laudos (exames). O segundo exame deve ser feito 30 dias após O FATO. Ou seja, se o fato 
ocorrer no dia 1 e o primeiro exame no dia 10 se dá por capacidade o fato. 
 
 
b) Cadeia de Custódia 
 
Cuida da identificação da cronologia das evidências ou seja, da identificação de quem manuseou a prova e 
quando. 
Quebras nesta identificação podem gerar nulidade, ilicitude ou o mero enfraquecimento da força probante do 
meio de prova. O STJ analisou esse tema e reconheceu a ilicitude da prova em caso em que houve o 
desaparecimento da interceptação telefônica (HC 160662/RJ Anusete Magalhães julgado 18/02/14). 
 
 
 
 
 
 
 
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 Interrogatório (Artigos 185 a 195) 
 
 
 
Obrigatoriedade 
É obrigatório pois o artigo 185 do CPP usa a expressão “será interrogado”. Isso significa que o ato do 
interrogatório é obrigatório, porém o sujeito não é obrigado a falar. Caso seja encontrado após a sentença e antes 
do julgamento da apelação o interrogatório pode se dar de duas formas: 
 
a) Pelo próprio relator 
b) Por meio de carta de ordem 
 
Posição do interrogatório na audiência 
 
a) Regra 
O interrogatório é o último ato da audiência (artigo 400 do CPP). 
 
b) Exceções 
O interrogatório é o primeiro ato em três leis especiais: 
 
Lei 4898/65 – artigo 22 
Lei 8038/90 – artigo 7 
Lei 11343/06 – artigo 57 
 
No caso da lei 8.038 prevalece o CPP porque é mais benéfico (HC 307017/PB julgado 12/05/15 Rel. Sebastião Reis 
Junior). 
No caso de tráfico de drogas prevalece a lei especial porque é especial (RCH 53539/PR julgado 02.06.15 – Rel. 
Maria Thereza).