Buscar

ECONOMIA DO SETOR PÚBLICO – AS CONTRIBUIÇÕES DE WAGNER, PEACOCK, WISEMAN, MUSGRAVE, ROSTOW E HERBER

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 3 páginas

Prévia do material em texto

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO OESTE DO PARANÁ – UNIOESTE
CAMPUS DE FRANCISCO BELTRÃO
ANNA ELISA GHELLER FRANCESCHETTO
ECONOMIA DO SETOR PÚBLICO – AS CONTRIBUIÇÕES DE WAGNER, PEACOCK, WISEMAN, MUSGRAVE, ROSTOW E HERBER
FRANCISCO BELTRÃO
ABRIL/2016
1 – LEI DE WAGNER
A contribuição de Adolph Wagner para o campo da economia sob a ótica de gastos públicos originou-se em 1892. Entretanto, na época de seu lançamento, esta não teve a devida importância dada. Apenas com a evolução dos sistemas econômicos e utilização de suas ideias por outros autores como base para estudos a análise wagneriana foi disseminada e melhor conhecida no mundo.
Wagner aliou princípios fundamentais de tributação e gastos do setor público e rompeu paradigmas clássicos da época, argumentando que a determinação dos gastos públicos não era matéria da teoria das finanças públicas, mas pertencia ao campo da Economia Política e da Teoria Econômica em geral.
Em suma, a Lei de Wagner pode ser definida como a hipótese de que à medida que o nível de renda per capita se eleva em países que se desenvolvem industrialmente, cresce a importância relativa do setor público. Desse modo, Wagner formulou três regras (ou leis) gerais que corroboram sua teoria:
O crescimento natural das atividades administrativas e das despesas de segurança, a garantia de da lei e da ordem e os elementos reguladores numa sociedade que se industrializa (maior demanda por bens públicos e semipúblicos, como ruas, hospitais, etc.);
Pressões provocadas pela industrialização e urbanização da economia sobre a demanda de serviços de natureza social. Assim, na medida em que a renda aumentasse, a demanda por tais bens e serviços aumentaria mais do que proporcionalmente, pressionando os gastos públicos (aposentadorias, auxílios, educação, saúde, etc.);
A industrialização seria acompanhada pela formação de oligopólios e monopólios, os quais exigiriam um grau maior de controle estatal em decorrência da imperfeição das leis de mercado, o que significaria também um aumento das despesas correspondentes.
2 – HIPÓTESE DE PEACOCK E WISEMAN
	De maneira análoga a Wagner, porém em uma época consideravelmente mais a frente (anos 60), Alan Peacock e Jack Wiseman analisaram a evolução de gastos do Reino Unido em um determinado período de tempo para chegar a hipótese do “efeito deslocamento da receita”, sobretudo da tributária, que basicamente apresenta um aumento significativo dos gastos governamentais nos períodos de guerras ou crises, que quebram a resistência dos contribuintes em pagar tributos, face ao reconhecimento da necessidade de maior intervenção do Estado na economia. A receita tributária manteria um efeito normal de crescimento após os mesmos, mas, porém, a um nível superior ao anterior.
3 – CONTRIBUIÇÃO DE MUSGRAVE, ROSTOW E HERBER
	Para os três autores supracitados, o crescimento dos gastos públicos está diretamente relacionado aos estágios de desenvolvimento em que o país se encontra, este medido pelo crescimento da renda per capita. 
Basicamente, para Musgrave, são três etapas de desenvolvimento que requerem envolvimento do setor público. Nas etapas iniciais de crescimento, há demanda de maior gasto público com infraestrutura (estradas, transporte, terras irrigadas, mão de obra qualificada, etc.). Nos estágios intermediários de desenvolvimento econômico e social, o setor público passa a desempenhar papel de complementação ao crescimento significativo dos investimentos no setor privado. E, finalmente, nos estágios evoluídos de desenvolvimento econômico, a relação investimentos públicos/investimentos privados volta a crescer.
Rostow adota uma linha particular de interpretação do estágio final de desenvolvimento econômico associado com os gastos públicos. Associa essa relação aos gastos de investimentos nos “serviços sociais”, que crescerão relativamente mais que proporcionalmente a outros itens de gastos. 
Herber, por sua vez, desenvolve a Lei de Wagner e associa a participação e o crescimento dos gastos públicos com os estágios de industrialização do país.

Continue navegando