Buscar

Fichamento - 1ª Unidade - Administrativo I - UCSAL

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 5 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

FICHAMENTO – Estudo dirigido
Universidade Católica do Salvador
Curso: Direito 
Professor: Marco Valério Viana
Aluno: Pedro Henrique Almeida Guerreiro
Teórico estudado: Maria Sylvia Di Pietro
Texto estudado: Regime jurídico administrativo 
Data: 30/04/2016
DI PIETRO, Maria Sylvia. Regime jurídico administrativo. Im: _________. Direito administrativo. 23. ed. São Paulo: Atlas, 2010. p. 57-97.
Maria Silva Di Pietro, traz o regime jurídico administrativo em seu conceito público e privado na administração pública. Como se sabe a administração pública pode se comprometer tanto ao regime jurídico de direito privado quanto ao regime jurídico de direito público, o compromisso com um dos regimes é feito, em regra, pela constituinte ou pela lei. Vale ressaltar que a Constituição deixou à lei a opção de adotar um regime ou outro.
Normalmente, é na esfera dos órgãos administrativos que são realizados os estudos técnicos e financeiros que precedem o encaminhamento de projeto de lei e respectiva justificativa ao Poder Legislativo, a Administração Pública não pode por ato próprio, de natureza administrativa, optar por um regime jurídico não previsto em lei; em decorrência da seu elo com o princípio da legalidade. Também é importante salientar que a administração quando emprega modelos privatísticos, nunca é integral a sua submissão ao direito privado. Às vezes ela se iguala ao particular, no sentido de que não exerce sobre ele qualquer prerrogativa de Poder Público, não se despindo nunca de determinados privilégios a exemplo do juízo privativo, da prescrição quinquenal, do processo especial de execução, a impenhorabilidade de seus bens entre outros. 
Através de outro ponto de vista, as diretrizes de direito público sempre impõem desvios ao direito comum, para permitir a Administração Pública, quando dele se utiliza, alcançar os fins que o ordenamento jurídico lhe atribui e, ao mesmo tempo, preservar os direitos dos administrados, criando limitações à atuação do Poder Público. O regime Jurídico administrativo é a ferramenta utilizada para designar de forma lato sensu, os regimes de direito público e de direito privado a que pode submeter-se a Administração Pública.
O regime administrativo resume-se basicamente em duas palavras: prerrogativas e sujeições. Di Pietro também ressalta que “o Direito Administrativo nasceu e desenvolveu-se baseado em duas ideias opostas: de um lado, a proteção aos direitos individuais frente ao Estado, que serve de fundamento ao princípio da legalidade, um dos esteios do Estado de Direito; de outro lado, a de necessidade e satisfação dos interesses coletivos, que conduz à outorga de prerrogativas e privilégios para a Administração Pública, quer para limitar o exercício dos direitos individuais em benefício do bem-estar coletivo (poder de polícia), quer para a prestação de serviços públicos”. Percebe-se então a bipolaridade do Direito Administrativo em relação à liberdade do indivíduo e autoridade da Administração, para assegurar a supremacia do interesse público sobre o particular, são-lhe outorgados prerrogativas e privilégios desconhecidos na esfera do direito privado, tais como a autoexecutoriedade, a autotutela, o poder de expropriar, o de requisitar bens e serviços, o de ocupar temporariamente o imóvel alheio, o de instituir servidão, o de aplicar sanções administrativas, o de alterar e rescindir unilateralmente os contratos, o de impor medidas de polícia. Goza, ainda, de determinados privilégios como a imunidade tributária, prazos dilatados em juízo, juízo privativo, processo especial de execução, presunção de veracidade de seus atos.
Cretella Júnior diz que as prerrogativas públicas são “as regalias usufruídas pela Administração, na relação jurídico-administrativa, derrogando o direito comum diante do administrador, ou em outras palavras, são as faculdades especiais conferidas à Administração, quando se decide agir contra o particular”.
Destarte Di Pietro indica que ao lado de tantas prerrogativas, existem determinadas restrições que sujeitam a Administração, sob pena de nulidade do ato administrativo e em alguns casos até mesmo de responsabilização da autoridade que o editou. Muitas dessas prerrogativas e restrições expressas sob a forma de princípios que informam o direito público e, em especial, o Direito Administrativo.
As proposições básicas, fundamentais e típicas que condicionam todas as estruturações subsequentes são os princípios de uma ciência, que nesse sentido são o alicerce da ciência. Assim o Direito Administrativo está informado por determinados princípios, alguns deles próprios também de outros ramos do direito público e outros dele específicos e enquadrados como setoriais. A constituição Federal de 1988 ao fazer menção expressa de certos princípios a que se submete a Administração Pública Direta e Indireta, a saber, os princípios da legalidade, da impessoalidade, da moralidade administrativa, da publicidade e eficiência.
No que tange ao princípio da legalidade, aliado com o de controle da Administração pelo Poder Judiciário, nasceu com o Estado de Direito uma das principais garantias de respeito aos direitos individuais, percebe-se que, a lei, ao mesmo tempo em que os define, estabelece também limites de atuação administrativa que tenha por objeto a restrição ao exercício de tais direitos em benefício da coletividade. A vontade da administração pública é aquela que decorre da lei, ou seja, segundo o princípio da legalidade, a Administração Pública só pode fazer o que a lei permite. 
A supremacia do interesse público está presente tanto no momento da elaboração da lei como no momento da sua execução em concreto pela Administração Pública, inspirando o legislador e vinculando a autoridade administrativa em toda a sua atuação. O direito deixou de ser apenas instrumento de garantia dos direitos do indivíduo e passou a ser visto como meio para consecução da justiça social, do bem comum, do bem-estar coletivo. No âmbito do Direito Constitucional e Administrativo, o princípio da supremacia de interesse público tem a sua sede principal, da mesma forma que esse princípio inspira o legislador ao editar as normas de direito público, também vincula a Administração Pública, ao aplicar a lei, no exercício da função administrativa.
A impessoalidade pela primeira vez vem com essa denominação no art. 37 da Constituição de 1988. No primeiro sentido a o princípio da impessoalidade estaria relacionado com a finalidade pública que deve nortear toda a atividade administrativa, ou seja, a administração não pode atuar com vistas a prejudicar ou beneficiar pessoas determinadas, levando em consideração que é sempre o interesse público que tem que nortear o seu comportamento.
Presunção de legitimidade ou de veracidade, tal princípio abrange dois aspectos, de um lado a presunção da verdade, que diz respeito à clareza dos fatos; de outro lado, a presunção da legalidade, pois, se a Administração Pública se submete à Lei presume-se, até a prova em contrário, que todos os seus atos sejam verdadeiros e praticados com observância das normas legais pertinentes.
A Especialidade é concernente à ideia de descentralização administrativa, os princípios da legalidade da indisponibilidade do interesse público decorrem da especialidade. 
O princípio do Controle ou Tutela foi elaborado para assegurar que as entidades da Administração indireta observem o princípio da especialidade. Em consonância com o qual a Administração Pública direta fiscaliza as atividades dos referidos entes, com objetivo de garantir a observância de suas finalidades institucionais.
A administração exerce controle dobre outra pessoa jurídica por ela mesma instituída através da tutela, enquanto pela autotutela o controle se exerce sobre os próprios atos, com a possibilidade de anular os ilegais e revogar os inconvenientes ou importunos, independentemente de recurso ao poder judiciário.
Com fulcro no princípio da hierarquia, os órgãos da Administração Pública são estruturados de tal forma que se cria umarelação de coordenação e subordinação entre uns e outros, cada qual com atribuições definidas na lei. 
A continuidade do serviço público é o princípio que norteia a forma pela qual o Estado desempenha funções essenciais ou necessárias à coletividade, não pode parar. Já o princípio da publicidade está previsto no art. 37 da constituição. A ampla divulgação dos atos praticados pela Administração Pública, ressalvadas as hipóteses de sigilo previstas em lei.
Há na no próprio art. 5º da Constituição, outros preceitos que confirmam ou restringem o princípio da publicidade.
De acordo com Di Pietro, a Lei da Responsabilidade Fiscal, estabelece no art. 1º, §1º, que a responsabilidade na gestão fiscal pressupõe a ação planejada e transparente. Ainda sobre o princípio da publicidade a lei nº 9.784/99, art. 2º, parágrafo único, inciso V, exige “divulgação oficial dos atos administrativos, ressalvadas as hipóteses de sigilo previstas na Constituição”.
A distinção entre moral e direito é bastante antiga. Ambos são representados por círculos concêntricos, sendo o maior correspondente à moral e, o menor ao direito. Os traços distintivos entre o direito e a moral seriam a licitude e a honestidade. Alguns antigos autores entendiam que o controle da administração pública só podia ser feito internamente, excluída a apreciação do poder judiciário. Este por sua vez, só examinaria a legalidade dos atos da administração, não o mérito ou a moralidade.
O princípio da motivação está previsto na lei nº 9.784/99, art. 2º, caput, havendo, no parágrafo único, inciso VII, exigência de “indicação dos pressupostos de fato e de direito que determinarem a decisão”. O princípio da eficiência está entre os princípios constitucionais da administração pública. Ele apresenta, na realidade, dois aspectos: “pode ser considerado em relação ou modo de atuação do agente público, do qual se espera o melhor desempenho possível de suas atribuições, para lograr os melhores resultados; e em relação ao modo de organizar, estruturar, disciplinar a Administração Pública, também com o mesmo objetivo de alcançar os melhores resultados na prestação do serviço público”.

Continue navegando