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Inquéritos alimentares e Avaliação Clínica Nutricional na infância e adolescência Profª Francine Nogueira L. G. Pinho FACULDADE REDENTOR CAMPOS – CURSO DE NUTRIÇÃO Disciplina de Avaliação Nutricional da Criança e do Adolescente Importância Auxilia na identificação de distúrbios nutricionais, possibilitando uma intervenção adequada; Contribui para implantar políticas públicas mais adequadas às necessidades nutricionais de uma população específica. (BARBOSA et al., 2012) Abordagens Qualitativa: objetiva obter informações sobre a qualidade da dieta ou dos alimentos consumidos, possibilitando desta forma a identificação de padrões e hábitos alimentares, técnicas de preparo e outras características da alimentação. Quantitativa: finalidade principal a determinação do valor nutritivo da dieta. Inquéritos alimentares na infância Devem ser analisados em concomitância com outros indicadores; São indicadores indiretos do estado nutricional; Consideram os dados de consumo alimentar, atividades físicas e presença de patologias; São indicadores de carências nutricionais específicas; Abrem a possibilidade de intervenção de educação nutricional para os familiares e para a criança. Inquéritos alimentares na adolescência Geralmente as informações são do próprio paciente (dependente da motivação e envolvimento e confiança com o profissional) ; Considerar as informações em concomitância com os outros indicadores; Tentar identificar possíveis discrepâncias entre o relatado e o percebido; Consideram os dados de consumo alimentar, atividades físicas,maturidade sexual e presença de patologias; Podem indicar carências nutricionais específicas. Podem ser do tipo:(BARBOSA et al., 2012) Recordatório Alimentar de 24 horas (rápido e fácil, mas exige a memória do paciente); História Dietética (procura entender a dieta usual, estimulado pelo entrevistador); Questionário de Frequência Alimentar (check list do consumo do paciente); Pesagem Direta de Alimentos (exige a presença do entrevistador na pesagem); Registro Alimentar (próprio indivíduo preenche um formulário); Consumo Doméstico de Alimentos (gastos familiares com alimentação e sobre a quantidade e qualidade dos alimentos adquiridos semanalmente, quinzenalmente ou mensalmente). Considerar o relato do inquérito alimentar em comparação à avaliação clínica. Ver relato de estudo de FISBERG, 2011 Inquérito alimentar e nutricional em São Paulo. Avaliação Clínica Nutricional DESNUTRIÇÃO ENERGÉTICO-PROTÉICA (DEP) Em menores de 5 anos dependerá do grau de carência; No geral: deficiência de peso e estatura, redução de tecido adiposo, palidez, hipotrofia muscular, cabelos secos e despigmentados. Marasmo: características gerais e apatia extrema (mais comum em bebês com menos de 1 ano; Kwashiorkor: ˂ estatura, palidez, edema (principalmente nos pés, tornozelos e mãos; podendo haver edema geral), dermatose, cabelos secos e despigmentados, fígado palpável e alterações psicomotoras, com apatia extema (mais comum em crianças com mais de 2 anos). DEFICIÊNCIA DE VITAMINA A Também depende do grau de comprometimento Maior risco em pré-escolares; Características: distúrbios oculares (xeroftalmia - “olho seco”- nictalopia – “cegueira noturna”), alterações no crescimento e desenvolvimento, alterações dermatológicas (pele áspera e seca), alterações no sistema imunológico. ANEMIA FERROPRIVA Acompanhado de sinais como deficiência de peso, redução do tecido adiposo, palidez acentuada e alterações das papilas gustativas. Também manifesta uma dificuldade de concentração, sonolência e dificuldades escolares e suscetibilidade à infecções; Deve ser confirmada por exames laboratoriais. DEFICIÊNCIA DE IODO - Caracterizado por crescimento anormal da glândula tireóide, denominado bócio. Sintomas: indivíduo tem dificuldades para respirar e deglutir, além de tossir mais frequentemente. OBESIDADE Caracterizada por aumento de tecido gorduroso, principalmente nas regiões abdominais, hirsutismo (crescimento anormal de pêlos nas mulheres, onde geralmente são áreas masculinas – sinal de resistência insulínica), respiração bucal, hepatomegalia (por esteatose), infecções fúngicas nas dobras cutâneas, edema e dor em articulações,desvios de coluna, alterações de marcha e outros desvios ortopédicos. DEFICIÊNCIA DE VITAMINA B12 relacionada a dietas vegetarianas estritas (voluntárias ou por falta de acesso) ou a situações de má absorção crônica. As manifestações associadas à sua deficiência são: anemia megaloblástica, irritabilidade, glossite, diarréia, parestesias (sensações cutâneas sem estímulos externos), transtornos psiquiátricos e neuropatia desmielinizante central e periférica (exames específicos). DEFICIÊNCIA DE ZINCO Pode causar anorexia em crianças, diarréia e irritabilidade. Observar quadro do anexo 4 do Manual de Orientação / Sociedade Brasileira de Pediatria. Departamento de Nutrologia, 2009, p.65-67; Referências BARBOSA, L. et al. Como medir a Ingestão Alimentar? Interdisciplinar: Revista Eletrônica da Univar (2012) n.º8 Vol – 1 p. 33 – 39. disponível em file:///C:/Users/windows/Documents/Redentor/Avalia%C3%A7%C3%A3o%20Nutricional/BARBOSA%20et%20al,%202012%20Inqu%C3%A9ritos%20alimentares.pdf acessado em 03 denov de 2014. VASCONCELOS, F.A.G. Avaliação de coletividades. Florianópolis: ed da UFSC, 2008. SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIATRIA.Avaliação nutricional da criança e do adolescente – Manual de Orientação / Sociedade Brasileira de Pediatria. Departamento de Nutrologia. – São Paulo: Sociedade Brasileira de Pediatria. Departamento de Nutrologia, 2009. DUARTE, A.C.G. Avaliação nutricional: aspectos clínicos e laboratoriais. São Paulo: Atheneu, 2007. TIRAPENGUI, J.; RIBEIRO, S.M.L. Avaliação Nutricional: teoria e prática. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2009.
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