Buscar

Resumo Direito Administrativo Dominio Publico resumo

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 29 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 29 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 29 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Resumo elaborado por José Sérgio Saraiva, Professor de Direito Administrativo – FACULDADE DE DIREITO DE FRANCA, Autarquia Municipal em Franca-sp, baseado nas várias obras de direito administrativo e direito previdenciário, inclusive do professor Hely Lopes de Meirelles.
“DOMÍNIO PÚBLICO”
		
Domínio Público em sentido amplo é o poder de dominação ou de regulamentação que o Estado exerce sobre os bens do seu patrimônio, ou sobre bens do patrimônio privado, ou sobre as coisas inapropriáveis individualmente, mas de fruição geral da coletividade; exterioriza-se em poderes de soberania e em direitos de propriedade.
 
Domínio Eminente: é o poder político pelo qual o Estado submete à vontade todas as coisas de seu território (manifestação de soberania interna); nele é que são estabelecidas as limitações ao uso da propriedade privada, as servidões, a desapropriação, as medidas de polícia e o regime jurídico especial de certos bens particulares de interesse público. Domínio Patrimonial: é direito de propriedade pública, sujeito a um regime especial; subordina todos os bens das pessoas administrativas, assim considerados bens públicos e, como tais, regidos pelo Direito Público, embora sejam aplicadas algumas regras da propriedade privada. 
	
Bens Públicos: são todas as coisas, corpóreas ou incorpóreas, imóveis, móveis e semoventes, créditos, direitos e ações, que pertençam, a qualquer título, às entidades estatais, autárquicas, fundacionais e paraestatais.
	
Classificação dos Bens Públicos: todos são bens nacionais, integram o patrimônio da Nação, na sua unidade estatal, mas, embora politicamente componham o acervo nacional, civil e administrativamente pertencem a cada uma das entidades públicas que os adquiriram.
	
Bens de uso comum do povo ou do domínio público: são os mares, praias, rios, estradas, ruas, enfim, todos os locais abertos à utilização pública.
Bens de uso especial ou do patrimônio administrativo: são os que se destinam especialmente à execução dos serviços públicos, Ex. edifícios de repartições públicas, etc.
Bens dominiais ou do patrimônio disponível: são aqueles que, embora integrando o domínio público como os demais, deles diferem pela possibilidade sempre presente de serem utilizados em qualquer fim ou, mesmo, alienados pela Administração, se assim o desejar.
	
Administração dos bens públicos: compreende o poder de utilização e conservação das coisas administradas; rege-se pelas normas de Direito Público, aplicando-se supletivamente os preceitos de Direito Privado, no que aquelas forem falhas ou omissas.
	
Utilização dos bens públicos: se destinam ao uso comum do povo ou a uso especial, o Estado interfere como poder administrador, disciplinando e policiando a conduta do públicos e dos usuários especiais; 
Uso Comum do Povo: é todo aquele que se reconhece à coletividade em geral sobre os bens públicos, sem discriminação de usuários ou ordem especial para sua fruição; não exige qualquer qualificação ou consentimento especial; os usuários são anônimos, indeterminados, e os bens utilizados o são por todos os membros da coletividade.
	 
Uso Especial: é todo aquele que, por um título individual, a Administração atribui a determinada pessoa para fruir de um bem público com exclusividade, nas condições convencionadas. As formas administrativas para o uso especial são: 
Autorização de uso: é o ato unilateral, discricionário e precário pelo qual a Administração consente na prática de determinada atividade individual incidente sobre um bem público. 
Permissão de uso: é o ato negocial, unilateral, discricionário e precário através do qual é facultado ao particular a utilização individual de determinado bem público. 
Cessão de uso: é a transferência gratuita da posse de um bem público de uma entidade ou órgão para outro, a fim de que o cessionário o utilize nas condições estabelecidas no respectivo termo, por tempo certo ou indeterminado. 
Concessão de uso: é o contrato administrativo pelo qual é atribuída a utilização exclusiva de um bem de seu domínio a particular, para que o explore segundo sua destinação específica. 
Concessão de direito real de uso: é o contrato pelo qual é transferido o uso renumerado ou gratuito de terreno público a particular, como direito real resolúvel, para que dele se utilize em fins específicos de urbanização, industrialização, edificação, cultivo ou qualquer outra exploração de interesse social.
Enfiteuse ou aforamento: é o instituto civil que permite ao proprietário atribuir a outrem o domínio útil de imóvel, pagando a pessoa que o adquire (enfiteuta) ao senhorio direto um pensão ou foro, anual, certo e invariável. (CC, art. 678).
Alienação dos bens públicos: Alienação é toda transferência de propriedade, remunerada ou gratuita, sob forma de venda, permuta, doação, dação em pagamento, investidura, legitimação da posse ou concessão de domínio; De bens imóveis está disciplinada, em geral, na legislação própria das entidades estatais, a qual exige autorização legislativa, avaliação prévia e concorrência; De bens móveis ou semoventes não tem normas rígidas para sua realização, salvo a exigência de avaliação prévia, autorização legal e licitação, podendo a Administração dispor a esse respeito como melhor lhe convier.
	
Imprescritibilidade, Impenhorabilidade e não oneração dos Bens Públicos: os bens públicos são em regra, imprescritíveis, impenhoráveis e não sujeitos a oneração.
Imprescritibilidade: decorre como conseqüência lógica de sua inalienabilidade originária; se os bens são inalienáveis, ninguém pode os adquirir enquanto guardarem essa condição.
Impenhorabilidade: decorre de preceito constitucional que dispões sobre a forma pela qual serão executadas as sentenças judiciárias contra a Fazenda Pública.
Não oneração: a impossibilidade se oneração dos bens públicos é indiscutível diante de sua inalienabilidade e impenhorabilidade.
	
Aquisição de bens pela Administração: são feitas contratualmente, pelos instrumentos comuns de Direito Privado, sob forma de compra, permuta, doação, dação em pagamento, ou se realizam compulsoriamente, por desapropriação ou adjudicação em execução de sentença, ou ainda, se efetivam por força de lei, na destinação de áreas públicas nos loteamentos e na concessão de domínio de terras devolutas; a aquisição onerosa de imóvel depende de autorização legal e avaliação prévia; deve constar de processo regular no qual se especifiquem as coisas a serem adquiridas e sua destinação.
OBSERVARÇÕES (DO PROFESSOR):	
1 - Considerações Gerais: Bens pertencentes ao Estado - Bens pertencente ao particular, mas com limitação administrativa imposta pelo Estado - Bens que não pertencem a ninguém, por inapropriáveis, mas sua utilização subordina-se às normas estabelecidas pelo Estado.
O conjunto de bens sujeitos ou pertencentes ao Estado, constitui o DOMÍNIO PÚBLICO.
2 - Domínio Público: - a) - domínio eminente: Poder político pelo qual o Estado submete à sua vontade todas as coisas de seu território (manifestação de soberania interna, não direito de propriedade) - inclusive os bens particulares de interesse coletivo
			 b) - domínio patrimonial: domínio específico e efetivo sobre bens próprios do Estado (direito de propriedade, não de soberania) - bens públicos regidos pelo Direito Público, sendo certo que as normas civis não regem o Domínio Público, apenas suprem as omissões das leis administrativas.
3 - CLASSIFICAÇÃO DOS BENS PÚBLICOS: 
1 - Bens Públicos: todos as coisas, corpóreas ou incorpóreas, imóveis, móveis e semoventes, créditos, direitos e ações, que pertençam, a qualquer título, às entidades estatais, autárquicas, fundacionais e paraestatais.
DIREITO CIVIL: bens particulares e bens públicos - 
- públicos de domínio nacional, pertencem à União, Estados e Municípios, e por exclusão, declara que são particulares todos os outros (art.65, do Código Civil de 1916, hoje art.98 e seguintes do novoCódigo Civil).
- os bens das Entidades Paraestatais, também são considerados bens públicos com destinação especial e administração particular. Assim, sua destinação é de interesse público, vinculada ao serviço para a qual a Lei autorizou, entendendo “lato senso” como Patrimônio Público, tanto que ao ser extinta reverte para o Ente Estatal que a criou, assim, qualquer ato que o lese poderá ser invalidado por ação popular (Lei Federal 4.717/65, art.1º). 
OBS: mesmo sendo bens públicos, mas sendo de personalidade privada e sua administração nos moldes particulares, podem ser dados em garantia real e sujeitam-se a penhora por dívidas da entidade, bem como podem ser alienados na forma estatutária, independentemente de lei autorizativa. No mais, regem pelas normas de Direito Público, inclusive quanto a imprescritibilidade por usucapião, vez que desvirtuada sua finalidade, voltam-se à sua condição originária do patrimônio de que se destacaram. 
4 - CLASSIFICAÇÃO GERAL: Bens Federais, Estaduais e Municipais - mas todos os bens são nacionais.
a) - SEGUNDO SUA DESTINAÇÃO: 03 CATEGORIAS, A SABER:
1) - uso comum do povo (mares, rios, estradas, ruas e praças) - bens de domínio público
2) - uso especial, tais como: edifícios ou terrenos aplicados a serviço ou estabelecimento federal, estadual ou municipal - bens patrimoniais indisponíveis
3) - dominicais: os que constituem o patrimônio disponível, como objeto de direito pessoal ou real (art.66, antigo Código, hoje artigo 99, III, do novo Código Civil) - bens patrimoniais disponíveis
OBS: O art.66 do antigo Cód. Civil não é exaustivo, como também não o é o artigo 99, III, do novo Cód. Civil. Pois, os álveos de rio público mudado de curso (Cód. Águas, art.26 e 27); incorporação de propriedade privada ao patrimônio, no caso de perigo iminente (art.591, do antigo CC, art.188, II, art. 920 e 930 do novo Cód. Civil); passagem à categoria de bens públicos das vias de comunicação e dos espaços livres constantes de memorial descritivos e planta de loteamento de terrenos, como decorrência do registro (Lei 6.766/79, art.22).
5 - DESAFETAÇÃO: é o processo de transferência, autorizada por lei, visando a transferência ou mudança de sua primitiva finalidade pública, para subsequente alienação (ex: bens indisponíveis para disponíveis)
6 - ADMINISTRAÇÃO DOS BENS: Em sentido estrito: utilização e conservação segundo sua destinação natural ou legal de cada coisa. Em sentido amplo: abrange alienação para aqueles que se tornarem inúteis ou inconvenientes ao serviço público.
- Rege pelas normas de Direito Público - Assim, com assinatura da escritura pública, tornam-se irretratáveis os atos ou procedimentos administrativos e a transferência do domínio só poderá ser modificada ou invalidada pela via judicial ou por acordo entre as partes.
- Mandado de Segurança para proteção do direito líquido e certo para assegurar o domínio público, mas desde que a ofensa provenha de ato de outra autoridade pública.
- Uso Indevido de bens públicos, pode ser repelido por atos e meios administrativos próprios, valendo-se da força pública, quando necessária.
7 - UTILIZAÇÃO DOS BENS: 
USO COMUM DO POVO
USO ESPECIAL
AUTORIZAÇÃO DE USO
PERMISSÃO DE USO
CESSÃO DE USO
CONCESSÃO DE USO
CONCESSÃO REAL DE USO
ENFITEUSE OU AFORAMENTO
ALIENAÇÃO DOS BENS:
alienação
venda
doação
dação em pagamento
permuta
investidura (ou remanescente)
concessão de domínio
legitimação de posse
8 - CARACTERÍSTICA DOS BENS PÚBLICOS:
IMPRESCRITIBILIDADE, IMPENHORABILIDADE E NÃO ONERAÇÃO DOS BENS PÚBLICOS.
- em regra os bens públicos são: impenhoráveis, imprescritíveis e não sujeitos a oneração.
- fundamentos: constitucionais e legais e prática administrativa.
- IMPRESCRITIBILIDADE: decorre da inalienabilidade originária - impossibilidade de usucapião - art. 2º do Decreto 22.785 e Súmula 340 do STF.
- IMPENHORABILIDADE: decorre preceito constitucional (art.100 da CF) - Admite entretanto seqüestro da quantia necessária à satisfação do débito, desde que ocorram as condições do artigo 100 da CF - Execução contra a Fazenda Pública (art.730 e 731 do CPC), para pagamento das requisições judiciais, observar a ordem dos precatórios, sem realizar penhora nos bens públicos.
- NÃO ONERAÇÃO: impossibilidade de oneração dos bens públicos (das entidades estatais, autárquicas e fundacionais), face a imprescritibilidade e impenhorabilidade. Penhor, anticrese e hipoteca, são direitos reais de garantia sobre coisa alheia (art.755 do antigo CC, hoje artigo 1.225 do novo Código Civil) - acompanha a obrigação assumida, para satisfação do crédito. Assim, só aquele que pode alienar pode dar em penhor, anticrese ou hipoteca, razão pela qual os bens de uso comum do povo e os de uso especial ficam afastados do penhor, da hipoteca e anticrese, POR SEREM INALIENÁVEIS pela própria natureza.
- Os dominicais e as rendas públicas, também são impenhoráveis em execução judicial.
- Para garantir empréstimos há recursos de emissão de títulos e outros mais, à disposição da Administração Pública.
 
9 - AQUISIÇÃO DE BENS:
- COMPRA, PERMUTA, DOAÇÃO, DAÇÃO EM PAGAMENTO, DESAPROPRIAÇÃO OU ADJUDICAÇÃO EM EXECUÇÃO DE SENTENÇA, ÁREAS PÚBLICAS NOS LOTEAMENTOS E CONCESSÃO 
- Possível aquisição por usucapião
- Aquisição Onerosa de Imóvel depende: Autorização Legal e Prévia Avaliação
- Bens de Uso Especial e Dominicais: dependem de registro imobiliário
- Bens de Uso Comum do Povo (vias e logradouros): Estão dispensados de registro imobiliário enquanto mantiverem aquela destinação.
I - Terras Públicas
	
Terras Devolutas: são todas aquelas que, pertencentes ao domínio público de qualquer das entidades estatais, não se acham utilizadas pelo Poder Público, nem destinadas a fins administrativos específicos.
	
Plataforma Continental: compreende o leito e o subsolo das áreas submarinas que se estendam além de seu mar territorial, em toda extensão do prolongamento natural de seu território terrestre, até o bordo exterior da margem continental, ou até uma distância de 200 milhas marítimas das linhas de base a partir das quais se mede a largura do mar territorial (Lei 8617/93, art. 11)
	
Terras tradicionalmente ocupadas pelos índios: são porções do território nacional, necessárias à sobrevivência física e cultural das populações indígenas que as habitam, assegura a posse permanente e o usufruto exclusivo das riquezas naturais, (CF art. 20, XI, e 231)
	
Terrenos de Marinha: são todos que, banhados pelas águas do mar ou dos rios navegáveis, em sua foz, vão até a distância de 33 metros para a parte da terra, contados desde o ponto em que chega o preamar médio.
	
Terrenos Acrescidos: são todos aqueles que se formam com a terra carreada pela caudal.
	
Terrenos Reservados: são as faixas de terras particulares, marginais dos rios, lagos, e canais públicos, na largura de 15 metros, oneradas com a servidão de trânsito; a faixa reservada é feita para obras e serviços públicos, não à utilização de particulares.
	
Outros terrenos: Ilhas, Álveos abandonados, faixa de fronteira, vias e logradouros públicos.
OBSERVAÇÕES (DO PROFESSOR):
- Origem: originariamente públicas, por pertencer à Nação Portuguesa, por direito de conquista. De Império à República, sempre houve domínio Público. Transferência de terras públicas a particulares se deu por meio de CONCESSÃO DE SESMARIA E DE DATA, COMPRA E VENDA, DOAÇÃO E PERMUTA E LEGITIMAÇÃO DE POSSE - Toda terra sem título de propriedade particular é do domínio público.
Legislação esparsa até Lei Imperial 601, de 18.09.1850, que definiu as terras devolutas e proibiu sua aquisição a não ser por compra, salvo as limítrofes com outros países, numa faixa de 10 léguas, as quais poderiam ser concedidas gratuitamente.
- A CF de 1891 atribuiu aos Estados-Membros “as terras devolutas” situadas no respectivo território, cabendo à União apenas asfaixas indispensáveis para a defesa das fronteiras, fortificações, construções militares e estradas federais (art.64)
- Sobreveio a Lei 6.383, de 07.12.76. O art.65 do CC, hoje art.98 e seguintes do novo Código Civil).
. 
- A CF de 1946 nada inovou, limitando-se a reconhecer as “ilhas fluviais e lacustres nas zonas limítrofes com outros países e as porções de terras devolutas indispensáveis à defesa das fronteiras, às fortificações, construções militares e estradas de ferro (art. 34,I, CF).
- A CF de 1969, acrescentou apenas ilhas oceânicas, plataforma continental e as terras ocupadas pelos silvícolas
- A CF de 1988, art.20, acrescentou os bens que lhe vierem a ser atribuídos, glebas indispensáveis à segurança e desenvolvimento nacional, preservação ambiental, definidas em lei, os lagos, rios e quaisquer corrente de água em terrenos de seu domínio, ou que banhem mais de um Estado , sirvam de limites com outros países, terrenos marginais de praia, as ilhas fluviais e outros,
1 - classificação:
-Terras Rurais e Terrenos Urbanos (transformação de terras rurais em urbanas, através da política urbana, Lei 6.766/73 (lei de parcelamento do solo).
- Terras Devolutas - qualquer área pertencente ao domínio público de qualquer ente administrativo - bens ainda não utilizados pelos proprietários - deslinde de questões de áreas de AÇÃO DISCRIMINATÓRIA (Lei 6.383/76
- Plataforma Continental - leito e o subsolo das áreas submarinas que se estendem além de seus mar territorial, nos limites de 200 milhas
- Terras Tradicionalmente ocupadas pelos Índios - são porções do território nacional necessárias à sobrevivência física e cultural das populações indígenas (art. 231, parágrafo 1º, da CF), posse permanente e usufruto exclusivo das riquezas naturais (art.232, parágrafo 2º, CF) - inalienáveis e indisponíveis, e direitos imprescritíveis, sendo demarcadas administrativamente, com homologação do Presidente da República. Nulos e extintos todos os atos praticados em prejuízo dos direitos acima (Lei 6001/73)
- Terreno de Marinha - todos os que, banhados pelas águas do mar ou rios navegáveis, em sua foz, vão até 33 metros para a parte das terras, contados desde o ponto em que chega a “preamar médio”. Pertence ao domínio da União.
- Terrenos Acrescidos - são aqueles que se formam com a terra carreada pela caudal. 
- Terrenos Reservados - Faixas de terras particulares, marginais dos rios, lagos e canais públicos, na largura de 15 metros, oneradas com servidão de trânsito - faixa “no aedificandi”.
- Ilhas - dos rios e lagos públicos ao Estado, e rios e lagos limítrofes com estados estrangeiros à União.
- Álveos Abandonados - passa a pertencer ao proprietário ribeirinho da respectiva margem.
- Faixa de Fronteira - destinada a defesa nacional (Lei 6.634/79) - 150 km de largura, paralela à linha divisória do território nacional.
- Vias e Logradouros Públicos - pertencem à administração que construírem
II - Águas Públicas
		
As águas são classificadas, segundo o Direito Internacional Público em externas e internas; consideram-se externas as que contornam o continente e internas as que banham exclusivamente o território nacional ou lhe servem de divisa com Estados estrangeiros. As águas nacionais, consoante seu domínio e uso, são públicas, comuns ou particulares. - águas públicas são todas as que pertencem a uma pessoa jurídica de Direito Público, ou tem destinação pública; - águas comuns são correntes não navegáveis nem flutuáveis e de que dessa não se façam; - águas particulares são as nascentes e todas as demais situadas em propriedade privada; a utilização das águas sujeita-se sempre à regulamentação necessária à preservação dos mananciais e à eqüitativa distribuição de consumo.
	
OBSERVAÇÕES (DO PROFESSOR):
- ÁGUAS INTERNAS - as que banham exclusivamente o território nacional ou lhe servem de divisas com estados estrangeiros (domínio da nação)
- ÁGUAS EXTERNAS - as que contornam o continente (domínio fica condicionado às regras internacionais)
- águas nacionais: consoante seu domínio e uso, podem ser públicas ou comuns, ou particulares. As primeiras de uso comum do povo ou públicas dominiais.
águas comuns - são correntes não navegáveis nem flutuáveis e de que essas não se façam
águas particulares- são as nascentes e todas as demais situadas em propriedade privada, desde que não estejam classificadas entre as públicas ou as comuns.
- há regulamentação própria - proteção aos mananciais e a eqüitativa distribuição de seu consumo
- Código de águas (Dec. Federal 24.643, de 10.07.34 - Código Civil (art.563 e 568)
- Águas Minerais - Dec 7.841, de 08.8.45
- Constituição de 1988 - reserva da União para legislar sobre água e energia, art.22, IV.
- Rios Públicos: pertencem aos Estados-Membros ou União, dependendo onde se encontram.
- Quedas D’água: com potencial hidroelétrica são consideradas propriedades imóveis distintas do solo para efeitos de exploração ou aproveitamento industrial (art.176) . Assim, desde que seu potencial não implique em redução, será necessário concessão ou autorização federal (CF, 176, parágrafos 1º e 4º).
- Mar Territorial - compreende faixa de 12 milhas de largura
- Zona contígua - faixa que se estende das doze as vinte e quatro milhas
- Zona econômica exclusiva - faixa de 12 às 200 milhas
- Alto Mar - todas as águas compreendidas entre a zona contígua de todos os continentes - são águas uso comum de todos, figurando a soberania e domínio nos limites de cada navio ou barco. 
III - Jazidas
		
O regime jurídico é o de domínio federal sobre os minérios, a serem explorados no sistema de autorização e concessão, com direito de preferência ao proprietário do solo; são de regime de monopólio da União as seguintes jazidas:
	
Petróleo: O código do Petróleo (Dec-lei 3.236/41) declarou que as jazidas de petróleo e gases naturais existentes no território nacional pertencem à União, a título de domínio privado imprescritível.
Minérios Nucleares: O Brasil criou a Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), autarquia que superintende, fiscaliza, promove e executa todos os trabalhos de pesquisa, lavra, beneficiamento e utilização dos minérios e materiais nucleares; estabelece ainda normas de segurança relativa ao uso sas radiações e materiais nucleares.
	* não sei se ainda são válidas
OBSERVAÇÃO (DO PROFESSOR):
- são exploradas pelo regime da concessão e autorização 
- constitui propriedade distinta do solo, para efeito de exploração, assegurando participação do proprietário do solo no resultado
Código de Mineração - Dec. 227, de 28.02.67, hoje Leis 6.430, de 15.12.76 e 6.567, de 24.09.78 - Lei 6.340, de 05.07.76 (exploração de petróleo) - Lei 6.567, de 24.08.78 (pesquisa e lavra
- PETRÓLEO
- MINÉRIOS NUCLEARES - URÂNIO, RÁDIO, PLUTÔNIO E TÓRIO.(LEI 4.118, DE 27.09.62 DISCIPLINOU A Política Nacional de Energia Nuclear e Criou a Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN)
- Monopólio da União
- Acordo com a Alemanha Dec. 85/75 - fins pacíficos (Usinas de Angra)
IV – Florestas
Floresta é a forma de vegetação, natural ou plantada, constituída por um grande número de arvores, com o mínimo de espaçamento entre si; As reservas florestais podem ser constituídas por qualquer das entidades estatais, em suas própria terras ou nas particulares, mediante desapropriação, com a respectiva indenização; a fiscalização florestal compete precipuamente à União.
OBSERVAÇÃO (DO PROFESSOR):
- vegetação, natural ou plantada, constituída de grande número de árvores.
- competência concorrente entre União, Estados e Distrito Federal (art. 24, VII) - florestas, flora e fauna é comum entre a União, Estados, Distrito Federal e Municípios
- florestas como acessórios do solo, são consideradas pelo Código Civil como bens imóveis (art.43,I)
- Código florestal - Lei 4.771, de 15.09.65, alterado pela Lei 6.535, de 15.06.78 - Lei de incentivo ao reflorestamento5.106, de 02.09.66 (IBDF - Inst. Bras. de Defesa Florestal), Autarquia vinculada ao Ministério da Agricultura
V - Fauna
		
A fauna sujeita-se a um regime administrativo especial, visando à sua preservação, como riqueza nacional que é.
OBSERVAÇÃO (DO PROFESSOR):	
- visa preservação - animais silvestre sem dono, caça e pesca (Cód. Caça Lei 5.197/67) - animais silvestre - Infrações e organização.
- Lei 9.605/98 e Medida Provisória n.1.784-14, de 26.08.1999
VI - Espaço Aéreo
		
O Brasil exerce completa e exclusiva soberania sobre o espaço aéreo acima de seu território e mar territorial ( art. 11 da Lei 7656/86).
OBSERVAÇÃO (DO PROFESSOR):	
- espaço aéreo e crosta terrestre: altura e profundidade. 
- teoria de que o espaço aéreo caracteriza como coisa insuscetível de domínio privado.
- Suprema Corte Americana: entendeu como uma “estrada pública pertencente ao domínio público”.
- hoje, temos as seguintes teorias: a) - liberdade total do espaço aéreo, semelhante as águas do alto mar; b) - tridimensional do território das nações: onde a soberania alcança o solo, subsolo e o espaço aéreo em toda sua extensão acima do Estado subjacente.
- Convenção de Paris em 1919: Adotou o princípio da soberania aérea, direta da do sobrevôo inofensivo e o Poder de cada Estado de fixar normas sobre os vôos em seu território.
Código Brasileiro do Ar (Dec. 483/38, modificado pelo Dec. 32/66, hoje Código Brasileiro de Aeronáutica, através da Lei 7.565, de 19.12.86).
 
VII - Patrimônio Histórico: Tombamento
		
O conceito de patrimônio histórico e artístico nacional abrange todos os bens, móveis e imóveis, existentes no País, cuja conservação seja de interesse público, por sua vinculação a fatos memoráveis da História pátria, ou por seu excepcional valor artístico, arqueológico, etnográfico, bibliográfico ou ambiental. Tombamento é a declaração pelo Poder Público do valor histórico, artístico, paisagístico, turístico, cultural ou científico de coisas ou locais que, por essa razão, devam ser preservados, de acordo com a inscrição em livro próprio; A abertura do processo de tombamento assegura a preservação do bem até a decisão final, a ser proferida dentro de 60 dias; em princípio não obriga a indenização, salvo as condições e, contrário.
OBSERVAÇÃO (DO PROFESSOR):
- Obras, monumentos, documentos e recantos naturais.
- Patrimônio Histórico, artístico e cultural.
- Patrimônio Histórico e artístico nacional: bens móveis e imóveis, existentes no País.
- Valor artístico, arqueológico, etnográfico, bibliográfico ou ambiental
- Meios periciais para impugnação e contestação da validade do tombamento - vez que são critérios subjetivos.
- Competência para legislar é da União, suplementar do Município de caráter local (art.30, I e II, CF).
- TOMBAMENTO: é a declaração pelo Poder Público do valor histórico, artístico, paisagístico, cultural ou científico de coisas ou locais, que por essa razão, devam ser preservados de acordo com a inscrição em livro próprio.
- PROCESSO DE TOMBAMENTO: por deliberação do órgão competente, assegura a preservação do bem até decisão final, a ser proferida em 60 (sessenta) dias, ficando sustada qualquer modificação ou destruição (art. 9º, item 3, do Dec-Lei 25/37)
- TOMBAMENTO PROVISÓRIO: Direito de Preferência reservado ao Poder Público (art. 7º e 13, do Decreto supra).
- TOMBAMENTO DEFINITIVO: Recurso ao Presidente da República, para cancelamento, segundo dispõe o Decreto-lei 3.866, de 29.11.41.
- TOMBAMENTO: O domínio e posse dos proprietários, mas não poderão ser alterados, apenas conservar pelo Poder Público - É proibida a construção num raio de 50 (cinqüenta) metros, sem autorização do Poder Público, tendo-se em vista o conceito de visibilidade e proteção - HAVERÁ TRANSCRIÇÃO NO REGISTRO DE IMÓVEIS após seu tombamento definitivo.
- INDENIZAÇÃO: não obriga o Poder Público, salvo as condições de conservação, impostos com despesas extraordinárias ou se resulta em interdição de uso do bem, ou prejudica sua normal utilização.
- TOMBAMENTO: não é confisco - É preservação do interesse da coletividade imposta pelo Poder Público.
OMISSÃO: Possível AÇÃO CIVIL PÚBLICA ou AÇÃO POPULAR para cominar o Poder Público faça a proteção, porém há entendimento contrário.
	
VIII - Proteção Ambiental
		
A proteção ambiental visa à preservação da natureza em todos os elementos essenciais à vida humana e à manutenção do equilíbrio ecológico, diante do ímpeto predatório das nações civilizadas, que, em nome do desenvolvimento, devastam florestas, exaurem o solo, exterminam a fauna, poluem as águas e o ar.
	
Controle de Poluição: enquadra-se no poder de polícia administrativa de todas as entidades estatais, competindo a cada uma delas atuar nos limites de seu território e de sua competência, e em conjunto colaborar nas providências de âmbito nacional de prevenção e repressão as atividades poluidoras definidas em norma legal.
	
Preservação dos Recursos Naturais: é dever do Estado e apóia-se do domínio eminente que ele exerce sobre todas as coisas que se encontram em seu território; mas pode apenas condicionar o uso da propriedade particular para cumprimento de sua função social ou retirá-la compulsoriamente, por utilidade pública ou interesse social, através de desapropriação, com justa e prévia indenização.
	
Restauração dos elementos destruídos: impõe a reflorestamento das áreas desmatadas, a recomposição dos terrenos erodidos ou escavados, a recuperação de águas poluídas, a regeneração de terras exauridas, a recriação de espécies silvestres e aquáticas em via de extinção, e tantas outras medidas de restauração do meio ambiente, para o reencontro do equilíbrio ecológico e renascimento da vida animal e vegetal, de que depende a sobrevivência da Humanidade; essa providências são mais de incentivo ao administrado do que de polícia administrativa.
Ação Civil Pública para proteção ambiental: A lei 7347/85 legitima precipuamente o MP para propô-la como, também , as entidades que indica (art. 5º) e estabelecendo regras específicas para o ajuizamento e julgamento.
OBSERVAÇÕES (DO PROFESSOR):
- Órgãos: IBAMA, CONAMA, MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE
- Lei 6.938/91 - Equilíbrio Ecológico
- Hoje, o Código do Meio Ambiente (Lei 9.605/98 e Medida Provisória n.1.784-14, 26.8.99)
- Central de Poluição: Polícia Administrativa da União, Estados, Distrito Federal, Municípios e Territórios.
- Preservação dos Recursos Naturais: terras, águas, jazidas, florestas, flora, fauna e espaço aéreo
- Restauração dos Elementos Destruídos: Recuperação do Meio Ambiente Degradado.
- AÇÃO CIVIL PÚBLICA - LEI 7.347, DE 24.07.1985
“INTERVENÇÃO NA PROPRIEDADE E ATUAÇÃO NO DOMÍNIO ECONÔMICO”
		
Os fundamentos da intervenção na propriedade e atuação no domínio econômico repousam na necessidade de proteção do Estado aos interesses da comunidade; os interesses coletivos representam o direito de maior número e, por isso mesmo, quando em conflito com os interesses individuais, estes cedem àqueles, em atenção ao direito da maioria, que é a base do regime democrático e do Direito Civil moderno.
	
Propriedade e domínio econômico: A propriedade é um direito individual, mas condicionado ao bem estar da comunidade; admite limitações ao seu uso e restrições ao seu conteúdo em benefício da comunidade; A Cf garante a propriedade, mas permite a desapropriação; e lhe atribui a função social; No domínio econômico a CF assegura a liberdade de iniciativa, mas, no interesse do desenvolvimento nacional e da justiça social, impondo regras. A intervenção na propriedade incide sobre os bens; a intervenção no domínio econômico incide sobre a atividade lucrativa exercida pela empresa, como instrumento de iniciativa privada.	
Bem-estar social: é o bem comum, o bem do povo em geral; é o escopo da justiça social e só pode ser alcançado através do desenvolvimento nacional; parapropiciar isso, o Poder Público pode intervir na propriedade privada e nas atividades econômicas, nos limites da competência atribuída a cada entidade estatal, através de normas legais e atos administrativos adequados ao objeto da intervenção.	
Competência para a intervenção: a legislação sobre direito de propriedade e intervenção no domínio econômico é privativa da União; aos Estados e Municípios só cabem as medidas de polícia administrativa, de condicionamento do uso de propriedade ao bem-estar social e de ordenamento das atividades econômicas, nos limites das normas federais, a intervenção no domínio só pode ser feita por delegação do Governo Federal, que é o detentor de todo poder nesse setor.	
I - Intervenção na Propriedade
		
É todo ato do Poder Público que compulsoriamente retira ou restringe direitos dominiais privados ou sujeita o uso de bens particulares a uma destinação de interesse público; pode ter fundamento na necessidade ou utilidade pública, ou no interesse social (expresso em lei federal). Os meios específicos de intervenção são os seguintes:	
Desapropriação: ou expropriação é a transferência compulsória da propriedade particular (ou pública de entidade de grau inferior para superior) para o Poder Público ou seus delegados, por utilidade ou necessidade pública, ou ainda por interesse social, mediante prévia e justa indenização (CF, art. 5º, XXIV); é a forma conciliadora entre a garantia da propriedade individual e a função social dessa mesma propriedade, que exige usos compatíveis com o bem-estar da comunidade. Necessidade pública: surge quando a Administração defronta situações de emergência, que, para serem resolvidas satisfatoriamente, exigem a transferência urgente de bens de terceiros para o seu domínio e uso imediato; as Normas Básicas da desapropriação acham-se expressas no Dec-lei 3365/41 complementado pela legislação subseqüente; a Declaração expropriatória pode ser feita por lei ou decreto em que se identifique o bem, se indique seu destino e se aponte o dispositivo legal que a autorize. Processo expropriatório: pode ser feito por via administrativa ou por processo judicial; via administrativa consubstancia-se no acordo entre as partes quanto ao preço, reduzido a termo para transferência do bem expropriado (exige escritura pública); o Processo judicial segue o rito especial estabelecido na lei geral das desapropriações, admitindo os preceitos de CPC. Retrocessão: é a obrigação que se impõe ao expropriante de oferecer o bem expropriado, mediante a devolução do valor da indenização, quando não lhe der o destino declarado no ato expropriatório (CC, art. 1150).
Obs: é aconselhável uma leitura profunda sobre esse assunto, devido a sua diversidade e o grande numero de detalhes, que ficaram de fora deste breve resumo.	
Servidão administrativa: é ônus real de uso imposto pela Administração à propriedade particular para assegurar a realização e conservação de obras e serviços públicos ou de utilidade pública, mediante indenização dos prejuízos efetivamente suportados pelo proprietário; a Instituição faz-se por acordo administrativo ou por sentença judicial, precedida sempre de ato declaratório de servidão; a indenização faz-se em correspondência com o prejuízo causado ao imóvel.
	
Requisição: é a utilização coativa de bens e serviços particulares pelo Poder Público por ato de execução imediata e direta da autoridade requisitante e indenização ulterior, para atendimento de necessidades coletivas urgentes e transitórias ( art. 5º, XXV da CF).
	
Ocupação temporária: é a utilização transitória, remunerada ou gratuita, de bens particulares pelo Poder Público, para a execução de obras, serviços ou atividades públicas ou de interesse público; essa prerrogativa estatal pode ser transferida a concessionários e empreiteiros.
	
Limitação administrativa: é toda imposição geral, gratuita. unilateral e de ordem pública condicionadora do exercício de direitos ou de atividades particulares às exigências do bem-estar social; são preceitos de ordem pública; decorrem do poder de polícia inerente e indissociável da Administração e se exteriorizam nas imposições unilaterais e imperativas sob a tríplice modalidade positiva (fazer), negativa (não fazer) ou permissiva ( deixar fazer).
OBSERVAÇÕES (DO PROFESSOR):
- Considerações gerais: A propriedade privada e a livre empresa, estão condicionadas ao uso da propriedade e o exercício das atividades econômicas ao bem estar social (art. 170, CF).
- Impõe limites e normas, segundo o interesse público exigir.
- Intervém na propriedade privada e na Ordem Econômica: através de atos de império para satisfazer as exigências coletivas e reprimir a conduta anti-social da iniciativa particular.
- Na propriedade particular o Estado intervém através da desapropriação, para mudar sua destinação pública ou de interesse social ou mesmo para acudir a uma situação de iminente perigo público, mediante requisição. Em outros casos, contenta-se em ordenar socialmente seu uso, por meio de limitações e servidões administrativas ou ocupação temporária. Na ordem econômica o Estado atua para coibir os excessos da iniciativa privada e evitar que desatenda as suas finalidades ou para realização do desenvolvimento nacional e a Justiça Social, através da repressão ao abuso do poder econômico, do controle de mercados e do tabelamento de preços, regulamentos, constituição e leis.
- Assim, a propriedade como direito individual e subjetivo da proprietário para transformar em função social ou bem-estar da comunidade (art.5º, XXIII, XXIV, XXV, 22, III, 170, III, CF).
- domínio econômico é o conjunto de bens e riquezas a serviço e atividades lucrativas (valorização do trabalho, liberdade de iniciativa, etc) - reprimir o abuso por parte do Poder Econômico.
- Bem-Estar Social: É o bem comum, o bem do povo em geral.
- Competência para intervenção: União (art. 22, II e III, e 173, CF). Aos Estados e Municípios só cabem as medidas de polícia administrativa - Intervenção pelos Estados e Municípios somente por Delegação do Governo Federal.
MEIOS DE INTERVENÇÃO: Desapropriação, Requisição, Servidão Administrativa, Limitação Administrativa e Ocupação Temporária, Repressão ao Abuso do Poder Econômico, Medidas de Controle de Abastecimento e Fixação de Preços.
DESAPROPRIAÇÃO: 
- União Federal pode desapropriar bens dos Estados Membros e Territórios e dos Municípios, mas os Municípios não podem expropriar bens da União Federal, dos Estados Membros e Territórios.
- Requisitos Constitucionais: Necessidade ou Utilidade Pública ou de Interesse Social. Pagamento deve ser prévio, justo e em dinheiro (art.5º, XXIV, CF). Salvo se a propriedade não estiver cumprindo a função social, poderá ser pago em título da dívida pública.
- Fundamento Legal: Decreto-lei n.3.365, de 21.6.41, Leis 4.132/62, 4.505/64 e Decreto-lei n.554/69, Decreto-lei 1.075/70.
- Declaração Expropriatória: Por Lei ou Decreto, fazendo constar urgência e emergência.
- Vias: Judiciais ou Amigáveis.
- Indenização: (Judicial ou Administrativa)
- Anulação: Através da “Ação Direta de Ilegalidade” (artigo 20, Decreto-lei 3.365/41) ou Mandado de Segurança - Prescrição de 5 anos - Se for ajuizada após a incorporação ao patrimônio público, resolve-se em perdas e danos (art.35, mesmo Decreto-Lei)
- Retrocessão: é a obrigação que se impõe ao expropriante (Poder Público) de oferecer o bem de volta ao expropriado (ex-proprietário), mediante devolução do valor da indenização, quando não lhe der o destino declarado no Ato Expropriatório (Código Civil revogado, art.1150, não havendo correspondência no novo Código Civil). Ressalte-se, a devolução é ao ex-proprietário, não aos herdeiros, sucessores ou cessionários. 
- Desistência da Expropriação: é possível somente até a incorporação ao patrimônio público, sendo o bem imóvel, e sendo móvel, até a tradição - Após, trata-se de Retrocessão.
- SERVIDÃO ADMINISTRATIVA: seu fim éa utilização pública. A propriedade particular é usada para um fim público, levando à expropriação indireta quando não indenizada ou regularizada administrativa ou judicialmente.-
- REQUISIÇÃO: é a utilização coativa de bens ou serviços particulares pelo Poder Público.
- OCUPAÇÃO TEMPORÁRIA: pode ser onerosa ou gratuita de bens particulares pelo Poder Público para executar obras, serviços ou atividade pública ou de interesse público. 
- NECESSIDADE PÚBLICA: Surge através de situações de emergências e para serem resolvidas exigem a transferência urgente dos bens de terceiros para o domínio e uso imediato da Administração Pública (Decreto-lei n.3.365/41).
UTILIDADE PÚBLICA: Surge quando a transferência de bens de terceiros para Administração Pública é conveniente, embora não imprescindível. (Dec-lei n.3.365/41) - Lei n.6.602, de 7.12.78, deu nova redação na alínea “i” do artigo 5º do Dec-lei n.3.365).
- INTERESSE SOCIAL: Surge quando as circunstâncias impõem a distribuição ou o condicionamento da propriedade para seu melhor aproveitamento, utilização ou produtividade em benefício da coletividade ou de categorias sociais merecedoras de amparo específico do Poder Público. Pois, indica em norma própria (Lei n.4.132/62) e outros dispositivos na legislação esparsa. Interesse social se destina à coletividade e não à Administração Pública.
- CÓDIGO CIVIL/1916: artigo 590, §§ 1º e 2º, define necessidade pública e utilidade pública, cuja relação foi absorvida pelo Decreto-lei 3.365/41, sob a denominação genérica de Utilidade Pública.
- Súmula 479 do STF: Vem considerando não indenizáveis em expropriação, as faixas de terreno marginais dos Rios Públicos, vez que entendidas como mera servidão administrativa, excluindo do domínio do expropriado. Entretanto, com acerto, os Tribunais têm se insurgido com o posicionamento e julgando devida a indenização por constituir domínio do expropriado e como áreas férteis e portanto, indenizáveis. O que há existe é o impedimento de edificação, denominada “faixa non aedificandi”.
- Indenização: Na servidão, apenas se houver prejuízo ao proprietário, já que não lhe retira o domínio ou prejudica seu uso. 
	
II - Atuação no Domínio Econômico
	
Monopólio: é a exclusividade de domínio, exploração ou utilização de determinado bem, serviço ou atividade; é a privatividade de algum direito ou de alguma atividade para alguém; em sentido econômico, significa controle de produção e de preços.
	
Repressão ao Abuso de Poder Econômico: a constituição impõe sua repressão (art. 173, § 4º); o abuso pode assumir as mais variadas modalidades, visando sempre ao açambarcamento dos mercados, à eliminação da concorrência e ao aumento arbitrário dos lucros, neste caso mediante um excessivo e injustificável aumento de preços; as formas usuais são: os trustes: truste é a imposição das grandes empresas sobre os concorrentes menores visando afastá-los do mercado ou obrigá-los a concordar com a política de preços do maior vendedor; e os cartéis: cartel é a composição voluntária dos rivais sobre aspectos do negócio comum.
	
Controle de Abastecimento: é o conjunto de medidas destinadas a manter no mercado consumidor matéria-prima, produtos ou serviços em quantidade necessárias às exigências de seu consumo.
	
Tabelamento de preços: Preço é a retribuição pecuniária do valor do bem, do serviço ou da atividade que se compra ou que se utiliza mediante remuneração; pode ser privado, semiprivado ou público; Tabelamento é função privativa da União, por seus órgãos centralizados ou entes descentralizados a que a lei federal atribui; incide sobre os preços privados.
“RESPONSABILIDADE CIVIL DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA”
Responsabilidade civil da Administração é, pois, a que impõe à Fazenda Pública a obrigação de compor dano causado a terceiros por agentes públicos, no desempenho de suas atribuições ou a pretexto de exercê-las. Teoria da culpa administrativa, do risco administrativo (faz surgir a obrigação de indenizar o dano do só ato lesivo e injusto causado à vítima pela Administração) e do risco integral (obriga a indenização de todo e qualquer dano, ainda que resultante da culpa ou dolo da vítima).
	
I - responsabilidade civil da Administração no Direito brasileiro: até mesmo o antigo 15 do CC de 1916, propunha: “as pessoas jurídicas de Direito Público são civilmente responsáveis por atos de seus representantes que nessa qualidade causem dano a terceiros, procedendo de modo contrário ao direito ou faltando a dever prescrito por lei. salvo o direito regressivo contra os causadores do dano”; não admite responsabilidade sem culpa. Artigo 37, § 6º da CF: “as pessoas jurídicas de Direito Público e as de Direito Privado prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo e culpa”; independe de dolo ou culpa. Responsabilidades por atos legislativos e judiciais: a Fazenda Pública só responde mediante a comprovação de culpa manifesta na sua expedição, de maneira ilegítima e lesiva.
II - A reparação do dano: 
	
Ação de indenização: basta o lesado acionar a Fazenda pública e demonstrar o nexo causal entre o fato lesivo e o dano, bem como seu montante; comprovado isso, surge a obrigação de indenizar; a indenização deve abranger o que a vítima efetivamente perdeu e o que deixou de ganhar (dano emergente e lucros cessantes).
	
Ação regressiva: corre contra o causador direto do dano; como é destinada à reparação patrimonial, transmite-se aos herdeiros e sucessores do servidor culpado.
OBSERVAÇÕES (do professor):
ART.37, PARÁGRAFO 6º DA CF.
- Compreende duas regras: a) - a da responsabilidade objetiva do Estado; b) - a da responsabilidade subjetiva do funcionário.
conseqüências:
- servidores públicos (União, Estados, Municípios, Distrito Federal, Autarquias e Fundações Públicas) e funcionários de empresas prestadoras de serviços públicos (Fundações de Direito Privado Governamental; empresas públicas, sociedade de economia mista, empresas permissionárias e concessionárias)
- Entidades prestem serviços públicos, o que exclui as entidades administrativas indiretas que executam atividade econômica de natureza privada, sendo aplicada responsabilidade subjetiva do direito civil.
- que haja um dano causado a terceiros em decorrência da prestação de serviço público (nexo, causa e efeito) 
- que o dano seja causado por agente das aludidas pessoas jurídicas, o que abrange todas as categorias (agentes políticos, administrativos ou particulares em colaboração com a administração), sem interessar o título sob o qual prestam o serviço.
- que o agente, ao causar o dano, aja nessa qualidade, não bastando ter a qualidade de agente público, pois, ainda que o seja, não acarretará a responsabilidade estatal se, ao causar o dano, não estiver agindo no exercício de suas funções.
CAUSAS EXCLUDENTES:
1 - deixa de incidir ou incidirá de forma atenuada quando o serviço público não for a causa do dano ou quando estiver aliado a outras circunstâncias, ou seja, quando não for a causa única
- FORÇA MAIOR e CULPA DA VÍTIMA.
- Força Maior - é evento da natureza - é acontecimento imprevisível, inevitável e estranho à vontade das partes (ex: tempestade, terremoto, raio etc) - não há nexo de causalidade (causa e efeito)
- Caso Fortuito - é evento humano é decorrente de ato humano, de falha da administração, não ocorre exclusão. Assim, quando rompe uma adutora ou um cabo elétrico, causando dano a terceiro, não se pode falar em força maior e sim caso fortuito.
- OBS: Pode existir responsabilidade do Estado, mesmo na FORÇA MAIOR, quando aliada à força maior, OCORRER OMISSÃO DO PODER PÚBLICO NA REALIZAÇÃO DE UM SERVIÇO (ex: Chuvas provocam enchentes na cidade, inundado casas e destruindo objetos, o Estado responderá se ficar demonstrado que a realização de determinadosserviços de limpeza dos rios ou dos bueiros e galerias de águas pluviais teria sido suficiente para impedir a enchente. Greve previamente noticiada e havendo depredações e danos a terceiros, também haverá responsabilidade do Estado se provar a omissão na prestação de serviços de segurança pública.
- CULPA DA VÍTIMA: 
- Culpa exclusiva da vítima ou Culpa concorrente com o Poder Público
- Não responde se ocorrer a primeira hipótese
- Responde conjuntamente com a vítima se ocorrer a segunda hipótese
RESPONSABILIDADE DO ESTADO POR ATOS LEGISLATIVOS
RESPONSABILIDADE DO ESTADO POR ATOS JURISDICIONAIS (A JURISPRUDÊNCIA NÃO ADMITE RESPONSABILIDADE CIVIL POR ATOS JURISDICIONAIS, SOB ALEGAÇÃO DE OFENSA À COISA JULGADA)
AÇÃO REGRESSIVA E ART. 70, III, DO CPC
- Hely Lopes e o STF entende que o dispositivo não pode ser aplicado, porque não se pode obrigar a litigar quem a Constituição Exclui. Assim, não pode haver denunciação à lide e nem a citação direta do responsável pelo dano (servidor) - vide RT-100/1353, 105/225, 106/1054 e outras.
- Maria Sylvia Zanelo Di Pietro e outros, entende que sendo indenizatória a pretensão, deduzida com fundamento na culpa ou dolo do funcionário, deve ser feita a denunciação à lide, que em nada contraria a Constituição Federal. Pelo contrário, visa disciplinar o direito de regresso assegurado ao responsável direto pelo pagamento da indenização (vide acórdãos in RT-566/221, 500/103 e outras).
- Admite ação direta contra o Pode Público e contra o funcionário, constituindo um LITISCONSÓRCIO FACULTATIVO, ou mesmo contra só o funcionário, como admite CELSO ANTÔNIO BANDEIRA DE MELO - STF in RT-544/260, entendeu que não traz prejuízo o ajuizamento da ação contra o Estado e o Funcionário, ao mesmo tempo.
LEI 4.619, DE 28.04.65 - NA ESFERA FEDERAL, DEVER DE AJUIZAR AÇÃO REGRESSIVA PELOS PROCURADORES FEDERAIS NO PRAZO DE 60 DIAS, CONTADOS DO TRÂNSITO EM JULGADO DA CONDENAÇÃO DA FAZENDA PÚBLICA DA UNIÃO.
LEI 8.112/90, art.112, parágrafo 2º, dispõe que responderá o servidor perante a Fazenda Pública, em ação regressiva, afastando a denunciação à lide que o litisconsórcio. 
- TEORIA DO RISCO INTEGRAL: É a realidade extremada da doutrina do risco administrativo, abandonada na prática, por conduzir ao abuso e à iniqüidade social. Na teoria do risco integral, fica obrigada a administração indenizar todo e qualquer dano, ainda que resultante de culpa de terceiro. 
- O parágrafo 6º do artigo 37, da CF, atinge as pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadora de serviços públicos, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa.
“CONTROLE DA ADMINISTRAÇÃO”
Controle, em administração pública, é a faculdade de vigilância, orientação e correção que um Poder, órgão ou autoridade exerce sobre a conduta funcional de outro; assim, é fixada a competência dos seus órgãos e agentes, e é estabelecido os tipos de forma de controle de toda atuação administrativa, para sua defesa própria e dos direitos dos administrados.
	
Tipos de Controle: variam segundo o Poder, órgão ou autoridade que o exercita ou o fundamento, o modo e o momento de sua efetivação: 
	
- Hierárquico: resulta do escalonamento vertical, os inferiores estão subordinados aos superiores.
	
- Finalístico: estabelecido para as entidades autônomas, indicando a autoridade controladora, as faculdades a serem exercitadas e as finalidades objetivadas.
	
- Interno: é realizado pela entidade ou órgão responsável pela atividade controlada (âmbito interno). - Externo: realizado por órgão estranho à Administração.
	
- Prévio ou preventivo: antecede a conclusão ou operatividade do ato, requisito de sua eficácia. Ex: a liquidação da despesa, para oportuno pagamento.
	
- Concomitante ou sucessivo: acompanha a realização do ato para verificar a regularidade de sua formação. Ex: realização de auditoria durante a execução do orçamento.
	
- Subsequente ou corretivo: se efetiva após a conclusão do ato controlado, visando as devidas correções. Ex: a homologação do julgamento de uma concorrência.
	
- De legalidade ou legitimidade: verifica unicamente a conformação do ato ou do procedimento com as normas legais que o regem.	
- De mérito: visa a comprovação da eficiência, conveniência ou oportunidade do ato.
I - Controle Administrativo
		
Controle administrativo é todo aquele que o Executivo e os órgãos de administração dos demais Poderes exercem sobre sua próprias atividade, visando mantê-las dentro da lei, segundo as necessidades do serviço e as exigências técnicas e econômicas de sua realização, pelo que é um controle de legalidade e de mérito.
	
Meios de Controle	
Fiscalização hierárquica: é exercida pelos órgão superiores sobre os inferiores da mesma Administração, visando a ordenar, coordenar, orientar e corrigir suas atividades e agentes.
	
Supervisão ministerial: é um meio atenuado de controle, aplicável nas entidades vinculadas a um Ministério; não é subordinação, resulta do sistema legal imposto às autarquias e entidades paraestatais, sujeitas ao controle finalístico de quem as institui.
	
Recursos Administrativos: são todos os meios hábeis a propiciar o reexame de decisão interna pela própria Administração, esse meios compreendem:
	
Representação: é a denúncia formal e assinada de irregularidades internas ou de abuso de poder na prática de atos da Administração, feita por quem quer que seja à autoridade competente para conhecer e coibir a ilegalidade apontada.
	
Reclamação: é a oposição expressa a atos da Administração que afetem direitos ou interesses legítimos do administrado; extingue-se em 1 ano, a contar da data do ato ou fato lesivo; o prazo é fatal e peremptório para o administrado; suspende a prescrição enquanto depende de decisão.
	
Pedido de reconsideração: é a solicitação da parte dirigida à mesma autoridade que expediu o ato, para que o invalide ou modifique nos termos da pretensão do requerente; extingue-se em 1 ano da data de decisão, não suspende a prescrição.
	
Recursos hierárquicos: são aqueles pedidos que as partes dirigem à instância superior, propiciando o reexame do ato inferior sob todos seus aspectos; podem ter efeito devolutivo ou suspensivo; possui prazos fatais e peremptórios.
	
Revisão do processo: é o meio previsto para o reexame na punição imposta ao servidor, a pedido ou de ofício, quando se aduzir fato novo ou circunstância suscetível de justificar sua inocência ou inadequação da penalidade aplicada.
	
Coisa julgada administrativa: limita-se ao caso apreciado e extingue-se com o enceramento deste, pelo exaurimento de seus efeitos, respeitadas as situações jurídicas subjetivas que se construíram, salvo novo processo administrativo, com nova instrução e ampla defesa.	
Prescrição administrativa: pressupõe a existência de uma ação judicial apta à defesa de um direito, porque ela significa a perda da respectiva ação , por inércia de seu titular; ela opera a preclusão de oportunidade de atuação do Poder público sobre matéria sujeita à sua apreciação.
	
Processo Administrativo: é conjunto de atos coordenados para a obtenção de decisão sobre uma controvérsia no âmbito judicial ou administrativo. Procedimento é o modo de realização do processo, ou seja, o rito processual.
	
Princípios: 
Legalidade objetiva: exige que o processo administrativo seja instaurado com base e para a preservação da lei; baseia-se numa norma legal específica; 
Oficialidade: atribui a movimentação do processo à Administração, ainda que provocado por particular, uma vez iniciado; o Poder Público o impulsiona até a decisão final; 
Informalismo: dispensa ritos sacramentais e formas rígidas, principalmente para os atos a cargo do particular; bastam as formalidades necessárias à obtenção da certeza jurídica; 
Verdade material: autoriza a Administração a valer-se de qualquer prova deque a autoridade processante ou julgadora tenha conhecimento, desde que a faça trasladar para o processo; 
Garantia de defesa: entende-se não só a observância do rito adequado como a cientificação do processo ao interessado, a oportunidade para contestar a acusação, produzir prova de seu direito, acompanhar os atos de instrução e utilizar-se dos recursos cabíveis.
Fases do processo administrativo: 
instauração: é a apresentação escrita dos fatos e indicação do direito que ensejam o processo; proveniente da Administração ( portaria auto de infração, representação ou despacho inicial); do administrado ( requerimento ou petição); 
Instrução: é a fase de elucidação dos fatos, com a produção de provas da acusação ( punitivo), ou de complementação das iniciais (controle ou outorga); 
Defesa: é a garantia, compreende a ciência da acusação, a vistas dos autos na repartição, a oportunidade para oferecimento de contestação e provas, a inquirição e reperguntas de testemunhas e a observância do devido processo legal; 
Relatório: é a síntese do apurado no processo, feita por quem o presidiu individualmente ou pela comissão processante, com apreciação das provas, dos fatos apurados, do direito debatido e proposta conclusiva para decisão da autoridade julgadora competente; não tem efeito vinculante; 
Julgamento: é a decisão proferida pela autoridade ou órgão competente sobre o objeto do processo.
	* As fases acima enunciadas, de um modo geral, devem ser atendidas em todos os processos administrativos próprios, ou seja, naqueles que visam à solução de litígio entre a Administração e o administrado, sendo aplicáveis a todas as suas modalidades.	
Modalidades: 
Processo de Expediente: é denominação imprópria que se dá a toda atuação que tramita pelas repartições públicas por provocação do interessado ou por determinação interna da Administração, para receber a solução conveniente; não tem procedimento próprio, nem rito sacramental; não geram, nem alteram, nem suprimem direitos.
	
Processo de Outorga: é todo aquele que se pleiteia algum direito ou situação individual perante a Administração; normalmente tem rito especial, mas não contraditório, salvo quando há oposição de terceiros ou impugnação da própria Administração.
	
Processo de Controle: é todo aquele em que a Administração realiza verificações e declara situação, direito ou conduta do administrado ou de servidor, com caráter vinculante para as partes; tem rito próprio; quando deparadas irregularidades puníveis, exigem oportunidade de defesa, antes de seu encerramento, sob pena de invalidade.
	
Processo Punitivo: é todo aquele promovido pela Administração para a imposição de penalidade por infração da lei, regulamento ou contrato; é contraditório, com oportunidade de defesa e estrita observância do devido processo legal.
	
Processo Administrativo Disciplinar: também chamado de Inquérito administrativo, é o meio de apuração e punição das faltas graves dos servidores e demais pessoas sujeitas ao regime funcional de determinados estabelecimentos da Administração; é sempre necessário para a imposição de pena de demissão; deve ser instaurado por portaria da autoridade competente; na instrução é livre a colheita de provas; concluída, deve ser relatado o que se apurou e opinar pela absolvição ou punição do acusado; no julgamento, a autoridade deverá sempre fundamentar sua decisão, com motivação própria ou adoção dos fundamentos do relatório, tanto para a condenação quanto para a absolvição.
	
Meios Sumários: podem ser utilizados para a elucidação preliminar de determinados fatos ou aplicação de penalidades disciplinares menores ou comprovadas na sua flagrância.
Sindicância: é o meio de elucidação de irregularidades no serviço para subseqüente instauração de processo e punição ao infrator; não tem procedimento formal, nem exigência de comissão sindicante.
Verdade sabida: é o conhecimento pessoal da infração pela própria autoridade competente para punir o infrator, tal ocorre quando o subordinado desautora o superior no ato do recebimento de uma ordem.
Termo de declarações: é forma sumária de comprovação de faltas menores dos servidores, através da tomada de seu depoimento sobre irregularidade que lhe é atribuída e, se confessada, servirá de base para a punição cabível.
	
Processo Administrativo Tributário: é todo aquele que se destina à determinação, exigência ou dispensa do crédito fiscal, bem como à fixação do alcance de normas de tributação em casos concretos, pelos órgãos competentes tributantes, ou à imposição de penalidades ao contribuinte.
	
II - Controle Legislativo
		
Controle legislativo ou parlamentar é o exercido pelos órgãos legislativos ou por comissões parlamentares sobre determinados atos do Executivo na dupla linha de legalidade e da conveniência pública, pelo quê caracteriza-se como um controle eminentemente político, indiferente aos direitos individuais dos administrados, mas objetivando os superiores interesses do Estado e da comunidade.
	
Fiscalização dos atos da Administração: a CF/88 ampliou as atribuições do Legislativo para a fiscalização e controle dos atos da Administração em geral (art. 49, X); essa função, não é uma faculdade inferior ou adjacente à de editar as leis; pelo contrário, é fundamental e necessária à própria elaboração das leis, a fim que o Legislativo conheça como funcionam os outros órgãos, sobretudo do Executivo, sobre o qual exerce amplo controle.
	
Fiscalização financeira e orçamentária: é conferida ao Congresso Nacional, mas se refere à prestação de contas de todo aquele que administra bens, valores ou dinheiro públicos; o controle interno é feito pelo Executivo e o controle externo pelo Congresso Nacional auxiliado pelo Tribunal de Contas da União.
	
Controle interno: objetiva a criação de condições indispensáveis à eficácia do controle externo e visa assegurar a regularidade de realização da receita e da despesa, possibilitando o acompanhamento da execução do orçamento, dos programas de trabalho e a avaliação dos respectivos resultados.
	
Controle externo: visa comprovar a probidade da Administração e a regularidade da guarda e do emprego dos bens, valores e dinheiro públicos, assim como a fiel execução do orçamento.
	
Atribuições dos Tribunais de Contas: suas atividades expressam-se fundamentalmente em funções técnicas opinativas, verificadoras, assessoradoras e jurisdicionais administrativas, desempenhadas simetricamente tanto pelo TCU, quanto pelas outras entidades estatais que o tiverem. (art. 71, CF)
	
III - Controle do Judiciário
		
Controle Judiciário ou judicial é o exercido privativamente pelos órgãos do Poder Judiciário sobre os atos administrativos do Executivo, do Legislativo e do próprio Judiciário quando realiza atividade administrativa; é um meio de preservação de direitos individuais, porque visa a impor a observância da lei em cada caso concreto, quando reclamada por seus beneficiários.	
Atos sujeitos a controle comum: são os administrativos em geral; a competência do Judiciário para a revisão de atos, restringe-se ao controle da legalidade e da legitimidade do ato impugnado; por legalidade entende-se a conformidade do ato com a norma que o rege; por legitimidade entende-se a conformidade do ato com a moral administrativa e o interesse coletivo, indissociável de toda atividade pública; é permitido perquirir todos os aspectos de legalidade e legitimidade para descobrir e pronunciar a nulidade do ato administrativo onde ela se encontre, e seja qual for o artifício que a encubra; não é permitido pronunciar-se sobre o mérito administrativo.
	
Atos sujeitos a controle especial
	
- atos políticos: são os que, praticados por agentes do Governo, no uso de sua competência constitucional, se fundam na ampla liberdade de apreciação da conveniência ou oportunidade de sua realização, sem se aterem a critérios jurídicos preestabelecidos; seu discricionarismoé a conseqüência das restrições para o controle judicial.
	
- atos legislativos: a lei, propriamente dita, não ficam sujeitos a anulação judicial pelos meios processuais comuns, e sim pela via especial da Ação direta de Inconstitucionalidade, tanto para a lei em tese como para os demais atos normativos.
	
- “Interna corporis”: não é tudo que provém do seio da Câmara ou de suas deliberações internas; são só aquelas questões ou assuntos que entendem direta e imediatamente com a economia interna da corporação legislativa, com seus privilégios e com formação ideológica da lei, que, por sua própria natureza, são reservados à exclusiva apreciação e deliberação do Plenário da Câmara; também são vedados à revisão judicial.
	
Meios de Controle Judiciário: são as vias processuais de procedimento ordinário, sumário ou especial de que dispõe o titular do direito lesado ou ameaçado de lesão para obter a anulação do ato ilegal em ação contra a Administração Pública.
	
- mandado de segurança individual: destina-se a coibir atos ilegais das autoridades que lesam direito subjetivo, líquido e certo do impetrante; o prazo para impetração é de 120 dias do conhecimento oficial do ato a ser impugnado (CF, art. 5º, LXIX).
	
- mandado de segurança coletivo: seus pressupostos são os mesmos do individual, inclusive quanto ao direito líquido e certo, só que a tutela não é individual, mas coletiva (CF, art. 5º, LXX).
	
- ação popular: é um instrumento de defesa dos interesses da coletividade, utilizável por qualquer de seus membros, no gozo de seus direitos cívicos e políticos; o beneficiário direto e imediato é o povo. (CF, art. 5º, LXXIII)
	
- ação civil pública: ampara os direitos difusos e coletivos, não se presta para direitos individuais, nem se destina à reparação de prejuízos; (Lei 7347/85; CF art. 129, III)
- mandado de injunção: ampara quem se considerar prejudicado pela falta de norma regulamentadora que torne inviável o exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes a direitos e liberdades constitucionais e à nacionalidade, à soberania e à cidadania. (CF, art. 5º. LXXI)
	
- “hábeas data”: assegura o conhecimento de registros concernentes ao postulante e constantes de repartições públicas ou particulares acessíveis ao público, ou para retificação de seus dados pessoais. (CF, art. 5º, LXXII)
	
- ação direta de inconstitucionalidade: é usado para atacar a lei em tese ou qualquer outro ato normativo antes mesmo de produzir efeitos concretos. (CF, art. 102, I)
	
- medida cautelar: feito pelo argüente de inconstitucionalidade, será julgado pelo STF; exige os pressupostos das cautelares comuns; a liminar suspende a execução da lei, mas não o que se aperfeiçoou durante sua vigência; produz efeitos ex nunc.
	
- ação de inconstitucionalidade por omissão: objetiva e expedição de ato normativo necessário para o cumprimento de preceito constitucional que, sem ele, não poderia ser aplicado.
	
- ação declaratória de constitucionalidade: de lei ou ato normativo, será apreciada pelo STF, a decisão definitiva de mérito tem efeito erga omnes.
	
IV - A Administração em Juízo
		
A Administração Pública, quando ingressa em juízo por qualquer de suas entidades estatais, por suas autarquias, por suas fundações públicas ou por seus órgãos que tenham capacidade processual, recebe à designação de Fazenda Pública, porque seu erário é que suporta os encargos da demanda.
	
Representação em juízo: é feita por seus procuradores judiciais ou advogados constituídos para determinados feitos, e os Municípios, também por seu Prefeito.
	
Atuação Processual: como autora ou ré, assistente ou opoente, litiga em situação idêntica à do particular, salvo quanto aos prazos para contestar (quádruplo), e interpor recurso (dobro).
	
Execução do Julgado: por quantia certa, seus bens não se sujeitam a penhora nem a arresto, mas pode haver seqüestro da importância devida se não for atendida a requisição do Judiciário competente na ordem dos precatórios expedidos. (CF, art. 100; CPC, arts. 730 e 731)
	
Execução Fiscal: regida pela Lei 6830/80, agilizou o processo, mas com vantagens para a Fazenda Pública, desigualando as partes.
	Obs: deve ser visto mais profundamente.
	
Despesas Judiciais: são pagas ao final pelo vencido; também os honorários ao advogado vencedor, mesmo que a sucumbência seja da Fazenda.
	
Prescrição: é a perda da ação pelo transcurso do prazo para seu ajuizamento ou pelo abandono da causa durante o processo; das ações pessoais contra a Fazenda Pública e suas autarquias é de 5 anos, somente interrompidas uma vez; das ações reais tem sido considerada pelos Tribunais a comum de 10 e 15 anos; contra o particular é comum a lei civil ou comercial, conforme o caso.
	
Seqüestro e Perdimento de Bens: em favor da Fazenda Pública são admitidos pela CF, para aqueles que causarem dano ao erário ou se enriquecerem de forma ilicitamente no exercício de cargo, função ou emprego na Administração direta ou indireta. (Lei 8429/92)
	
“EMENDA CONSTITUCIONAL nº 20, de 15.12.1998”
“A Emenda Constitucional n. 20, de 15 de dezembro de 1998, que deu novos e importantíssimos contornos ao Regime Previdenciário Brasileiro. Concretizou a chamada REFORMA da Previdência”. 
Pela vez primeira, a Constituição Federal subordinou a aposentadoria, tanto dos servidores públicos quanto dos segurados do Regime Geral de Previdência Social, a um regime previdenciário de base contributiva e atuarial, impondo mudanças significativas nos regimes previdenciários existentes. Introduziu no corpo das regras constitucionais previdenciárias, expressões como: “equilíbrio financeiro e atuarial”, além do “caráter contributivo”, como determinante da organização e funcionamento dos sistemas previdenciários, tanto no Regime Geral (artigo 201), quanto no Regime dos Servidores Públicos (artigo 40).
Assim, como não se tratavam de normas constitucionais auto-aplicáveis, foi necessário regulamentá-las através de legislação ordinária, editando-se, para fins de dar suporte à reforma previdenciária, as Leis nos 9.783, de 28.1.99 (cuida somente do regime previdenciário dos servidores públicos federais), e 9.876, de 26.11.99.(balizamento do Regime Geral de Previdência Social).
É certo que ambas as Leis tiveram sua constitucionalidade questionada, através de Ações Diretas de Inconstitucionalidade em curso no Supremo Tribunal Federal.
Todavia, neste item não se tem a preocupação de discutir a constitucionalidade ou a inconstitucionalidade daquelas disposições, até porque o assunto está entregue à nossa Excelsa Corte. O objetivo principal é o de entender a essência do fator previdenciário por ela introduzido e compreender o quanto a sua aplicação tende a modificar o sistema de benefícios que estava em vigor.
Ora, até o advento da Lei nº 9.876/99, o Regime Geral de Previdência Social era financiado segundo as regras da Lei nº 8.212/91, constituindo-se num regime de repartição simples, segundo o qual os contribuintes ativos de hoje pagam pelos inativos de hoje, na esperança
de que novas gerações de contribuintes venham a fazê-lo quando passarem para a inatividade.
Ao redigir a Lei nº 9.876/99, o legislador desejou viabilizar a sustentabilidade do equilíbrio financeiro e atuarial do “RGPS”, optando por um novo regime previdenciário, diferente daquele que previa a repartição simples. 
Faz-se mister, pois, tecer algumas considerações a respeito dessa opção, que, com a introdução do fator previdenciário, revela que se decidiu pela adoção do chamado regime de contas virtuais ou regime de capitalização escritural.
Em linhas gerais, pode-se definir esse novo regime como o esquema em que cada segurado tem uma conta individual, com capitalização virtual ou escritural, na qual lhe é creditada a sua própria contribuição, mais a do empregador, se existir. É claro que esse crédito é meramente virtual, já que a tal “conta”efetivamente não existe, e o dinheiro é usado para pagar os benefícios dos atuais aposentados.
Portanto, estamos diante de um regime financiado por repartição, mas com contas individuais e capital virtual, creditando-se, outrossim, a cada trabalhador um juro virtual.
Na prática, os benefícios (mais principalmente as aposentadorias) passam a ser proporcionais ao capital virtual acumulado na data da respectiva concessão.
Esse regime – ora implementado no Brasil com a adoção do fator previdenciário – é conhecido como “notional account”, e vigora em diversos países, tais como a Suécia, Itália, Polônia e Lituânia, com diferentes gradações.
Conforme o espírito da Lei no 9.876/99, o saldo de cada “conta” virtual poderá ser controlado pelo próprio segurado, e servirá como base de cálculo para o valor do benefício a ser concedido, que será obtido pelo saldo da conta individual, dividido pela expectativa de sobrevida correspondente à idade daquele segurado no momento da aposentadoria.
Todavia, o saldo existente em cada “conta” continuará a ser utilizado, no sistema de repartição simples, para o pagamento dos benefícios em geral, daí a denominação de regime de capitalização escritural.
Por outro lado, os trabalhadores que já participavam do seguro social serão abrangidos pelo novo sistema, ficando sujeitos a uma “regra de transição”, com um aumento imediato do número dos meses de contribuição utilizados no cálculo do benefício.
Assim, pretende-se que o fator previdenciário venha a ser o coeficiente atuarial capaz de devolver ao segurado a poupança acumulada, distribuída ao longo de sua vida de aposentado.
Entretanto, para o segurado, o fator previdenciário ainda está sendo olhado como mais um dos inúmeros “planos de Governo” que mais se parecem com remédio para emagrecer: custam caro (e está custando caro para os contribuintes), mas os resultados e os efeitos colaterais são uma incógnita.
ALGUMAS OBSERVAÇÕES OBJETIVAS
I - O trabalho e atividades exercidas sob condições especiais ue prejudiquem a saúde ou a integridade física, terão requisitos e critérios diferenciados para concessão de aposentadoria no regime geral da previdência, segundo as definições em Lei Complementar. Portanto, os requisitos e critérios para aposentadoria serão iguais para todos.
	É assegurado o reajustamento do benefício para preservar-lhes, em caráter permanente, o valor real, conforme critérios definidos em lei. Também, será atualizado, para fins de cálculos os salários contribuição considerados para concessão de benefícios, na forma da lei.
	A gratificação natalina aos aposentados e pensionistas terá por base o valor dos proventos do mês de dezembro de cada ano.
	É vedada a filiação ao regime geral de previdência social, na qualidade de segurado facultativo, de pessoa participante de regime próprio de previdência.
	É assegurada aposentadoria no regime geral da previdência social, nos termos da lei, observadas as seguintes condições: A)- 35 anos de contribuição, se homem, e 30 anos, se mulher. B) - 65 anos de idade, se homem, e 60 anos, se mulher, reduzido 5 anos para os que trabalharem em atividades rurais e os que exerçam atividade em regime de economia familiar, incluídos os produtor rural, o garimpeiro, e o pescador artesanal. C) - As requisitos a que se refere a letra “A” serão reduzidos em 5 anos, para o professor que comprove tempo exclusivo no magistério na educação infantil, no ensino fundamental e médio. D) - É assegurado a contagem recíproca do tempo de contribuição na administração pública, privada, atividade rural e urbana, compensando-se os fundos, nos termos da Lei (Lei Federal n.9.717, de 27.11.98 e Lei Complementar n.6.435, de 25.7.77). E) - Os ganhos habituais do empregado, a qualquer título, serão incorporados aos salário para efeitos de contribuição previdenciária e repercussão nos benefícios.
II - Para os servidores públicos titulares de CARGO EFETIVO da União, dos Estados, Municípios e Distrito Federal, incluídas suas autarquias e fundações, é assegurado o regime previdenciário de caráter contributivo, observado os critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial, podendo ser aposentados, calculados os seus proventos a partir dos valores integrais (§3º, art.40): A) - Por invalidez permanente, proventos proporcionais ao tempo de contribuição, exceto se decorrente de acidente em serviço, moléstia profissional ou doença grave contagiosa ou incurável, especificadas em lei. B) - Compulsoriamente aos 70 anos de idade, com proventos proporcionais ao tempo de contribuição. C) - Voluntariamente, desde que tenha cumprido o tempo mínimo de 10 anos de efetivo exercício no serviço público e 5 anos no cargo efetivo em que se dará aposentadoria, observada as seguintes condições: 1- 60 anos de idade se homem E 35 anos de contribuição, se homem, 55 anos e 30 de contribuição, se mulher 2- 65 anos de idade, se homem, e 60 anos, se mulher, com proventos proporcionais ao tempo de contribuição.
	Os proventos da aposentadoria e as pensões, por ocasião de sua concessão, não poderão exceder a remuneração do respectivo servidor, no cargo efetivo em que se deu aposentadoria ou que serviu de referência para concessão da pensão.
	Aposentadoria dos professores ligados ao Poder Público, aplicam-se as mesmas regras para os da iniciativa privada.
	É vedada a percepção de mais de uma APOSENTADORIA no mesmo regime previdenciário PRÓPRIO DOS SERVIDORES, salvo as aposentadorias decorrentes e cargos acumuláveis na forma desta Constituição (§6º, art.40).
	A Lei disporá sobre a concessão de benefício da pensão por morte, que será igual ao valor dos proventos do servidor falecido ou ao valor dos proventos a que teria direito o servidor em atividade na data de seu falecimento, observado o disposto no §3º, art.40 (nunca maior que sua remuneração na ativa ou no cargo que aposentou-se)
	Observado o 37, XI, a revisão dos proventos e pensões, serão feitas na mesma data e na mesma proporção, sempre que modificar a remuneração dos servidores em atividade, sendo também estendidos aos aposentados e aos pensionistas quaisquer benefícios ou vantagens posteriormente concedidas aos servidores em atividade, inclusive quando decorrentes da transformação ou reclassificação do cargo ou função em que se deu a aposentadoria ou que serviu de referência para concessão da pensão, na FORMA DA LEI.
	O tempo de contribuição federal, estadual ou municipal será contado para efeito de aposentadoria e o tempo de serviço correspondente para efeito de disponibilidade.(§9º, art.40)
	A lei não poderá estabelecer qualquer forma de contagem de tempo de contribuição fictício.
	Teto máximo das pensões e aposentadorias, terão o artigo 37, XI para todos os efeitos.
	Regime próprio dos ocupantes de cargo efetivo, observará, no que couber, os requisitos e critérios fixados para o Regime Geral da Previdência Social
	Ao servidor ocupante exclusivamente de cargo em comissão será obrigado a se filiar no Regime Geral da Previdência Social.(§13º, art.40).
	Somente se for adotado o Regime Complementar para os ocupantes de cargo efetivo, poderá a União, Estados, Município e Distrito Federal, poderão utilizar-se do teto do Regime Geral da Previdência Social para seus benefícios.(§14º, art.40).
	A LEI COMPLEMENTAR disporá sobre as normas gerais do regime de previdência complementar pela União, Estados, Municípios e Distrito Federal, para atenderem seus ocupantes de cargo efetivo.
	O Regime complementar de previdência, será facultativo ao funcionário público ocupante de cargo efetivo.
	Regras para os militares são aplicados os §§ 8º, artigo14, artigo 40, 9º, artigo 142, 2º e 3º, cabendo à Lei Estadual dispor sobre a matéria do artigo 142, §3º, X, sendo as patentes dos oficiais conferidas aos respectivos Governadores.
	Aos militares e seus pensionistas aplica-se o artigo 40, § 7º e 8º, lembrando que os militares são dos Estados, Distrito Federal e dos Territórios
	APOSENTODORIA DOS MAGISTRADOS

Continue navegando