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Trabalho de direito sucessorio

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1 -Podem as formas testamentárias versar sobre direitos não patrimoniais?
Segundo o art. 1.857, § 2º da nova lei preenche, de maneira precisa, uma lacuna deixada pelo Código em vigor, quando assevera que "são válidas as disposições testamentárias de caráter não patrimonial, ainda que o testador somente a elas se tenha limitado". Tal dispositivo convalida os testamentos que versem exclusivamente sobre atos de cunho extrapatrimonial, tais como o reconhecimento de filho, nomeação de tutor, deserdações, etc. Essa providência visa proteger disposições desta natureza do rótulo conceitual de que o testamento se presta unicamente a preceitos de ordem patrimonial, oriunda da"definição" que foi dada ao instituto pelo art. 1.626 do antigo código.
2 – Joana,ao negar o tratamento médico,esta dispondo sobre um direito personalidade.Pergunta-se o que são os direitos de personalidades,quais as suas principais características? 
Os direitos da personalidade têm por finalidade a proteção dos direitos indispensáveis à dignidade e integridade da pessoa. Ensina Pontes de Miranda (2000, p. 216) sobre o tema: “o direito de personalidade, os direitos, as pretensões e ações que dele se irradiam são irrenunciáveis, inalienáveis, irrestringíveis. São direitos irradiados dele os de vida, liberdade, saúde (integridade física e psíquica), honra, igualdade”.
Os direitos de personalidade têm caráter absoluto, oponíveis erga omnes, de maneira que todos ficam obrigados a respeitá-los. Tal característica tem estreita ligação com a indisponibilidade. A indisponibilidade abrange a sua intransmissibilidade (inalienabilidade), irrenunciabilidade e impenhorabilidade, o que significa que se trata de direito que não pode mudar de titular nem pela própria vontade do indivíduo, pois vinculado à pessoa.
Em razão de serem direitos inatos à pessoa, têm caráter vitalício e imprescritível. Essas características se evidenciam  pelo fato de seu titular poder invocá-los a qualquer tempo, pois tratam-se de direitos que surgem com o nascimento da pessoa e somente se extinguem com sua morte.[iii] São assim, direitos que não extinguem-se pelo não-uso.
	
3-O direito a vida, sem dúvida é direito fundamental, assim como o direito á saúde. Trata-se o direito á vida de direito absoluto? Justifique sua resposta, destacando se Juliana poderia dele dispor em testamento.
 A previsão constitucional do direito à vida como um direito fundamental impõe deveres ao Estado e aos particulares. Essa relação entre o Estado e os particulares, pode ser entendida da seguinte maneira: primeiramente, resulta na obrigação concernente às demais pessoas de respeitá-lo, traduzindo-se no dever de não realizar condutas comissivas ou omissivas, dolosas ou culposas, implicando sua destruição.
De outro lado, ao Estado compete o dever de zelar pelo direito à vida, com o a missão de que esse direito não venha a ser vulnerado.
O direito à vida é imprescindível à existência do homem, o Estado tem o dever de respeitar e tutelar o direito à vida, através de suas instituições e de seus órgãos públicos, e, nos casos em que admita exceções a esse direito (por exemplo; legítima defesa, aborto, eutanásia, suicídio, pena de morte, etc.), cabe a ele zelar para que as atuações se dêem nos estritos limites do que foi autorizado pela lei.
Ademais, o direito à vida não possui caráter absoluto, estando isso confirmado pela própria Constituição ao autorizar a pena de morte, em caráter excepcional, em seu art. 5º, XLVII, “a”, e o Código Penal, o qual admite, entre outras hipóteses, o homicídio em estado de necessidade (art. 24) ou em legítima defesa (art. 25), ou a realização de determinadas formas de aborto (art. 128, I e II).
o direito à vida significa não apenas o direito de estar vivo, de não ser morto, mas também o direito a uma vida digna. Há quem aponte, como mais um desdobramento do direito à vida digna, também um direito à morte digna. Nesse contexto, em se tratando de pacientes em estado terminal, tem-se discutido a possibilidade da eutanásia.
A eutanásia consiste na chamada “morte boa”, proporcionada aos pacientes em fase terminal de doenças graves, se assim for de sua vontade, visando a diminuir seu sofrimento com tratamentos que viriam somente prolongar a dor física e psicológica. Os defensores da eutanásia se baseiam na dignidade humana, alegando que, diante da perspectiva de uma vida de sofrimentos e angústias, é preferível conceder a esses pacientes o direito de antecipar sua morte. Entendem que não basta sobreviver, é preciso viver.
A dignidade humana, por outro lado, implica na proteção à vida, em defendê-la com os meios que estiverem à disposição. Não seria violação maior à dignidade humana permitir a alguém renunciar à sua vida sem ao menos tentar preservá-la com o auxílio dos procedimentos que a medicina oferece? Ademais, é inegável a evolução da medicina, que está sempre a descobrir novas técnicas de cura, que não mais ajudariam um paciente terminal se este já tivesse renunciado à sua vida.
O fato é que a Constituição Brasileira e o ordenamento jurídico como um todo abrigam a dignidade humana no sentido de proteger a vida, de forma que não permitem ao cidadão dela dispor para pôr um termo final. Assim defende Bulos, para quem “pela Carta de 1988, não é dado a ninguém dispor de sua vida no sentido de fulminá-la, razão pela qual a eutanásia ativa e eutanásia passiva (ortotanásia) são flagrantemente inconstitucionais”[17]. Entende-se por eutanásia ativa o ato direcionado a provocar a morte do paciente sem lhe infligir sofrimento; já na eutanásia passiva a morte ocorre em virtude de omissão, porque se interrompeu ou não se adotou procedimento que poderia prolongar a vida do paciente terminal.
O Código Penal não possui dispositivo que tipifique exclusivamente a eutanásia, à qual se aplica a disposição geral do homicídio contida no artigo 121. Ou seja, a eutanásia, por violar o direito à vida, é inconstitucional, e é tipificada como crime no Código Penal. Nesse sentido, José Afonso da Silva cita Aníbal Bruno:
[...]a vida é um bem jurídico que não importa proteger só do ponto de vista individual; tem importância para a comunidade. O desinteresse do indivíduo pela própria vida não exclui esta da tutela penal. O Estado continua a protegê-la como valor social e este interesse superior torna inválido o consentimento ao particular para que dela o privem. Nem sequer quando ocorrem as circunstâncias que incluíram o fato na categoria da eutanásia, ou homicídio piedoso[18].
Desta forma Joana somente poderia dispor a sua vontade em testamento vital o qual consiste em um documento devidamente assinado, em que o interessado juridicamente capaz declara a que tipo de tratamento médico deseja ser submetido ao se encontrar em situação que impossibilite a sua manifestação de vontade, podendo se opor a futura aplicação de tratamentos e procedimentos médicos que prolonguem sua vida em detrimento da qualidade da mesma.
Diferencia-se da eutanásia, pois nesta o médico age ou omite-se, surgindo diretamente a morte, com consentimento do paciente, a pedido de algum familiar ou sob impulso de exacerbado sentimento de piedade humana.
O Testamento Vital também é uma disposição de vontade, assim como o próprio testamento, também é unilateral, personalíssimo, gratuito e revogável, é dirigido à eficácia jurídica antes da morte do interessado, por outro lado, este é elaborado por pessoa juridicamente capaz, devidamente assinado, onde o interessado declara quais tipos de tratamentos médicos deseja ou não se submeter, o que deve ser respeitado de forma incontroversa nos casos futuros em que o interessado encontra-se impossibilitado de manifestar sua vontade,tem efeito erga omnes, aplicando ao mesmo, por analogia ao artigo 1.858 do Código Civil, onde diz que “[...] o testamento é ato personalíssimo, podendo ser mudado a qualquer tempo”. (BRASIL, 2013: 280).
Necessário se faz a edição de Lei específica sobre este assunto no Brasil, considerando que a Declaração Prévia de Vontade para o Fim da Vida éum documento pessoal, intransferível e revisável a qualquer tempo, não havendo óbice para sua inclusão no ordenamento jurídico.
4- O que é testamento vital ou biológico ou “living Will”?
O “testamento vital” é definido como um documento escrito, pelo qual uma pessoa determina qual tipo de tratamento deseja ou recusa, numa situação futura, em que possa estar acometido de doença terminal, que a impossibilite de manifestar plenamente sua vontade[7].
5- O testamento vital é um testamento ou pode ser aceito como tal?
O testamento vital não é necessariamente um testamento mas sim um documento que pode ser considerado como tal sendo assim no Brasil, quanto aos atos jurídicos, não vigora o princípio da tipicidade; assim os particulares detêm ampla liberdade para instituir categorias de negócios não contemplados em lei, desde que não haja afronta ao ordenamento.
Essa liberdade foi reconhecida pelo Conselho de Justiça Federal, na V Jornada de Direito Civil, com o enunciado nº 527, que assim estatui: “é válida a declaração de vontade, expressa em documento autêntico, também chamado ‘testamento vital’ em que a pessoa estabelece disposições sobre o tipo de tratamento de saúde, ou não tratamento, que deseja no caso de se encontrar sem condições de manifestar a sua vontade”. Na justificativa apresentada para aprovação do Enunciado nº 527 explica-se que o negócio jurídico que deve ser formalizado por testamento ou qualquer outro documento autêntico - é possível valer-se desta disposição do art. 1.729, § único para admitir qualquer documento autêntico no sentido de retratar as declarações sobre o direito à autodeterminação da pessoa quanto aos tratamentos médicos que deseja submeter ou recusa expressamente.
 
Fontes de consultas:
//jus.com.br/artigos/26316/a-legitimidade-do-testamento-vital
http://direito7turma.blogspot.com.br/2014/05/breve-conceito-sobre-o-direito.html
http://flaviotartuce.jusbrasil.com.br/artigos/121820182/v-jornada-de-direito-civil-possibilidade-do-testamento-vital-ou-biologico

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