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2-Helmintos BIOMEDICINA – UNIP Profa. Juliana Garcia Teníase e cisticercose Taenia sp Filo Platthyelminthes - verme achatado Classe cestoda - segmentado Espécie: Taenia solium e Taenia saginata Vermes achatados dorso-ventralmente Adultos no trato intestinal de vertebrados Sem sistemas digestivo e circulatório Alimentação por absorção de nutrientes Sistema reprodutor muito desenvolvido Hermafroditas: auto-fertilização ou cruzada CARACTERÍSTICAS GERAIS ASPECTOS GERAIS Taenia solium & Taenia saginata 3 milhões pessoas infectadas (mundo) 80 milhões pessoas infectados (mundo) 400 mil casos (Brasil) MORFOLOGIA VERME ADULTO T. solium (2 a 4 metros) T. saginata (8 a 12 metros) Cabeça-escólex, Colo-pescoço, Estróbilo-corpo Verme Adulto MORFOLOGIA Escolex - cabeça;: contém 4 ventosas, sendo a T. solium tem um rostro armado de ganchos, localizados entre as ventosas Pescoço ou colo Corpo constituídos por proglotes ( jovens, maduras e gravidas) Escólex Seção Imatura Seção Madura Seção grávida Estróbilo de Taenia 800 – 1000 proglotes – 3 metros de comprimento – T. solium > 1000 proglotes – 8 metros de comprimento – T. saginata Proglote grávida – 30 a 80 mil ovos MORFOLOGIA Proglótides grávidas ramificaçoes pouco numerosas e dendríticas muitas ramificações e dicotômicas Teníase e cisticercose Distribuição mundial; Frigoríficos controlados: taxa de infecção de bovinos: 0,19 – 7%; Frigoríficos sem controle: 23- 42%. Taenia sp – ciclo biológico Ciclo de vida de Taenia solium Ciclo de vida de Taenia saginata TRANSMISSÃO TENÍASE - ingerir carne suína ou bovina, crua ou malcozida, infectada, respectivamente, pelo cisticerco de cada espécie de Taenia. CISTICERCOSE HUMANA – ingestão acidental de ovos viáveis da Taenia que foram eliminados nas fezes de portadores de teníase. (larva no tecido) Auto-infecção externa – portadores de Teníase eliminam proglotes e ovos de sua própria Taenia levado a boca pelas mãos contaminadas ou copofagia- ingestão de ovos em alimentos Auto-infecção interna – movimentos intestinais, proglotes grávidas ou ovos no estômago, liberação da oncosfera e inicio ciclo. TENÍASE E CISTICERCOSE DEFINIÇÃO Teníase O hospedeiro definitivo (humanos) infecta-se ao ingerir carne suína ou bovina, crua ou malcozida, infectada, respectivamente, pelo cisticerco de cada espécie de Taenia. Habitat: Vermes adultos da T. solium e T. saginata vivem no intestino delgado do homem Cisticercose ingestão acidental de ovos viáveis da Taenia que foram eliminados nas fezes de portadores de teníase. Habitat: Cysticercus celulosae (Taenia solium) e C. bovis (Taenia saginata) é encontrado nos tecidos subcutâneo,muscular, cerebral e nos olhos de suínos e acidentalmente no homem. MORFOLOGIA CISTICERCO Antes: considerado outra espécie – Cysticercus bovis; Hoje: larvas de Taenia; Vesícula opaca contendo líquido transparente com com colo e escólex invaginados; Quando ingerido pelo homem – desenvaginação do escólex ocorre no intestino delgado. Patogenia - Teníase Os vermes alimentam de nutrientes intestinais do hospedeiro; Fixação do escólex na parede intestinal (ação traumática); Destruição Epitelial Constipação Intestinal: enovelamento do estróbilo (corpo) da Taenia no intestino; Sintomas: Náuseas, Vômitos, Dores abdominais, Fome exagerada e perda de peso. Retirada de uma tênia de uma criança é um evento comum em alguns lugares do mundo! PATOGENIA - Cisticercose Cisticercos em tecidos: músculo esquelético, cardíaco, globo ocular e sistema nervoso central; Compressão dos tecidos: crescimento do cisticerco ( comprime tecidos); infiltra-se nos tecidos por ramificações tornando sua retirada difícil. Calcificação nos tecidos aumenta também a compressão. Gravidade da doença depende da localização do cisticerco: migra geralmente para SNC, coração e pulmão); Sintomas: SNC (neurocisticercose) cefaleia, crises compulsivas, coma e morte MORFOLOGIA OVOS Esféricos (30 mm de diâmetro); Embrióforo (casca) protege o embrião (oncosfera); Tem aspecto de pneu; Indistinguível entre as espécies. Taenia sp - Hoffman Figura 24: ovo de Taenia sp nas fezes (400X). Cisticercose ventricular (imagem de ressonância magnética) cisticerco Cisto gigante originado da fissura de Silvio (imagem de ressonância magnética) Cisticercose cerebral humana García & Brutto, Acta Tropica 87, 71-78, 2003 CISTICERCOSE NEUROCISTICERCOSE: Instalação da larva processo inflamatório morte do cisticerco (3 a 6 meses após a infecção) cisticerco é totalmente absorvido (ficando no local apenas um nódulo cicatricial) ou calcificação do cisticerco (permanecendo por longos anos) a reação em torno dos cisticercos pode provocar disturbios circulatórios graves, como redução do fluxo sanguíneo e periarterites. PROFILAXIA Melhoria nas condições dos criadouros de animais; Inspeção sanitária em matadouros e frigoríficos; Incinerar as amostras positivas; Não ingerir carne mal passada ou crua (kibe cru) Tratamento do indivíduo infectado; Educação sanitária. TRATAMENTO TENÍASE Niclosamida ou Praziquantel (dose única) Popular: semente de abóbora (300 g em água ou leite) - Sentar em bacia com água morna (eliminação da Taenia) NEUROCISTICERCOSE (medicamentoso ou cirúrgico) Praziquantel ou Albendazol (28 dias) + corticóide+ anticonvulsivos Himenolepíase Filo Platyhelminthes Classe Cestoda Família Hymenolepididae Espécie Hymenolepis nana Himenolepíase Agente etiológico: Hymenolepis nana (tênia anã) ou Hymenolepis diminuta(tênia do rato); Transmissão: oral-fecal (ovos); ingestão de ovos através de água ou alimentos contaminados; Profilaxia: saneamento básico, lavagem de alimentos; controle de ratos; Sintomas : diarréia, dor abdominal e outros sintomas, palidez, perda de peso; CICLO Himenolepíase Ovos embrionados nas fezes Ovo ingerido por inseto Cisticercóide se desenvolve no inseto Humanos e roedores são infectados quando ingerem artrópodos infectados com o cisticercóide Ovos embrionados ingeridos por humanos através de fômites contaminados Pode ocorrer auto infecção se os ovos permanecem no intestino. Os ovos então liberam a larva hexacanta, que penetra nas vilosidades do intestino continuando o ciclo Oncosfera eclode, cisticercóide se desenvolve na vilosidade do intestino Adulto no íleo Ovos podem ser liberados através do átrio genital dos proglótides grávidos. Proglótides grávidos podem também se desintegrar liberando ovos que saem nas fezes 8 – Hymenolepis nana Figura 27: ovo de Hymenolepis nana (400X). Hymenolepis diminuta Parasita do intestino delgado de ratos e camundongos 30-60mm, vive 5-7 semanas, semelhante a H.nana Hosp. Intermediário: pulgas (larva cisticercóide) Eventualmente infecta humanos (200 casos), por ingestão de alimentos contaminados com pulgas Infecção assintomática, cura em 5-7 semanasModelo experimental de infecção cestóide Hymenolepis diminuta = é maior que a nana Figura 28: ovo de Hymenolepis diminuta (200X). Difilobotríase Difilobotríase Agente etiológico: Diphyllobotrium latum = tênia do peixe Transmissão: ingestão de carne de peixe crua de peixe Profilaxia: não-ingestão de peixe cru ou congelamento desse peixe antes do consumo. Filo Platyhelminthes Classe Cestoda D. latum é encontrado na carne de peixes frescos de água doce ou de água salgada que migram para água doce para a reprodução; O salmão é o peixe que mais comumente transmite a difilobotriose, que também pode ser transmitida por trutas Ciclo de vida de Diphyllobothrium latum Ovos não embrionados liberados nas fezes Ovos embrionam na água Coracídios eclodem dos ovos e são ingeridos por crustáceos Procercóide no hemoceloma dos crustáceos Crustáceo infectado ingerido por pequenos peixes de água doce. Procercóide se transforma em plerocercóide. Peixe predador come o peixe menor infectado Humano ingere peixe cru ou mal cozido ESCÓLEX Adultos no intest delgado Proglótides liberam ovos imaturos O plerocercóide pode ser transferido para o topo da cadeia alimentar a medida que peixes maiores (transferência de hospedeiros) comem os menores Na água, os ovos eclodem liberando uma larva livre- natante (CORACÍDIO) Primeiro hospedeiro intermediário (um copépodo; Cyclops sp.) ingere o coracídio O coracídio se desenvolve num PROCERCÓIDE O copépode é ingerido por um peixe e o procercóide se desenvolve num PLEROCERCÓIDE na musculatura do peixe. O plerocercóide se liga ao epitélio do intestino delgado e se transforma numa tênia adulta (sexualmente madura) O hospedeiro definitivo é infectado quando ingere um plerocercóide em peixe cru ou mal cozido. Ovos elminados nas fezes do hospedeiro O CICLO DE VIDA DE Diphyllobothrium latum Figura 7: ovo de Diphylobothrium latum mostrando opérculo(400X). Diphyllobothrium latum Ovo = 58 a 76 por 40 a 51 mm NOTAR OPÉRCULO ESTRÓBILO PROGLÓTIDE Proglotes com o útero central característico Até 25 metros de comprimento 1.000.000 de ovos/dia PROCURA-SE Figura 1 - Fotos da amostra analisada. (A) Verme adulto de Diphyllobothrium latum, (B) proglotes que medem aproximadamente 2mm de comprimento Sintomas A difilobotriose é caracterizada por distensão abdominal, flatulência, dor epigástrica, anorexia, náuseas, vômitos, perda de peso e diarréia após 10 dias do consumo Uma complicação peculiar dessa helmintose é o desenvolvimento de anemia microcítica e megaloblástica, principalmente em pessoas geneticamente susceptíveis, usualmente de origem Escandinávia, pois o parasita adulto tem a capacidade de absorver intensamente a vitamina B12 no intestino do hospedeiro com prolongada infestação. A maioria das infecções são assintomáticas. profilaxia Como medidas profiláticas deve ser recomendada a inspeção visual do peixe e o consumo após o congelamento à temperatura de -20 oC por 7 dias ou de -35 oC por 15 horas, o que inviabiliza os parasitas e, desta forma, ser possível a ingestão crua. Também é importante a prevenção da infecção pelo cozimento adequado dos peixes, dar destino higiênico aos excretos humanos, a inspeção do pescado e o congelamento adequado dos peixes nos frigoríficos. Esquistossomose ou “Barriga d’água” Schistosoma mansoni CLASSE Trematoda - Não segmentado ORDEM Digenea FAMÍLIA Schistosomatidae GÊNERO Schistosoma ESPÉCIE Schistosoma mansoni Schistosoma haematobium Schistosoma japonicum Schistosoma intercalatum Schistosoma mekongi Hospedeiro intermediário: moluscos da Família Planorbidae Doença típica das Américas, Ásia e África Tráfico dos Escravos e imigrantes orientais e asiáticos* - Zona canavieira do nordeste/Outras regiões Introdução - Histórico Distribuição das esquistossomoses no mundo Schistosoma mansoni: África (52 países) , Caribe, Mediterrâneo Oriental, América Latina (Brasil, Venezuela e Ilhas do Caribe); Schistosoma japonicum: Países asiáticos e no Pacífico; Schistosoma haematobium: África (54 países), Mediterrâneo Oriental; Esquistossomose Schistosoma japonicum Schistosoma haematobium - urina o ovo Schistosoma mansoni... Mede cerca de 150mm de comprimento x 60mm de largura, formato oval; Espículo na parte mais larga voltada para trás; A presença do miracídio formado caracteriza o ovo maduro (fezes). Ovo Schistosoma mansoni Espícula lateral; Necessitam atingir água doce para liberar os miracídios; ovo maduro: 3 a 4 semanas (até 5 dias no meio externo); Figura 16: ovo de Shistosoma mansoni (400X). Forma cilíndrica, tegumento recoberto por cílios e medidas semelhantes a do ovo. São atraídos pela luz (fototropismo +) e a secreção da Biomphalaria excita o movimento do mesmo (quimiocinese) – fixação ao caramujo (glândulas adesivas). 180 mm x 64 mm Células germinativas - que dá continuidade ao ciclo no caramujo o miracídio Schistosoma mansoni... Miracídio Viável por até 12 horas; Epitélio ciliado: Deslocamento para encontrar o molusco; Multiplicação e no final de 30 a 40 dias, liberação de cercárias; Hospedeiro Intermediário Caramujo Moluscos da Família Planorbidae; Várias Espécies do Gênero Biomphalaria; (concha plana cor avermelhada) B. glabrata, B.tenagophila, B. straminea. Água doce ou salobra; infecção por toda vida; Schistosoma nansoni MOLUSCOS TRANSMISSORES DA Esquistossomose mansonica Biomphalaria glabrata Biomphalaria tenagophila Biomphalaria straminia (Ceará) o vetor Schistosoma mansoni... Planorbis imunis = Biomphalaria tenagophila o vetor Esquistossomose... 4.500 cercárias/dia 400 cercárias/dia 2.500 cercárias/dia Hospedeiro Intermediário Caramujo Espécies brasileiras Biomphalaria glabrata - Regiões Nordeste e Sudeste, Goiás e Paraná; Biomphalaria tenagophila – Região Sul; Biomphalaria straminea – Região Nordeste; Morfologia das cercárias a cercária Schistosoma mansoni... Mede 500 mm Cauda: 230 mm x 50 mm Corpo cercariano: 190 mm x 70 mm Cutícula com espinhos Duas ventosas 0,3mm Dorsey et al., 2004 Cercárias Cercárias Tem 8 horas para invadir o hospedeiro definitivo (viável por 24/36 horas); luminosidade e temperatura entre 20 a 35ºC e baixo teor salino da água; Fatores facilitadores: Movimento da cauda; Moléculas de lipídeos exercem atração sobre as cercárias, facilitando a localização do hospedeiro; Após a infecção no homem Perda da cauda; São levados para coração e pulmões, além de outros órgãos; Somente os que chegam ao sistemaporta hepático (3 semanas depois) amadurecem; Verme adulto Diferenças entre macho e fêmea Topologia do canal ginecófaro Schisto = fenda + Soma = corpo Schistosoma (corpo em forma de fenda) Fêmea Macho Vive no sistema vascular e não tem órgãos copuladores O verme adulto Schistosoma mansoni... o macho Schistosoma mansoni... Macho: 1cm, cor esbranquiçada, tegumento recoberto por projeções (tubérculos) Ventosa oral Ventosa ventral (acetábulo) Extremidade anterior Extremidade posterior Canal ginecóforo 7 a 9 massas testiculares o macho Schistosoma mansoni... Macho: 1cm, cor esbranquiçada, tegumento recoberto por projeções (tubérculos) Ventosa oral Ventosa ventral (acetábulo) Extremidade anterior Extremidade posterior Canal ginecóforo 7 a 9 massas testiculares a fêmea Schistosoma mansoni... Fêmea: 1,5cm, cor mais escura, tegumento liso Extremidade anterior Ventosa oral e ventral (acetábulo) - vulva, útero e ovários Extremidade posterior Glândulas vitelogênicas (vitelina) e o seco TRANSMISSÃO Ovos de S. mansoni eliminados nas fezes do hospedeiro contaminado, eclodem na água de rios, lagoas ou outras coleções hídricas, liberando larvas ciliadas (miracídios) que infectam o hospedeiro intermediário (caramujo), as quais após quatro a seis semanas abandonam o caramujo, na forma de cercarias, e permanecem livres nas águas naturais. O contato humano com águas que contém cercarias,em atividades de lazer ou de trabalho, é a maneira pela qual o indivíduo adquire a doença, em média, de duas a seis semanas após a infecção. Cinco semanas após a infecção o homem pode excretar ovos viáveis de S. mansoni nas fezes, permanecendo assim por muitos anos, se não for devidamente tratado, constituindo importante fonte de transmissão em locais com saneamento básico deficiente e despejo de dejetos sem tratamento nas coleções hídricas. Ciclo de Biológico (Lutz, 1919) Ovo com miracídio Caramujo Hospedeiro intermediário Cercária Homem Hospedeiro definitivo Parasito Eliminação de fezes Temperatura elevada Luz intensa Boa oxigenação Atração miracidiana Temperatura Um único miracídio pode gerar de 100 a 300 mil cercárias Luz Temperatura Penetração pela pele e mucosas Ciclo de Biológico (Lutz, 1919) Trends in Parasitology Trends in Parasitology Trends in Parasitology Trends in Parasitology Trends in Parasitology Trends in Parasitology Trends in Parasitology Trends in Parasitology Trends in Parasitology Trends in Parasitology Trends in Parasitology Trends in Parasitology Trends in Parasitology Trends in Parasitology Trends in Parasitology Trends in Parasitology Trends in Parasitology Trends in Parasitology Trends in Parasitology Trends in Parasitology Trends in Parasitology Trends in Parasitology Trends in Parasitology Trends in Parasitology Trends in Parasitology Trends in Parasitology Trends in Parasitology Trends in Parasitology Trends in Parasitology Trends in Parasitology Trends in Parasitology Trends in Parasitology Trends in Parasitology Trends in Parasitology Patologia Fase aguda • Assintomática • Dermatite cercariana/ dermatite do nadador. Reação imunoinflamatória à penetração das cercárias. É mais intensa nas reinfecções (hipersensibilidade). • Fase pré postural: 10 - 35 dias = febre, mal estar, tosse, desconforto abdominal, hepatite aguda. • Fase pós postural: 50 - 120 dias = fase toxêmica com febre, calafrios, diarréia, tenesmo, hepatoesplenomegalia discreta. Cercárias Sintomas e tratamento CERCÁRIA: Dermatite cercariana: sensação de comichão, eritema, edema, pequenas pápulas e dor. Os vermes adultos habitam o sistema porta. Com a maturação sexual migram para a veia mesentérica inferior onde se acasalam e iniciam a postura dos ovos Verme adulto Patologia Schistosoma mansoni PATOGENIA (Esquistossomose aguda) CERCÁRIA Dermatite cercariana: sensação de comichão, eritema, edema, pequenas pápulas e dor. ESQUISTOSSÓMULOS 3 dias após são levados aos pulmões e 1 semana depois estão nos vasos do fígado (febre, eosinofilia, linfadenopatia, esplenomegalia, hepatomegalia e urticária). Forma toxêmica. VERMES Os mortos causam lesões no fígado Fase Crônica Patologia Ascite Esplenomegalia Varizes esofagianas Hipertensão portal •INTESTINO : diarréia mucossangüinolenta, hemorragias e edemas; fibrose = diminui peristaltismo = constipação intestinal •FÍGADO : ovos espaço porta = granuloma = fibrose periportal = obstrução ramos hepáticos = Figura 16: ovo de Shistosoma mansoni (400X). Sintomas e tratamento Disseminação de ovos, provocando a formação de granulomas, caracterizando a forma toxêmica; Forma toxêmica :Sudorese, calafrios, emagrecimento, fenômenos alérgicos, cólicas, hepato-esplenomegalia discreta, alterações das transaminases, etc. Sintomas e tratamento Diarreia, dor abdominal, tenesmo, emagrecimento, etc. Formação de numerosos granulomas (presença de grande número de ovos num determinado ponto); Forma hepática No início: fígado aumentado e doloroso a palpação. Os ovos prendem-s nos espaços porta, com a formação de numerosos granulomas (fibrose) Provoca obstrução dos ramos da veia porta, levando à esplenomegalia Fibrose nódulo ( granuloma endurecido) Patologia Sintomas e tratamento Forma esplênica: Devido a congestão do ramo esplênico : Esplenomegalia Consequências: anormal intra-hepática e de anastomoses do plexo hemorroidário, umbigo, esôfago, região inguinal “Barriga d’água” extravasamento do plasma para fora do vaso sanguíneo. REDE MULTICAUSAL ESQUISTOSSOMOSE Ausência de saneamento básico Uso inadequado ou ausente de vestimentas e calçados pelos habitantes das áreas de risco Desequilíbrio ecológico Falta de verificação permanente da fauna vivente nos corpos d´água Falha no controle da disseminação dos caramujos Falta de controle da população de hospedeiros intermediários do verme (caramujo Planorbídeo – Biomphalaria) Falta de informação da população e dos banhistas das regiões infectadas Imprudência da população ao nadar em locais desconhecidos Souza, 2007 Metodologia - Coleta de moluscos AÇÕES DE CONTROLE Para o controle da esquistossomose, as medidas de saneamento básico e ambiental devem ser tomadas em todas as localidades, independente do nível de prevalência e respeitando a legislação ambiental vigente, medidas estas de responsabilidade de órgãos municipais com participação da comunidade local. As principais ações são: Esgotamento sanitário (instalações sanitárias, coleta e tratamentode dejetos); Instalações hidráulicas e abastecimento de água potável visando reduzir o contato da população com coleções de risco; AÇÕES DE VIGILÂNCIA A vigilância epidemiológica da Esquistossomose consiste nas seguintes ações: Notificação compulsória dos casos identificados por laboratórios e serviços de saúde; Busca ativa de casos e ações de controle dos portadores, por intermédio de inquéritos coproparasitológicos de escolares ou na população; Investigação dos casos e estudos epidemiológicos analíticos complementares; Medidas de prevenção e controle. Tratamento Principais drogas • Oxamniquina: aumenta a motilidade do parasito e inibe a síntese nucléica. Adulto: 15mg/kg/VO/dose única Criança: 10mg/kg/VO/dose única - 2 vezes ao dia Sintomas: alucinações, tonteiras, excitação • Praziquantel (Cestox): formas jovens, lesando o tegumento do parasito. Adulto: 50mg/kg/VO/dose única Criança: 60mg/kg/VO/dose única (3 dias consecutivos) Sintomas: dor abdominal, diarréia,cefaléia e astenia Enterobíase – Oxiúros ENTEROBIOSE ou Oxiurose Filo Nematoda; classe Sarcentea; familia: Oxyuridae; espécie: Enterobius vermicularis Agente etiológico Enterobius vermicularis Vermes daultos medem 1cm Enterobíase - ciclo ciclo Após a copula, os machos são eliminados e as fêmeas repletas de ovos dirigem-se para a região anal, especialmente durante a noite. Os ovos eliminados já contendo larvas (L2) dentro de poucas horas se transformam em larvas infectantes dentro dos ovos, os quais são ingeridos junto com alimentos ou mãos sujas. Chegando ao intestino, essas larvas eclodem e dirigem-se ao ceco, onde se transformam em vermes adultos, os machos morrem dentro de 15 dias e as fêmeas se dirigem para o anus e região perianal cerca de 60 dias depois da ingestão dos ovos, quando também morrem. Enterobíase Homem é único hospedeiro; Maior incidência entre escolares e pré-escolares; Após a cópula macho morre e a Fêmea grávida ( 5.000 a 16.000 ovos) na região perianal à noite (prurido); Ovos aderentes e a proteína na casca provoca a reação de intenso prurido na pele; Ovos tronam-se infectantes em 3 a 6 horas; Transmissão Heteroinfecção: transmissão do parasita de um individuo para o outro, pela inalação e ingestão de ovos disseminados por via aérea. Ingestão dos ovos envolve principalmente os cuidadores infectados, que transmitem os ovos por meio de mãos sujas para as crianças. Auto-infecção é a reinfecção com ovos procedentes do mesmo individuo, que também pode se dar por via inalatória ou pela transmissão direta do anus para a boca do próprio paciente, por meio de mãos sujas. Ato de roer unhas e chupar dedos, pode levar a auto –infecção constantes. Figura 10: ovos de Enterobius vermicularis (400X) obtidos pelo Método de Graham (fita durex). Figura 9 : ovo de Enterobius vermicularis larvado (400X). Epidemiologia Distribuição geográfica mundial Fonte de infecção: Próprios humanos. Residência, creches, enfermarias. Onde um paciente infectado pode contaminar todo o ambiente, principalmente com o habito de sacudir pijamas e roupas de cama, o que espalha os ovos. Via de transmissão: alimentos, poeiras ou mãos sujas Via de penetração : boca Enterobíase - profilaxia profilaxia: educação sanitaria ( lavagem das mãos após a defecção, antes das refeições e preparo de alimentos, unhas curtas, evitar o ato de coçar a região perianal); realizar a troca da roupa intimas, cama mesa e banho, ferver ou lavar roupas em agua quente 55C, intalações sanitarias adequadas. Tricuríase Filo Nematoda:; Classe Sercenentea; familia: Trichuridae; especie: Trichuris trichiura Vermes adulto: 4 cm apresentando a extremidade anterior muito fina e a posterior mais espessa, dando ao helminto a figura de chicote. Macho tem a extremidade posterior recurvada e a femea retilinea Tricuríase – macho e fêmea (verme adultos) Tricuríase Agente etiológico: Trichuris trichiura Transmissão: oral-fecal (ovos); ingestão de ovos através de água ou alimentos contaminados; Profilaxia: saneamento básico, uso de calçados, lavagem de alimentos Tricuríase Também chamado tricocéfalo, extremidade anterior do corpo ser afilada, lembrando cabelo (gr. Thrikhos = cabelo); Trichocephalus trichiurus Ovo : fêmea elimina 3.000 – 7.000 ovos / dia Ovos infectantes no solo por vários meses: temperatura entre 15 e 30C, umidade e sombra; Após a cópula reinicio do ciclo 30 a 60 dias; Pequenas úlceras no tecido: ingere 0,005ml sg por dia. Tricuríase - ciclo ciclo Fêmeas botam cerca de 7000 ovos por dia, que saem nas fezes, os ovos podem ser ingeridos com água e alimentos contaminados. No ID liberam as larvas que migram para o IG onde se fixam. Nesse local elas sofrem mudas e se transformam em vermes adultos. Cerca de 2 a 3 meses após a ingestão dos ovos, o pacientes inicia a eliminação de ovos pelas fezes. Trichuris trichiura Figura 5: ovo de Trichuris trichiura (400X). Patogenia A grande maioria dos pacientes não apresentam sintomas ou alterações significativas. No caso de infecções maciças, podem ocorrer diarreia, emagrecimento e alguns pacientes com infecções elevadas, especialmente crianças, podem ocorrer o prolapso retal durante o intervalo das evacuações. profilaxia Tratamento dos doentes Serviços sanitários e educação sanitária Obrigada Pela Presença! Bibliografia 1. Neves, David Pereira. Parasitologia humana. 11. ed. São Paulo : Atheneu, 2005. 494 p. 2. Rey, Luis. Bases da parasitologia médica. 2. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 410 p, 2002. 3. Pessoa, S.B. & Martins, A.V. Parasitologia Médica. 11 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 872 p, 1982.
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