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Habeas corpus

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Direito Constitucional I 
 
PROF: André Rodrigues 
ALUNA ACADEMICA: Andrienne Vieira Leão 
TURMA: Direito U 2º P 
 
Legitimidade ativa: Gabriel Silva 
Legitimidade passiva: Delegado de Policia 
 
 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DR. Desembargador Presidente do TJ de... 
 
Advogado inscrito na OAB//... sob nº ..., com endereço profissional ...para fim do 
artigo 39 do CPC, vem mui respeitosamente à presença de Vossa Excelência com 
fundamento artigo 5º LXVIII e artigos 647 e seguintes do CPP impetrar: 
 
 
HABEAS CORPUS 
 
Em favor de Gabriel Silva, inscrito no CPF Nº..., portador de RG sob o nº de..., 
residente e domiciliada no endereço..., contra o ato do Ilustre Delegado de Policia da 
cidade de Carlândia pelos fatos e fundamentos a seguir: 
 
I- DOS FATOS 
É em síntese o breve relatório, o paciente Gabriel Silva encontra-se privado de sua 
liberdade, em razão do crime de adultério descrito no art. 240 do CP, a prisão foi 
determinada pelo Delegado de policia da cidade de Carlândia embasado no inquérito 
policial que ainda está em andamento. 
 
II- DO DIREITO/ DOS FUNDAMENTOS 
Tendo em vista a restrição de liberdade apontada é flagrantemente ilegal e absurda, 
pois o paciente encontra-se privado de sua liberdade sem sequer um processo contra 
o paciente, apenas o inquérito policial em andamento. 
Também é grande importância ressaltar que o crime a qual o paciente está sendo 
acusado, o descrito no art. 240 do CP foi revogado pela lei n° 11.106/2005, assim 
sendo, o motivo pelo qual o paciente foi privado de sua liberdade é totalmente 
injusto e incabível, a situação a que se encontra o paciente é degradante e acima de 
tudo vergonhosa, pois expõe imagem e honra do paciente. 
Assim é perceptível uma grande afronta aos direitos fundamentais consagrados no 
art. 5° da Constituição Federal, em especial: 
“II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer 
alguma coisa senão em virtude de lei;” 
“III - ninguém será submetido a tortura nem a tratamento 
desumano ou degradante;” 
“X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a 
imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo 
dano material ou moral decorrente de sua violação;” 
“LIV - ninguém será privado da liberdade ou de seus bens 
sem o devido processo legal”; 
“LXI - ninguém será preso senão em flagrante delito ou por 
ordem escrita e fundamentada de autoridade judiciária 
competente, salvo nos casos de transgressão militar ou crime 
propriamente militar, definidos em lei.” 
Neste sentido a jurisprudência pátria dispõe: 
RECURSO EM SENTIDO ESTRITO. ADULTÉRIO. 
QUEIXA-CRIME REJEITADA. LITISPENDÊNCIA. CAUSA 
DE PEDIR DIVERSA. INAPLICABILIDADE. AUSÊNCIA 
DE CONDIÇÃO DA AÇÃO. IMPOSSIBILIDADE JURÍDICA 
DO PEDIDO. FATO ATÍPICO. ART. DO . REVOGADO. 
INCONSTITUCIONALIDADE DA LEI Nº INVIABILIDADE. 
1. Se as partes são as mesmas, o pedido, no caso, a condenação 
por suposto crime de adultério, também é idêntico, todavia, a 
causa de pedir é diversa, inviável a caracterização da 
litispendência. 2. A ausência de qualquer condição da ação, 
no caso, impossibilidade jurídica do pedido, é motivo idôneo 
para a rejeição da queixa-crime, uma vez que o delito de 
adultério foi descriminalizado, ocorrendo a abolitio criminis, 
bem como o fato narrado na inicial acusatória é atípico, 
conforme o artigo . 3. Não há falar em inconstitucionalidade da 
Lei nº 11.106/2005, uma vez que se mostra adequada e coerente 
com o, com a legislação vigente e principalmente com as 
mudanças da sociedade, uma vez que há muito o adultério já 
estava, na prática, descriminalizado. 4. Recurso conhecido e 
desprovido. (Relator Ministro João Batista Teixeira, julgamento 
em 31.07.2014, DJE : 15/08/2014 . Pág.: 274)-gn 
 
Contudo, não se pode dizer que o paciente Gabriel Silva cometeu algum ilícito penal, 
pois o crime a qual este está sendo acusado, como já citado mais acima não se 
configura mais crime, pois este foi revogado pela 11.106/2005, portanto o adultério 
não se configura crime, assim fica evidente que o paciente está submetido a prisão 
ilegal, ferindo assim a sua dignidade humana. 
 
 
III- DA LIMINAR 
A concessão de liminar em habeas corpus se dá quando configurados, de plano, o fumus 
boni iuris e o periculum in mora que estão presentes no caso em epigrafe. 
A comprovação de fumus boni iuris, para efeito de concessão do presente pedido de 
liminar, não nos obriga a maiores esforços argumentativos. Confunde-se com a 
procedência, em tese, da presente Ordem de Habeas Corpus. O fumus boni iuris 
evidencia-se com a leitura da presente petição e os documentos que a ela são anexadas. 
O periculum in mora, por sua vez, é absolutamente evidente. A não-concessão da 
presente liminar implica, conforme já demonstrado, em dano irreparável, já que a 
paciente permanecerá presa ilegalmente de acordo com a Constituição Federal. 
Assim, dúvidas não há no sentido de que será irreparável a manutenção da prisão do 
paciente que inclusive não cometeu crime algum. 
 
 
 
IV- DOS PEDIDOS 
Diante do fato apresentado, evidente se faz a necessidade de procedência da: 
a) Concessão da liminar com a conseqüente expedição do alvará de 
soltura. 
b) Notificação da autoridade coatora para prestar informações. 
c) A intimação do ilustre representante do MP. 
d) Que a presente ação seja julgada no mérito procedente, isso por ser 
medida de justiça. 
 
Valor da causa: R$ 1000,00, para fins procedimentais. 
 
 
Data 
 
 
Nome de ADVOGADO/OAB...

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