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Segunda Semana

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SEGUNDA SEMANA
TÉRMINO DA IMPLANTAÇÃO
A implantação do blastocisto é completada no fim da segunda semana. Ela ocorre durante um período restrito entre 6 e 10 dias depois da ovulação. O trofoblasto aumenta cada vez mais o contato com o endométrio.
Na área sobre o embrioblasto, o trofoblasto se diferenciou em duas camadas: uma interna, de células mononucleares, o citotrofoblasto; e uma externa multinucleada sem limites celulares distintos, o sinciciotrofoblasto. No citotrofoblasto são encontradas as células mitóticas, que se dividem e migram para o sinciciotrofoblasto, no qual se fusionam e perdem suas membranas celulares individuais.
O sinciciotrofoblasto, erosivo (produz enzimas que erodem os tecidos maternos), invade o tecido conjuntivo endometrial e o blastocisto vagarosamente se aprofunda no endométrio. As células sinciciotrofoblásticas deslocam as células endometriais na parte central do sítio de implantação. As células endometriais sofrem apoptose (morte celular programada), o que facilita a invasão. O mecanismo molecular da implantação envolve a sincronização entre o blastocisto invasor e um endométrio receptor. Microvilosidades das células endometriais, moléculas celulares de adesão, citocinas, prostaglandinas, genes homeobox, fatores de crescimento e metaloproteinases de matriz representam seu papel para que o endométrio se torne receptivo. 
Nesse momento começa a acontecer a reação decidual. Para o blastocisto se implantar no endométrio, é necessária uma reserva energética para suprir as necessidades do zigoto, mas como no útero não existem células adiposas (reserva energética), as células fibrosas assumem essa função. As células do endométrio em torno do sítio de implantação passam a absorver glicogênio da corrente sanguínea e a armazenar dentro de seus núcleos. Caso haja necessidade de suprimento energético, algumas dessas células degeneram na região de penetração do sinciciotrofoblasto. O sinciciotrofoblasto engloba essas células em degeneração que fornecem uma rica fonte para a nutrição embrionária.
O corpo lúteo é uma estrutura glandular endócrina que, quando a mulher está grávida, secreta estrogênio e progesterona pra manter o endométrio durante a gestação, evitando a descamação do útero. O sinciciotrofoblasto produz o hormônio hCG, que mantém a atividade hormonal do corpo lúteo no ovário durante a gravidez.
No fim da segunda semana, o sinciciotrofoblasto produz uma quantidade de hCG suficiente para dar um teste positivo para a gravidez.
A medida que o blastocisto está entrando no endométrio, várias estruturas extra-embrionárias estão se formando ao mesmo tempo:
FORMAÇÃO DO DISCO EMBRIONÁRIO
As células da massa celular interna (ou embrioblasto) se diferenciam para formar uma placa bilaminar chamada de disco embrionário, formado por duas camadas:
hipoblasto - pequenas células cuboides adjacentes à cavidade blastocística
epiblasto - células colunares altas adjacentes à cavidade amniótica
O disco embrionário origina as camadas germinativas que formam todos os tecidos e órgãos do embrião.
FORMAÇÃO DA CAVIDADE AMNIÓTICA
Com a implantação do blastocisto no endométrio, fluidos começam a entrar entre células do epiblasto formando uma cavidade chamada de cavidade amniótica. A camada de epiblasto que fica acima da cavidade amniótica é chamada de âmnio.
FORMAÇÃO DO SACO VITELINO
Em torno do 9º dia enquanto o blastocisto entra no endométrio, no polo embrionário, o hipoblasto forma uma membrana fina, a membrana exocelômica ou de Heuser. Essa membrana com o hipoblasto forma o revestimento da cavidade interna do blastocisto (cavidade exocelômica), o saco vitelino.
NUTRIÇÃO DO EMBRIÃO
Quando o sinciciotrofoblasto esta invadindo o tecido conjuntivo e correndo a parede do útero, ele também vai "engolindo" glândulas e vasos sanguíneos (sinusóides). Quando esses vasos e glândulas se rompem, o sangue e a secreções vão se alojando no sinciciotrofoblasto formando lacunas. O fluido dessas lacunas — embriotrofo — passa por difusão para disco embrionário e fornece material nutritivo ao embrião. Essa comunicação entre os vasos sanguineos e as lacunas é chamada de circulação uteroplacentária. 
No 10º dia o blastocisto está completamente implantado no endométrio, o orifício deixado por sua penetração é fechado por um tampão, o coágulo sanguíneo fibroso. Por volta do 12º dia, o epitélio quase totalmente regenerado recobre o tampão. Algumas vezes, ocorre sangramento no local da implantação, como resultado de aumento do fluxo sanguíneo para os espaços lacunares. Como esse sangramento ocorre próximo ao vigésimo oitavo dia do ciclo menstrual, pode ser confundido com sangramento menstrual normal e causar inexatidão na determinação da data provável do parto.
No embrião de 12 dias, as lacunas sinciciotrofoblásticas adjacentes fundem-se para formar as redes lacunares, que dão ao sinciciotrofoblasto um aspecto esponjoso.
MESODERMA, CELOMA E SACO SECUNDÁRIO
Uma nova população de células aparece na superfície externa do trofoblasto que está envolvendo o saco vitelino primário. Essas células formam um tecido conjuntivo frouxo e delicado, o mesoderma extraembrionário, que acaba preenchendo todo o espaço entre o trofoblasto externamente e o âmnio e o saco vitelino primário. O mesoderma extra-embrionário cresce, e surgem no seu interior espaços celômicos extra-embrionários isolados. Esses espaços fundem-se rapidamente e formam uma grande cavidade isolada, o celoma extra-embrionário ou cavidade coriônica. Esse espaço circunda o saco vitelínico primitivo e a cavidade amniótica, exceto no local onde o disco germinativo se conecta ao trofoblasto. 
Ele divide o mesoderma extraembrionário em dois, a parte mais externa que fica revestindo o citotrofoblasto e o âmnio é denominado mesoderma extraembrionário somático, e o revestimento do saco vitelínico é conhecido como mesoderma extraembrionário esplâncnico.
Com a formação do celoma extra-embrionário, o saco vitelino primitivo diminui de tamanho e se transforma em saco vitelino secundário. O saco vitelino é o sítio de origem das células germinativas primordiais e ele pode ter um papel na transferência seletiva de nutrientes para o embrião.
CÓRION
O mesoderma somático extra-embrionário e as duas camadas de trofoblasto formam o córion. 
O celoma extra-embrionário é agora chamado de cavidade coriônica. O saco amniótico e o saco vitelino são duas bolas pressionadas uma contra a outra (no sítio do disco embrionário) e suspensos por um cordão (o pedículo do embrião) no interior de um balão maior (o saco coriônico). 
O ultrasom transvaginal é usado para medir o diâmetro do saco coriônico. Essa medida é importante para a avaliação do desenvolvimento embrionário inicial e da progressão da gravidez. O embrião no 14ª dia ainda tem a forma de um disco embrionário bilaminar, mas as células hipoblásticas, em uma área localizada, são agora colunares e formam uma área circular espessada — a placa precordal — que indica o futuro local da boca e um importante organizador da região da cabeça.

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