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TED Responsabilidade Civil do Estado - Reginalda

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UNIVERSIDADE CATÓLICA DO SALVADOR
FACULDADE DE DIREITO - FEDERAÇÃO
Curso de DIREITO
josé MIGUEL MAGALHÃES
PEDRO HENRIQUE GUERREIRO
TED – TRABALHO EFETIVO DISCENTE
“RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO” À LUZ DO CÓDIGO CIVIL 2002 E DO ART. 37, § 6º DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL
Salvador
2016�
José MIGUEL MAGALHÃES
PEDRO henrique guerreiro
TED: “RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO” À LUZ DO CÓDIGO CIVIL 2002 E DO ART. 37, § 6º DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL
 
Trabalho efetivo discente (TED) apresentado à Disciplina de Direito Civil V, como requisito parcial para obtenção de nota da segunda avaliação do curso, no semestre 2016.1, com a tarefa de interpretar a “Responsabilidade Civil do Estado”. 
Professora: Reginalda Paranhos R. Leite de Brito
2016
RESUMO
O presente trabalho visa analisar a Responsabilidade Civil do Estado à luz do Código Civil 2002, bem como do art. 37, § 6º da Constituição Federal de 1988, buscando fazer uma análise cognitiva da responsabilidade objetiva dentro do contexto estatal.
No trabalho visa a interpretação conceitual da Responsabilidade Civil do Estado; apresentar os elementos constituidores da Responsabilidade objetiva do Estado; fazer uma síntese de sua evolução histórica; analisar os pressupostos que excluem a reponsabilidade estatal, bem como como conhecer os fundamentos legais que ensejam a responsabilidade civil do Estado.
Palavras-chave: Responsabilidade. Estado.
RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO
CONCEITO: É a obrigação do Estado no sentido de reparar ou indenizar os danos causados a terceiros por atos lícitos ou ilícitos, comissivos ou omissivos, praticados em decorrência de suas atividades.
O Estado não tem responsabilidade penal nem administrativa, o Estado só tem responsabilidade civil, que significa o dever de indenizar pelo dano que alguém tenha sofrido em face de ato ilícito do Estado.
EVOLUÇÃO HISTÓRICA
A irresponsabilidade do Estado
1ª FASE – (séc. VIII) – não havia indenização por danos causados a terceiros. Esta fase é conhecida com a fase de irresponsabilidade do Estado. Nesta época existia uma ligação muito forte entre a figura do Rei e da Igreja. O Rei era coroado pela igreja, então se fazia a analogia: A igreja (Deus) escolheu o rei, e se Deus não erra, o rei não erra, não faz mal, portanto, se não havia nem um mal praticado, não havia nem um mal a indenizar alguém.
Essa época é representada pelas expressões: “O rei não erra” (The king can do no wrong”, “O Estado sou eu” (L´Etat c´est moi), “O que agrada o príncipe tem força de lei” etc.
O Estado e o funcionário eram sujeitos diferentes, portanto, este último, mesmo agindo fora dos limites de seus poderes, ou abusando deles, não obrigava, com seu fato, a Administração Pública.
Concepção Civilista
2ª FASE – (sec. XIX) – responsabilidade subjetiva do Estado.
Por volta do século XIX a sociedade passou por uma fase conhecida como “fase subjetiva da responsabilidade civil do Estado”, nessa necessidade subjetiva para receber a indenização havia a necessidade de comprovar o dolo ou a culpa do agente público.
Essa teoria foi adotada pelo código civil de 1916 e vigeu até 2002.
DOLO = intenção de causar o dano
CULPA = o agente assume o risco de causar um dano ao praticar um ato de forma negligente, imprudente ou com imperícia.
A passagem para uma segunda fase é concebida pela teoria civilista da responsabilidade estatal, em que tem como pressuposto a culpa do funcionário e nos princípios da responsabilidade por fato de outrem (patrão, representante, mandante). Em síntese, era a negação do direito.
3ª FASE – (final do sec. XIX) refletida na constituição de 88, é quando se passa a pensar na responsabilidade objetiva do Estado, independe de comprovação de dolo ou culpa do agente público (art. 37 § 6º).
Obs.: “Tem um fato histórico relacionado a esta fase, quando no final do século XIX, na França, uma menina foi atropelada por um vagão de uma empresa pública que transportava fumo, enquanto o vagão passava até o porto, a menina foi colhida e veio a falecer. O Estado Frances foi obrigado a pagar uma indenização, independente de comprovação de dolo ou culpa”.
Ressalta-se que os vagões corriam nos trilhos sem que houvesse alguém para controlá-los.
Para fazer jus a indenização o ofendido precisa apenas comprovar que sofreu um dano, independente de comprovação de culpa ou dolo.
RESPONSBILIDADE OBJETIVA DO ESTADO
Nesta fase, é descartada qualquer indagação a respeito da culpa do agente causador do dano. Basta, apenas, provar o NEXO CAUSAL, que é a relação de causalidade entre o FATO e o DANO. O fato tem que estar ligado à administração pública, obviamente, ou prestação de um serviço público, seja direto ou indiretamente. E o dano tem que ser INJUSTO.
Quando o fato decorre de uma conduta comissiva (ação) do Estado ou relacionada a este, o ônus da prova é do Estado. Porém se o fato advier de uma conduta omissiva (omissão), em que o Estado deveria ter agido e não o fez, o ônus da prova é de responsabilidade do ofendido (vítima). Exemplo: Buraco na via pública, com dano para o veículo.
TEORIA DO RISCO ADMINISTRATIVO
Essa teoria diz que: “a Administração Pública gera risco para os administrados, entendendo-se como tal a possibilidade de dano que os membros da comunidade podem sofrer em decorrência da normal ou anormal atividade do Estado”. 
Em síntese, a teoria do risco administrativo importa atribuir ao Estado a responsabilidade pelo risco criado pela sua atividade administrativa. O que quer dizer que toda lesão sofrida pelo particular deve ser reparada, independente de culpa do agente público que a causou.
É a teoria que admite a excludente de responsabilidade (adotada pelo Brasil) para a interpretação da responsabilidade objetiva do Estado. Essa teoria admite a 
Exclusão da responsabilidade estatal:
- a culpa da vítima
- o caso fortuito (homem)
- a força maior (natureza)
- fato exclusivo de terceiro
* excludente não significa excluir, significa poder excluir.
Danos por omissão do Estado
Há uma controvérsia na doutrina e na jurisprudência quanto à conduta na atuação do Estado, se esta seria só comissiva ou se também omissão, no que se dispõe o art. 37, § 6º da Constituição Federal. Celso Antônio Bandeira de Mello “sustenta ser subjetiva a responsabilidade da Administração sempre que o dano decorrer de uma omissão do Estado. Pondera que no caso de omissão, o Estado não pratica a ação, portanto, não causa o dano e desta forma, não estaria obrigado a indenizar, a obrigação de indenizar restringe-se apenas aqueles prejuízos advindos de eventos que o Estado tem o dever de impedir. Aduz que “a responsabilidade estatal por ato omissivo é sempre responsabilidade por ato ilícito. E, sendo responsabilidade por ilícito, é necessariamente responsabilidade subjetiva, pois não há conduta ilícita do Estado (embora do particular possa haver) que não seja proveniente de negligencia, imprudência ou imperícia (culpa) ou, então, deliberado propósito de violar a norma que o constituía em dada obrigação (dolo)”
Responsabilidade dos prestadores de serviços públicos
O art. 37, § 6º da CF atribuiu aos prestadores de serviços públicos o mesmo tratamento que é dado à Administração Pública no que tange à responsabilidade civil.
“A responsabilidade civil das pessoas jurídicas de direito privado prestadoras de serviços públicos é objetiva relativamente a terceiros usuários e não usuários do serviço, segundo decorre do art. 37, § 6º, da Constituição Federal”. (CAVALIERI, Sérgio Filho – pag.343)
“A inequívoca presença do nexo de causalidade entre o ato administrativo e o dano causado ao terceiro não usuário do serviço público, é condição suficiente para estabelecer a responsabilidade objetiva da pessoa jurídica de direito privado”. (CAVALIERI, Sérgio Filho – pag.343)
Dentro destecontexto epistemológico da responsabilidade civil do Estado, aduz-se ainda os seguintes aspectos de responsabilidade, a saber:
- Responsabilidade subsidiária do Estado e não solidária
- Responsabilidade dos tabeliões, notários e oficiais de registro
- Danos decorrentes de obras públicas
- Danos decorrentes de coisas ou pessoas perigosas de que o Estado tem a guarda
- Danos decorrentes de fenômenos da Natureza e fato de terceiro
RESPONSABILIDADE OBJETIVA,
- Pessoas jurídicas de direito publico
(Entes políticos, autarquias e fundações públicas)
- Pessoas jurídicas de direito privado
(Concessionárias e permissionárias de serviço público) e (empresa pública e sociedade de economia mista, se prestadoras de serviço público).
A responsabilidade objetiva do Estado está disciplinada no artigo 37, 
RESPONSABILIDADE SUBJETIVA
Embora, a regra seja a responsabilidade objetiva, fundada na teoria do risco administrativa, sempre que o dano for causado por agentes do Estado, a responsabilidade subjetiva ainda faz-se presente na ordem jurídica.
A responsabilidade subjetiva configura-se toda vez em que há a relação de causa e efeito entre a atuação administrativa, quer seja comissiva ou por omissão especifica, e o dano. Toda vez que a prestação de serviços do Estado não funciona, funciona mal ou tardiamente, ensejada pela culpa anônima, que em decorrência de um fato de terceiros ou fenômenos da natureza, faz-se presente a chamada responsabilidade subjetiva por omissão genérica.
CONCLUSÃO
O ordenamento jurídico pátrio é pacifico no sentido do entendimento de que o Estado é responsável por suas condutas comissivas e omissivas que causarem danos a terceiros, o que, portanto, gera a obrigação de reparar o indenizar os eventuais danos.
Entretanto, pode ainda o Estado excluir-se da responsabilidade quando ocorrerem determinadas situações em que elimina o nexo de causalidade entre a conduta estatal e o dano, por exemplo, força maior, caso fortuito, culpa exclusiva da vítima ou culpa exclusiva de terceiro.
A doutrina, assim como a jurisprudência, tem entendimento formado e consolidado quanto a responsabilidade objetiva do Estado no que tange à conduta comissiva. Já, quanto à conduta omissiva há controvérsia entre os doutrinadores, em que uma corrente acredita ser a responsabilidade subjetiva, por outro lado, a corrente majoritária acredita ser objetiva, com fundamento no art. 37, § 6º da Constituição Federal.
REFERÊNCIAS
.
CAVALIERI FILHO, Sérgio. Programa de Responsabilidade Civil. 12ª ed. Revista Ampliada – Editora Atlas, 2015.
Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=Nx55_m5VIsU, acesso: em 25/04/2016
Exmo. Sr. Dr. Juiz de Direito da xxª Vara do Juizado Especial da Fazenda Pública Estadual da Comarca de Salvador/BA
BARTOLOMEU TAVARES, brasileiro, casado, professor, portador da carteira de identidade nº 7.676.667-62, SSP-BA, e-mail btavares@zap.com.br, residente e domiciliado à rua Passa Quatro, nº 999, bairro Alto do Cruzeiro, nesta cidade do Salvador-BA, por seus advogados abaixo subscritos, conforme procuração em anexo, vem respeitosamente a este juízo propor a seguinte AÇÃO POR DANOS MORAIS E MATERIAS contra o ESTADO DA BAHIA, pessoa jurídica de direito público interno, podendo ser citado na pessoa do seu Procurador, localizado na Avenida Sussuarana, nº xxxx, Bairro do mesmo nome, nesta capital, com fulcro nos art. 43, 186 e 927 do Código Civil e art. 37, § 6º da Constituição Federal, em face de acidente de transito provocado pelo condutor Sr. Capitão AltamirandoTamandaré da Cunha, brasileiro, policial militar, portador da carteira de identidade de nº xxxxxx-xx, SSP-BA, e-mail atamandare@zap.com.br, residente e domiciliado no Quartel Geral da PM, praça dos Tamarineiros, nº XY, pelos fatos e fundamentos a seguir expostos:
I - DOS FATOS
No dia 24 de dezembro de 2013, o Sr. BARTOLOMEU TAVARES e sua esposa, a Sra. MAGNÓLIA FLORES DO CAMPO BELO, esta, brasileira, professora, portadora da carteira de identidade de nº X.YXY.XYX-YX, SSP-BA, decidiram ir à praia de Inema, em São Tomé de Paripe, subúrbio desta capital, para curtir o lazer em usufruto ao dia de folga em final de semana. Ao trafegar pela via perimetral, no subúrbio de Paripe, que dá acesso à praia de Inema, foi surpreendido por uma viatura policial, em alta velocidade, que trafegava em sentido contrário, em perseguição uma dupla de indivíduos que havia trocado tiros com os policiais que se encontravam em ronda na praia de São Tomé, momentos antes.
O Sr. BARTOLOMEU, ao tentar, bruscamente, evitar o choque contra a viatura, fez uma manobra brusca, precipitando-se em um buraco no meio da pista de rolamento, o que o fez perder o controle da direção do seu veículo, indo de encontro a uma árvore ao que fica ao lado da pista contraria, colidindo frontalmente e ocasionando múltiplas fraturas expostas à sua esposa, assim como lesões de natureza leves consigo próprio.
Diante da gravidade da Sra. MAGNÓLIA, foi acionado o SAMU em caráter de emergência, onde o mesmo só apresentou para o socorro 01h40min depois. Após receber os primeiros socorros no local, a Sra. MAGNÓLIA foi conduzida para o Hospital do Subúrbio, onde foi constatado o seu óbito, logo após dar entrada na emergência.
II - DO DIREITO
O pleito ao ressarcimento dos prejuízos, assim como a reparação do dano causado, está embasado nos pressupostos elementares que legitimam a responsabilidade civil do Estado, como nos dispositivos legais a seguir mencionados:
O parágrafo 6º do art. 37 da Constituição Federal traz expresso que:
“As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa “.
O Código Civil no art. 43 dispõe que:
“As pessoas jurídicas de direito público interno são civilmente responsáveis por atos dos seus agentes que nessa qualidade causem danos a terceiros, ressalvado o direito regressivo contra os causadores do dano, se houver, por parte destes, culpa ou dolo”.
	O art. 186 do Código Civil prescreve in verbis:
Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.
	Ainda, o art. 927 do Código Civil, combinado com o art. 186 do mesmo diploma prescreve in verbis:
“Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo.
Parágrafo único. Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de culpa, nos casos especificados em lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua natureza, risco para os direitos de outrem”.
III - DO DANO MORAL E MATERIAL
O autor, por culpa do Estado, teve seu direito de continuar com uma vida normal e sendo interrompida sua rotina de lazer de maneira abruta e intempestiva.
É inquestionável a conduta do agente que conduzia o veiculo do Estado ao provocar o acidente com danos irreversível para todos os familiares. Pois, de todos os danos sofridos, o mais sofrido é a constatação da perda de um ente querido de maneira repentina e inesperada.
Demonstrada a lesão sofrida pelo Autor, deve o Estado responder pelos atos dos seus agentes, seja pela responsabilidade objetiva, que nesses autos está sobejamente comprovada, haja vista a imprudência impetrada pelo o condutor da viatura policial.
Este é o entendimento da 4ª Câmara Civil do Estado de Minas Gerais:
	
Processo:
	
AC 10362130040748001 MG
	Relator(a):
	Renato Dresch
	Julgamento:
	07/07/0015
	Órgão Julgador:
	Câmaras Cíveis / 4ª CÂMARA CÍVEL
	Publicação:
	15/07/2015
Ementa
“APELAÇÃO CÍVEL - AÇÃO DE RESSARCIMENTO - ESTADO DE MINAS GERAIS - ACIDENTE DE TRÂNSITO - VIATURA POLICIAL - COLISÃO - CULPA DO CONDUTOR- COMPROVAÇÃO - AUSÊNCIA.
1. A ação de ressarcimento proposta pelo Estado de Minas Gerais com fundamento no art. 37, § 6º, da CR/88, exige prova de dolo ou culpa do servidor no desempenho de suas funções.
2. O ônus da prova quanto à culpa do agente público pela colisão da viatura recai sobre o Estado, autor da ação, nos termos do art. 333, I, do Código de Processo Civil. v.v. APELAÇÃO CÍVEL - AÇÃO DE RESSARCIMENTO AO ERÁRIO - ACIDENTE DE TRÂNSITO - VIATURA POLICIAL - CONDUTOR - POLICIAL MILITAR - CULPA CONFIGURADA - OBRIGAÇÃO DE INDENIZAR. - A celebração de acordo com o proprietário do veículo abalroado pela viatura policial representa forte elemento de convicção de que o Réu entendeu ser responsável pelo evento, eis que feito espontaneamente, antes mesmo das conclusões periciais da dinâmica do acidente. - Se o policial militar condutor da viatura entendeu ser responsável pelos danos do veículo do terceiro, não há como afastar a sua responsabilidade pelo custeio do conserto do automóvel de propriedade do Estado de Minas Gerais.
IV – DA RESPONSABILIDADE OBJETIVA DO ESTADO
	A responsabilidade civil do Estado, considerada pela teoria do risco administrativo, conduz a pessoa jurídica de direito público à reparação do dano sofrido pelo particular por conta da atividade estatal.
	A responsabilidade objetiva basta-se apenas com o nexo de causalidade, em que se exclui a conduta culposa do agente.
	
	Posto isso, estão presentes os requisitos autorizadores da obrigação de indenizar.
V – DOS PEDIDOS
Diante do exposto, requer de V.Exa.:
Citação do Réu na pessoa do seu Procurador, de acordo o art. 334 do NCPC para contestar, caso assim entenda;
A intimação do Ministério Público;
c) A procedência do pedido para condenar o Réu no pagamento de indenização pelos danos morais e materiais sofridos pelo Autor, em face do episódio narrado na inicial, cujo valor a ser arbitrado por V. Exmª, considerando a condição sócio-ecnomimica das partes e a extensão do dano sofrido;
d) A condenação do Réu no pagamento das custas processuais e dos honorários advocatícios no valor de 20% do valor da condenação.
Dá-se à causa, para fins de alçada provisoriamente, o valor de R$ 500.000,00 (quinhentos mil reais) para efeitos meramente fiscais.
Nestes termos, Pede deferimento.
Salvador, 02 de junho de 2016
Advogado 
...........................................
OAB/BA - xxxx.

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