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Sindrome da Imobilidade

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5º Período de Fisioterapia- Fisioterapia Preventiva e ergonomia
Síndrome da Imobilidade- Úlceras de decúbito
Mobilidade: “A capacidade de movimentação de forma independente e segura de um lugar para o outro”. 
A mobilidade normal exige integridade dos ossos, partes moles e músculos em comprimento normal. Bem como um comando neuromuscular ativo.
O termo imobilidade é definido como a qualidade ou estado do que não se move; inércia. A imobilidade seria a complicação da perda de capacidade funcional. Ato ou efeito resultante da supressão de todos os movimentos de uma ou mais articulações, impedindo a mudança de posição corporal.
A síndrome da imobilidade é um conjunto de alterações que ocorrem no individuo acamado por um período prolongado. Complexo de sinais e sintomas resultantes da supressão de todos os movimentos articulares e, por conseguinte, da incapacidade da mudança postural. 
Quais são os idosos que chegam á SI? Fragilizados; Múltiplas internações; Vivem em ILP; Repouso prolongado e forçado; Desnutridos; Vítimas de iatrogenia; Múltiplas comorbidades
FATORES CAUSAIS:
Doença neurológica: neuropatia periférica, AVE, doença de Parkinson, demência
Doença psíquica: depressão
Iatrogenia medicamentosa: neurolépticos , ansiolíticos, hipnóticos anti-hipertensivos; 
Déficit neurossensorial: cegueira / surdez
Isolamento social e inadequação do espaço físico
Doença osteoarticular: OA/OP, seqüelas de fraturas, doenças reumáticas, deformidade plantar; metástases
Doença cardiorrespiratória: DPOC, ICC, cardiopatia isquêmica
Doenças vasculares: seqüelas de trombose venosa, insuficiência arterial
Doença muscular: Polimialgia e desnutrição proteico-calórico
CONSEQUENCIAS NOS SISTEMAS:
Sistema Tegumentar: Desidratação, aderências, atrofia e úlceras de decúbito. 
Sistema metabólico e Hormonal: balanço negativo dos níveis de cálcio, potássio, magnésio, fósforo e sódio.
Sistema gastrintestinal: diminuição do apetite e constipação intestinal.
Sistema Nervoso: ansiedade, depressão, confusão mental, desorientação, diminuição da capacidade intelectual, privação sensorial; diminuição do equilíbrio de da coordenação motora
Sistema geniturinário: Propensão a cálculos renais, infecções do trata urinário.
Sistema Respiratório: diminuição do mecanismo de tosse reflexa, da atividade ciliar, do volume corrente, aumento da tendência de pneumonia e embolia pulmonar.
Sistema Cardiovascular: Hipotensão ortostática, diminuição do volume plasmático, alterações tromboembolíticas e descondicionamento cardiovascular. 
Sistema musculoesquelético: diminuição da força, da resistência do trofismo muscular (hipotrofia e atrofia), retrações e contraturas de músculos, partes moles e osteoporose.
Retrações e Contraturas:
Retração: Leve encurtamento adaptativo dos tecidos moles.
Contratura: Graus significativos de encurtamento adaptativo com comprometimento funcional articular por diminuição da amplitude de movimento.
Primária (trauma, inflamação e alterações degenerativas.
Secundária (AVE, TRM, alterações mecânicas de posicionamento). 
 
Conduta Fisioterapêutica: Mobilização Articular, Alongamentos, Exercícios isométricos, passivos, ativo assistido, ativo livre, ativo resistido, mudanças constantes de decúbito, Posicionamento articular adequado, Retrações e Contraturas, Prevenção.
Conclusão
A SI é um estado de grande sofrimento para o paciente e familiar. 
O melhor tratamento da SI é a prevenção da imobilidade.
A prevenção é feita com medidas simples, como, mudança de posição no leito, hidratação e nutrição adequada, mobilização ativa e passiva, posicionamento correto no leito, etc.
Cabe a equipe multidisciplinar o máximo de empenho, não simplesmente com o objetivo de salvar uma vida, mas sim trazer conforto para aquele que já pode estar perto do fim.
Úlceras de decúbito
São caracterizadas por lesão cutânea por isquemia celular, geralmente localizada por proeminências ósseas, podendo apresentar pontos de necrose tecidual em decorrência da somatória dos mecanismos predisponentes e determinantes de fatores agravantes.
Acometem principalmente idosos em situação de imobilismo no domicílio, hospitalizados ou institucionalizados. 
O indivíduo em condições de imobilidade pode iniciar o processo de lesão tecidual em média em um período de 2 a 6 horas. Esse tempo podendo ser menor em algumas condições.
Os lugares mais comuns de desenvolvimento de úlceras de pressão são as áreas cutâneas sobrejacentes às proeminências ósseas. Estas incluem o sacro, tuberosidades isquiáticas, trocanter maior, calcanhares, e maléolos laterais. 
90% de todas as úlceras de pressão se desenvolvem na porção inferior do corpo: 65% na área pélvica e 30% nos membros inferiores.
Quatro fatores são relatados como sendo os principais responsáveis pelo desenvolvimento das úlceras: pressão direta, umidade, força de cisalhamento e fricção.
Pressão: Pressões acima de 32 mmHg aumentam a pressão intersticial, comprometendo a oxigenação e a microcirculação. Uma pressão constante de 70 mmHg por 2 horas leva a morte tecidual.
Força de cisalhamento: é um tipo de força aplicado em sentidos opostos, porém em direções semelhantes no material analisado. As forças de cisalhamento são os principais contribuintes do tamanho e extensão das úlceras de pressão
Fricção: é a resistência que apresentam duas superfícies em contato uma sobre a outra. Pressão, cisalhamento e fricção causam oclusão microcirculatória resultando em isquemia, que leva a inflamação e anoxia tecidual levando a morte celular, necrose, e ulceração.
Um ambiente úmido por tempo prolongado resultado de sudorese ou incontinência fecal ou urinária pode aumentar o risco de formação de úlcera em 5 vezes.
Classificação das úlceras de decúbito 
Grau I: eritema da área cutânea sobre saliência óssea.
Grau II: Ulcerações superficiais que se estendem pela derme.
Grau III: Ulcerações que atingem tecido cutâneo, sendo consideradas moderadas.
Grau IV: Consideradas graves e profundas, estendem-se pelo tecido muscular, podendo expor o osso adjacente.
Grau V: São profundas e graves podendo atingir articulações e outras cavidades corporais.
Estágio de desenvolvimento de úlceras de decúbito 
Prevenção
O alívio da pressão é provavelmente o fator mais importante na prevenção das úlceras de pressão. Pacientes acamados devem ser reposicionados a cada duas horas; nos quatro decúbitos: ventral, dorsal laterais, em seqüência. 
Alternar superfícies de suporte ou colchões de superfície de suporte dinâmico (caixa de ovo) tem sido associado com menor incidência de úlceras de pressão, quando comparados ao emprego de colchões hospitalares padrão.
É contra-indicada a elevação do dorso do leito acima de 30 graus, pois promove escorregamento, fricção e atrito e diminui o retorno linfático e venoso. 
Os pacientes restritos a cadeiras de rodas devem ser reposicionados a cada 30 minutos, modificando a distribuição do peso corporal a cada 15 minutos, de modo independente ou com ajuda. Utilizam-se dispositivos para redução de pressão, como assento de ar, água, silicone ou uma proteção de espuma na superfície do assento.
Medidas rigorosas de higiene são fundamentais para a manutenção da higidez da pele. A pele intacta deve ser mantida limpa e bem hidratada, mas protegida do excesso de umidade e irritação pela presença de suor, urina e fezes.
Existe uma correlação definitiva entre desnutrição e desenvolvimento de úlceras de pressão. Além de ajudar na cicatrização das feridas, um bom estado nutricional ajuda a proteger a pele sadia de futuros danos.
Como a estimulação da circulação sanguínea alivia a isquemia tecidual, o paciente é encorajado a manter atividade. Movimentos ativos e passivos melhoram o tônus muscular, vascular e cutâneo. Quando possível, estimular deambulação. 
A fisioterapia é importante para os pacientes acamados e fisicamente debilitados, especialmentenaqueles com úlceras de pressão. Ela irá atuar na prevenção de contrações, na diminuição da chance de trombose venosa profunda, na diminuição da incidência das complicações respiratórias e aumentando a perspicácia mental.

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