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SÍNDROME DO IMOBILISMO Profª Carina Bastos 1. INTRODUÇÃO Imobilização: Manutenção do corpo ou de um membro em inatividade ou imóvel, em repouso na posição correta. 1. INTRODUÇÃO Primeiros estudos sobre os efeitos do Imobilismo: Antigamente era parte do tratamento o paciente permanecer em repouso. 1950 – Primeiros estudos sobre efeitos do imobilismo, a partir da segunda metade do século XX, principalmente com as implementações que ocorreram devido a II Grande Guerra, houve um avanço significativo na ideia de mobilização precoce dos pacientes acamados. 1. INTRODUÇÃO estão superando os benefícios efeitos negativos terapêuticos do imobilismo, tornando-se mais prejudicial à saúde do paciente do que o próprio distúrbio primário. Objetivo da Fisioterapia- interromper o declínio das condições de saúde do paciente 1. INTRODUÇÃO Classificação da hipomobilidade: De 7 a 10 dias: repouso. De12 a15 dias: imobilização. A partir de 15 dias: imobilismo de longa duração 2. SÍNDROME DO IMOBILISMO Quando o paciente encontra-se acamado, ele torna-se descondicionado, o que reduz sua capacidade de executar exercícios aeróbicos e diminui sua tolerância aos esforços, gerando a chamada: SÍNDROME DO IMOBILISMO 2. SÍNDROME DO IMOBILISMO É um conjunto de alterações sistêmicas, que ocorrem no indivíduo acamado por um período prolongado, resultante da supressão de todos os movimentos articulares e, por conseguinte, da incapacidade de mudança postural. 8 Caquexia acentuada, flexão do quadril e joelhos, contratura dos MMSS, escoriações e úlceras por todo o corpo recobertas com bandagens. 2. SÍNDROME DO IMOBILISMO Efeitos Adversos do Imobilismo sobre alguns Sistemas Corporais: Sistema Músculo Esquelético. Sistema Cardiovascular. Sistema Tegumentar. Sistema Respiratório. Sistema Geniturinário. Sistema Nervoso. Sistema Gastrintestinal. Sistema Metabólico e Hormonal. 3.SISTEMA MÚSCULO ESQUELÉTICO Efeitos Adversos do Imobilismo 1) de Força, Resistência e Trofismo Muscular. Imobilismo Absoluto leva a perda massa Muscular e de Força: Músculos de MMII e Tronco: Primeiros músculos a se tornarem fracos e atrofiados cuja função é resistir à força de gravidade. 3.SISTEMA MUSCULO ESQUELÉTICO Efeitos Adversos do Imobilismo 2)Retrações e Contraturas dos tecidos moles. Retrações: leve encurtamento adaptativo de tecidos moles, sem prejuízo funcional. Há apenas restrição ao final das ADM. Contratura: sérios encurtamentos adaptativos de tecidos moles, com prejuízo funcional. 3.SISTEMA MUSCULO ESQUELÉTICO Efeitos Adversos do Imobilismo Classificação das Contraturas: Contratura Miogênica Primária: Inflamatório (miosite), Decorrente de Processo Traumático Degenerativo (imobilização), (Distrofia), Isquêmico (Diabetes). Contratura Miogênica Secundária: Decorrente de distúrbios Neurológicos (hipertonia) e/ou posicionamento inadequado (alteração mecânica). Contratura Artrogênica: Decorrente de patologias envolvendo articulações como traumas, artrose, artrite. as próprias 3.SISTEMA MUSCULO ESQUELÉTICO Efeitos Adversos do Imobilismo 3) Osteoporose 4. SISTEMA CARDIOVASCULAR Efeitos Adversos do Imobilismo 1)Hipotensão Ortostática. Palidez. Tontura. Sudorese. Delírio. da Pressão Sistólica da Frequência Cardíaca. Podendo ocorrer desmaios. 4. SISTEMA CARDIOVASCULAR Efeitos Adversos do Imobilismo 2) Riscos TVP (Trombose Venosa Profunda) A estase no fluxo sanguíneo nos MMII está diretamente relacionada com a redução no efeito de bombeamento dos músculos da panturrilha. Um estado de hipercoagulação é induzido por redução no volume plasmático e desidratação. Uma suspeita clínica de TVP surge quando há evidência clínica de edema localizado, eritema, dor na panturrilha e tendões palpáveis no paciente imobilizado. 5. SISTEMA TEGUMENTAR Efeitos Adversos do Imobilismo Desidratação da Pele. Atrofia do Tegumento. Higiene Corporal Inadequada. Colchão Inadequado SURGIMENTO DE ÚLCERAS POR PRESSÃO 1 7 SI: úlcera trocantérica, escoriações dos MMII, equimoses no braço D, acentuada atrofia da musculatura da coxa, caquexia, uso de sonda enteral, edema de MMSS, contratura do quadril, joelho e cotovelo. FONTE: Freitas (2002). 5. SISTEMA TEGUMENTAR Úlceras por pressão São lesões de tecidos moles (pele ou subcutâneo) causadas pela pressão que tecido não é aliviada, e pelas forças de atrito, próximas às proeminências ósseas. Conhecidas também como: Escaras. Escaras por Pressão. Úlceras por decúbito. 5. SISTEMA TEGUMENTAR Causas das Úlceras por pressão: Fatores Fisiopatológicos: Anemia ( O2, Nutrição Tecidual, Capacidade de Cicatrização). Infecção e Desnutrição (Normalmente associadas, levam à perda de peso e de tecido nas áreas de proeminências ósseas). de realizar a mudança de Hipertonia e Contraturas Severas ( a capacidade do paciente decúbito constante. 5. SISTEMA TEGUMENTAR Causas das Úlceras de Decúbito: Fatores Biomecânicos: Força de Compressão (age de fora para dentro) +Força de Reação (age de dentro para fora) = Força de Atrito (perda da continuidade estrutural do tecido). Essas forças mecânicas provocam o quadro de isquemia vascular, resultando em privação de oxigênio e nutrientes para o tecido da áreas afetada. 5. SISTEMA TEGUMENTAR Classificação das Úlceras por pressão: Grau I: área cutânea de eritema sobre uma proeminência óssea, mancha vermelha com aumento de temperatura. 5. SISTEMA TEGUMENTAR Classificação das Úlceras por pressão: Grau II: ulcerações superficiais que se estendem pela derme, com edema. 5. SISTEMA TEGUMENTAR Classificação das Úlceras por pressão: Grau III: ulcerações que se estendem pela hipoderme, grau moderado. 5. SISTEMA TEGUMENTAR Classificação das Úlceras por pressão: Grau IV: ulcerações que se estendem pelo tecido muscular. Grau V: ulcerações que se estendem até o osso ou cavidades corporais (reto, intestino, bexiga). 2 5 Escara sacral 2 6 Escara trocantérica 2 7 Escara trocantérica com necrose 5. SISTEMA TEGUMENTAR Locais Comuns das Úlceras por pressão: 6. SISTEMA RESPIRATÓRIO Efeitos Adversos do Imobilismo do Volume Corrente . da atividade Ciliar Brônquica. Estase das secreções brônquicas. dos mecanismo de Tosse Reflexa. Pneumonia Hipostática Embolia Pulmonar 7. SISTEMA GENITURINÁRIO Efeitos Adversos do Imobilismo Comprometimento do devido à dificuldade abdominal em DD. esvaziamento da bexiga, de gerar pressão intra- Ocorre enfraquecimento dos mm abdominais, nos movimentos diafragmáticos e relaxamento incompleto do assoalho pélvico, causando: Estase Urinária Infecções do Trato Urinário Cálculos Renais 8. SISTEMA NERVOSO Efeitos Adversos do Imobilismo ansiedade e depressão. sensibilidade, equilíbrio e coordenação motora. confusão mental e desorientação. capacidade intelectual. 9. SISTEMA GASTRINTESTINAL Efeitos Adversos do Imobilismo do apetite. dos movimentos peristálticos. absorção mais lenta de nutrientes. constipação. 10. SISTEMA METABÓLICO E HORMONAL Efeitos Adversos do Imobilismo Alteração nos níveis do hormônio de crescimento. Balanço negativo nos níveis de: Cálcio. Fósforo. Sódio. Potássio. Magnésio. 11. TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO Promover relaxamento. Prevenir e tratar o edema se houver. Melhorar mobilidade e flexibilidade, evitando assim os encurtamentos atrofias e contraturas. coordenação musculares, 11. TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO Estimular a movimentação no leito e a independência nas atividades. Manter e/ou restaurar força muscular e a amplitude de movimentos com exercícios: Passivos. Metabólicos. Isométricos. Ativo-assistidos. Ativos. Resistidos. 11. TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO Promover um padrão respiratório mais eficaz. Prevenir e/ou tratar complicações pulmonares. Evitar complicaçõescirculatórias. Reduzir a dor Promover a reeducação postural. Promover a conscientização corporal. Estimular a deambulação (caminhada) 11. TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO Prevenção de Úlceras por pressão: realizar mudanças de decúbito de 2/2hs. Coxins p/ diminuir a pressão. Luvas com ar. Colchão caixa de ovo. 11. TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO Prevenção de complicações: TVP Prevenção: Exercícios Metabólicos (passivo e ativo). Dorsiflexão e plantiflexão. Melhora o Retorno Venoso. Diminui a estase venosa. ESTUDO DIRIGIDO 1. Defina Imobilização. 2. Qual o objetivo da fisioterapia na síndrome do imobilismo? 3. Para uma atuação fisioterapêutica eficaz, quais as habilidades necessárias ao fisioterapeuta? 4. Qual a classificação da Hipomobilidade? 5. Defina a Síndrome do Imobilismo. 6. Quais as principais alterações musculoesqueléticas que podem aparecer na Síndrome do Imobilismo? 7. Como estão classificadas as Contraturas? 8. Quais os sinais e sintomas da Hipotensão Ortostática? 9. Explique como pode acontecer a TVP na Síndrome do Imobilismo? 10. Classifique as úlceras de decúbito. 39
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