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Contudo, a realidade demonstra que, infelizmente, ainda existem milhares de pessoas em todo o mundo que são subjugadas por outras e reduzidas à condição análoga a de escravo, em total oposição ao ideal democrático. A questão reveste-se de gravidade que transcende os limites da tutela do Direito do Trabalho, merecendo disciplina constitucional e do próprio Direito Penal. A Constituição da República, em seu artigo 5º, III, veda o tratamento desumano ou degradante, ao mesmo tempo em que traz rol de direitos sociais, em seu artigo 7º, em proteção aos trabalhadores urbanos e rurais. Também, o Código Penal, em seu artigo 149 (com as alterações feitas pela Lei n. 10.803/03) tipifica a conduta de reduzir alguém à condição análoga à de escravo. Apesar do arcabouço jurídico edificado com o intuito de erradicar a prática de submissão de trabalhadores a condições abusivas de exploração, ainda se estima que exista infindável número de obreiros com direitos trabalhistas tolhidos. Prova disso são os dados divulgados pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) com relação às operações de fiscalização para erradicação do trabalho escravo entre os anos de 1995 a 2015, apontando o total de 48.720 autos de infração lavrados no período, além de 49.353 trabalhadores resgatados. A incidência do trabalho escravo não se limita ao território nacional porque é prática disseminada em todo mundo: a existência da escravidão moderna deve-se muito ao tráfico de pessoas. Segundo dados do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC), o tráfico de pessoas atinge 2,5 milhões de vítimas e movimenta aproximadamente 32 bilhões de dólares por ano. O tráfico de pessoas não se esgota em si mesmo porque seu objetivo é alimentar outras atividades ilícitas, sobretudo a exploração sexual, o comércio de órgãos para transplante e a utilização de mão-de-obra escrava. Extensão {107} A Clínica de Trabalho Escravo e Tráfico de Pessoas constitui experiência pioneira na formação de sistema internacional de Clínicas de Direito. Desde 2011, a Clínica de Tráfico de Pessoas que existe na Universidade de Michigan, Estados Unidos, tem internacionalizado sua missão. Ela criou o Clinnect HTS, iniciativa para estabelecer rede global de Clínicas de Direito especializadas em prestar assistência jurídica às vítimas de tráfico de pessoas e trabalho escravo, com vistas ao intercâmbio das melhores práticas. Como uma das integrantes desta rede, a Clínica de Trabalho Escravo e Tráfico de Pessoas provê gama de serviços, incluindo a representação extrajudicial e judicial das vítimas, como também educação e treinamento da comunidade para reduzir a prática ilícita. O atendimento gratuito tem como objetivo acolher os assistidos, prestando consultoria jurídica, mantendo interlocução com órgãos e entidades parceiras, além de avaliar o caso com posterior ajuizamento e acompanhamento de demandas judiciais. A assistência ofertada pela Clínica complementa-se pela interdisciplinaridade, cujo objetivo precípuo é o atendimento integral aos assistidos. Nesse aspecto, a clínica começou a dialogar com variadas unidades da UFMG: Sociologia, Medicina, Administração, Letras e Educação. O trabalho da clínica mostra-se importante para promover preparação adequada dos estudantes de Direito. Ao final da experiência, os alunos estarão familiarizados com o marco jurídico aplicável e com a matéria dos processos judiciais; pensarão criticamente sobre a interação entre legislação e processo; desenvolverão habilidades para prestar consultoria e postular em juízo, incluindo redação jurídica, argumentação oral, entrevistas, técnicas de interrogatório, resolução de problemas e estratégia processual; desenvolverão espírito de equipe na atuação profissional e na elaboração de trabalhos acadêmicos; estarão melhor preparados para lidar com temas jurídicos-processuais no futuro e experimentarão transição mais suave entre a universidade e a vida profissional. É possível alcançar esse aperfeiçoamento educacional, não apenas pela atividade de extensão realizada, mas também pelo ensino e pesquisa, que também compõem as atividades da clínica. Quanto ao ensino, é oferecida disciplina optativa na grade curricular do curso de Direito, com atribuição de dois créditos, e os alunos recebem capacitação por meio de aula semanal, em que, além do ensino teórico do tema, são discutidos casos concretos. Quanto à pesquisa, os estudantes visam à elaboração e consolidação das bases teóricas e jurídicas, com o objetivo de analisar dados e decisões judiciais que demonstrem a situação do trabalho escravo e do tráfico de pessoas no Brasil e no mundo. O estabelecimento de parcerias com órgãos públicos, tais como Ministério Público do Trabalho e Secretaria de Extensão