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BASES - CAP XVI COMUNICAÇÃO CELULAR + Princípios Gerais da Sinalização Celular . Mensageiros - Primários: Própria molécula sinalizadora - Secundários: Intracelulares e ativados mediante a necessidade . Ocorre por meio do processo de transdução de sinal - A célula sinalizadora produz um tipo particular de molécula-sinal que é detectado pela célula-alvo - As células-alvo possuem proteínas receptoras que reconhecem e respondem especificamente à molécula-sinal - Como começa a Transdução de Sinal A proteína receptora na célula-alvo recebe um sinal extracelular Converte em sinais intracelulares que alteram o comportamento celular . As moléculas-sinal podem ser: - Proteínas - Aminoácidos - Esteroides - Peptídeos - Nucleotídeos - Derivados de ácidos graxos + Tipos de Sinalização . Endócrina - Transmissão de moléculas-sinal (hormônios) pelo sangue . Parácrina - Moléculas-sinal difundem-se localmente pelo líquido extracelular, permanecendo nas vizinhanças da célula que as secretou - Atuam como mediadores locais - Sinalização Autócrina A própria célula responde aos mediadores que ela mesma produziu . Neuronal - Difere da Endócrina Não ocorre a distribuição ampla da mensagem Em contrapartida a mensagem é liberada rapidamente e especificamente à célula-alvo individual pelas vias privadas Ocorre a conversão de sinais elétricos em químicos . Dependente de Contato - Não requer a liberação de uma molécula - Fazem contato direto por meio de moléculas-sinal localizadas na membrana plasmática das células sinalizadoras e proteínas receptoras inseridas na membrana plasmática da célula-alvo + Acerca da comunicação celular . Cada célula deve responder seletivamente a essa mistura de sinais. Desprezando uns e reagindo a outros . A resposta de uma célula a uma molécula-sinal, depende se a célula possui uma proteína receptora ou receptor a essa molécula-sinal . Moléculas-sinal extracelulares podem alterar a forma da célula, o movimento, o metabolismo, a expressão gênica ou algumas combinações desses . O sinal de um receptor de superfície celular é normalmente propagado para o interior da célula-alvo por meio de um conjunto de moléculas sinalizadoras intracelulares que atuam em sequência e basicamente alteram a atividade de proteínas efetoras que afetam o comportamento da célula . Células diferentes respondem de modo diferente ao mesmo tipo de sinal, dessa forma, a molécula-sinal extracelular sozinha não é a mensagem: A informação transmitida pelo sinal depende de como a célula-alvo recebe e interpreta o sinal. . A presença de um sinal modifica a resposta a um outro . Para que a célula não entre em apoptose - Sinalização para sobrevivência - Sinalização para diferenciação - Sinalização para crescimento celular (divisão) + Resposta Celular . Rápida: É possível porque nesses casos o sinal afeta a atividade das proteínas e outras moléculas que já estão presentes na célula-alvo, esperando para executar as ordens . Lenta: Isso é porque a resposta a esses sinais extracelulares requer mudança na expressão gênica e a produção de novas proteínas + Moléculas-sinal Extracelulares . Hidrofílicas - Contam com receptores de superfície, os quais geram um ou mais sinais no interior da célula-alvo . Hidrofóbicas - Atravessam a membrana plasmática e, uma vez dentro da célula, ativam enzimas intracelulares ou se ligam a proteínas receptoras intracelulares que regulam a expressão gênica - Receptores Nucleares Podem ser citosólicos ou nucleares, porque, ao serem ativados pela ligação ao hormônio, atuam como reguladores transcricionais no núcleo Ao se ligar ao hormônio, o receptor sofre mudanças conformacionais que ativam a proteína, tornando-a capaz de promover ou inibir a transcrição de genes-alvo específicos + Gases como Ativadores . Alguns gases dissolvidos podem mover-se através da membrana para o interior da célula e regular diretamente a atividade de proteínas intracelulares específicas . Ex: O óxido nítrico (NO) desencadeia relaxamento de musculatura lisa da parede dos vasos sanguíneos I. A acetilcolina é liberada pelos terminais nervosos na parede do vaso II. Ela se difunde pelas células da musculatura lisa e atravessa a lâmina basal para encontrar os seus receptores na superfície das células endoteliais que revestem o vaso sanguíneo, estimulando-as a produzir e liberar NO III. O NO se difunde das células endoteliais para a as células musculares lisas adjacentes. O gás só age localmente porque é rapidamente convertido em nitritos e nitratos IV. Regulando assim a atividade de proteínas específicas, causando relaxamento das células musculares + Receptores de Superfície Celular e a Transmissão de Sinais . Os receptores transmembranas detectam o sinal no lado de fora e transmitem a mensagem, de uma forma nova, para o interior da célula . A proteína receptora executa a etapa inicial da transdução do sinal - Ela se liga a um sinal extracelular e gera, em resposta, novos sinais intracelulares - A mensagem passa de uma molécula de sinalização intracelular para outra, em que cada uma ativa ou gera a próxima molécula de sinalização. Isso se configura uma resposta celular . Funções dos componentes das Vias de Sinalização Intracelular - Transmissão do sinal para diante, aumentado a propagação por toda a célula - Amplificar o sinal recebido, tornando-o mais forte, de forma que poucas moléculas-sinal extracelulares são suficientes para evocar uma resposta intracelular intensa - Receber sinais de mais de uma via de sinalização intracelular e integrá-los antes de passa-lo adiante - Distribuição do sinal para mais de uma via de sinalização intracelular ou proteína efetora, podendo criar ramificações no diagrama do fluxo de informações e evocar uma resposta complexa + Proteínas de sinalização intracelulares atuam como interruptores moleculares . A recepção de um sinal faz com que essas proteínas comutem de um estado inativo para ativo . A ativação de uma proteína pode desencadear a ativação de outras na via de sinalização . O mecanismo de inativação de uma proteína é importante para que a via de sinalização se torne apta novamente para a transmissão de um novo sinal . Classes de proteínas que atuam como comutadores - Proteínas que são ativadas ou inativadas por fosforilação O comutador é adicionado: Em uma direção por uma proteína-cinase que adiciona à proteína um grupo fosfato Na outra direção por uma proteína-fosfatase que remove o fosfato Cascata de fosforilação Uma proteína cinase, ativada por fosforilação, fosforila a cinase seguinte e assim por diante Ocorre assim a amplificação, propagação e modulação do sinal Mais comuns: Serina-treonina-cinases e Tirosina-cinases - Proteínas de ligação a GTP Comutam em ativo e inativo na dependência de serem GTP e GDP respectivamente Quando ativadas pela ligação de GTP, apresentam atividade intrínseca de hidrólise de GTP (GTPases) e fazem autoinativação ao hidrolisarem seu GTP a GDP + Classes de Receptores de Superfície Receptores associados a Canais Iônicos . Receptores associados a canais iônicos convertem sinais químicos em elétricos . Responsáveis pela transmissão rápida de sinais por sinapses . A ligação do neurotransmissor a esse tipo de receptor modifica a conformação do canal (aberto ou fechado) permitindo ou não o fluxo de íons, já que ocorre alteração no potencial de membrana Receptores associados a Proteína G (GPCRs) . Quando um receptor associado à proteína G se liga à sua molécula-sinal extracelular, o receptor ativado sinaliza para uma proteína G no lado oposto da membrana plasmática, ao qualliga ou desliga uma enzima ou canal iônica na mesma membrana . O GPCR possui como estrutura geral uma cadeia polipeptídica única que atravessa a bicamada lipídica 7x (7 α-hélices) . Um receptor associado à proteína G ativado ativa essa proteína fazendo a unidade α a abandonar seu GDP e captar um GTP (A) No estado não estimulado, o receptor e a proteína G estão inativos (B) A ligação de um sinal extracelular ao receptor muda sua conformação, o que também altera a configuração da proteína G a ele ligada A alteração da subunidade α da proteína G permite que ela troque seu GDP por GTP Essa troca provoca mudança conformacional que ativa a subunidade α e o complexo βγ, os quais podem interagir com suas proteínas-alvo na membrana plasmática O receptor permanece ativo enquanto a molécula- sinal externa estiver ligada a ele e, por isso, pode catalisar a ativação de muitas moléculas de proteína G . Algumas proteínas G regulam canais iônicos (batimentos cardíacos) . Algumas proteínas G ativam enzimas ligadas à membrana - Enzimas-alvo frequentes adenilato-ciclase (síntese de AMP cíclico) e fosfolipase C + Via do AMP Cíclico . O AMP cíclico é formado a partir de ATP por uma reação de ciclização que remove 2 grupos fosfato do substrato e reúne as extremidades livres do grupo fosfato remanescente ao açúcar da molécula de ATP . A subunidade α da proteína G estimulada ativa a adenilato-ciclase, causando um aumento súbito e dramático na síntese do AMP cíclico a partir de ATP = Síntese do AMP cíclico . A fosfodiesterase do AMP cíclico converte rapidamente o AMP cíclico em AMP para ajudar a eliminar o sinal = Degradação do AMP cíclico . Proteína-cinase dependente de AMP cíclico (PKA) - Mantida, normalmente, inativa - A ligação do AMP cíclico força uma mudança conformacional que libera a cinase ativa - Pode desencadear efeitos rápidos, já que não envolvem mudanças na transcrição gênica e nem na síntese de novas proteínas A adrenalina estimula a degradação do glicogênio nas células de musculatura esquelética O hormônio ativa um receptor associado à proteína G. Este receptor ativa uma proteína G que ativa a adenilato-ciclase impulsionando a produção de AMP cíclico O AMP cíclico ativa a PKA que fosforila e ativa a enzima fosforilase-cinase, essa enzima degrada o glicogênio - Pode desencadear respostas mais lentas. Nestes casos, o PKA fosforila reguladores de transcrição que ativam a transcrição de genes selecionados + Via de Fosfolipase C . Propaga o sinal pela degradação do fosfolipídio de inositol. A cascata funciona assim: - A hidrólise do fosfolipídio de inositol pela fosfolipase C ativada produz duas moléculas mensageiras - Inositol 1, 4, 5 - trifosfato (IP3) se difunde pelo Citosol e se liga aos canais especiais de Ca2+ na membrana do retículo endoplasmático, abrindo-os e desencadeando a liberação do íon * Algumas moléculas sinalizadoras se ligam a receptores de mais de uma classe. Ex: A acetilcolina atua nas células musculares esqueléticas por meio de um receptor associado a canal iônico. Já nas células esqueléticas cardíaca, age por meio de um receptor associado à proteína G - O diacilglicerol (DAG) permanece na membrana e juntamente com o Ca2+, auxilia na ativação da proteína-cinase C (PKC) que é recrutada do Citosol para a face citosólica da membrana plasmática - A PKC fosforila seu próprio conjunto de proteínas-alvo intracelulares, propagando o sinal. Essa PKC precisa ligar- se ao Ca2+ para se tornar ativa . Sinal de Ca2+ em processos biológicos - Normalmente, a concentração de Ca2+ livre no Citosol de uma célula não estimulada é extremamente baixa. As mesmas bombas que atuam manutenção das concentrações citosólicas de Ca2+ baixas também auxiliam na extinção do sinal de Ca2+ - Exemplos desse sistema ocorre na fertilização do óvulo pelo espermatozoide, nas células musculares esqueléticas e na secreção das células nervosas Receptores associados a Enzimas . Atua como enzimas ou se associam as enzimas dentro da célula. A maioria dessas proteínas-sinal funciona como mediadores locais e podem agir em concentrações muito baixas . As respostas a elas geralmente são lentas, mas podem ser rápidas como ocorre no cito esqueleto . Tais receptores são denominados Receptores Tirosina-Cinase (RTKs) . Quando um receptor associado a enzima interage com sua molécula-sinal extracelular, aciona uma atividade enzimática na outra extremidade do receptor, dentro da célula. Muitos receptores associados a enzima têm sua própria atividade enzimática e outros contam com enzimas que se associam ao receptor ativado . Como ocorre? - A ativação de um RTK estimula a montagem de um complexo de sinalização intracelular. A ligação de uma molécula sinal ao domínio extracelular de um RTK provoca a associação de dois receptores formando um dímero - O dímero é a própria molécula-sinal, por isso pode fazer uma ligação cruzada com 2 moléculas do receptor - Em outros casos, a ligação da molécula-sinal altera a conformação dos receptores que eles dimerizam - A formação do dímero propicia o contato dos domínios de cinase das caudas intracelulares dos receptores. Isso ativa as cinases e permite a fosforilação recíproca em várias cadeias laterais de tirosinas . RTK ativam a RAS - A RAS se assemelha à subunidade α da proteína G e também funciona como um interruptor molecular (ativa ligada à GTP e inativa ligada à GDP), após algum tempo a própria RAS se inativa pela hidrólise do GTP - Como ocorre a ativação das RAS pelas RTK? Uma proteína adaptadora ancora em uma fosfotirosina específica no receptor ativado O adaptador recruta e estimula uma proteína ativadora de RAS a trocar seu GDP por um GTP A RAS ativada promove a cascata de fosforilação - RAS ativa um módulo de sinalização da MAP-cinase
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