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Micoses profundas (sistêmicas) Profa. Luiza da Gama Osório Universidade Federal de Pelotas Departamento de Microbiologia e Parasitologia Disciplina de Microbiologia e Imunologia Saprofitismo Parasitismo Forma filamento sa Leveduriforme esférulas Temp 37°C Tecido Resposta imune Temp 25°C Umidade Nutrientes Micoses profundas FATORES DE VIRULÊNCIA Termotolerância Dimorfismo Adesinas Produção de enzimas Evasão da resposta imune do hospedeiro Micoses profundas Micoses profundas Penetrar no hospedeiro Resistir ou não estimular os mecanismos de defesa do hospedeiro Alterar e desorganizar as células do hospedeiro MECANISMO DE PATOGENICIDADE Micoses profundas HISTOPLASMOSE BLASTOMICOSE PARACOCCIDIOIDOMICOSE COCCIDIOIDOMICOSE MICOSES PROFUNDAS Micoses profundas Micoses profundas Histoplasma capsulatum (Histoplasmose: Doença de Darling, Citomicose Retículo – Endotelial de Humphrey, Doença das Cavernas) var. capsulatum (mundial) var. duboisii (África) Histoplasmose Micose profunda pulmonar Disseminação via linfática ou hematogênica Cosmopolita - predomínio nas Américas: USA e na Serra do mar no Brasil Micoses profundas – H. capsulatum • Fungo assexuado e sexuado • Fungo dimórfico • Mimetiza outras doenças: Período de incubação: 1-3 semanas; Não contagioso. Características do agente: Micoses profundas – H. capsulatum Micoses profundas – H. capsulatum 37٥C leveduras Macro – colônias de coloração creme Micro - ovais com brotamento 25ºC filamentoso Macro - colônia branca a castanho Micro - macroconídeos com projeções. Dimorfismo Incubação 25oC Macroconídios tuberculados Leveduriforme Tecido Micoses profundas – H. capsulatum Micoses profundas – H. capsulatum Micoses profundas – H. capsulatum Habitat: • Solo, associado a fezes de aves e morcegos (cavernas, galinheiros, forros de casas...) Clima temperado e tropical Solos com pH ácido, rico em matéria orgânica Micoses profundas – H. capsulatum Grupo de risco: Trabalhadores rurais, criadores de aves... Micoses profundas – H. capsulatum Alveolos Conídeos são fagocitados Multiplicam-se nos macrófagos Linfonodos via linfática Inalação de Conídios Imunocomprometidos Disseminação hematógena Imunocompetentes Focos secundários Patogenia: Micoses profundas – H. capsulatum Histoplasmose Sinais semelhantes aos de tuberculose Manifestações Clínicas • Assintomática – 90 a 95% • Pulmonar • Disseminada - 1 para cada 50.000 casos: AIDS, alta mortalidade Micoses profundas – H. capsulatum Micoses profundas – H. capsulatum Paracoccidioidis brasiliensis Histórico: Primeira descrição: 1908 – Adolpho Lutz • Micose sistêmica granulomatosa • Micose restrita a países da América Latina, principalmente: Brasil, Colômbia, Venezuela e Argentina. Micoses profundas Micoses profundas – P. brasiliensis Habitat e ecologia: Saprófita de solos e vegetais • Florestas úmidas (tropicais e subtropicais) – temperatura 17 a 24oC. Porém o isolamento... Isolamento de solos: Poucos relatos Isolado de fezes, animais e rações. América do Sul e Central Temperatura quente Micoses profundas – P. brasiliensis Como existe isolamento muito pequeno do solo Isolamento de animais indicam a ocorrência do fungo em determinadas regiões O tatu é considerado um “marcador biológico” Pelo fato de “fuçar” o solo e viver sempre no mesmo ambiente Fungo assexuado dimórfico - 25ºC filamentoso colônia algodonosa branca e hifas finas, septadas e com esporos terminais ou intercalares: crescimento em 2-4 semanas Características: Micoses profundas – P. brasiliensis Micoses profundas – P. brasiliensis Dimorfismo 37٥C leveduras – colônias de coloração creme aspecto cerebriforme e células arredondadas com parede refringente com multibrotamentos : crescimento em 10 dias “Mickey Mouse” Micoses profundas – P. brasiliensis • Parede celular: Quitina, alfa-glucana, betaglucana e galactomanana Características: Micoses profundas – P. brasiliensis Leveduras Pulmões Horas Broncoalveolite 6 semanas Granulomas Disseminação (circulação sanguinea e linfática) Inalação Conídios Patogenia: Micoses profundas – P. brasiliensis Formas Clínicas • PCM Infecção: ausência de sintomas e reação positiva à paracoccidioidina • PCM Doença Aguda (juvenil): mais severa, evolução rápida, atinge jovens de ambos os sexos • PCM Doença Crônica: Duração prolongada, lesões unifocais ou multifocais, prevalência em adultos do sexo masculino Parasita X Hospedeiro: Diferentes formas clínicas Paracoccidiodomicose Micoses profundas – P. brasiliensis lesões calcificadas Rx de tórax: Lesões, geralmente bilaterais e na metade inferior dos pulmões, em 80 a 90% dos casos, ocorrem alterações macro ou micronodulares, infiltrativas de piócitos ou cavitárias. Ulceração: Estomatite Adenomegalia: linfonodo Micoses profundas – P. brasiliensis Micoses profundas – P. brasiliensis Micoses profundas – P. brasiliensis Micoses profundas – P. brasiliensis Micoses profundas – P. brasiliensis Pb micose disseminada: lesões generalizadas (aids) Micoses profundas – P. brasiliensis Micoses profundas – P. brasiliensis Formas residuais ou seqüelas: - Enfisema pulmonar e estenose de laringe ou traquéia. Leveduras no escarro Levedura no escacrro Coccidioides immitis Fungo dimórfico Geofílico, regiões desérticas – Caça de tatu - 37٥C leveduras – difícil in vitro - 25ºC filamentoso - colônia branca e algodonosa Características: Micoses profundas Micoses profundas – C. immitis Inalação Remoção de terras Pulmão Formam-se esférulas Esporos se disseminam Patogenia: Coccidioidomicose Micoses profundas – C. immitis Artroconídios Micoses profundas Blastomyces dermatitidis Características: - 37٥C leveduras – colônias de coloração creme - 25ºC filamentoso - colônia branca a creme: algodonosa. (até 50 dias) Habitat: América do Norte Solos com pH ácido Dejetos animais Fontes de água Micoses profundas – B. dermatidis Micoses profundas – B. dermatidis Blastomicose Crônica, granulomatosa e supurativa. - Pulmonar - Cutânea– disseminação hematógena -Disseminada – pouco frequente: doença de base Micoses profundas DIAGNÓSTICO DIAGNÓSTICO Exame direto – Histopatológico – Isolamento – Comprovação do dimorfismo HISTOPLASMOSE Histoplasma capsulatum BLASTOMICOSE Blastomyces dermatitidis PARACOCCIDIOIDOMICOSE Paracoccidioides brasiliensis COCCIDIOIDOMICOSE Coccidioides immitis Dúvidas?
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