Buscar

Parasitologia - Ciclos Biológicos

Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original

PARASITOLOGIA
MATERIAL DE ESTUDO
CICLO BIOLÓGICO
REFERÊNCIA: http://www.uft.edu.br/parasitologia/pt_BR/parasitologia/
2016, São Paulo
AMEBÍASE (Entamoeba histolytica)
Ciclo Biológico
	
	O ciclo de vida de Entamoeba histolytica é monoxênico e relativamente simples. No ciclo encontram-se quatro estágios: cisto, metacisto, trofozoíto e pré-cisto. O inicio do ciclo ocorre a partir da ingestão dos cistos maduros junto de água e alimentos contaminados. O cisto passa, então, pelo estômago e pelo intestino delgado, resistindo à ação do suco gástrico e das secreções intestinais. De fato, estas substâncias contribuem para a formação de uma fenda na parede do cisto, a qual permite o início do processo de desencistamento que ocorre principalmente na porção distal do íleo e ceco. A partir deste processo é liberada uma forma tetranucleada (metacisto) que por divisão binária da origem a oito trofozoítos uninucleados. Esses trofozoítos multiplicam-se por divisão binária e colonizam o intestino grosso, principalmente na região do ceco. Em geral, os trofozoítos vivem como um comensal, aderidos na mucosa intestinal alimentando-se de bactérias e detritos. Dando continuidade ao ciclo, muitos desses trofozoítos diminuem de tamanho e se arredondam formando o pré-cisto, etapa que marca o início do processo de encistamento. O pré-cisto secreta ao seu redor uma membrana glicoprotéica, denominada parede cística, formando assim um cisto uninucleado. Esses cistos tornam-se tetranucleados e podem ser excretados juntamente com as fezes do hospedeiro, possibilitando a infecção de outro ser humano.
CRIPTOSPORIDIOSE (C. hominis e C. parvum)
 Ciclo Biológico
	
	
	Os protozoários do gênero Cryptosporidium possuem ciclo monoxênico e não tem especificidade de hospedeiro. O oocisto constitui a forma infectante da criptosporidíase, pois é eliminado nas fezes e possibilita a infecção por via fecal-oral. O ciclo assexuado tem início quando o oocisto é formado e eliminado, sendo que após a sua eliminação se dá a esporulação. A esporulação é caracterizada pelo aumento de volume do parasito e pela produção de esporozoítos no seu interior. Após a ingestão, o oocisto esporulado rompe no intestino liberando os esporozoítos que invadem os enterócitos. No fim do crescimento do esporozoíto o núcleo começa a se dividir várias vezes, de forma assexuada, o que resulta em uma forma multinucleada, o esquizonte. Depois da formação do esquizonte, ocorre uma repetição da etapa anterior, processo que passa a se denominar esquizogonia. Sua função é produzir merozoítos, permitindo a invasão de novas células hospedeiras. A partir desses merozoítos pode recomeçar outro ciclo assexuado ou iniciar um processo de reprodução sexuada (esporogonia). O ciclo sexuado tem início quando os merozoítos se diferenciam em gametócitos no interior do enterócito, sendo que aqueles que se destinam a produzir gametas masculinos são os microgametócitos, e os que se transformarão em gametas femininos são os macrogametócitos. Quando o microgametócito é liberado do enterócito, invade a célula onde está o macrogametócito formando o zigoto, que logo se encista, e por isso passa a se chamar oocisto. O tempo da esporulação depende das condições ambientais do solo onde está o oocisto. A esporulação só estará completa quando cada esporoblasto formar esporozoítas, que é o que caracteriza o oocisto infectante. No caso do cryptosporidium, o processo de esporulação deve produzir, no interior do oocisto, quatro esporozoítos.
TOXOPLASMOSE (Toxoplasma gondi )
Ciclo Biológico
	O Toxoplasma gondii apresenta um ciclo biológico heteroxênico, com duas fases distintas: a fase assexuada e a fase sexuada ou coccidiana. Ambas as fases ocorrem no gato ou em outros felídeos que agem como hospedeiros definitivos. Aves, mamíferos, incluindo o homem, são hospedeiros intermediários, já que neles ocorre apenas o ciclo assexuado. Esses animais transmitem a infecção apenas quando sua carne serve de alimentos para outros animais ou pela via congênita. 
	Na fase assexuada, o homem ou outro hospedeiro suscetível ingere água e alimentos contaminados com oocistos maduros (contendo esporozoítos); cistos (contendo bradizoítos); ou taquizoítos eliminados no leite. Esses últimos são os menos resistentes e podem ser destruídos pela ação do suco gástrico, mas caso consigam penetrar a mucosa oral ou serem inalados, apresentam a mesma evolução que as outras formas de parasita. Ao atingirem a luz do tubo gastrintestinal e atravessarem a mucosa, os esporozoítos, bradizoítos, ou taquizoítos multiplicam-se rapidamente no meio intracelular, como taquizoítos. Eles invadem vários tipos celulares do organismos e formam vacúolos parasitóforos, no interior do qual se dividem por endodiogenia, um tipo de reprodução assexuada na qual duas células filhas são formadas dentro da célula mãe. Esse processo origina novos taquizoítos, os quais promoverão a lise da célula infectada e invadirão novas células. Os taquizoítos disseminam-se no organismo, por meio da linfa ou do sangue, na fase inicial da doença, caracterizada como proliferativa, representando a fase aguda da infecção. O quadro originado pode ser polissintomático, dependendo da cepa do parasita, da suscetibilidade do hospedeiro e do número de formas infectantes ingeridas. Devido à resposta imune do hospedeiro ocorre uma diminuição do parasitismo, com o desaparecimento dos parasitas extracelulares do sangue, da linfa e dos órgãos viscerais. Pode ocorrer a formação de cistos, o que diminui os sintomas e caracteriza a fase crônica da infecção, a qual pode permanecer por longo período e ser, raramente, agudizada. 
	O ciclo sexuado, ou coccidiano, ocorre nas células epiteliais do intestino delgado do gato e de outros felídeos. Nesse ciclo, o parasita apresenta uma fase assexuada e outra sexuada. O ciclo enteroepitelial no gato resulta na formação de oocistos. Os esporozoítos, bradizoítos, ou taquizoítos penetram o epitélio intestinal do gato, principalmente na região das vilosidades do íleo; multiplicam-se por endodiogenia e originam vários merozoítos. Os merozoítos formados no interior dos vacúolos parasitóforos rompem a célula infectada e penetram em outras células epiteliais, onde originarão as formas sexuadas masculinas e femininas, na fase sexuada do ciclo enteroepitelial. Essas formas sofrem maturação e originam microgametas - gametas masculinos móveis e macrogametas – gametas femininos imóveis. Os microgametas abandonam a célula de origem e fecundam o macrogameta no interior de uma célula epitelial, originando o zigoto. Esse ovo, ou zigoto forma uma parede externa dupla e evolui para oocisto ainda no epitélio. O oocisto imaturo, liberado após o rompimento da célula epitelial, é eliminado juntamente com as fezes do gato. No meio ambiente, o oocisto sofre maturação, em cerca de dois a cinco dias, por um processo denominado esporogonia, e produz em seu interior dois esporocistos, cada um contendo quatro esporozoítos e uma massa residual de citoplasma. Quando maduro, o oocisto torna-se infectante, se ingerido por algum animal susceptível. O oocisto pode se manter infectante e viável no meio ambiente por até 18 meses, se mantidos em condições adequadas de temperatura e umidade.
MALÁRIA (gênero Plasmodium) 
Ciclo Biológico
	A malária é transmitida ao homem quando fêmeas do mosquito do gênero Anopheles inoculam esporozoítos infectantes durante o seu repasto sanguíneo. Os mosquitos se contaminam ao picarem indivíduos infectados, sintomáticos ou assintomáticos, que apresentam formas sexuadas do parasita. Apesar de não muito comum, outras espécies de primatas podem funcionar como reservatórios de P. malariae e contaminarem os vetores. Outras formas de transmissão menos freqüentes incluem a transfusão sanguínea e o compartilhamento de seringas contaminadas. 
	O parasita apresenta um ciclo digenético ou heteroxênico, sendo o homem o hospedeiro intermediário e o mosquito Anopheles, definitivo.
	A fêmea do anofelino, durante sua alimentação hematófaga,
inocula esporozoítos na corrente sanguínea do hospedeiro intermediário. O parasita possui tropismo pelo tecido hepático e, da corrente sanguínea, migra para o fígado. Nos hepatócitos, as formas inoculadas se transformam em esquizontes e originam milhares de merozoítos. O P. vivax e P. ovale evoluem para a forma de hipnozoítos.  A fase hepática do ciclo dura aproximadamente 14 dias, correspondente ao período de incubação da doença.
	Passado o período de latência, os merozoítos atingem os sinusóides hepáticos e entram novamente na circulação sanguínea, o que propicia a invasão das hemácias pelos parasitas. No interior dos eritrócitos, os merozoítos podem originar os trofozoítos que, por divisão nuclear, formam os esquizonte ou ainda gametócitos, forma sexuada capaz de infectar o vetor. A fragmentação dos esquizontes no interior das hemácias culmina com a hemólise e a liberação de novos merozoítos na circulação, processo desencadeador do paroxismo febril.
	No hospedeiro invertebrado terá origem o ciclo sexuado ou esporogônico do parasita. Durante o repasto sanguíneo, somente na fêmea do hospedeiro definitivo- anofelino, os gametócitos realizam reprodução sexuada, dando origem ao zigoto que, até o amadurecimento, passa pelas fases de oocineto, oocisto e esporozoíto. Este último migra para as glândulas salivares do mosquito e o capacitam à transmissão da doença. Diversas espécies e cepas distintas podem ser inoculadas numa única picada.
LEISHMANIOSE (protozoário do gênero Leishmania )
Ciclo Biológico
	O protozoário Leishmania apresenta ciclo biológico heteroxênico, alternando-se entre um hospedeiro invertebrado e um vertebrado. De acordo com a fase do ciclo de vida, o parasito pode apresentar duas formas estruturais: amastígota e promastígota.
	O principal vetor das leishmanioses em humanos é a fêmea do flebotomíneo do gênero Lutzomyia, conhecido popularmente como cangalha, mosquito-palha ou birigui. A fêmea deste mosquito precisa de sangue para complementar sua dieta e tem os animais como fonte de alimentação e dentre os principais estão roedores, cachorros e raposas, os quais atuam como reservatórios do parasito.
	A fêmea do flebotomíneo, durante sua alimentação hematófaga, pica o animal ou indivíduo parasitado e retira a linfa e sangue contendo células do sistema mononuclear fagocítico contaminadas com leismanias. Estas se desenvolvem no interior do tubo digestório do inseto e migram em direção à porção anterior do estômago. Durante a migração, passam da forma amastígota para promastígota e multiplicam-se diversas vezes por divisão binária, elevando o número de protozoários e dificultando a passagem de alimento pelo intestino anterior do inseto. A presença dos protozoários no aparelho bucal do inseto provoca uma irritação e o induz a tentar a se livrar do incômodo. Enquanto se alimenta, o vetor inocula as leishmanias em novos hospedeiros.
	No hospedeiro vertebrado, as leishmanias têm como habitat as células do sistema fagocítico mononuclear (monócitos, macrófagos, histiócitos, entre outras). Contudo, essas células fagocitárias não conseguem destruir os parasitas que as infectam. Assim, as leishmanias passam da forma promastígota para amastigota e se reproduzem, novamente por divisão binária, no interior dos vacúolos dos macrófagos e provocam a lise da célula e a consequente liberação dos parasitos, iniciando uma reação inflamatória. Os parasitos liberados podem infectar novas células, ampliando a infecção nos hospedeiros suscetíveis, dependendo de suas características genéticas e da resposta imune do organismo.
TRIPANOSOMÍASE (Trypanosoma cruzi)   
Ciclo Biológico
	O ciclo biológico do T cruzi é heteroxênico e possibilita que o parasito transite por uma fase de multiplicação intracelular (no hospedeiro vertebrado) e extracelular (no vetor). Devido a sua multiplicidade de hospedeiros, o Trypanosoma cruzi pode circular nos ciclos silvestre (gambá-triatomíneo-gambá); peridoméstico (ratos ou cães-triatomíneo-ratos ou cães) ou doméstico (humano-triatomíneo-humano; cães ou gatos-triatomíneo-cães ou gatos).
	Na forma vetorial da transmissão, tripomastígotas metacíclicos do protozoário são liberadas junto às excretas dos triatomíneos através da pele lesada ou das mucosas do ser humano, durante ou logo após o repasto sanguíneo. Esse meio de transmissão ocorre exclusivamente no continente americano.
	No local de inoculação ocorre a transformação dos tripomastígotas em amastígotas, que se multiplicam por divisão binária simples e em seguida, diferenciam-se em tripomastígotas, causando a lise celular e, por conseqüência, a liberação dos parasitos para o interstício. Estes tripomastígotas circulantes alcançam a corrente sanguínea e podem parasitar outras células de qualquer tecido ou órgão para cumprir novo ciclo celular, serem destruídos por mecanismos imunológicos do hospedeiro ou ainda, serem ingeridos por triatomíneos.
	No interior dos vetores, a forma tripomastígota migra e, em seu intestino, converte-se em epimastígota. Esta multiplica-se por divisão binária e origina a tripomastígota metacíclica no reto do inseto.O parasita se mistura às fezes do inseto e, quando em contato com a pele do hospedeiro vertebrado, dá continuidade ao seu ciclo biológico.
	Como visto, os vetores são triatomíneos hematófagos, também conhecidos como “barbeiros” ou “chupões”. As espécies mais importantes no Brasil são: Triatoma infestans, T. brasiliensis, Panstrongylus megistus, T. pseudomaculata, T. sórdida.
	Incluindo o homem, diversos mamíferos têm sido encontrados naturalmente infectados pelo T. cruzi, atuando com seu reservatório. Os mais importantes são aqueles que coabitam ou estão próximos do homem (gatos, cães, porcos, ratos).
	Outras formas de transmissão podem ocorrer como a transfusional (hemoderivados ou transplante de órgãos ou tecidos provenientes de doadores contaminados); vertical (passagem do T. cruzi de mulheres infectadas para seu filho durante a gestação ou o parto); oral (pela ingestão de alimentos contaminados com T. cruzi) e acidental (contato de material contaminado como sangue de doentes, excretas de triatomíneos durante manipulação em laboratório sem equipamento de biossegurança).
TENÍASE (Taenia saginata/Taenia solium )
Ciclo Biológico
	Após serem liberadas por um indivíduo infectado para o meio exterior, as proglotes grávidas cheias de ovos, se rompem por contração da sua musculatura, ou decomposição de sua estrutura pela dessecação, e liberam milhares de ovos no solo. Se mantidos em condições adequadas de umidade e protegidos da luz solar, esses ovos podem se manter infectantes por vários meses. 
	O hospedeiro intermediário, no caso da T. solium – o porco, e no caso da T. saginata – o boi, ingere os ovos, os quais atingem o estômago, sofrem a ação da pepsina e passam a ter sua casca amolecida pela ação conjunta da bile, do colesterol e da tripsina ao chegarem ao intestino. O embrião hexacanto é então liberado, penetra na mucosa intestinal com auxílio dos acúleos, permanecendo aí por aproximadamente quatro dias. Após esse período, penetram nas vênulas, atingindo as veias e os vasos linfáticos do mesentério. Atingem a circulação e são transportados a muitos órgãos e tecidos, até o local de implantação, podendo se alojar em vários locais, principalmente no cérebro e nos músculos de maior movimentação, como masseter, língua e coração. O embrião pode crescer até cerca de um cm e manter alguma quantidade de líquido em seu interior, originando uma estrutura denominada cisticerco, no prazo de 10 ou 12 semanas. No caso da T. solium, o cisticerco é denominado Cysticercus cellulosae e no caso da T. saginata, Cysticercus bovis, que pode sobreviver por até dois anos. 
	Ao ingerir carne crua ou malcozida de porco ou boi contaminada, o homem adquire a infecção. O cisticerco ingerido sofre ação do suco gástrico e atinge o duodeno. Na mucosa do intestino delgado, após evaginação, o cisticerco fixa-se por meio do escólex e a partir daí transforma-se numa tênia adulta, que pode atingir vários
metros de comprimento. Após três meses do início da infecção, as proglotes grávidas começam a ser eliminadas. As proglotes grávidas de T. solium são desprovidas de movimentos próprios, em virtude da musculatura menos desenvolvida, sendo eliminadas passivamente com as fezes do hospedeiro. A T. saginata apresenta uma capacidade locomotora maior, sendo possível a eliminação ativa de suas proglotes pelo ânus e raramente pela boca do hospedeiro. Várias proglotes grávidas se desprendem do estróbilo diariamente. T. solium libera em uma única vez de três a seis proglotes, enquanto a T. saginata libera de oito a nove. 
	Ao ingerir os ovos ou anéis de T. solium, o homem assume o papel de hospedeiro intermediário e desenvolve a cisticercose. Nesse caso, o embrião penetra a mucosa duodenal, atinge a circulação passa a localizar-se em órgãos como cérebro, olhos e tecido celular subcutâneo. 
CISTICERCOSE (Ovos de Taenia solium)
Ciclo Biológico
	Uma pessoa contaminada com teníase (Taenia solium) elimina em suas fezes proglotides gravidus, repleto de ovos. Esses ovos no ambiente contaminarão água e hortaliças. Ao ingerir essa água e esses alimentos contaminados, esses ovos entrarão no aparelho digestivo humano e eclodirão devido a enzimas produzidas durante a digestão. Ao eclodir o embrião hexacanto atravessará a mucosa intestinal adentrará a corrente sanguínea espalhando-se por diversos órgãos do corpo, incluindo sistema nervoso central causando neurocisticercose.
	Outra forma de se adquirir cisticercose é através da autoinfecção, que consiste na eclosão de ovos dentro do aparelho digestório, antes de elimina-los com as fezes. Da mesma forma que acontece na ingestão dos ovos, o embrião hexacanto penetrará pela mucosa intestinal e alcançará a corrente sanguínea onde se dissipará por outras regiões do organismo.
HIDATIDOSE (Echinococcus granulosus)
Ciclo Biológico
	A larva se encontra no interior dos cistos, que possuem um tamanho de aproximadamente 2 a 5 cm.
 
O hospedeiro intermediário (ovelha) ou o acidental (homem) se contamina ao ingerir os ovos liberados no ambiente pelo cão (hospedeiro definitivo, elimina nas fezes os proglotes contendo ovos). Os ovos se rompem no intestino e liberam a larva, que perfura a mucosa e atinge a circulação sangüínea, chegando ao fígado. Em 70% dos casos, forma um cisto nesse local, mas pode invadir o tecido pulmonar ou ainda outros órgãos. O ciclo no homem termina com a formação do cisto hidático no fígado e/ou pulmão e não há eliminação de formas de contágio. 
	
	A contaminação é sempre acidental, do cão para o homem. 
ESQUISTOSSOMOSE (Schistosoma mansoni)
Ciclo Biológico
	O hábitat do verme na fase adulta é o intestino grosso e suas mediações, vivem aderidos à mucosa ou livres na luz intestinal e alimentam-se do conteúdo intestinal. Eventualmente são encontrados no apêndice cecal.
	As fêmeas fecundadas produzem cerca de 11.000 (onze mil) ovos, de modo que seu útero ocupa toda a região entre o esôfago e o início da cauda. Parece muito bem fundada a ideia de que os machos morrem após a primeira cópula e são eliminados nas fezes. As fêmeas fecundadas se libertam do ceco e migram para a região retal e anal. Elas atravessam o ânus do hospedeiro e depositam seus ovos na pele da região perianal, onde causam intenso prurido.
      	Os ovos são liberados com a forma embrionária do helminto. Após a oviposição o ciclo de vida do verme chega ao fim e ele em alguns momentos este estará morto. A duração média da vida desses vermes é de 40 dias.
     	A forma embrionária é conhecida como sendo o primeiro estágio desse verme. No interior do ovo (em condições de anaerobiose) ele pode se desenvolver até o segundo estágio, conhecido como giriniforme. Os terceiros e quarto estágio são encontrados dentro dos ovos na região perianal (em condições de aerobiose). O quinto estágio é conhecido como larva rabditoide e é a forma infectante para o homem. Na região perianal a maturação do ovo (até o quinto estágio) acontece em média em quatro horas. Eles são muito sensíveis a dessecção, resistindo em média 16 horas em regiões secas.
      	A proteína presente na casca dos ovos é extremamente pegajosa e causa intenso prurido na pele, o que leva ao hospedeiro coçar a região. Isto vai provocar a disseminação dos ovos para o próprio hospedeiro (autoinfecção) ou para outras pessoas (heteroinfecção), através das mãos contaminadas. Os ovos aderidos na pele e nas roupas também se disseminam pelo ambiente, provocando infecção de outras pessoas, mesmo à distância. Os ovos podem, ainda, ficar aderidos à roupa de cama e serem disseminados pelo ar quando este material for manejado.
     Ao serem ingeridas, as larvas sofrem ação do suco gástrico e duodenal e eclodem no intestino delgado do hospedeiro, onde liberam pequenas larvas, que vão evoluir para vermes adultos e migrar lentamente para o intestino grosso. No ceco os vermes reiniciam seu ciclo biológico.
FASCIOLÍASE (Fasciola hepatica) 
Ciclo Biológico
	Helminto trematódeo causador da fasciolose, uma zoonose pouco comum no homem. 
	Os ovos (1) eliminandos  pelas fezes, liberam na água  miracídios, que infectarão caramujos do gênero Lymnaea (hospedeiros intermediários); no interior do molusco, o miracídio (100 mm) transforma-se em esporocistos e, depois, em rédias. Essas produzirão  as cercárias (200 mm) que serão liberadas na água.. As cercárias fixam-se à vegetação aquática das margens de rios e lagos e perdem a cauda, originando as metacercárias. O hospedeiro definitivo (ruminantes ou o homem)  infecta-se ao ingerir as metacercárias presentes nessa vegetação e, eventualmente, livres na água. No intestino, ocorre desencistamento das metacercárias e liberação das larvas que migram até os canalículos biliares. Nesse local, evoluem até vermes adultos (2), com cerca de 3 cm de comprimento . Os ovos produzidos pelas fêmeas são eliminados pelo ducto colédoco e liberados no ambiente através das fezes. 
	A fasciolose consiste em infecção inicial do fígado, com formação de lesões necróticas e fibrosas; posteriormente ocorre hipertrofia dos canalículos biliares, com necrose de lóbulos hepáticos, distensão da cápsula hepática, colecistite, litíase e cirrose biliares. Na fase aguda, manifesta-se com febre, eosinofilia, aumento doloroso do fígado, leucocitose e diarréia; cronicamente ocorrem dor abdominal, diarréia, hepatomegalia, eosinofilia, anemia, perda de peso e complicações da cirrose.
	O diagnóstico laboratorial é feito pela visualização dos ovos nas fezes. 
A prevenção da transmissão ao homem se faz pelo cuidado com a  água ingerida, que pode estar contaminada; com o tratamento dos animais parasitados e com o controle dos hospedeiros intermediários.
ASCARIDÍASE (Ascaris lumbricoides)
Ciclo Biológico
	Os ovos de Ascaris lumbricoides são eliminados juntamente com as fezes do indivíduo infectado. Ao atingir um ambiente com temperatura entre 15 a 35°C e umidade mínima de 70%, em duas a oito semanas os ovos férteis originam larvas que sofrem mudas dentro da casca. Esse período de embrionamento dos ovos ocorre no meio exterior e requer a presença de oxigênio. Forma-se inicialmente uma primeira larva, L1, dentro do ovo. Essa apresenta um esôfago com duas dilatações, sendo do tipo rabditóide. Uma semana após, a larva L1 sofre muda, transformando-se em L2 e em seguida outra muda, transformando-se em L3, a qual apresenta um esôfago retilíneo ou filarióide. Essa larva L3, ou de terceiro estágio, é a forma infectante e pode permanecer viável por vários meses. Os ovos contendo a forma infectante, ao serem ingeridos, têm sua casca amolecida no estômago e sofrem ação dos sulcos digestivos no duodeno, onde liberam suas larvas. Essa eclosão deve-se a fatores como temperatura, Ph, presença de agentes redutores e concentração de CO2 no intestino do próprio hospedeiro. Ao serem liberadas, as larvas atravessam a parede intestina, ao nível do ceco, e por meio dos vasos linfáticos ou veias do sistema porta, alcançam o fígado em cerca de quatro a cinco
dias. A partir daí, atingem o coração direito e os pulmões, nos quais realizam o ciclo pulmonar, cerca de quatro a cinco dias após a ingestão dos ovos. Nos pulmões, após cerca de oito ou nove dias, as larvas L3 continuam sua evolução e sofrem uma terceira muda, originando larvas L4, as quais atravessam as paredes dos capilares alveolares e atingem os alvéolos. Já nos alvéolos, ocorre uma quarta muda, originado L5. Após duas semanas, as larvas sobem pelos bronquíolos, brônquios, traquéia e laringe, quando são expelidas ou deglutidas com as secreções brônquicas até atingir o estômago e o intestino. A última muda ocorre no intestino, jejuno geralmente, e origina larvas nas formas juvenis, as quais crescem e se desenvolvem sexualmente em aproximadamente dois meses
TRICURÍASE (Trichuris trichiura)
Ciclo Biológico
	As fêmeas fecundadas produzem cerca de 11.000 (onze mil) ovos, de modo que seu útero ocupa toda a região entre o esôfago e o início da cauda. Parece muito bem fundada a ideia de que os machos morrem após a primeira cópula e são eliminados nas fezes. As fêmeas fecundadas se libertam do ceco e migram para a região retal e anal. Elas atravessam o ânus do hospedeiro e depositam seus ovos na pele da região perianal, onde causam intenso prurido.
    	Os ovos são liberados com a forma embrionária do helminto. Após a oviposição o ciclo de vida do verme chega ao fim e ele em alguns momentos este estará morto. A duração média da vida desses vermes é de 40 dias.
     	A forma embrionária é conhecida como sendo o primeiro estágio desse verme. No interior do ovo (em condições de anaerobiose) ele pode se desenvolver até o segundo estágio, conhecido como giriniforme. Os terceiros e quarto estágio são encontrados dentro dos ovos na região perianal (em condições de aerobiose). O quinto estágio é conhecido como larva rabditoide e é a forma infectante para o homem. Na região perianal a maturação do ovo (até o quinto estágio) acontece em média em quatro horas. Eles são muito sensíveis a dessecção, resistindo em média 16 horas em regiões secas.
         A proteína presente na casca dos ovos é extremamente pegajosa e causa intenso prurido na pele, o que leva ao hospedeiro coçar a região. Isto vai provocar a disseminação dos ovos para o próprio hospedeiro (autoinfecção) ou para outras pessoas (heteroinfecção), através das mãos contaminadas. Os ovos aderidos na pele e nas roupas também se disseminam pelo ambiente, provocando infecção de outras pessoas, mesmo à distância. Os ovos podem, ainda, ficar aderidos à roupa de cama e serem disseminados pelo ar quando este material for manejado.
        Ao serem ingeridas, as larvas sofrem ação do suco gástrico e duodenal e eclodem no intestino delgado do hospedeiro, onde liberam pequenas larvas, que vão evoluir para vermes adultos e migrar lentamente para o intestino grosso. No ceco os vermes reiniciam seu ciclo biológico.
ENTEROBÍASE (Enterobius vermicularis)
Ciclo Biológico
	As fêmeas fecundadas produzem cerca de 11.000 (onze mil) ovos, de modo que seu útero ocupa toda a região entre o esôfago e o início da cauda. Parece muito bem fundada a idéia de que os machos morrem após a primeira cópula e são eliminados nas fezes. As fêmeas fecundadas se libertam do ceco e migram para a região retal e anal. Elas atravessam o ânus do hospedeiro e depositam seus ovos na pele da região perianal, onde causam intenso prurido.
       Os ovos são liberados com a forma embrionária do helminto. Após a oviposição o ciclo de vida do verme chega ao fim e ele em alguns momentos este estará morto. A duração média da vida desses vermes é de 40 dias.
       A forma embrionária é conhecida como sendo o primeiro estágio desse verme. No interior do ovo (em condições de anaerobiose) ele pode se desenvolver até o segundo estágio, conhecido como giriniforme. Os terceiros e quarto estágio são encontrados dentro dos ovos na região perianal (em condições de aerobiose). O quinto estágio é conhecido como larva rabditóide e é a forma infectante para o homem. Na região perianal a maturação do ovo (até o quinto estágio) acontece em média em quatro horas. Eles são muito sensíveis a dessecção, resistindo em média 16 horas em regiões secas.
        A proteína presente na casca dos ovos é extremamente pegajosa e causa intenso prurido na pele, o que leva ao hospedeiro coçar aregião. Isto vai provocar a disseminação dos ovos para o próprio hospedeiro (auto-infecção) ou para outras pessoas (hetereoinfecção), através das mãos contaminadas. Os ovos aderidos na pele e nas roupas também se disseminam pelo ambiente, provocando infecção de outras pessoas, mesmo à distância. Os ovos podem, ainda, ficar aderidos a roupa de cama e serem disseminados pelo ar quando este material for manejado.
      Ao serem ingeridas, as larvas sofrem ação do suco gástrico e duodenal e eclodem no intestino delgado do hospedeiro, onde liberam pequenas larvas, que vão evoluir para vermes adultos e migrar lentamente para o intestino grosso. No ceco os vermes reiniciam seu ciclo biológico.
ESTRONGILOIDÍASE (Strongyloides stercoralis)
Ciclo Biológico
	O Strongyloides possui reprodução partogenética, e possui ciclo biológico duplo. Os ovos das fêmeas partogenéticas quando eclodem produzem três tipos de larvas: larvas triplóides (3n), igual a genitora que e a forma infectante, larvas diplóides (2n), que evoluem para as fêmeas de vida livre e por último as larvas haplóides (n), que evoluem para machos de vida livre. A forma infectante e denominada filarióide, enquanto a não infectante é denominada rabtitóide. As invasões das larvas realizam-se geralmente pela pele dos pés de uma pessoa que caminha descalça por locais comtaminados. Essas larvas secretam melanoproteases que auxiliam tanto na penetração quanto na migração através dos tecidos que acontece de forma lenta, cerca de 10 cm/hora.
 	Muitas larva são penetrarem na pele morrem no local, as que conseguem prosseguir atingem a circulação venosa ou linfática, depois o coração e em seguida os pulmões. Nos pulmões, artravesam a membrana alveolar, onde sofre a ultima muda. Os movimentos do epitélio ciliado promove seu transporte passivo junto com as secreções brônquicas até a laringe onde são expelidas ou deglutidas.
 	No intestino, nas porções duodenais e jejunais a larva sofre maturação passando a fêmeas partogenéticas. Os ovos do Strongyloide já é embrionado , e pode ser eliminado com as fezes ou eclodir dentro do intestino, o que ocorre normalmente.
 	Quando eliminados, os ovos e larvas pdem originar larvas 3n, 2n, n. Quando origina larvas 3n infectantes o ciclo e chamado direto, quando origina 2n e n o ciclo se alterna entre fase parasitária e de vida livre o ciclo é dito como indireto.
 	Existe outras formas de contaminação além da penetração ativa de larvas pela pele. A auto-infecção externa acontece quando idosos e crianças usam fraldas ou não praticam hábitos de higiene adequados retém fezes na região perianal contendo larvas rabtitóides. Essas larvas transformam-se em filarióides e penetram na pele da região. A auto-infecção interna acontece quando a pessoa com larvas presente no intestino e sofre de constipação intestinal as larvas transformam-se em filarióides dentro do intestino e penetra pela mucosa intestinal, completando assim como a auto-infecção externa um ciclo direto. A auto-infecção pode provocar aceleração do ciclo aumentando a quantidade de vermes no intestino provocando uma hiperinfecção, que que pode atingir diversos orgãos ocasionando a forma chamada desseminada que pode ser letal em indivíduos imunossuprimidos.
ANCILOSTOMÍASE
(Ciclo Biológico)
	 Ancylostoma duodenale
	 Necator americanus
	Estes ancilostomídeos possuem ciclo monoxeno, necessitando de uma fase no solo para a transformação da larva rabditóide (L2) em larva filarióide infectante (L3). A forma de infecção em humanos ocorre de duas formas: pela penetração da larva filarióide infectante pela pele ou por mucosa oral, realizando depois o ciclo pulmonar e intestinal,
e por ingestão oral, onde as larvas são ingeridas com alimento e água contaminada sem realizando apenas o ciclo intestinal, sem desenvolver o ciclo pulmonar.
Filariose Linfática (Wuchereria bancrofti)
Ciclo Biológico
	
	A infecção humana é iniciada pela introdução de larvas infectantes que estão presentes na saliva do mosquito, durante a picada. As larvas migram da localização da picada para o sistema linfático, principalmente nos braços, pernas ou virilhas, onde ocorre o crescimento das larvas à idade adulta. O macho adulto Fertiza a fêmea, que por sua produz as microfilarias, que seguem seu caminho para a circulação. No mosquito, as larvas se movem através do estômago e dos músculos torácicos nos estágios de desenvolvimento e finalmente migram para a probóscide. Tornam-se larvas de 3º estágio infectante e são transmitidas pelo mosquito ao se alimentar.

Teste o Premium para desbloquear

Aproveite todos os benefícios por 3 dias sem pagar! 😉
Já tem cadastro?

Outros materiais