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Esquizofrenia e Antipsicóticos

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Prof. Msc. Carlos Renato Nogueira 
Mestre em Neurofarmacologia (UFC) 
 
 O termo psicose define um grande número de 
distúrbios mentais. 
 
 A esquizofrenia é um tipo de psicose, caracterizado 
por uma percepção clara e acentuado distúrbio do 
pensamento. 
 
 Afeta 1% da população. 
 
 Doença crônica e incapacitante. 
 
Caracterizada por ilusões, alucinação, 
desorganização de pensamentos e 
alteração no contato com a realidade 
(Psicose). 
 
 Fatores hereditários 
 Fatores ambientais (complicações no parto, 
infecção viral, 
 mal-nutrição, incompatibilidade de fator 
Rh) 
 Hipótese neuroanatômica (volume 
ventricular aumentado) 
 Hipótese da dopamina 
 
Sintomas Positivos (“fora do normal” - Agudo) 
 
 Delírios (paranóide) 
 Alucinações (vozes e mensagem de exortação) 
 Distúrbios do pensamento, incluindo 
encadeamentos desordenados de pensamento e 
conclusões irracionais. 
 Relacionados à hiperfunção dopaminérgica na via 
mesolímbica 
 
 
 
Sintomas Negativos (Emocionais - Crônicos) 
 
 Afastamento dos contatos sociais (Preconceito) 
 Anulação das respostas emocionais 
 Sentimento de culpa 
 Ansiedade e suicídio (50%) 
 Déficit cognitivo 
 Relacionado à hipofunção dopaminérgica na via 
mesocortical 
 
 
 Esquizofrenia resulta de neurotransmissão 
dopaminérgica aumentada. 
 
 O bloqueio da neurotransmissão 
dopaminérgica alivia os sintomas da doença. 
 
 Antipsicóticos atuam em receptores pós-
sinápticos de dopamina (D2) 
 
 
 
 A densidade de receptores dopaminérgicos está 
aumentada em pacientes esquizofrênicos não 
tratados por antipsicóticos; 
 
 Ativação de receptores D2 por uma variedade 
de agonistas (por exemplo, anfetaminas, 
levodopa, apomorfina) provoca aumento da 
atividade motora e comportamento 
estereotipado em ratos 
 
 
Comportamento motor repetitivo, não 
Funcional, muitas vezes aparentemente 
intencional. (brincar com as mãos, remexer os 
dedos, manusear objetos, morder a si mesmo, 
beliscar a pele, etc) 
 
 Típicos (Primeira Geração) 
 
Não seletivos. Promovem um bloqueio amplo (H1, 
Muscarínico e Dopaminérgico), sendo, portanto de 
grande eficácia nos sintomas positivos. 
 
- Clorpromazina (Amplictil) 
- Levomepromazina (Neozine) 
- Haloperidol (Haldol) 
- Fenergan* 
 Atípicos (Segunda Geração) 
 
Mais toleráveis, bloqueando os receptores H1, 
D2, 5-HT2A e, em menor grau os muscarínicos. 
Propiciam mais conforto ao paciente ao 
diminuir a incidência de efeitos 
extrapiramidais (tremores), maior eficácia nos 
sintomas negativos (emocionais) e menos 
desconforto antimuscarínico (vista turva, boca 
seca, constipação etc.) 
Absorção e Distribuição: 
 
Rápida, mas incompletamente absorvidos. 
 
Muitas drogas sofrem metabolismo de 1a. 
Passagem. 
 
Muitos são lipossolúveis e ligam-se a proteínas. 
Sequestradas em compartimentos lipídicos. Ação 
duradoura. 
 
Metabolismo 
 
Maioria das drogas são largamente 
metabolizadas e alguns metabólitos são 
ativos, porém não muito importantes para 
ação da droga (exceção: mesoridazina, 
metabólito da tioridazina). 
 
Excreção 
 
Metabolizados para substâncias mais polares. 
Eliminação renal (meia-vida varia de 10 a 24 
h). 
 
 
Em Psiquiatria: Esquizofrenia, Distúrbios bipolares, 
Psicose em pacientes deprimidos; 
 
São eficazes em apenas 70% dos pacientes 
esquizofrênicos, os outros 30% sendo classificados como 
resistentes ao tratamento (a clozapina pode ser eficaz 
nestes casos 
 
Não psiquiátricos: antieméticos (Ex. proclorperazina); 
devido ao bloqueio D2 da zona do gatilho quimioceptora 
na área postrema, além do bloqueio de receptores 
muscarínicos e histamínicos 
 
Efeitos Colaterais de Antipsicóticos 
 Atividade antagonista de vários receptores 
no SNC 
 
Histamina H1 
Adrenérgico α1/α2 
 
 sedação, hipotensão, 
 disfunção sexual 
Colinérgico M 
Dopaminérgico D2 
antagonismo na via 
extrapiramidal-nigrostriatal 
efeitos anticolinérgicos: estímulo 
cardíaco, dilatação da pupila, 
diminui secreções/salivação, 
inibe peristaltismo. 
sintomas parkinsonianos 
(bradicinesia, 
tremor, rigidez muscular) 
Psicológicos: sonolência, inquietação e efeitos 
autonômicos; 
 
Endócrinos: Galactorréia e perda de libido. 
 
A dopamina inibe a liberação da prolactina. Na 
deficiência da dopamina, os níveis de prolactina 
estarão aumentados 
 
Cardiovasculares: Arritimias e alterações no ECG 
 
Metabólicos: Aumento de peso e Hiperlipidemias 
 
Alérgicos e Tóxicos: icterícia e erupções cutâneas. 
 
Risco de Teratogêneses: Mal formações fetais. 
 
Agranulocitose: Depressão na atividade da 
medula óssea. 
 
 
 
 
Obrigado !!!!

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