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DM 1 - Aula 10 - Abdome agudo e colecistite aguda (Marta)

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04/05/10 - 2B - Prfa. Marta Galvão
Diagnóstico médico - Radiologia
Abdome agudo
Definição – É uma condição abdominal aguda, geralmente dolorosa e com anormalidade na peristalse (varia de “peristalse de luta” à “aperistalse”), que obriga o medico a dar um diagnostico precoce e uma terapêutica de urgência: Pode ser traumático ou inflamatório...
	Causas de abdome agudo inflamatório: Colecistite aguda, pancreatite aguda, apendicite aguda, abscessos e diverticulite aguda...
OBS: Quando um paciente tem muita dor e o diagnostico clinico é incerto, usa-se um exame com alta sensibilidade: Raio-X (mostra todo o abdome, mas é pouco específico, não dá para saber exatamente o que está doente: uma alça, por diverticulite ou por apendicite???). Porem, pode-se usar exames mais específicos para os casos em que o clinico consegue ter uma noção de onde possa estar o problema, mas não sabe se será necessário uma cirurgia (nem todo abdome agudo é cirúrgico, apenas 1/3 desses quadros o é), necessitando de exames com maior especificidade: Ultrassom ou TC (mais caro)
	Em alguns casos um simples corte de TC é capaz de dar a causa e o efeito da doença (coisa que o RX nunca vai mostrar). EX: Num quadro de câncer de cólon com metástase para fígado pode-se observar ao corte coronal o septo da alça colônica espessa [Aspecto de maçã mordida – Ao se fazer o TC com contraste, observa-se o local em que o contraste se estreita, parecendo uma maçã mordida dos lados, só com uma haste central no meio] (contraste se estreita para passar por ali) e uma mancha escura no fígado...
	Um RX pode indicar uma distensão de alça, por exemplo, mas ele não indica se é por bridas, tumor, inflamação, etc. Em contrapartida um TC indica causa da obstrução, se ela é cirúrgica ou não, se tem metástase ou não (se for um tumor)...
	Outro exemplo é um caso de volvo de sigmóide (torção do sigmóide, porção intestinal mais vulnerável a essa patologia pelo fato de seu meio ser mais livre, ter maior mobilidade), em que pode ser tirado um RX, mas um TC é melhor, pois confere o estado de outras alças intestinais, podendo-se observar ainda a alça em grão de café ou alça em ferradura...
Raio –x feito em AP????????
COLECISTITE AGUDA
	Assim como a apendicite aguda e até a diverticulite aguda, a colecistite aguda é um processo inflamatório secundário a uma obstrução (90%). Frequentemente o paciente é uma mulher, obesa (desequilíbrio no níveis de colesterol), multípara (níveis de estrogênio predispõem a formação de cálculos) e com mais de 40 anos (tempo suficiente para se formar os cálculos)
	A causa mais comum disso é a colelitíase (microcálculos e cálculos pequenos podem obstruir a papila de Vater e dar pancreatite aguda, o médio geralmente obstrui o infundíbulo da vesícula biliar, e o grande obstruem o colédoco...
	No ultrassom a vesícula biliar é preta (só tem liquido), é anecóica, e pode-se observar os cálculos como partículas brancas. Em casos de microcálculos ou os muito pequenos, deve-se mudar o paciente de posição várias vezes para sacudir os cálculos aderidos à parede e solta-los para melhor visualização nos exames. Alem disso, no ultrassom os cálculos provocam a sombra acústica posterior (não deixa nada atrás dela aparecer no exame)...
NOTA: Cuidado – Para fazer o ultrassom na busca de cálculos biliares, o paciente não pode comer muito ou comida gordurosa, porque provoca gases (que é hiperecóico – branco, ao ultrassom e também produz sombra acústica)
Nos casos de suspeita de cálculos biliares, não é muito bom usar o raio-x (pega apenas cálculos radiopatas [de cálcio], e os biliares são mais comumente radiotransparentes [de colesterol]
NOTA: Lama biliar – É uma suspensão de muco, bilirrubinato de cálcio e cristais de colesterol, sendo precursora de cálculos. No ultrassom, a lama biliar é menos hiperecóica que os cálculos... É o meio termo entre a bile (mais anecóica, porque tem muito liquido) e os cálculos (são hiperecóicos, pois não tem liquido, são só o soluto saturado)...
O diagnostico de colecistite aguda é feito com a tríade: Presença de calculo, parede da vesícula espessada (normalmente a parede da vesícula tem uns 2 mm de espessura) e sinal de Murphy (com o ultrassom)...
Se esses 3 fatores estiverem presentes, a chance de ser colecistite aguda é de 95%... Porem, alguns fatores como febre, icterícia e/ou intolerância a alimentos gordurosos também são valioso para o diagnostico...
NOTA: Colecistite alitiásica – Colecistite aguda sem cálculos... Causada por isquemia da parede da vesícula biliar... Vesícula sem cálculos, com parede espessada, com liquido na parede da vesícula (deflagra o edema ali devido ao infarto) e sinal de Murphy. É mais comum em idoso, imunodeprimidos...
Empiema – Na vesícula produz uma vesícula com parede de difícil limitação e um líquido heterogêneo em volta dela...
Abscesso – Ocorre em casos de rompimento de abscesso de vesícula, formando uma coleção de pus em volta da vesícula, que tem sua parede espessada por conta da inflação...
Colecistite Enfisematosa – Único caso de colecistite aguda em que é melhor usar o TC (diferencia melhor gases de cálculos), havendo gases dentro da parede da vesícula biliar, evidenciando colonização do local por anaeróbicos...

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