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USUFRUTO resumo

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USUFRUTO
Direito real por meio do qual uma das partes (nu-proprietário) dá a outra (usufrutuário) a permissão para usar e fruir um ou mais bens, de propriedade da primeira (art. 1390 C.C.)
O usufrutuário pode usar, gozar (fruir), administrar a coisa e também é seu possuidor direto (art.1390 C.C.)
O Usufruto pode ser Legal, Convencional, Judicial, ou pode derivar ainda de usucapião. Na primeira hipótese é imposto por lei, como ocorre no caso dos pais que são obrigados a administrar os bens dos filhos menores e por isso a lei lhes confere o direito de usufruir desses bens (art.1689 C.C.). Na segunda hipótese decorre de contrato (acordo das partes), na terceira deriva de decisão judicial, e por último, excpecionalmente, um sujeito que se comporta como usufrutuário por um longo período, entretanto não possui animus domini, pode usucapir o direito de usufruir a coisa e não a própria coisa, por lhe faltar a intenção de dono.
Quando o instituto deriva de contrato deve ser registrado para se tornar direito real, oponível erga omnes (art. 1391 C.C.). Neste caso pode se dar por alienação ou por retenção. Na primeira hipótese as partes fazem contrato por meio do qual uma delas confere a outra o direito de usufruir um ou mais bens seus, e na segunda uma das partes aliena o bem a outra retendo, contudo, o direito de usufruir da coisa alienada.
O contrato pode ser feito com ou sem prazo. No segundo caso a lei presume a sua vitaliciedade, mas vale esclarecer que a morte do usufrutuário, ainda que antes do prazo avençado, extingue o contrato, por se tratar de negócio personalíssimo (art.1410 I C.C.)
A maior obrigação do usufrutuário é conservar a coisa como se fosse sua, pagando as despesas ordinárias de custo baixo que sobre ela recaem (arts. 1403 e 1404, C.C.). Todavia o usufrutuário não responde pelas deteriorações resultantes do exercício regular do usufruto, por se tratar de desgaste inerente à utilização do bem (art. 1402 C.C.).
A extinção do contrato de usufruto exige o cancelamento do seu registro, na forma do art. 1410 C.C., e pelos meios lá descritos, com destaque para o inciso VI que fala em consolidação. A consolidação ocorre quando a figura do dono e do usufrutuário se confundem na mesma pessoa, o que acontece quando o usufrutuário adquire o bem.
Além disso, importante esclarecer que embora o perecimento da coisa seja, a princípio, causa de extinção do contrato, existem exceções a esta regra previstas nos artigos 1407, 1408 e 1409, C.C.
USO
O direito real de uso, a princípio, so´confere ao usuário o direito de usar a coisa, não pode usufruí-la, mas excpecionalmente terá ele este direito na forma do art.1412 C.C.
HABITAÇÃO
O direito real de habitação só recai sobre bem imóvel e só confere ao titular direito de habitar o imóvel, com finalidade de moradia (art.1414 C.C.)
OBS: As regras do Usufruto se aplicam aos direitos reais de uso e habitação, naquilo que não contrariar a sua natureza.

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