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DIREITOS REAIS MODULO 1 1 - Considere as proposições seguintes e assinale a alternativa correta: I. O direito protege a posse, situação de fato, porque presumivelmente o possuidor é também o proprietário. II. O possuidor atribui ao bem uma finalidade social, o que é de interesse público. III. Em larga escala, a não utilização dos bens é prejudicial a toda a sociedade. IV. O possuidor não tem ação contra o proprietário do bem. São corretas somente as proposições: Alternativa(C): O direito protege a posse, situação de fato, porque presumivelmente o possuidor é também o proprietário. Além disso, o possuidor atribui ao bem uma finalidade social, o que é de interesse público. Em larga escala, a não utilização dos bens é prejudicial a toda a sociedade. Assim, o proprietário desapossado violentamente, por esbulho, tem direito ao restabelecimento da situação anterior. Da mesma forma, se alguém adquire prédio de outrem, que não seu dono, e nele se instala, tem assegurada a posse, até que o verdadeiro proprietário, através das vias judiciais, demonstre o seu melhor direito. 2 - Possuidor é aquele que atua em relação à coisa como se fosse proprietário, pois exerce algum dos poderes inerentes ao domínio. A posse é, então, exteriorização da propriedade. Desse modo, é certo afirmar que: A - posse depende sempre da apreensão material da coisa. B - A posse é sinônimo de detenção. C - Apenas o proprietário é possuidor. D - A posse é direito real, para os doutrinadores em unanimidade. E - É possível que o possuidor indireto proteja a sua posse. Alternativa(E): A lei reconhece como possuidor tanto quem tem a posse direta quanto quem tem a posse indireta; e ambos podem recorrer aos interditos para proteger a sua posição ante terceiros. 3 - Analise as proposições que seguem e assinale a alternativa correta: O constituto possessório ocorre quando o alienante de certo bem em vez de entregá-lo ao adquirente, conserva-o, com anuência deste, em seu poder, por outro título, como o de locatário, depositário ou comodatário. O alienante perde a posse indireta da coisa, pois afasta o “animus” e conserva a coisa em nome do novo proprietário. PORQUE Não há posse sem o elemento material, sem o corpus, em hipótese alguma. Pode-se afirmar que: A - As duas proposições são corretas e a segunda justifica a primeira. B - As duas proposições são corretas, mas a segunda não justifica a primeira. C - Apenas a primeira proposição é correta. D - Apenas a segunda proposição é correta. E - As duas proposições são falsas. Alternativa(C):O constituto possessório ocorre quando o alienante de certo bem em vez de entregá-lo ao adquirente, conserva-o, com anuência deste, em seu poder, por outro título, como o de locatário, depositário ou comodatário. O alienante perde a posse indireta da coisa, pois afasta o “animus” e conserva a coisa em nome do novo proprietário. 4 - A posse pode ser adquirida: A - Pela pessoa que a pretende, ou seu representante, ou por terceiro sem mandato, dependendo de ratificação. B - Somente pela pessoa que a pretende. C - Pela pessoa que a pretende ou por representante, desde que este tenha procuração. D - Apenas pela pessoa que a pretende ou por seu representante legal. E - Por qualquer pessoa, desde que haja mandato. Alternativa(A): A posse pode ser adquirida:I - pela própria pessoa que a pretende ou por seu representante; II - por terceiro sem mandato, dependendo de ratificação. 5 - Analise as afirmativas abaixo e assinale a alternativa correta: I. Direito real é o direito que se prende à coisa, prevalecendo sobre todos, independendo da colaboração de outrem para o seu exercício e conferindo ao seu titular a possibilidade de buscar a coisa onde quer que se encontre, e sobre ela exercer o seu direito. II. Direito real é relação entre pessoa e coisa: seu exercício não depende de colaboração de terceiros. III. O direito pessoal somente pode ser usufruído com a colaboração forçada ou espontânea do devedor. A - Somente I e II são corretas. B - Somente I e III são corretas. C - Somente II e III são corretas. D - Todas são corretas. E - Todas são incorretas. Alternativa(D): A afirmativa I nos apresenta o conceito de direito real, na afirmativa II tem uma das características do Direito Real que o diferencia do direito pessoal, da mesma forma que na afirmativa III tem as características do direito pessoal que diferenciam do direito real. 6 - Assinale a alternativa correta: A - O direito real vale erga omnes , pois representa prerrogativa do seu titular, que deverá ser respeitada por todos. B - O direito real tem como único exemplo o direito de propriedade. C - A posse é uma das espécies do rol de direitos reais no Código Civil. D - O direito real sobre imóvel não depende de registro, pois gera ao seu titular a prerrogativa da sequela. E - A posse e a propriedade são direitos reais que recaem sempre sobre coisas imóveis. Alternativa(A): O direito real é oponível contra todos, isto é, vale erga omnes, pois representa uma prerrogativa de seu titular, que deve ser respeitada. 7 - Examine as proposições que seguem e assinale a alternativa correta: Para a constituição de direitos reais sobre imóveis é necessária a inscrição no Registro Imobiliário PORQUE A sociedade precisa tomar conhecimento da existência do direito real, o que é possível pelo registro, que confere ao ato a devida publicidade. A - As duas proposições são corretas e a segunda justifica a primeira. B - As duas proposições são corretas, mas a segunda não justifica a primeira. C - Apenas a primeira proposição é correta. D - Apenas a segunda proposição é correta. E - As duas proposições são falsas. Alternativa(A): Para a constituição de direitos reais sobre imóveis é necessária a inscrição no Registro Imobiliário – art. 1227, CC, sendo que os registros públicos estão disciplinados por lei especial, que cuida dos atos suscetíveis de inscrição e da maneira como esta se faz. E se as partes criarem novo direito real, o agente não encontrará na lei permissão para fazer tal registro – problema burocrático. Dessa forma, levantará “dúvida” ao juiz, quanto à possibilidade de inscrição, e a “dúvida” será julgada procedente, impossibilitando a inscrição, por falta de interesse social. 8 - Quanto à proteção da posse, assinale a alternativa incorreta: A - Admite o desforço direto. B - Contra a ameaça é cabível o interdito proibitório. C - Em caso de esbulho, deve ser proposta a ação de manutenção de posse. D - Para a turbação deve ser ajuizada a ação de manutenção de posse. E - As ações possessórias têm caráter dúplice. Alternativa(C) Seria a ação de Reintegração de posse. 9 - Analise as proposições abaixo e assinale a alternativa correta: A maioria das espécies de direitos reais refere-se a direitos reais que recaem sobre coisa própria, coisa do próprio titular PORQUE É raro que os direitos reais recaiam sobre coisa alheia, evidenciando um desmembramento da propriedade. Pode-se afirmar que: A - As duas proposições são corretas e a segunda justifica a primeira. B - As duas proposições são corretas, mas a segunda não justifica a primeira. C - Apenas a primeira proposição é correta. D- Apenas a segunda proposição é correta. E - As duas proposições são falsas. Alternativa(E): Não é correto que a maioria das espécies de direitos reais refere-se a direitos reais que recaem sobre coisa própria, coisa do próprio titular e não é raro que os direitos reais recaiam sobre coisa alheia, evidenciando um desmembramento da propriedade. 10- Examine as afirmativas a seguir e assinale a alternativa correta: I. A idade da posse não é relevante no Direito Brasileiro. II. O legisladorfaz distinção entre posse nova e posse velha porque o período de ano e dia é necessário para consolidar a situação de fato, tornando o possuidor o real proprietário. III. O período de ano e dia é irrelevante para purgar a posse dos defeitos de violência e clandestinidade. Pode-se afirmar que: A- Somente I e II são verdadeiras. B- Somente II e III são verdadeiras. C- Somente I e III são verdadeiras. D- Todas são verdadeiras. E- Todas são falsas. Alternativa(E): O legislador faz tal distinção porque o período de ano e dia é necessário para consolidar a situação de fato, purgando a posse dos defeitos de violência e clandestinidade, como visto. E ainda: se a posse tiver ano e dia, o possuidor será nela mantido, até que seja provada a falta de sua legitimidade. 11 - Não se pode caracterizar a posse como: A - Exteriorização do domínio. B - Um dos meios para o alcance do direito real de propriedade. C - Exercício pleno dos direitos inerentes ao domínio. D - Publicidade que se confere a um direito real. E - Exercício do direito de propriedade. Alternativa(C) Não se considera possuidor todo aquele que tem de direito o exercício, pleno ou não, de algum dos poderes inerentes à propriedade. 12 - Tradição é modo derivado de apossamento da coisa, significando entrega. É correto afirmar, quanto a tradição: A - Somente pode ser efetiva ou material, como no caso de o alienante transferir ao alienatário o “animus” e o “corpus”. Ex.: o vendedor entrega ao comprador o objeto móvel vendido. B - A traditio longa manu ocorre quando o transmitente da posse mostra ao adquirente a coisa, apontando a área do imóvel e seus limites, por exemplo, indicando a coisa, suas pertenças e extensão. O objeto é mostrado ao adquirente e colocado à sua disposição. C - A tradição simbólica ou ficta decorre de atitudes, gestos que mostram a intenção de transferir a posse, mas não é aceita no direito brasileiro. D - O constituto possessório e a traditio brevi manu são exemplos de tradições de coisas não corpóreas. E - O constituto possessório ocorre quando alguém aliena bem de sua propriedade e imediatamente entrega a posse direta deste bem ao adquirente. Alternativa(B) Em geral, a tradição é precedida de negócio jurídico de alienação, quer a título gratuito (doação), quer a título oneroso (compra e venda, permuta, dação em pagamento). MÓDULO 2 1 – A pessoa que detém coisa por ordem de outrem não pode colher efeitos jurídicos desta mera detenção. É o caso por exemplo da bibliotecária em relação aos livros, ou do motorista em relação ao veículo automotor. Pode-se afirmar, então, que: A - O detentor tem direito aos frutos da coisa. B - O detentor pode mover interditos possessórios. C - O possuidor de má-fé se equipara ao detentor, pois a sua posse não gera efeitos jurídicos. D - O possuidor de boa-fé e o detentor têm direitos iguais quanto aos efeitos da posse. E - A detenção não gera efeitos jurídicos. Alternativa (E) A detenção não gera efeitos jurídicos, detenção é a relação de fato entre a pessoa e a coisa, sem consequência jurídica. 2 - No direito de vizinhança, as obrigações vinculam o vizinho, que passa a ser o devedor da prestação de respeitar os direitos de outro vizinho, abstendo-se da prática de atos ou sujeitando- se à invasão de sua órbita dominial, só por ser dono de prédio confinante. O direito de vizinhança: A - Gera obrigações propter rem, que não se transmitem ao sucessor a título singular. B - Gera dever que acompanha a coisa, vinculando quem se encontra na posição de dono ou possuidor (vizinho). C - Sempre enseja a servidão predial. D - Tem como fonte o contrato. E - Decorre de atos ilícitos, abusivos ou lesivos. Alternativa (B) Tais direitos de vizinhança (e deveres) são recíprocos e emanam da lei. 3 - A usucapião se fundamenta no propósito de consolidação da propriedade, pois o fato se converte em direito através dela. Então, com a usucapião se estimula a paz social e se diminui para o proprietário o ônus da prova de seu domínio.Para provar o domínio, em rigor o titular deve provar a sua aquisição e a aquisição por parte de seus antecessores. Mas com a usucapião, prova-se a legitimidade do domínio com a prova do período suficiente de posse. O possuidor que ocupa a terra para produzir, com a desídia do proprietário, pode usucapir – a propriedade deve ser usada conforme o interesse social, e não pode ser, portanto, abandonada. Conforme a legislação atual, o menor prazo para que ocorra a usucapião de imóveis é de: A - 15 anos. B - 10 anos. C - 5 anos. D - 3 anos. E - 2 anos. Alternativa (E) Trata-se de usucapião de imóvel em 2 (dois) anos, para punir cônjuge ou convivente por abandono do lar, privilegiando aquele que persiste na posse do bem. 4 - Analise as proposições abaixo e assinale a alternativa correta: Possuidor de boa-fé não responde pela perda ou deterioração da coisa a que não der causa PORQUE O possuidor de boa-fé, certo de que a coisa é sua, cuida da coisa com o mesmo zelo que o proprietário cuidaria: o possuidor de boa-fé não é responsável pelas deteriorações, assim como não é pelos feitos nos seus próprios bens. A - As duas proposições são corretas, e a segunda justifica a primeira. B - As duas proposições são corretas, mas a segunda não justifica a primeira. C - Somente a primeira proposição é correta. D - Apenas a segunda proposição é correta. E - As duas proposições são incorretas. Alternativa (A) Possuidor de boa-fé: não responde pela perda ou deterioração da coisa a que não der causa (art. 1.217, Código Civil). 5 - Analise as afirmativas a seguir e assinale a alternativa correta: I. O possuidor de boa-fé responde pela perda ou deterioração da coisa se agiu com dolo ou culpa grave. II. Possuidor de má-fé responde pela perda ou deterioração da coisa em todos os casos, mesmo decorrente do fortuito ou de força maior. III. O possuidor de má-fé se exime de responsabilidade por perda ou deterioração da coisa decorrente de caso fortuito ou força maior com a prova de que teriam ocorrido da mesma forma se a coisa estivesse em mãos do reivindicante. A - Somente I e II são corretas. B - Somente II e III são corretas. C - Somente I e III são corretas. D - Todas são corretas. E - Todas são incorretas. Alternativa (D) Todas estão corretas. 6 - Quanto aos efeitos da posse em relação às benfeitorias, assinale a alternativa incorreta: A - Possuidor de boa-fé tem direito a indenização pelas benfeitorias necessárias e úteis, podendo levantar as voluptuárias que lhe não foram pagas e que admitirem remoção sem detrimento da coisa. B - O possuidor de boa-fé pelo valor das benfeitorias necessárias e úteis poderá exercer o direito de retenção. C - Direito de retenção é um dos meios diretos de defesa que a lei confere excepcionalmente ao titular do direito: consiste na prerrogativa, concedida pela lei ao credor, de conservar a coisa alheia além do momento em que a deveria restituir, em garantia de um crédito que tenha, decorrente de despesas feitas ou perdas sofridas em razão da coisa. D - Possuidor de má-fé tem direito ao ressarcimento das benfeitorias necessárias, visto que estas teriam sido efetuadas estivesse a coisa nas mãos de qualquer pessoa, sob pena de deterioração ou destruição. E - O possuidor de má-fé tem o direito de retenção para garantir o pagamento da indenização somente pelas benfeitorias necessárias, para que não ocorra o enriquecimento ilícito do dono do bem. Alternativa (E) Para não haver enriquecimento ilícito: o proprietário das sementes ou materiais recebe os valores dos mesmos. Ocorre que se o dono do terreno usou as sementes e materiais alheios de má-fé, ou seja, sabendo serem alheias, responde não só pelos seus valores, mas por perdas e danos também – mas fica ainda assim, o proprietário do terreno, com o domínio daqueles acessórios(1.256, Código Civil novo). 7 - Examine as proposições abaixo e assinale a alternativa correta: Prédio que se encontra em ruína e cuja ameaça de desabamento total ou parcial possa causar dano a seu confinante enseja ação para exigir a demolição ou reparação necessária, ou a caução que assegure a reparação dos prejuízos iminentes. PORQUE Prédio que se encontra em ruína e cuja ameaça de desabamento total ou parcial possa causar dano a seu confinante caracteriza mau uso da propriedade: ameaça de desabamento deriva da negligência do proprietário do prédio em ruínas, que o não reparou. A - As duas proposições são corretas, e a segunda justifica a primeira. B - As duas proposições são corretas, mas a segunda não justifica a primeira. C - Somente a primeira proposição é correta. D - Somente a segunda proposição é correta. E - As duas proposições são incorretas. Alternativa (A) 1.280, CC/2.002 – prédio que se encontra em ruína e cuja ameaça de desabamento total ou parcial possa causar dano a seu confinante – trata-se de mau uso da propriedade (ameaça de desabamento deriva da negligência do proprietário do prédio em ruínas, que o não reparou).Na preservação do direito ameaçado, cabe ação para exigir a demolição ou reparação necessária, ou a caução que assegure a reparação dos prejuízos iminentes. 8 - Quanto ao domínio, assinale a alternativa incorreta: A - Todo domínio é pleno, pois os direitos elementares da propriedade (usar, fruir, dispor e reivindicar) reúnem-se no proprietário. B - O domínio é limitado quando, por exemplo, há ônus real na propriedade ou esta é resolúvel. C - Caso esteja desmembrada a propriedade, alguns dos poderes elementares do domínio estarão nas mãos de outrem. D - O domínio do nu-proprietário é limitado, assim como o domínio do proprietário do prédio serviente. E - O credor hipotecário torna limitado o domínio do dono do objeto entregue em garantia hipotecária. Alternativa (A) Domínio pleno: os direitos elementares da propriedade reúnem-se no proprietário. Aqui, o titular tem todas as prerrogativas que envolvem tal direito: uso, gozo, disposição da coisa de forma absoluta, exclusiva e perpétua, e direito de reivindicá-la de quem quer que injustamente a detenha. Domínio limitado: quando há ônus real na propriedade ou esta é resolúvel. Aqui a propriedade está desmembrada, e alguns dos poderes elementares do domínio estão nas mãos de outrem. 9 - Quando a propriedade é resolúvel, é correto afirmar que: A - O domínio é pleno. B - Trata-se de mera posse. C - Trata-se de mera detenção. D - A situação é ilícita, porque não pode ser resolúvel a propriedade. E - É limitado o domínio, porque neste caso a propriedade da coisa está sujeita a condição resolutiva, restringindo-se a perpetuidade do domínio. Alternativa (E) Domínio limitado: quando há ônus real na propriedade ou esta é resolúvel. Aqui a propriedade está desmembrada, e alguns dos poderes elementares do domínio estão nas mãos de outrem. 10 - Aquele que exercer posse direta, com exclusividade, sobre imóvel cuja propriedade divida com ex-cônjuge ou ex-companheiro que abandonou o lar, utilizando-o para sua moradia ou de sua família, adquirir-lhe-á o domínio integral. Quanto a esta espécie de usucapião, não é correto afirmar que: A - O direito de usucapião não será reconhecido ao mesmo possuidor mais de uma vez. B - O imóvel pode ser urbano ou rural. C - O imóvel deve ter até 250m² (duzentos e cinquenta metros quadrados). D - O prazo de posse deve ser de 2 anos, ininterruptamente e sem oposição. E - O possuidor não pode ser proprietário de outro imóvel urbano ou rural. Alternativa (B) Art. 1240-A: Aquele que exercer, por 2 (dois) anos ininterruptamente e sem oposição, posse direta, com exclusividade, sobre imóvel urbano de até 250m² (duzentos e cinquenta metros quadrados) cuja propriedade divida com ex-cônjuge ou ex-companheiro que abandonou o lar, utilizando-o para sua moradia ou de sua família, adquirir-lhe-á o domínio integral, desde que não seja proprietário de outro imóvel urbano ou rural.§ 1º O direito previsto no caput não será reconhecido ao mesmo possuidor mais de uma vez. 11 - Quando o possuidor pretende usucapir um imóvel, o fato de morar e produzir no imóvel: A - aumenta o prazo de posse necessário para a usucapião. B - não altera o prazo de posse necessário para a usucapião. C - diminui, em geral, o prazo de posse necessário para a usucapião. D - torna desnecessário o procedimento judicial ou extrajudicial de usucapião. E - inviabiliza a usucapião. Alternativa (C) A usucapião se fundamenta no propósito de consolidação da propriedade, pois através dela, se empresta base jurídica a meras situações de fato. Então, com a usucapião se estimula a paz social e se diminui para o proprietário o ônus da prova de seu domínio. 12 - Os interditos possessórios são considerados os mais importantes efeitos da posse. Quanto às ações possessórias, é certo afirmar que: A - Vence a causa aquele que demonstra ser o titular do domínio. B - A reintegração de posse pode ser movida assim que se inicia a turbação da posse. C - O esbulho enseja interdito proibitório. D - A reintegração de posse pode ser movida independentemente de esbulho. E - Pratica esbulho o comodatário que persiste na posse injusta do bem após o término do contrato de comodato. Alternativa (E) MODULO 3 1- O proprietário tem o direito de cortar, até o plano vertical divisório, as raízes e ramos de árvores nascidas em prédios vizinhos, que ultrapassem a extrema de seu prédio. Aquele que corta a árvore alheia, nas condições acima, Resposta: B Art. 1.283, CC/2.002 – o proprietário tem o direito de cortar, até o plano vertical divisório, as raízes e ramos de árvores nascidas em prédios vizinhos, que ultrapassem a extrema de seu prédio. A solução da lei é rigorosa – trata-se de um dos poucos casos de defesa direta de direitos. O dono do prédio invadido é dispensado de dar ciência ao seu confinante e a lei não leva em conta as consequências do seu procedimento. É irrelevante que do corte das raízes ou ramos invasores resulte a morte da árvore. O proprietário mesmo assim não indeniza por perdas e danos. Seu procedimento só será abusivo se for óbvia a sua imprudência ao proceder àquele talho. Ex.: corta parcialmente a árvore sem avisar o vizinho e a árvore tomba causando prejuízo – ato abusivo, que só se justificaria após notificação desatendida pelo interessado (fora exceção, no entanto, o proprietário do prédio invadido não precisa avisar seu confinante). 2 A desapropriação é modo involuntário de perda do domínio, em que o proprietário tem obrigação de alienar ao expropriante um bem patrimonial. Trata-se de: Resposta: B É regulamentado pelo Decreto-lei n. 3.365/1941, onde em seu Art 2º consta: Mediante declaração de utilidade pública, todos os bens poderão ser desapropriados pela União, pelos Estados, Municípios, Distrito Federal e Territórios. 3 Em relação aos modos de extinção do direito real sobre bem imóvel, é correto afirmar que a renúncia à sucessão aberta é: Resposta: C A sucessão aberta é bem imóvel por definição legal – art. 80, II, CC/02. Então a renúncia se dá (art. 1.806, CC/02) de modo solene, por termo nos autos ou por escritura pública. 4 A lei impõe ao dono do prédio inferior a obrigação de receber as águas que correm do superior naturalmente. A lei leva em conta a conformação do solo e considera a necessidade de as águas que se encontram no alto fluírem normalmente. Se não fosse assim, ocorreria a inundação do prédio superior deixado sem escoamento. Assim, é INCORRETO afirmar que: Resposta: C A lei impõe ao dono do prédio inferior a obrigação de receber as águas que correm do superior naturalmente (art. 1.288, CC e Cód. de Águas, art. 68). Aqui o legislador leva em conta a conformação do solo e considera a necessidade de as águasque se encontram no alto fluírem normalmente. Se não fosse assim, a situação seria calamitosa – inundação do prédio superior deixado sem escoamento. Exemplos: deve ser demolido muro que, construído na divisa do autor, impedia o curso natural das águas; nunciação de obra nova em prédio inferior, pois aquela, uma vez concluída, causaria empoçamento das águas pluviais no prédio superior; dono do prédio superior tem o direito de impedir que o proprietário do prédio inferior faça dique, açude ou barragem, de modo que as águas refluam para aquele e, portanto, de compelir o dono do inferior à destruição da obra que lhe cause prejuízo. As águas abrangidas pela regra em exame, como se vê, não são apenas as de torrente, mas também as pluviais. 5 Quanto à passagem forçada, assinale a alternativa incorreta: Resposta: E O fundamento da passagem forçada é o interesse social, que deve então prevalecer. 6 Analise as proposições abaixo e assinale a alternativa correta: Se a coisa expropriada para necessidade ou utilidade pública ou por interesse social não tiver o destino para que se desapropriou, ou não for utilizada em obras ou serviços públicos, caberá ao expropriado direito de preferência, pelo preço atual da coisa. PORQUE Se o bem desapropriado é utilizado para finalidade diversa daquela prevista no decreto desapropriatório, o particular desapropriado tem o direito de readquirir, com preferência Resposta: C Conforme art. 519, CC/2002. Se a coisa expropriada para necessidade ou utilidade pública ou por interesse social não tiver o destino para que se desapropriou, ou não for utilizada em obras ou serviços públicos, caberá ao expropriado direito de preferência, pelo preço atual da coisa. Ou seja: o expropriante pode usar o bem para outra coisa, desde que ainda haja a utilidade pública, necessidade pública ou interesse social. 7 Abandonada a coisa, Resposta: D Abandonada a coisa, qualquer pessoa pode dela se apropriar. A coisa só passa à propriedade do Poder Público se este proceder à arrecadação da coisa, como bem vago. Art. 1.276, CC. Se houver a arrecadação, três anos depois a propriedade passa a ser do Município ou do Distrito Federal. 8 Em matéria de direito de vizinhança, o uso do prédio confinante: Resposta: E Ás vezes é preciso ingressar na casa do vizinho para a reparação ou limpeza, construção ou reconstrução de casa ou dos esgotos, goteiras, aparelhos higiênicos, poços ou fontes nela existentes. O vizinho para tanto não depende da boa vontade do confinante: tem o direito de fazê- lo. Requisito: aviso prévio e se submeter a restrições razoáveis feitas pelo vizinho no que tange a horário. E ainda deve reparar o dano que causar (se for o caso). Art. 1.313, CC. 9-Quanto à propriedade dos frutos caídos da árvore situada em terreno vizinho, assinale a alternativa correta: Resposta: A Art. 1.284, CC/2.002 – atribui o domínio dos frutos caídos da árvore nascida em terreno vizinho não ao proprietário da árvore, mas ao do solo onde tombaram (solução ilógica em relação ao sistema, que desobedece a regra segundo a qual o acessório segue o principal). 10 Quanto à desapropriação, analise as proposições abaixo e assinale a alternativa correta: I. A desapropriação é diferente da venda e compra, porque esta envolve contrato (vontade das partes), enquanto a desapropriação é compulsória. II. Desapropriação é diferente do confisco, pois neste há apreensão ilegal e violenta da coisa, que é subtraída do domínio do particular, sem qualquer contraprestação. Na desapropriação há indenização prévia, justa e em dinheiro, conforme a lei. III. É facultativo ao poder público expropriante editar decreto que declare o bem expropriado de utilidade pública ou de interesse social. IV. São sujeitos ativos da desapropriação: União, Estados, Municípios, Distrito Federal, concessionários de serviço público ou outros estabelecimentos que exerçam funções delegadas do Poder Público. Nestes dois últimos casos deve haver autorização expressa, constante de lei ou contrato. São corretas: Resposta: C Desapropriação é o modo involuntário de perda do domínio. O proprietário tem obrigação de alienar ao expropriante um bem patrimonial. Portanto é diferente de venda e compra. Esta envolve contrato (vontade das partes). A desapropriação é compulsória (obrigatória). Desapropriação é diferente do confisco. – neste há apreensão ilegal e violenta da coisa, que é subtraída do domínio do particular, sem qualquer contraprestação. Na desapropriação há indenização prévia, justa e em dinheiro, conforme a lei. O decreto é requisito indispensável para a desapropriação e tem como consequência: 1. Possibilitar o início do processo expropriatório, criando para o expropriante a pretensão de expropriar. 2. O expropriante fica autorizado a entrar no prédio até à força (art. 7º). 3. (Publicado o decreto) o expropriante pode, se houver urgência e depositando a quantia adequada (art. 15 do Dec.-lei n. 3365/41), que entende justa, obter imissão na posse dos bens a serem expropriados[1]. 4. Começa a correr o prazo de cinco anos em que a expropriação deve ocorrer amigavelmente ou por ação judicial intentada pelo expropriante, sob pena de caducidade do decreto (art. 10). Sujeitos ativos da desapropriação – União, Estados, Municípios, Distrito Federal (Dec.-lei n. 3.365/1941, art. 2º), concessionários de serviço público ou outros estabelecimentos que exerçam http://adm.online.unip.br/blank.htm#_ftn1 funções delegadas do Poder Público. Nestes dois últimos casos deve haver autorização expressa, constante de lei ou contrato (art.3º). 11 -Assinale a alternativa incorreta quanto às águas pluviais. (Não deu certo copiar as questões) Resposta: E De acordo com Código de Águas não deve ser desviada de seu curso natural, a menos que os donos dos prédios que a iam receber deem seu consentimento. Pela infração de tais dispositivos, responde-se por perdas e danos, podendo ser o agente compelido a desfazer as obras erguidas para o desvio da água. 12 - Examine, quanto ao direito de vizinhança, as afirmativas que seguem, e assinale a alternativa correta: I. A obra em parede-meia não pode colocar em risco a segurança e a separação dos prédios. II. O prejudicado por obra em parede-meia pode exigir a execução da obrigação de fazer ou não fazer. III. É ilícito cavar o poço mais que o necessário para prejudicar o vizinho, privando-o de água, pois é preciso usar os direitos segundo as finalidades sociais. É (são) correta(s): Resposta: E A parede-meia pode ser usada pelo confinante até meia espessura. Mas essa utilização depende de três condições: 1. Que não ponha em risco a segurança e a separação dos prédios. 2. Que, tratando-se de armários ou obras semelhantes, não correspondam a outras, da mesma natureza, já existentes do lado oposto. 3. Que seja dado aviso prévio ao vizinho. Há quem defenda que o aviso prévio só é necessário se a obra depender de autorização do vizinho. Ou quando a obra é capaz de causar abalo no prédio vizinho. Há jurisprudência neste sentido. O prejudicado tem ação de impedir a obra. Se a obra estiver concluída, há duas hipóteses: na ameaça de prejuízo cabe o direito do prejudicado de pedir caução de dano infecto; mas se o incômodo for presente e atual, pode o prejudicado exigir que a obra não seja utilizada ou que se proceda a sua demolição. Reconhecido o direito por sentença, cabe ao prejudicado a execução da obrigação de fazer ou não fazer, consoante art. 815 e s. do CPC/2015 (art. 632 e s. do CPC/1973). O direito moderno (art. 1.310 e 1.309, CC/2002) considera ilícito afundar o poço mais que o necessário para prejudicar o vizinho, privando-o de água. É preciso usar os direitos segundo as finalidades sociais. Basta que a escavação seja abaixo do nível do lençol de água, prejudicando poço ou fonte do vizinho, para que se caracterize a infração à norma da vizinhança. MODULO 4 1 - Considereas proposições seguintes e assinale a alternativa correta: I. O direito protege a posse, situação de fato, porque presumivelmente o possuidor é também o proprietário. II. O possuidor atribui ao bem uma finalidade social, o que é de interesse público. III. Em larga escala, a não utilização dos bens é prejudicial a toda a sociedade. IV. O possuidor não tem ação contra o proprietário do bem. V. São corretas somente as proposições: A - I e IV. B - II e III. C - I, II e III. D - I, III e IV. E - II e IV. Alternativa (C) Estão corretas as alternativas I, II e III. 2 - Possuidor é aquele que atua em relação à coisa como se fosse proprietário, pois exerce algum dos poderes inerentes ao domínio. A posse é, então, exteriorização da propriedade. Desse modo, é certo afirmar que: A - A posse depende sempre da apreensão material da coisa. B - A posse é sinônimo de detenção. C - Apenas o proprietário é possuidor. D - A posse é direito real, para os doutrinadores em unanimidade. E - É possível que o possuidor indireto proteja a sua posse. Alternativa(E) A posse direta, de pessoa que tem a coisa em seu poder, temporariamente, em virtude de direito pessoal, ou real, não anula a indireta, de quem aquela foi havida, podendo o possuidor direto defender a sua posse contra o indireto. 3 - Analise as proposições que seguem e assinale a alternativa correta: O constituto possessório ocorre quando o alienante de certo bem em vez de entregá-lo ao adquirente, conserva-o, com anuência deste, em seu poder, por outro título, como o de locatário, depositário ou comodatário. O alienante perde a posse indireta da coisa, pois afasta o “animus” e conserva a coisa em nome do novo proprietário.PORQUE Não há posse sem o elemento material, sem o corpus, em hipótese alguma. Pode-se afirmar que: A - As duas proposições são corretas e a segunda justifica a primeira. B - As duas proposições são corretas, mas a segunda não justifica a primeira. C - Apenas a primeira proposição é correta. D - Apenas a segunda proposição é correta. E - As duas proposições são falsas. Alternativa (C) Apenas a primeira proposição é correta. 4 - A posse pode ser adquirida: A - Pela pessoa que a pretende, ou seu representante, ou por terceiro sem mandato, dependendo de ratificação. B - Somente pela pessoa que a pretende. C - Pela pessoa que a pretende ou por representante, desde que este tenha procuração. D - Apenas pela pessoa que a pretende ou por seu representante legal. E - Por qualquer pessoa, desde que haja mandato. Alternativa(A) 5 - A posse pode ser adquirida: A - Pela pessoa que a pretende, ou seu representante, ou por terceiro sem mandato, dependendo de ratificação. B - Somente pela pessoa que a pretende. C - Pela pessoa que a pretende ou por representante, desde que este tenha procuração. D - Apenas pela pessoa que a pretende ou por seu representante legal. E - Por qualquer pessoa, desde que haja mandato. Alternativa (D) 6 - Assinale a alternativa correta: A - O direito real vale erga omnes, pois representa prerrogativa do seu titular, que deverá ser respeitada por todos. B - O direito real tem como único exemplo o direito de propriedade. C - A posse é uma das espécies do rol de direitos reais no Código Civil. D - O direito real sobre imóvel não depende de registro, pois gera ao seu titular a prerrogativa da sequela. E - A posse e a propriedade são direitos reais que recaem sempre sobre coisas imóveis. Alternativa (A) 7 - Examine as proposições que seguem e assinale a alternativa correta: Para a constituição de direitos reais sobre imóveis é necessária a inscrição no Registro Imobiliário PORQUE A sociedade precisa tomar conhecimento da existência do direito real, o que é possível pelo registro, que confere ao ato a devida publicidade. A - As duas proposições são corretas e a segunda justifica a primeira. B - As duas proposições são corretas, mas a segunda não justifica a primeira. C - Apenas a primeira proposição é correta. D - Apenas a segunda proposição é correta. E- As duas proposições são falsas. Alternativa(A) 8 - Quanto à proteção da posse, assinale a alternativa incorreta: A - Admite o desforço direto. B - Contra a ameaça é cabível o interdito proibitório. C - Em caso de esbulho, deve ser proposta a ação de manutenção de posse. D - Para a turbação deve ser ajuizada a ação de manutenção de posse. E - As ações possessórias têm caráter dúplice. Alternativa (C) 9 - Quanto ao condomínio geral, examine as afirmativas a seguir e assinale a alternativa correta: I. Não pode haver ajuste de indivisão por mais de 5 anos, e presume-se juris et de jure que se a indivisão for condição estabelecida pelo doador ou testador ela o é somente por um quinquênio. II. O condômino tem o direito de preferência na venda e na locação da coisa comum. III. Quando mais de um condômino é interessado na quota a ser alienada por outro condômino, será preferido o que tiver na coisa benfeitorias mais valiosas e, não as havendo, o de quinhão maior. Alternativa (D) Direito de exigir a qualquer tempo a divisão da coisa comum (ninguém é obrigado a permanecer em condomínio, consoante art. 1.320, CC). Assim, o condomínio é transitório e inconveniente. O preceito que dá direito à divisão é de ordem pública. Não pode haver ajuste de indivisão por mais de 5 anos, e presume-se juris et de jure que se a indivisão for condição estabelecida pelo doador ou testador ela o é somente por um quinquênio O condômino tem o direito de preferência na venda e na locação da coisa comum. Cuidamos da preferência na hora da venda do quinhão por parte de outro condômino (art. 504, CC). Aqui se trata do direito de preferência na venda da coisa toda. Ex.: quando ao se pôr termo à comunhão a divisão se torna impossível porque a coisa é indivisível. Ou a coisa é adjudicada a um dos condôminos, indenizando-se os outros, ou a coisa é vendida e o preço é repartido. E nessa venda o condômino tem preferência. Entre os condôminos será preferido o que tiver na coisa benfeitorias mais valiosas e, não as havendo, o de quinhão maior. (art. 1.322, CC) 10 - Não é uma atribuição do síndico, no condomínio edilício: Resposta D Não consta no rol do art. 1.348 do CC/2002 e art. 22, §1º da Lei nº 4.591/84, que trata dos deveres dos síndicos. 11 O condômino reiteradamente inadimplente pode arcar com: Alternativa C De acordo com o Art. 1.337, CC: pune o condômino reiteradamente inadimplente, com multa até cinco vezes o valor da contribuição (se houver decisão por 3/4 dos outros condôminos). 12 - Diante da junção de coisas sólidas, se for possível separar as coisas móveis sem deterioração, quem misturou deve fazer a separação, devolvendo-se a cada dono a matéria-prima que lhe pertencia. Se não se pode separar as coisas sem deterioração, ou se é muito caro separar, é verdadeiro afirmar que: Resposta: A Conforme Art 1.272, § 1º q diz: Não sendo possível a separação das coisas, ou exigindo dispêndio excessivo, subsiste indiviso o todo, cabendo a cada um dos donos quinhão proporcional ao valor da coisa com que entrou para a mistura ou agregado. MODULO 5 1 - O direito de superfície é direito real que pode ser transferido pelo superficiário a terceiros, inclusive a seus herdeiros, por morte do superficiário.É correto afirmar, quanto ao direito real de superfície, que: Resposta: B O proprietário aqui também é chamado de senhorio, mas é diferente da enfiteuse, porque nesta o proprietário tem direito ao laudêmio cada vez que o foreiro transfere, a título oneroso, o domínio útil da coisa (o laudêmio é porcentagem sobre o preço da venda, 2,5%). O art. 1.372, parágrafo único do CC/2002 determina que não se pode estipular pelo concedente nenhum pagamento pela transferência, no direito de superfície. O direito de superfície é direito real, oponível, portanto, erga omnes, contandocom a prerrogativa da sequela, possibilidade de buscar a coisa das mãos de quem quer que seja. Art. 1.373, CC – Na alienação do imóvel ou do direito de superfície, tem o superficiário ou o proprietário o direito de preferência. Art. 1.375, CC - Extinta a concessão, ordinariamente, pelo fim do prazo, o concedente passa a ter a propriedade plena do imóvel, independentemente de indenização. Salvo estipulação em sentido contrário (a norma não é cogente). 2 - Quanto à servidão predial, analise as proposições seguintes: I. Trata-se de direito real de garantia, sobre coisa alheia. II. Tem caráter acessório, perpétuo e indivisível. III. Deve ter interpretação restritiva. IV. É direito acessório porque depende da existência de um direito principal: seu titular deve ser proprietário do prédio dominante. É contrário ao conceito de servidão admitir a sua constituição em favor de quem não é dono do prédio dominante. São corretas somente as proposições: Resposta: A Conceito (Art. 1.378, CC/02): direito real constituído em favor de um prédio (o dominante) sobre outro prédio (o serviente), pertencente a dono diverso, que implica em restrições ao prédio serviente, cujo dono perde alguns dos direitos inerentes ao domínio ou fica obrigado a tolerar que dele se utilize (para certo fim) o dono do prédio dominante. Servidão é dir. real sobre coisa alheia, de caráter acessório, perpétuo e indivisível. A servidão é interpretada restritivamente, não pode ser presumida, porque limita o domínio. É direito acessório: porque depende da existência de um direito principal. Como se trata de direito concedido ao dono do prédio dominante, seu titular deve ser proprietário do prédio dominante. É contrário ao conceito de servidão admitir a sua constituição em favor de quem não é dono do prédio dominante. 3 - A posse inconteste e contínua de uma servidão aparente por 10 anos autoriza o possuidor a registrá-la em seu nome no Registro de Imóveis, usando como título a sentença que julgar consumada a usucapião. Assinale, quanto à usucapião de servidão, a alternativa INCORRETA: Resposta: E Art. 1.379, CC/02. A posse inconteste e contínua (então é só para servidão contínua, como dissemos) de uma servidão aparente por 10 anos autoriza o possuidor a registrá-la em seu nome no Registro de Imóveis, usando como título da sentença que julgar consumada a usucapião (é a servidão ordinária, em que o usucapiente tem justo título e boa-fé). Se não houver título, a usucapião será no prazo de 20 anos (parágrafo único do art. 1.379, CC). Art. 1.379, CC – para a usucapião ordinária: justo título e posse incontestada e contínua por 10 anos. Parágrafo único – usucapião extraordinária: prazo de 20 anos, dispensado o título. - A servidão deve ser contínua e aparente, só assim dá direito aos interditos e à usucapião. Se não houver título, a usucapião será no prazo de 20 anos (parágrafo único do art. 1.379, CC). Exceção: servidão de passagem, por força jurisprudencial, pode ser objeto de posse, e portanto de interditos e de usucapião, quando mesmo descontínuas, revelem-se por obras externas, visíveis e incontestáveis. Se o possuidor da servidão não esconde os atos possessórios que pratica, revelando os atos por sinais externos de incontestável evidência, sem oposição do proprietário do prédio serviente, então deve ser reconhecida a condição de possuidor da servidão. Então, a servidão de passagem é descontínua, depende de fato do homem, mas pode ser objeto de usucapião quando a posse for aparente, por exemplo com o caminho batido, e bueiros, indicando a habitualidade de sua utilização. 4 - Quanto aos direitos reais sobre coisa alheia, é INCORRETO afirmar que: Resposta: C Os direitos reais sobre coisa alheia podem decorrer de contrato, mas são mais que meras obrigações vinculando pessoas, são direitos que se prendem à coisa, a perseguem enquanto não se extinguem, conferem aos titulares ação real exercitável erga omnes – são direitos reais.Direito real é o que afeta a coisa direta e imediatamente sob todos ou sob certos respeitos, e a segue em poder de quem quer que a detenha. – o direito real liga pessoa (titular do direito) e coisa, sendo oponível erga omnes e conferindo ao titular do direito a ação real, para o exercício do direito de sequela.O direito real mais completo é o domínio, porque pode conferir ao titular uso, gozo e disposição, além do direito de reivindicação da coisa. Trata-se de rol taxativo, como o do art. 1.225 do CC/2002. Para o art. 1225, CC/2002 – direitos reais sobre coisa alheia são: a superfície, as servidões, o usufruto, o uso, a habitação, o direito de promitente comprador do imóvel, o penhor, a hipoteca, a anticrese, a concessão de uso especial para fins de moradia, a concessão de direito real de uso (os dois últimos incorporados ao rol por força da Lei nº 11.481/2007) e o direito de laje(Lein.13.465 de 11.7.2017). Então saíram do rol – enfiteuse e rendas expressamente constituídas sobre imóveis. 5 - Não pode ser considerada uma das hipóteses de extinção do direito de superfície: Resposta: E Das hipóteses de extinção do direito de superfície: 1. pelo advento do termo final fixado em contrato ou em testamento; 2. por distrato; 3. pelo não uso do direito; 4. pelo exercício do direito de preferência ou de sucessão por qualquer das partes em relação à outra, caso em que ocorre a consolidação subjetiva; 5. pela desapropriação do bem imóvel. 6 - A morte do dono do imóvel sobre o qual recai direito de superfície: Resposta: C O direito de superfície pode ser transmitido inter vivos ou causa mortis – em função da morte do beneficiário, hipótese em que os seus herdeiros passam a ser os superficiários 7 - Quanto ao direito de superfície, analise as proposições abaixo e assinale a alternativa correta: Ao alienar o seu direito de superfície, o superficiário deve, além de respeitar o direito de preferência, recolher o laudêmio em favor do dono do imóvel PORQUE Foro e laudêmio são essenciais no exercício do direito de superfície. Pode-se afirmar que: Resposta: E O proprietário aqui também é chamado de senhorio, mas é diferente da enfiteuse, porque nesta o proprietário tem direito ao laudêmio cada vez que o foreiro transfere, a título oneroso, o domínio útil da coisa (o laudêmio é porcentagem sobre o preço da venda, 2,5%). O art. 1.372, parágrafo único do CC/2002 determina que não se pode estipular pelo concedente nenhum pagamento pela transferência, no direito de superfície. · Art. 1.373, CC – Na alienação do imóvel ou do direito de superfície, tem o superficiário ou o proprietário o direito de preferência. A concessão pode ser onerosa ou gratuita. Na falta de previsão de onerosidade, presume-se gratuito. Nos dois casos o superficiário (por desfrutar dos proveitos do imóvel) responde pelos encargos e tributos que sobre ele incidem. 8 - Não é causa de extinção do direito real de servidão predial: Resposta: C l. Conforme art. 1.388, CC/02. 1. Por renúncia do seu titular (art. 1.388, I, CC). A renúncia é ato jurídico unilateral, expresso, através do qual o titular de um dir. declara seu propósito de afastá-lo de seu patrimônio. A renúncia por isso se distingue do abandono. 2. Quando tiver cessado, para o prédio dominante, a utilidade ou comodidade que determinou a sua constituição (art. 1.388, II). 3. Quando o dono do prédio serviente resgatar a servidão (art. 1.388, III). O resgate na servidão não é compulsório, só podendo ser feito com a anuência do dono do prédio dominante. Daí a diferença entre servidão e enfiteuse, que pode ser resgatada pelo enfiteuta nos termos do 683 do CC/1916. Il. Conforme art. 1.389, CC/02. 1. Pela reunião dos dois prédios no domínio da mesma pessoa (art. 1.389, I). 2. Pela supressão das respectivas obras por efeito dos contratos, ou de outro título expresso (art. 1.389, II). 3. Pelo não uso (o não uso pode decorrer da perda denecessidade), por 10 anos contínuos (art. 1.389, III), o que revela o desinteresse do titular e a desnecessidade da serventia, para o prédio dominante. 9 - A chamada servidão de passagem, ou servidão de caminho, é caracterizada como: Resposta: B A servidão deve ser contínua e aparente, só assim dá direito aos interditos e à usucapião. Exceção: servidão de passagem, por força jurisprudencial, pode ser objeto de posse, e portanto de interditos e de usucapião, quando mesmo descontínuas, revelem-se por obras externas, visíveis e incontestáveis. Se o possuidor da servidão não esconde os atos possessórios que pratica, revelando os atos por sinais externos de incontestável evidência, sem oposição do proprietário do prédio serviente, então deve ser reconhecida a condição de possuidor da servidão. Então, a servidão de passagem é descontínua, depende de fato do homem, mas pode ser objeto de usucapião quando a posse for aparente, por exemplo com o caminho batido, e bueiros, indicando a habitualidade de sua utilização. 10 - Quanto às obras necessárias à conservação da servidão, é correto afirmar que: Resposta: C Para o exercício regular da servidão e para a sua conservação, o titular tem o direito de proceder a todas as obras e reparações necessárias (art. 1.380, CC). E se preciso pode ingressar no prédio serviente para realizá-las. MODULO 6 1- O exercício do usufruto pode ser cedido. O usufrutuário pode arrendar a propriedade agrícola que lhe foi deixada em usufruto, recebendo o arrendamento, em vez de ser obrigado, ele mesmo, a colher os frutos e assumir os riscos do empreendimento. É certo afirmar que o usufruto: A - É direito real inalienável, posto que personalíssimo, salvo o direito de alienação ao nu- proprietário. B - Pode ser alienado a terceiro, a título oneroso ou gratuito, respeitando-se o direito de preferência do nu-proprietário. C - Não pode ser alienado ao nu-proprietário. D - Assim como o direito de superfície, transfere-se aos herdeiros com a morte do usufrutuário. E - É menos amplo que o direito real de habitação. Alternativa (A) O artigo 649, I, do CPC elenca como expressamente impenhorável o bem inalienável. Consabido que da inalienabilidade resulta a impenhorabilidade. Logo, o direito real de usufruto é impenhorável; 2 - Examine as seguintes proposições e assinale a alternativa correta: I. O usufruto pode recair em um ou mais bens, móveis ou imóveis, em um patrimônio inteiro, ou parte deste, abrangendo-lhe, no todo ou em parte, os frutos e utilidades. II. A única hipótese de doação lícita de todos os bens é aquela feita com reserva de usufruto em benefício do doador. III. O usufruto tem campo de incidência bem maior que a enfiteuse e as servidões, que recaem somente sobre bens imóveis. IV. A lei permite casos especiais de usufruto, como o de rebanhos, de bens incorpóreos, como os direitos autorais, os títulos de crédito, as apólices e ações. São corretas: A - Somente as afirmativas I e II. B - Somente as proposições III e IV. C - Somente as proposições I, II e IV. D - Somente as proposições I e III. E - Todas as proposições. Alternativa (E) Todas estão corretas, de acordo com o conteúdo disponiblizado. 3 - Analise as proposições abaixo a assinale a alternativa correta: Não há usufruto sobre coisas que não dão frutos, como florestas e minas PORQUE O propósito do usufruto é permitir ao usufrutuário que recolha frutos civis e naturais do bem imóvel. Pode-se afirmar que: A - As duas proposições são corretas e a segunda justifica a primeira. B - As duas proposições são corretas, mas a segunda não justifica a primeira. C - Somente a primeira proposição é correta. D - Somente a segunda proposição é correta. E - As duas proposições são incorretas. Alternativa (E) As duas proposições estão erradas. 4 - A promessa irretratável de venda de um bem imóvel, desde que não haja cláusula de arrependimento e registrada no Registro de Imóveis, confere ao promissário comprador direito real sobre a coisa. Trata-se de direito real: A - Oponível apenas em face do compromitente vendedor. B - Não previsto no Código Civil de 2002. C - Que decorre do contrato, ainda que não haja o registro imobiliário. D - De garantia, como a hipoteca, o penhor e a anticrese. E - Não previsto no rol de direitos reais do revogado Código Civil de 1916. Alternativa (E) A promessa irretratável de venda de um bem imóvel (desde que não haja cláusula de arrependimento e registrada no Registro de Imóveis) confere ao promissário comprador direito real sobre a coisa. 5 - Quanto ao usufruto, analise as afirmativas abaixo: I. Termina obrigatoriamente com a morte ou renúncia do usufrutuário. II. Extingue-se ao fim do prazo de 10 anos se o usufrutuário for pessoa jurídica. III. Extingue-se com a morte do nu-proprietário. IV. Não se extingue com a alienação do bem objeto do usufruto pelo nu-proprietário. São corretas somente: A- I e II B -I e III. C-II e III. D-II e IV. E- I e IV. RESPOSTA (E) Termina obrigatoriamente com a morte ou renúncia do usufrutuário \u2013 art. 1.410, I do CC. Ou com o fim do prazo de 30 anos se o usufrutuário for pessoa jurídica. 6 - Sobre o direito real de habitação, examine as afirmativas a seguir: I. O direito real de habitação, ainda mais restrito que o de uso, consiste na faculdade de residir gratuitamente num prédio, com sua família. II. O que caracteriza o direito real de habitação é que o seu titular deve residir ele próprio, com sua família, no prédio em causa, não o podendo ceder, a título gratuito ou oneroso. III. Não pode o habitante, titular do direito real de habitação, locar o imóvel a terceiro, ou empresta-lo. Pode-se afirmar que: A-Somente I e II são corretas. B-Somente I e III são corretas. C-Somente II e III são corretas. D-Todas são corretas. E-Todas são incorretas. Resposta (D)Todas as questões estão corretas. 7 - O usufruto de coisas consumíveis: A - é ilícito, porque sua natureza não se acomoda à ideia do instituto, uma vez que o usufrutuário não pode dispor da substância da coisa. B - não pode ser estabelecido porque não pode haver usufruto de coisa fungível. C - obriga o usufrutuário a restituir outras coisas, de espécie diversa, ainda que em quantidades e valores diferentes, ao nu-proprietário. D - implica que as coisas dadas em usufruto passam ao domínio do usufrutuário, que deve restituir, findo o usufruto, o equivalente em gênero, qualidade e quantidade. E - obriga o usufrutuário à restituição da coisa em espécie, ou seja, o mesmo bem ofertado em usufruto deve ser restituído ao fim do direito real. Alternativa(D) O Usufruto é um direito real que recai sobre coisa alheia, de caráter temporário, inalienável e impenhorável, concedido a outrem para que este possa usar e fruir coisa alheia como se fosse própria, sem alterar sua substância e zelando pela sua integridade e conservação. 8 - Analise as afirmativas abaixo e assinale a alternativa correta:I. Diante da pluralidade de titulares do direito real de habitação, qualquer deles, que habite sozinho a casa, não terá de pagar o aluguel aos outros.II. Ao uso e à habitação se aplicam, naquilo que não contrariarem suas naturezas, as disposições concernentes ao usufruto.III. A morte do titular do direito real de habitação transfere aos seus herdeiros esse direito real sobre coisa alheia. A-Somente I e II são corretas. B-Somente I e III são corretas. C-Somente II e III são corretas. D-Todas são corretas. E-Todas são incorretas. Alternativa(A) O direito real de habitação, ainda mais restrito que o de uso, consiste na faculdade de residir gratuitamente num prédio, com sua família. Conforme art. 1415 do CC, no caso de serem vários titulares do direito, qualquer deles, que habite sozinho a casa, não terá de pagar o aluguel aos outros, mas não os pode impedir de exercer, querendo, o direito que lhes competede habitá-la. 9- Quanto ao direito real de uso, assinale a alternativa incorreta: A - É mais restrito que o usufruto, pois não pode ser objeto de cessão e é limitado pelas necessidades do usuário e de sua família. B - Para calcular quais as necessidades do usuário deve-se verificar sua condição social e o local onde vive. C - Pode recair sobre bem móvel ou imóvel, mas não sobre coisas consumíveis, pois neste caso estaria transferida a propriedade.DAs necessidades da família do usuário compreendem as de seu cônjuge, as dos filhos solteiros e as das pessoas de seu serviço doméstico. E - O uso familiar pode ser feito pelo próprio usuário, seu cônjuge ou convivente, seus filhos solteiros, e seus ascendentes e colaterais até o quarto grau. Alternativa (E) O uso familiar pode ser feito:pelo próprio usuário;pelo cônjuge ou convivente do usuário; pelos filhos solteiros; pelos membros da entidade familiar monoparental;pelas pessoas que prestam serviço doméstico ao usuário. 10 -Quando o usufrutuário for pessoa jurídica, é correto afirmar que: A - O usufruto se extingue após 30 anos, independentemente do prazo previsto no contrato de usufruto firmado entre as partes. B - O usufruto se extingue após 10 anos. C - O usufruto é por prazo indeterminado, vigendo perpetuamente, até que ocorra o distrato. D - Extinguir-se-á em 30 anos, salvo convenção em sentido contrário. E - Nenhuma das anteriores. Alternativa (D) 11 - José é usufrutuário de um imóvel, sendo este imóvel de propriedade de Pedro. Caso ocorra o perecimento do imóvel sobre o qual recai o direito real de usufruto, é incorreto afirmar que: A - Se a destruição ocorre sem culpa de Pedro, o usufruto se extingue e Pedro não é obrigado a empreender a reconstrução. B - Se Pedro às suas expensas reconstruir o imóvel, o usufruto não se restabelece. C - Caso a destruição decorra de culpa de terceiro, este é obrigado a indenizar e o usufruto se sub-roga na importância da indenização, de modo que os frutos civis, por esta produzidos, caberão ao José. D - Se o imóvel destruído está no seguro, ou se é desapropriado, o direito de José fica sub- rogado no valor do seguro, ou na indenização recebida do expropriante. E - É obrigatório assegurar a coisa tida em usufruto, de modo que José deve pagar, durante o usufruto, os prêmios devidos, ainda que antes do usufruto o imóvel não estivesse assegurado. Alternativa (E) Pois não é obrigatório. 12 - Quanto aos frutos naturais, no direito real de usufruto, assinale a alternativa incorreta: A - o usufrutuário é dono dos frutos naturais pendentes ao começar o usufruto, sem encargo de pagar as despesas de produção. B - o usufrutuário perde os frutos pendentes ao tempo em que cessar o usufruto, sem ter direito ao reembolso das despesas efetuadas para produzi-los. C - o usufrutuário é dono dos frutos naturais pendentes ao começar o usufruto, mas fica obrigado a pagar as despesas de produção. D - os frutos naturais durante o usufruto pertencem ao usufrutuário. E - safras de imóveis rurais são exemplos de frutos naturais aos quais o usufrutuário tem direito no curso do usufruto. Alternativa (C) - O usufrutuário (aquele que recebe o usufruto) tem direito à posse, uso, administração e percepção dos frutos. MODULO 7 1 - A hipoteca e o penhor são garantias reais. Embora todo o patrimônio do devedor assegure o credor, e não só o bem dado em penhor ou em hipoteca, o objeto gravado de ônus reais assegura principal e preferencialmente. Desse modo, pode-se afirmar que: A-Se executado o penhor ou a hipoteca e o produto obtido em praça não bastar para o pagamento da dívida, o credor continuará a ser credor do saldo – e quanto a esta parte, apenas, será quirografário (comum). B-A preferência beneficia também o credor anticrético, pois a anticrese é espécie de garantia real. C-A garantia pessoal, fidejussória, também confere ao credor direito de preferência. D-Caso o produto obtido após a excussão do objeto ofertado em penhor ou hipoteca não seja suficiente para pagar a dívida, o credor não pode mais receber a diferença. E-Caso o valor obtido após a excussão do bem ofertado em garantia real seja superior ao do crédito, a diferença não será restituída ao devedor. Alternativa (A) Se executado o penhor ou a hipoteca e o produto obtido em praça não bastar para o pagamento da dívida, o credor continuará a ser credor do saldo – e quanto a esta parte, apenas, será quirografário (comum). 2 - A antecipação de vencimento da obrigação com garantia real: A-Não é autorizada por lei. B-É autorizada por lei para reforçar a garantia do credor, sempre que a espera do vencimento diminuir a probabilidade do recebimento do crédito, por problemas com a solvência do devedor, por exemplo. C-É autorizada por lei somente se a coisa dada em garantia se deteriora ou se deprecia, desfalcando a garantia, e o devedor, intimado, não a reforça ou substitui. D-É autorizada por lei somente se a coisa dada em garantia perece e não é substituída. E-É autorizada por lei apenas se o devedor cai em insolvência ou tem sua quebra decretada. Alternativa(B) A lei autoriza antecipação do vencimento das dívidas com garantia real para reforçar a garantia do credor, nas cinco hipóteses do art. 1425, CC. · Trata-se de lei específica para a regra geral do art. 333, CC/02. Sempre que a espera do vencimento diminuir a probabilidade do recebimento do crédito, por problemas com a solvência do devedor, por exemplo, o vencimento se antecipa. 3 - Quanto ao penhor, é correto afirmar que: A - Qualquer que seja a sua espécie, envolve a tradição do bem ao credor pignoratício. B - Não depende de registro, pois recai sobre coisa móvel. C - Não pode recair sobre imóveis. D - Quando recai sobre veículo, o objeto deve permanecer na posse do credor pignoratício. E - Pode decorrer de contrato ou da lei. Alternativa(E)
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