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ESTRUTURA TERRESTRE
A crosta, o manto, o núcleo, a litosfera e a mesosfera compõem a estrutura terrestre.
O estudo das camadas da Terra é realizado na superfície, observando seus fenômenos. As camadas da Terra possuem duas abordagens distintas, uma segundo a composição química e a outra conforme o comportamento físico.
De acordo com a classificação segundo a composição química, a Terra está dividida em crosta, manto e núcleo e no comportamento físico divide-se em litosfera, mesosfera,. Todas as camadas da Terra são distintas, esse fato ocorre em razão de sua composição química, temperatura e espessura. A superfície da Terra é a mais conhecida pelo homem, até por que é justamente nela que vivemos e retiramos tudo aquilo que julgamos necessário para a manutenção das sociedades, além disso, as camadas endógenas (internas) detêm altíssimas temperaturas que dificultam o acesso para a coleta de dados que podem servir para o desenvolvimento de pesquisas e estudos.
As camadas por composição química:
*Crosta terrestre: corresponde à fina camada da superfície terrestre, é composta por rochas sólidas constituídas por oxigênio, silício, alumínio, magnésio e ferro, essa parte do planeta possui 40 quilômetros de espessura.
*Manto: compreende a segunda camada, possui 2.900 quilômetros de extensão e conserva uma temperatura elevada que atinge 3.400ºC. O minério responsável pela formação dessa camada da Terra é o magma, constituído por silício e magnésio.
*Núcleo: essa parte da Terra é a mais intrigante, pois praticamente não existe conhecimento acerca dessa camada, no entanto, sabe-se que é formada por minérios como ferro e níquel. O núcleo se divide em núcleo interno (extensão de 2.250 km e 3.000ºC) e núcleo externo (extensão de 1.220 km e atinge uma temperatura de aproximadamente 6.000ºC).
As camadas por comportamento físico:
*litosfera: corresponde a uma camada que se encontra entre a crosta e a parte do manto superior e possui textura sólida.
*Mesosfera: possui uma grande espessura e é bastante densa, superior às rochas superficiais.
Placas Tectônicas
Placas Tectônicas são porções da crosta terrestre (litosfera) limitadas por zonas de convergência ou divergência.
Segundo a Teoria da “Tectônica das Placas”, a litosfera é constituída de placas que se movimentam interagindo entre si, o que ocasiona uma intensa atividade geológica, resultando em terremotos e vulcões nos limites das placas.
Atualmente considera-se a existência de 12 placas principais que podem se subdividir em placas menores. Elas são: Placa Eurasiática, Placa Indo-Australiana, Placa Filipina, Placa dos Cocos, Placa do Pacífico, Placa Norte-Americana, Placa Arábica, Placa de Nazca, Placa Sul-Americana, Placa Africana, Placa Antártica e Placa Caribeana.
Os movimentos das placas são devidos às “correntes de convecção” que ocorrem na astenosfera (camada logo abaixo da litosfera): as correntes de convecção são causadas pelo movimento ascendente dos materiais mais quentes do manto (magma) em direção à litosfera, que, ao chegar à base da litosfera, tende a se movimentar lateralmente e perder calor por causa da resistência desta e depois descer novamente dando lugar à mais material aquecido.
No meio dos oceanos Atlântico, Pacífico e Índico existem cordilheiras que chegam a atingir até 4000 mil metros acima do assoalho oceânico chamadas de Cordilheiras “Meso-oceânicas”. Estas cordilheiras se originam do afastamento das placas tectônicas nas chamadas “zonas de divergência”. São locais onde as correntes de convecção atuam em direções contrárias originando rupturas no assoalho oceânico pelas quais é expelido o magma da astenosfera. Dessa forma, ao esfriar, o magma (ou lava basáltica) causa a renovação do assoalho oceânico.
Outro tipo de movimento das placas tectônicas acontece nas chamadas “zonas de convergência” onde as placas se movimentam uma em direção à outra. Nesse caso, pode acontecer de uma placa afundar por sob a outra nas “zonas de subducção”. Isso acontece entre uma placa oceânica e uma placa continental porque a placa oceânica tende a ser mais densa que a placa continental o que faz com que ela seja “engolida” por esta última. Um exemplo é a zona de subducção da Placa de Nazca em colisão com a Placa continental Sul-Americana e responsável pela formação da Cordilheira Andina.
Quando o movimento de convergência ocorre entre duas placas continentais, ou seja, de igual densidade, ocorre o soerguimento de cadeias montanhosas como o Himalaia, por exemplo, que está na zona de convergência das placas continentais Euroasiática e Arábica.
DERIVA CONTINENTAL
A teoria da deriva continental afirma que não existia a separação dos continentes cerca de 200 milhões de anos atrás.
Teoria criada pelo meteorologista alemão Alfred Wegener, na qual ele afirmou que há, aproximadamente, 200 milhões de anos não existia separação entre os continentes, ou seja, havia uma única massa continental, chamada de Pangeia e um único Oceano, o Pantalassa.
Depois de milhões de anos houve uma fragmentação surgindo dois megacontinentes chamados de Laurásia e Godwana, e apartir daí os continentes foram se movendo e se adequando às configurações atuais.
O ponto crucial para o desenvolvimento da teoria da Deriva Continental, que na sua essência significa movimentação dos continentes, ou ainda, placas que se movem, é a constatação de que a Terra não é estática. Então Wegener percebeu que a costa da África possuía contorno que se encaixava na costa da América do Sul.
Outro vestígio que reforça a teoria foi a descoberta de fósseis de animais da mesma espécie em continentes diferentes, pois seria impossível que esses animais tivessem atravessado o Oceano Atlântico, a única explicação é que no passado os dois continentes encontravam-se juntos.
Tipos de Rocha – Magmáticas, sedimentares e metamórficas
Há, aproximadamente, 4.5 bilhões de anos, a Terra era formada por um material pastoso devido às altas temperaturas. Com o passar do tempo, a superfície do planeta esfriou e esse material pastoso tornou-se sólido, originando as rochas que formaram a crosta terrestre.
Atualmente, abaixo da superfície encontramos rochas inteiras compactas, grandes pedras, verdadeiras montanhas.
Vamos estudar os diversos tipos de rochas: rochas magmáticas ou ígneas, rochas sedimentarias ou estratificadas e rochas metamórficas.
As rochas magmáticas ou ígneas
As rochas magmáticas são rochas formadas pela solidificação do magma. O magma é uma massa incandescente que existe no interior dos vulcões que são lançadas para fora. Quando o magma é resfriado no interior da Terra transformam-se em rocha intrusiva como exemplo o granito. Quando o magma é lançado para fora da Terra em forma de lava transforma-se em rocha extrusiva; como exemplo, o basalto e a pedra-pomes.
As rochas magmáticas são muito duras, formam grandes blocos e não contêm fósseis (restos de animais e vegetais). O granito é uma rocha magmática de alta resistência, formado por três minerais: quartzo, mica e feldspato. É usado na pavimentação de ruas e na construção de casas e edifícios.
O basalto é uma rocha magmática de cor preta, formada também pelos minerais: quartzo, mica e feldspato. É usada na pavimentação de calçadas. A transformação do basalto deu origem a um tipo de solo chamado terra roxa, encontrado no estado de São Paulo e Paraná. Esse solo é excelente para a plantação de café.
A pedra-pomes é uma rocha magmática que possui poros (espaços vazios) como se fosse uma esponja. É usada para polir objetos e amaciar a pele.
Rochas sedimentares ou estratificadas
As rochas sedimentares apresentam-se em formas de camadas ou estratos. Nessas rochas encontramos fósseis, ao contrário das magmáticas. Elas sofrem a ação do calor solar, da água e do vento como forma de decomposição. Temos como exemplo: o arenito, o calcário, os cascalhos e seixos.
O arenito é formado por grãos de areia e é usado na construção de casas. Muitas formações rochosas dessa rocha são encontradas no estado do Paraná.
O calcárioé um tipo de rocha formada há milhões de anos pelo acúmulo de conchas e esqueletos de organismos mortos no fundo dos mares. Para reconhecermos uma rocha calcária, basta pingarmos ácido sobre ela e observaremos uma efervescência liberando um gás, o gás carbônico. Encontramos diversas rochas calcárias em cavernas e grutas.
Os cascalhos e seixos são rochas sedimentares ou magmáticas que se forma pela ação da água. São encontradas nos leitos dos rios.
Rochas metamórficas
As rochas metamórficas são rochas modificadas em sua estrutura por novos minerais que são formados no interior da Terra pelo movimento e transformação das rochas magmáticas e sedimentares. Exemplos de rochas metamórficas são: o gnaisse, a ardósia e o mármore.
O gnaisse contêm os minerais como o quartzo, mica e feldspato. O morro do Corcovado é formado de gnaisse.
A ardósia é uma argila alterada sob pressão e calor. É usada em revestimento de casas.
O mármore é uma rocha muito dura e compacta possui cores variadas. É uma rocha originária do calcário e bastante usada na fabricação de pisos, escadas, mesas e pias.
Propriedades dos Minerais
Na identificação dos minerais recorre-se a um conjunto de propriedades químicas e físicas. O conhecimento destas propriedades, bem como da maneira prática das investigar, é bastante útil na sua identificação.
Propriedades físicas
Estas são as propriedades mais divulgadas na identificação dos minerais, já que alguns ensaios químicos implicam custos muito elevados. As propriedades físicas mais comuns utilizadas para a identificação dos minerais são: cor, brilho, traço ou risca, dureza, clivagem e densidade.
Cor
A cor de um mineral deve ser observada numa superfície de fratura recente, à luz natural. A cor depende da absorção, pelos minerais, de certos comprimentos de onda do espectro solar quando este incide sobre eles.
Há minerais que apresentam sempre a mesma cor, qualquer que seja a amostra observada – minerais idiocromáticos – enquanto que outros, como o quartzo, podem apresentar diversas cores – minerais alocromáticos.
A propriedade alocromática de alguns minerais deve-se à presença de elementos estranhos à sua composição.
Brilho
É o modo como o mineral reflecte a luz natural em superfícies não alteradas. É hábito considerar dois tipos de brilho: metálico e não metálico. Por vezes usa-se o termo submetálico para designar o brilho de alguns minerais que têm brilho semelhante ao metálico, mas menos intenso.
Traço ou risca
O traço ou risca é a cor que um mineral apresenta quando reduzido a pó, num almofariz, ou quando se risca numa placa de porcelana despolida (neste caso a dureza tem de ser inferior a 6,5).
Frequentemente a cor do traço de um mineral não coincide com a sua cor. No entanto, diferentes variedades da mesma espécie mineral exibem sempre traço com a mesma cor. Isto é, o traço é uma propriedade constante, enquanto que a cor pode ser uma propriedade variável.
Dureza
A dureza (H) de um mineral é a resistência que ele oferece ao ser riscado por outro. A escala de dureza mais utilizada é a de Mohs, constituída por 10 termos.
A dureza de um mineral é igual à do mineral da escala, se se riscam mutuamente. Se o mineral em causa riscar determinado termo e não riscar o imediatamente a seguir, então a sua dureza estará compreendida entre os dois termos.
Clivagem
A clivagem é uma propriedade física de um mineral que consiste em dividi-lo, por aplicação de uma força, segundo superfícies planas e brilhantes, de direcções bem definidas e constantes. Os planos de clivagem correspondem a superfícies de fraqueza da estrutura cristalina dos minerais, daí que se possa afirmar que esta propriedade é uma consequência directa da geometria da malha espacial e das forças de ligação química. Alguns minerais apresentam clivagem fácil como, por exemplo, a calcite e as micas; outros dificilmente a manifestam.
Densidade
A densidade (d) de um mineral depende da sua estrutura cristalina, nomeadamente da natureza dos seus constituintes e do seu arranjo, mais ou menos compacto.