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Profa Cynthia Fernandes F Santos 
FISIOLOGIA HUMANA
Sistema Neurovegetativo
Sistema nervoso
• Funções do SN agrupadas em 2 grandes modalidades:
1) regulação de mecanismos que mantém a estabilidade intrínseca do
organismo (homeostasia) por meio de várias funções (ex: circulação sanguínea,
respiração...)
2) gênese de comportamentos: motores e vegetativos (asseguram a
circulação...).
• O controle de funções vegetativas é exercido por sistemas neurais que
constituem os sistemas neurovegetativos ou sistema nervoso autônomo.
Mecanismos de regulação neurovegetativa
Regulação neurovegetativa
Simpático Parassimpático Respiratório Neuroendócrino
Inerva todas as 
víceras e a maioria 
dos vasos: 
distribuição 
generalizada e 
importância 
funcional
Distribuição 
menos ampla e 
funções mais 
específicas. 
Frequentemente 
opostas ao 
simpático.
Utiliza 
mecanismos de 
ajuste próprios
Utiliza 
mecanismos de 
ajuste próprios
SNC
Sistema simpático
Sistema simpático
Organização anatômica:
• Núcleos espinhais
• Rede resultante das conexões dos gânglios simpáticos e axônios de células 
ganglionares da periferia
• Órgão inervados
Sistema simpático Sistema simpático
O sistema simpático origina-se na medula espinhal entre os segmentos T1 e L2
Os neurônios espinhais simpáticos efetores situam-se em vários núcleos da medula
espinhal (núcleo intermédio-lateral; núcleo do corno anterior; núcleo intercalado; núcleo
da comissura dorsal.
Os axônios dos neurônios espinhais simpáticos saem pelas raízes ventrais
Ao sair pelas raízes ventrais, os axônios dirigem-se aos gânglios simpáticos onde fazem
sinapses com neurônios ganglionares (esses axônios, maioria mielínica, formam o ramo
comunicante branco) ���� axônios constituem as chamadas fibras pré-ganglionares.
Os axônios ganglionares (maioria amielínica) se incorporam aos nervos mistos,
encaminhando-se à outros órgãos ���� axônios constituem as chamadas fibras pós-
ganglionares.
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órgão
Núcleo espinhal onde se localizam os neurônios espinhais 
simpáticos (deixam a medula pelas raízes ventrais)
Ramo comunicante branco com fibras pré-ganglionares
Gânglio simpático
Nervo misto com fibras pós-ganglionares
As fibras pós-ganglionares podem 
formar nervos individualizados
Sistema simpático
Eferências
Cadeia simpática
• Os gânglios situam-se de cada lado da coluna vertebral gânglios paravertebrais
ou mais medialmente os gânglios pré-vertebrais.
• Os paravertebrais formam uma cadeia longa de cada lado e os pré-vertebrais
(gânglios celíaco, mesentérico superior e inferior) fazem parte de plexos.
• As fibras simpáticas pré-ganglionares nem sempre terminam nos gânglios mais
próximos, podem atravessá-los e se dirigir a outros gânglios � diversos gânglios
se apresentam interligados � tronco simpático
Sistema simpático
Cadeia simpática
• As fibras simpáticas que inervam víceras abdominais e pélvicas atravessam a
cadeia ganglionar sem interrupção, indo estabelecer sinapse nos gânglios pré-
vertebrais
• A medula adrenal recebe diretamente fibras pré-ganglionares � suas células
funcionam como neurônios ganglionares (embriologicamente homólogas)
Sistema simpático
Transmissão no sistema simpático
• São ativados por aferentes contendo numerosas informações
• Todos os terminais pré-ganglionares são colinérgicos
• A transmissão pelas fibras pós-ganglionares são por norepinefrina, acetilcolina,
dependendo do território, entre outros.
• Os receptores adrenérgicos são do tipo α e β (α1 e α2; β1 e β2) . Ex: vasos � α1
que provoca vasoconstrição ao ligar com a norepinefrina e β1 que causa
vasodilatação ao ligar com epinefrina
Sistema simpático
Transmissão no sistema simpático
• Epinefrina prioritariamente produzida pala medula da adrenal, que é estimulada
diretamente pelas fibras pré-ganglionares
Sistema simpático – Medula adrenal Sistema simpático
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Sistema simpático Sistema simpático
Sistema parassimpático
Sistema parassimpático
É constituído de 2 setores anatomicamente separados: parassimpático craniano
(originado no tronco encefálico) e parassimpático sacro (originado na medula sacra).
Consta de núcleos centrais cujos neurônios pré-ganglionares enviam impulsos aos
neurônios periféricos pós-ganglionares situados em gânglios � localizados nas
paredes dos órgãos
Nervo vago é parte do parassimpático craniano
Sistema parassimpático
Sistema parassimpático
• Cada fibra ganglionar entra em contato com 1 ou 2 neurônios ganglionares
(exceto no sistema digestório)
• Mediação pré e pós-ganglionar e colinérgica (principalmente)
• Neurônios pós-ganglionares excitam ou inibem tecidos periféricos
exclusivamente por intermédio da acetilcolina
• Os receptores colinérgicos são do tipo muscarínicos
Transmissão no sistema parassimpático
Receptores colinérgicos e catecolaminérgicos
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Parassimpático Ação simpática e parassimpática
Axônios periféricos do sistema simpático e parassimpático inervam a 
musculatura lisa, cardíaca e células glandulares.
Inervação parassimpática se estende por quase todo o território alcançado 
pelo simpático com exceção da musculatura e da pele
Ação simpática e parassimpática
Olhos
• Simpático: midríase (dilatação das pupilas por contração dos músculos da íris)
• Parassimpático: miose (diminuição das pupilas)
Coração
• Simpático: aumenta a atividade cardíaca, taquicardia e aumento na contratilidade
(receptores β1)
• Parassimpático: diminui a FC
Ação simpática e parassimpática
Vasos
• Simpático (maioria): norepinefrina em receptores α, vasoconstrição e epinefrina em
receptores em receptores β, vasodilatação
• Parassimpático: vasodilatação
Pele e anexos
• Simpático: vasoconstrição, ereção de pêlos, sudorese
Sistema respiratório
• Simpático: vasoconstrição, broncodilatação (receptores β2)
• Parassimpático: vasodilatação, excita glândulas que produzem muco, broncoconstrição
Ação simpática e parassimpática
Sistema digestório
• Simpático: relaxa a musculatura longitudinal e circular e contrai os esfíncteres,
retardando ou interrompendo a propulsão do conteúdo do trato digestivo ; inibe
secreção enzimas digestivas
• Parassimpático: contrai a musculatura longitudinal e circular e relaxa os esfíncteres
promovendo a propulsão do conteúdo do trato digestivo; ativa secreção de enzimas
digestivas
Ação simpática e parassimpática
Sistema urinário
• Simpático: absorção de Na+ e água; na micção faz a musculatura vesical relaxar e o
esfíncter interno contrair
• Parassimpático: na micção faz a musculatura vesical contrair-se e o esfíncter interno
relaxar
• Neuro-hipófise: vasopressina age nos túbulos renais aumentando a absorção de água
• Adeno-hipófise: aldosterona aumenta a absorção de sódio
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Ação simpática e parassimpática
Fígado
• Simpático: aumenta a liberação de glicose (glicogenólise e neoglicogênese)
• Parassimpático: aumenta a concentração de glicogênio sintetase e conseqüentemente
o armazenamento de glicogênio hepático
Pâncreas
• Simpático: inibe as células beta e conseqüentemente reduz a secreção de insulina
• Parassimpático: aumenta a produção de insulina
“Tônus” simpático e parassimpático 
O SNS e SNP são continuamente ativos e as taxas de atividade basais são 
conhecidas como tônus simpático e tônus parassimpático.
O tônus permite que um sistema aumente ou diminua a atividade de um órgão 
estimulado.
Ex: o tônus simpático mantém quase todas as arteríolas constritas a cerca de aproximadamente 
metade do seu diâmetro. Aumentando ou diminuindo a estimulação simpática este diâmetro 
diminui ou aumenta, respectivamente. 
“Tônus” simpático e parassimpático 
A taxa de secreção normal de epinefrina é de 0,2 µg/ Kg/ min e de norepinefrina é de
0,05 µg/ Kg/ min. Quantidadesuficiente para manter a pressão sanguinea quase
normal se todas as vias simpáticas dirigidas ao sistema cardiovascular fossem
removidas.
� O Tônus total do sistema simpático depende da secreção de epinefrina e
norepinefrina além da estimulação simpática direta.
Resposta de alarme 
1. Aumento da PA
2. � Fluxo para os músculos ativos e � em órgão não necessários para uma
atividade motora rápida
3. � taxa metabólica celular
4. � concentração de glicemia
5. � glicólise no fígado e no músculo
6. Broncodilatação
7. � inotropismo
8. � atividade mental
9. Pupila dilatada
Sistema neuroendócrino ou hipotálamo-hipofisário
Existem no SN circuitos que geram funções endócrinas, não intermediadas pelo
simpático e parassimpático e que têm acesso à maioria das funções endócrinas, via
hipófise.
O sistema hipótálamo-neuro-hipofisário constitui-se de 2 setores: 1) hipotálamo-
neuro-hipofisário (inervado diretamente pelo hipotálamo); 2) hipotálamo-adeno-
hipofisário (controlado indiretamente por transmissores levados por vasos à adeno-
hipófise – fatores de liberação o inibição de hormônios hipofisários)
Sistema neuroendócrino ou hipotálamo-hipofisário
A neuro-hipófise
é inervada por tratos originados nos núcleos paraventriculares e supra-ópticos
(situados na base do hipotálamo). Os neurônios dos dois núcleos sintetizam 2
hormônios peptídicos: vasopressina (hormônio antidiurético) e a ocitocina (promove
contrações uterinas no parto e ejeção o leite).
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Sistema neuroendócrino ou hipotálamo-hipofisário
O hipotálamo, parte do sistema límbico (SNC) é constituído por grupamentos de
neurônios denominados núcleos.
Uma vez ativado por estímulo ambiente ou do próprio organismo, o hipotálamo pode
ativar o sistema nervoso simpático ou parassimpático
O controle pode ainda ser feito por liberação de hormônios pelo hipotálamo:
hormônio liberador de corticotrofina (ativa neuro-hipófise à liberar o hormônio
liberador adrenocorticotrófico que por sua vez, estimula a síntese e liberação de
cortisol – córtex da adrenal) � sistema hipotálamo-hipófise-adrenal.
Profa Cynthia Fernandes F Santos 
FISIOLOGIA HUMANA
Contração muscular
Anatomia fisiológica do músculo esquelético
• Músculos são constituídos de fibras, que por sua vez é constituída por subunidades sucessivamente menores:
• Fibras � miofibrilas � actina (mais finos) e miosina (mais grossos)
• Faixa I: clara; só contém actina
• Faixa A: escura; contém miosina e extremidades de actina (superposição).
• Faixa H: no centro do sarcômero, região clara com apenas miosina.
• Linha M: no centro do sarcômero, formado por proteínas relacinadas à estrutura e alinhamento dos filamentos
• Disco Z: ligado à actina, composto por proteínas
• Sarcômero: segmento situado entre 2 discos Z
Filamentos finos
Filamentos grossos
Titina
Disco ZDisco Z
Linha M
Zona H (zona vazia)
Banda (faixa) A Banda (faixa) I
Sarcômero
Anatomia fisiológica do músculo esquelético
Anatomia fisiológica do músculo esquelético Anatomia fisiológica do músculo esquelético
• O posicionamento dos filamentos de actina e miosina é difícil de ser mantido. Essa
manutenção se dá pelo grande número de moléculas filamentares de uma proteína
chamada titina (molécula protéica grande – também chamada de conectina) que é
bastante flexível.
• As miofibrilas ficam em suspensão e os espaços entre elas são preenchidos por
líquido intracelular, conhecido pelo sarcoplasma.
• O sarcoplasma contém grande quantidade de potássio, magnésio e fosfato além de
enzimas. Possui também grande número de mitocôndrias (situadas paralelamente às
miofibrilas) e a presença do retículo sarcoplasmático.
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Anatomia fisiológica do músculo esquelético
• O sarcolema (membrana) possui invaginações, sendo formadoras do túbulos transversos ou
túbulos T.
• A integração entre a membrana e os túbulos T permite a rápida ativação de toda a fibra muscular.
• Retículo sarcoplasmático: possui bombas de cálcio denominadas SERCA (sarcoplasmic endoplasmic
reticulum calcium ATPase), ou também como Ca2+ -ATPase.
• A função da SERCA é transportar o Cálcio do meio intracelular para dentro do retículo
sarcoplasmático.
• Fosfolambam e calseqüestrina: se ligam ao cálcio (dentro do retículo), diminuindo a concentração deste íon livre e
reduzindo o trabalho da SERCA
Mecanismo geral da contração muscular
• Potencial de ação segue pelo nervo motor até suas terminações nas fibras
• Secreção de acetilcolina
• Abertura de canais mediados por acetilcolina
• Entrada de sódio para dentro das fibras musculares
• Geração de um potencial de ação que se propaga para toda membrana da fibra muscular
• A despolarização faz com que o retículo sarcoplasmático libere cálcio
• O cálcio ativa a interação entre a actina e a miosina, produzindo deslizamento (contração)
• O cálcio é bombeado de volta para o retículo sarcoplasmático por bombas de cálcio (relaxamento)
Mecanismo molecular da contração muscular
Filamentos de actina com pequena 
sobreposição
Sobreposição filamentos de actina
que são tracionados (os discos Z
são também tracionados).
A contração ocorre por
deslizamento dos filamentos.
Mecanismo molecular da contração muscular
• O deslizamento ocorre por força gerada pela interação das pontes cruzadas dos
filamentos de miosina com os filamentos de actina.
• É necessária energia (ATP) para que ocorra contração.
Características moleculares dos filamentos
Miosina
• O filamento de miosina é composto por múltiplas moléculas de miosina (cerca de 200
ou mais).
• A molécula de miosina é composta por 6 cadeias polipeptídicas: 2 pesadas e 4 leves.
• As 2 pesadas se espiralam uma com a outra e formam uma dupla hélice, chamada
de cauda ou haste.
• Uma ponta de cada uma das 2 cadeias é dobrada formando uma estrutura chamada
cabeça da miosina (2 cabeças da miosina livres)
• As cadeias leves também fazem parte das cabeças da miosina (2 cadeias leves por
cabeça da miosina)
Características moleculares dos filamentos
Miosina
As cabeças da miosina tem função importante: ATPase
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Características moleculares dos filamentos
Miosina
• Partes do corpo de cada molécula de miosina se projetam formando “braços” ou
pontes cruzadas.
• As pontes cruzadas são flexíveis e funcionam como dobradiças
Características moleculares dos filamentos
Actina
• É formado por 3 componentes: actina, tropomiosina e troponina.
• A base dos filamentos de actina está fortemente inserida nos discos Z.
• Tropomiosina: durante o repouso, recobrem os locais ativos do filamento de actina,
de forma a impedir a atração entre a actina e a miosina (para produzir a contração).
• Troponina: Formada por 3 unidades protéicas com participações diferenciadas na
contração: Troponina I: forte afinidade com actina
Troponina T: forte afinidade com tropomiosina
Troponina C: forte afinidade com o cálcio
Base molecular da contração
• Teoria dos filamentos deslizantes: interação cíclica entre as cabeças da miosina com a actina
associada à hidrólise do ATP, gerando força que causa o deslizamento dos filamentos.
• Sistema acoplamento-excitação-contração: começa com a propagação de um potencial de ação
pela placa motora � ao alcançar o retículo sarcoplasmático, são abertos os canais de cálcio
----
• Músculo relaxado : complexo troponina-tropomiosina cobrem os sítios ativos da actina (bloqueiam
a interação entre a actina e a miosina)
• Quando a concentração de Ca2+ se eleva, este se liga à troponina C, modificando o complexo
troponina-tropomiosina � deslocamento da tropomiosina � liberando o bloqueio do sítio ativo da
actina permitindo a interação entre os filamentos.
Base molecular da contração
Teoria de “ir para frente” (“walk along”) da contração:
• Depois de ativados pelo Ca2+, as pontes cruzadas dos filamentos de miosina são atraídospelos
locais ativos do filamento de actina
Base molecular da contração Base molecular da contração
Energia para contração:
• No músculo em repouso a maior parte do ATP é utilizado pela Na+/ K+ -ATPase.
• A concentração de ATP no músculo é suficiente para poucos segundos de contração
• Em condições em que é necessária energia rapidamente são utilizadas as reservas de ATP e
fosfocreatina (que duram poucos segundos).
• Glicose plasmática: fonte de energia, rapidamente captada pelo tecido muscular através de
transportadores específicos (GLUT4)
• Em condições de oferta de O2: glicólise aeróbia
• Em condições de O2 insuficiente: glicólise anaeróbia
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Base molecular da contração
• Fibras rápidas: contém miosina com elevada atividade ATPase. Quanto mais rápida a hidrólise de
ATP, mais rapidamente as pontes cruzadas fazem seu ciclo, refletindo em encurtamento mais
rápido.
• Fibras musculares do Tipo I estão presentes em maior quantidade em músculos posturais �
metabolismo oxidativo para atender às contrações por longos períodos
• Fibras tipo IIb dependem da glicólise anaeróbia e são mais sucetíveis à fadiga
Junção neuromuscular
• A contração muscular depende do controle neural que é feito pelo motoneurônio.
• Unidade motora: conjunto de fibras musculares inervadas por uma única fibra nervosa.
• Músculos que respondem rapidamente e com controle preciso possuem poucas fibras musculares
em cada unidade motora.
• 3 tipos de motoneurônios:
• Motoneurônio α (alfa): corpo celular médio ou grande, extensas ramificações dendríticas. Os
axônios emergem pelas raízes ventrais medulares e se integram aos nervos até chegarem
aos nervos.
• Motoneurônio γ (gama): corpo celular e árvore dendrítica pequenos e inervam fibras
modificadas, especializadas na monitorização do comportamento muscular, não
influenciando a contração.
• Motoneurônio β (beta): ação intermediaria
Junção neuromuscular
• Tipos de Unidades motoras de acordo com a velocidade de contração das fibras: unidades lentas;
rápidas e fatigáveis e rápidas e resistentes à fadiga.
• Tipos de fibras musculares:
• Fibras vermelhas (ou I ou L): especializadas em contrações lentas e sustentadas, sendo
mais resistentes à fadiga
• Fibras brancas (ou IIb ou R): especializadas em contrações rápidas, fortes e transitórias,
porém são mais facilmente fatigáveis
• Fibras intermediárias (ou IIa): : Características mistas
Junção neuromuscular
Junção neuromuscular
• Junção neuromuscular: sinapse química e representa estrutura/ função em que a
célula muscular é estimulada pelo motoneurônio. Faz a conversão de sinal elétrico
em mensagem química e novamente em sinal elétrico.
• Próximo à fibra muscular, a fibra nervosa mielinizada ramifica-se em terminais,
conectados aos sarcolema formando uma região chamada placa motora.
Junção neuromuscular
• Impulso na junção neuromuscular � liberação de vesículas de Ach no espaço sináptico
• Receptores são do tipo nicotínicos: com poro central de tamanho a permitir passagem de Na+
e K+. É um receptor pouco seletivo e quando ativado permite a passagem de Na+ e Ca2+
concomitante à saída de K+ e resultante despolarização da membrana pós-sináptica
(potencial da placa motora).
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Propriedades mecânicas da contração
Tipos básicos de contração
• Isotônica: contração muscular com alteração no comprimento do músculo com afastamento
ou aproximação das estruturas ósseas
• Isotônica concêntrica: movimento ocorre contra a gravidade e o músculo encurta
• Isotônica excêntrica: desacelera e modula o movimento, ocorre a favor da gravidade e
o músculo se alonga
• Isométrica: contração muscular ocorre sem movimento articular.
Propriedades mecânicas da contração
Relação comprimento-tensão
• Efeito do comprimento do sarcômero e do grau de sobreposição dos filamentos na tensão
desenvolvida pela fibra muscular
D – os filamentos de actina foram tracionados pelas extremidades
e não há sobreposição actina e miosina � tensão zero
C – À medida que o sarcômero encurta inicia a sobreposição e a
tensão aumenta.
B – Mesmo com encurtamento adicional o sarcômero mantém a
tensão máxima. À partis deste ponto as extremidades dos
filamentos de actina começam a se sobrepor além da
sobreposição da miosina.
A – A tensão é diminuída
Propriedades mecânicas da contração
Somação
• Soma de contrações individuais para aumentar a intensidade da contração total. Pode ser
por 1) aumento do número de unidades motoras (somação por fibras múltiplas); 2) pelo
aumento da frequência de contração (pode levar a tetanização)
• Por fibras múltiplas: Sinal fraco do SNC ativa pequenas unidades motoras. Com aumento da
força do sinal, há recrutamento de unidades motoras maiores (maior força de contração).
Princípio do tamanho.
• Por frequência: com o aumento da freqüência a nova contração ocorre antes que a anterior
termine, sendo assim somada à anterior. Quando a freqüência atinge um nível crítico, as
contrações sucessivas ficam tão rápidas que se fundem aparentando ser contínua e
uniforme (tetanização)
Propriedades mecânicas da contração
• Efeito escada: aumento da força de contração após o início do processo
• Tônus muscular: mesmo em repouso apresenta certa tensão. Resulta de impulsos de baixa
freqüência vindos da medula espinhal.
• Fadiga: incapacidade contrátil resultado de contrações fortes por longos períodos. Aumenta
em proporção direta com a depleção de glicogênio muscular.
• Hipertrofia e atrofia: aumento e diminuição de massa muscular. Hipertrofia ocorre pelo
aumento de filamentos de actina e miosina. Com estiramentos pode haver aumento do
número de sarcômeros, adicionados às extremidades (o oposto também acontece).
• Rigor mortis (rigidez cadavérica): estado de contratura após algumas hora do óbito. Os
músculos se contraem e ficam rígidos mesmo sem potencial de ação. Ocorre pela perda do
ATP necessário para a separação das pontes cruzadas. Permanecem rígidos até que as
proteínas se degenerem , provavelmente por autólise (cerca de 15 a 25 horas)
Músculo liso
• Presente em diferentes sistemas, particularmente associado a órgãos como os do sistema
gastrointestinal, pupila, vias aéreas, pele, vasos sanguíneos, útero e sistema urinário.
• Possui organização variada em relação à disposição das fibras, desenvolvimento de força e
capacidade de encurtamento.
• Dividido em unitário e multiunitário: divisão fundamentada na propriedade das células
serem ou não eletricamente acopladas.
• Músculo liso unitário ou visceral: envolve órgãos ocos, exercendo ações relacionadas à
propulsão ou regulação pressórica. As células são acopladas eletricamente por junções
comunicantes (gap junction), o que permite a transmissão rápida do estímulo elétrico e
como resultado uma onda contrátil uniforme.
• Músculo liso multiunitário: formada por fibras individuais não acopladas eletricamente.
Assim, a estimulação de uma célula não resulta na ativação das adjacentes. (Ex: íris,
músculos ciliares)
Músculo liso
• Músculo liso fásico: algumas células apresentam contrações com padrão rítmico. Ex:
parede intestinal. São unitários.
• Músculo liso tônico multinunitário: células constantemente ativas mantendo um tônus
(Ex: músculo liso vascular)
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Músculo liso
• Presença de marca-passos: potenciais de ação gerados em focos. Hipótese: diminuição do
bombeamento de cargas positivas para fora da célula (Na+)
• A organização não é da forma de sarcômeros: apresenta unidades contráteis distribuídos
em paralelo constituídas por filamentos de actina e miosina que se cruzam em diagonal
(dispostos em feixes).
• Músculo esquelético (contrai e relaxa rapidamente) vs músculo liso (contração tônica
prolongada)
• Apresentam actina e miosina mas, não troponina nem túbulos T. O retículo sarcoplasmático
é menos desenvolvido que no músculo estriado.
• Em vez de troponina, omúsculo liso apresenta outra proteína: calmodulina (que ativa as
pontes cruzadas da miosina)
Contração do Músculo liso
• Ca2+ se liga à calmodulina
• Complexo cálcio-calmodulina ativa miosina quinase (fosforiladora)
• Fosforilação de uma das cadeias leves de cada cabeça de miosina (cadeia reguladora)
• A cabeça adquire a capacidade de se ligar à actina repetidamente 
• Ligação com actina provoca trações intermitentes (contração)
Músculo liso
• Junções neuromusculares altamente estruturadas não ocorrem no músculo liso
• As fibras nervosas que inervam o músculo liso ramificam-se difusamente e na maioria das
vezes nem fazem contato com membrana celular das fibras musculares mas, formam
junções difusas
• Acetilcolina: substância excitatória para o músculo liso de alguns órgão e inibitória em
outros (norepinefrina produz o efeito oposto)
• Potenciais em onda lenta: alguns músculos lisos são auto-excitatórios, isto é os potencias
de ação se originam nas células musculares lisas, sem estímulo externo � hipótese:
aumento e diminuição no bombeamento de íons positivos para o meio EC.
• Resposta ao estiramento: quando o músculo liso visceral (multinunitário) é estirado são
gerados potenciais de ação espontâneos causados por: 1) potenciais de onda lenta
(normais); 2) � da negatividade do potencial de membrana causado pelo estiramento.

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