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	UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA (UnB)
FACULDADE DE ECONOMIA, ADMINISTRAÇÃO E CONTABILIDADE (FACE)
DEPARTAMENTO DE ADMINISTRAÇÃO (ADM)
	DISCIPLINA
	CÓDIGO
	CRÉDITOS
	TURMA
	PERÍODO
	PROFESSOR
	ORGANIZAÇÃO, MÉTODOS E SISTEMAS
	202380
	04 
	A
	2013/2
	MARCOS ALBERTO DANTAS
AULA 06
AMBIENTES ORGANIZACIONAIS
INTRODUÇÃO
A empresa vista como organismo vivo é um agrupamento humano em interação, que ao se relacionar entre si e com o meio externo, por meio de sua estruturação interna de poder, faz uma construção social da realidade, que lhe propicia a sobrevivência como unidade, segundo os mesmos princípios pelos quais são preservadas dentro de cadeias ecológicas do mundo vivo.
Esta identidade própria tem como principal elemento de influência, o ambiente externo, muitas vezes conhecido como mercado, que atua de forma contingencial às atividades de uma organização. Este ambiente externo é composto de forças e agentes controláveis e não controláveis que tem impacto nos mercados e na estratégia empresarial da organização. Pode ser distinguido em termos de microambiente e macro ambiente da empresa.
Através de uma análise micro ambiental verificamos que os agentes do ambiente imediato da empresa que afetam a sua capacidade de atender a seus mercados é entendida pelo seu conjunto que envolve entidades e relações que estão próximas a ela. O contexto macro ambiental que tem uma maior amplitude, pois as forças societárias que afetam todos os agentes no meio ambiente da empresa são vistas pelo fator econômico, demográfico, físico-ecológico, tecnológico, político-legal e sociocultural. Elas operam em um sentido macro, pois são consideradas variáveis incontroláveis, que a organização deve monitorar e com as quais vai interagir.
As características próprias de cada setor (industrial, comercial e de serviços) fazem com que a interação entre os seus agentes ambientais seja intrínseca ao setor focalizado e que, portanto, as estratégias genéricas das empresas que formam os diversos setores da economia reflitam essas peculiaridades.
O AMBIENTE E SUA FORMAÇÃO
A formação organizacional (ou nascimento ou fundação) é descrito sob uma perspectiva do modelo ecológico populacional. Para tanto é feito uma reavaliação histórica a fim de considerar as condições ambientais necessárias para o surgimento das organizações basicamente como novas formas de interação social.
Diante de várias tarefas assumidas pelas organizações, há de existir uma maior conscientização dos meios alternativos para realizá-las, que precisam ser encaradas como resultado do custo-benefício atrativo. As pessoas envolvidas nessas tarefas precisam ter recursos, legitimidade e capacidade suficiente para que a nova organização seja implantada. Esses recursos precisam ser traduzidos em poder, a fim de suplantar as resistências do sistema antigo.
A formação de um novo ambiente organizacional não acontece aleatoriamente, mas deve permitir que surjam novas organizações e novas formas organizacionais e para tanto criam-se condições de sobrevivência que permitem aos gestores organizacionais o “risco da novidade”, conforme descreve Stinchcombe (1965): as condições ambientais facilitam o aprendizado de novos papéis sem que haja um modelo próximo. Elas incentivam o contato pessoal com os clientes e permitem que os recursos sejam distribuídos mais facilmente ao longo do tempo. [1: STINCHCOMBE, Arthur L. Organizations and social structure. In Handbook of organizations. Ed. James G. March. Chicago, Rand McNally, 1965 apud HALL, Richard H. Organizações: estruturas, processos e resultados. São Paulo: Pearson/Prentice Hall, 2004.]
Condições ambientais básicas
As condições ambientais são variáveis com características de um certo grau de formação suficiente para o seu desenvolvimento. Uma característica importante que condiciona o ambiente é o nível de escolaridade da população. A presença de conhecimentos básicos aumenta a probabilidade de que cada uma das variáveis intermediárias esteja suficientemente presente para que ocorra o desenvolvimento organizacional.
Além da variável fundamental da educação, outros fatores são determinantes para as condições que permitem a formação do ambiente organizacional, tal como a urbanização. Nesse aspecto, observa-se que o ritmo de urbanização deve ser suficientemente lento para permitir que os migrantes de outras áreas aprendam e desenvolvam as rotinas do ambiente organizacional. O desenvolvimento da vida urbana envolve lidar com situações específicas do ambiente na qual deve auxiliar o desenvolvimento organizacional e proporcionar, desse modo, mais alternativas.
Outras condições aparecem nesse estudo, tais como a presença da economia monetária, que facilita a formação de mercados livres; a política social, para provocar a recomposição de grupos de interesses constituídos nos sistemas de poder; e o nível de densidade organizacional, onde aqueles que possuem maior amplitude de alternativas disponíveis terão maiores oportunidades em adquirir experiências. 
Tecnologia e forma organizacional
Diante das tecnologias disponíveis no período de sua formação, as organizações fixam limites na forma organizacional que ela possa assumir. Elas podem ser concretizadas eficientemente com as formas organizacionais socialmente possíveis ou que tendem a ser possíveis, porém permanecendo relativamente estável na sua estrutura básica.
A ênfase na tecnologia deverá proporcionar mudanças graduais, tanto na formação de novas organizações quanto nas novas formas organizacionais, visto que o ambiente, por ocasião da formação organizacional, assume condições de origem e que pode ser simplificada ao longo do tempo. As condições em torno das origens de uma organização persistem em seu impacto sobre a própria organização, onde são confrontadas constantemente com as condições ambientais existentes. 
DIMENSÕES AMBIENTAIS
Algumas dimensões ambientais básicas são importantes para o desenvolvimento organizacional tais como: tecnológica, legal, política, econômica, demográfica, ecológica e cultural.
Dimensões Tecnológicas
Condições tecnológicas representam para as organizações novas ideias que entram em circulação e tornam-se parte do ambiente, à medida que deixam de ser propriedade privada de um indivíduo ou de uma organização específica.
Os desenvolvimentos tecnológicos, em qualquer campo da atividade, tem o potencial de alcançar as organizações relevantes, onde, na administração, novas ideias são introduzidas por meio de pesquisa, casos que favorecem novas descobertas ou prática. Essas descobertas possuem implicações vitais para nossa compreensão das interações entre a organização e o ambiente e de acordo com as mudanças ambientais, precisam desenvolver mecanismo de resposta. 
Dimensões Legais
Para as organizações, as condições legais formam uma parte do entorno da organização. Se por um lado existem organizações que operam fora da lei, por outro lado existe àquelas que não possuem nenhum envolvimento com os dispositivos legais de segurança, higiene etc. 
Quando uma nova lei importante é promulgada ou uma interpretação modificada, as organizações precisam fazer algumas mudanças, tais como a regulamentação tributária e trabalhista. Essas mudanças são importantes, pois fixam condições operacionais em certos comportamentos importantes para o ambiente, especificamente na sua interpretação e proteção de posições organizacionais.
As organizações não são destinatários conformados de leis e regulamentos. Em todos os setores, elas tentam selecionar a estratégia legal apropriada direcionada ao órgão governamental apropriado.
Dimensões Políticas
Algumas organizações são diretamente afetadas pelo processo político, porque sua hierarquia pode ser modificada drasticamente por resultados eleitorais. Todas as unidades do governo estão sujeitas a essa possibilidade após cada eleição, pois os altos dirigentes são substituídos segundo o julgamento de uma nova administração.
As condições políticas que permitemo surgimento de novas leis exercem efeitos sobre a organização. Em alguns casos, as organizações precisam aplicar recursos no processo de lobby, que pode ser muito bem sucedido na obtenção de vantagens, como por exemplo, tributária e acordos internacionais.
 
Dimensões Econômicas
Uma variável ambiental amplamente desenvolvida pelas organizações é o estado de economia na qual ela opera. A mera disponibilidade de recursos financeiros constitui uma das principais condições ambientais para o nascimento das organizações. Condições econômicas em alteração atuam como limitadores importantes, pois são excelentes indicadores das prioridades. 
As condições econômicas que cercam as organizações melhoram e pioram com a reação das organizações à situação e a concorrência passa a ser um fator importante para obtenção de resposta em qualquer situação. A concorrência econômica entre organizações assume várias formas, como a filantropia corporativa no âmbito de um conjunto de empresas em relação ao sistema de cooptação fundiárias.
Dimensões Demográficas 
As distribuições demográficas no interior de uma organização geram consequências importantes para uma grande variedade de temas relevantes sob o ponto de vista organizacional, como desempenho, inovação e adaptabilidade. 
Em uma sociedade na qual raça, religião e etnicidade são consideradas importantes, alterações nos aspectos das condições ambientais demográficas precisam ser consideradas relevantes à medida que começam a compreender que seus públicos se tornaram diferentes e que elas mesmas precisam mudar.
Dimensões Ecológicas 
Uma situação ecológica em torno de uma organização está relacionada ao cenário demográfico, pois o número de organizações nas quais mantém contatos e relacionamentos e o ambiente na qual se localiza, são considerados componentes do sistema ecológico social da organização. Fatores como clima e geografia estabelecem limites para o modo como as organizações alocam recursos.
Dimensões Culturais
O relacionamento entre cultura e organização não é uma via de mão única. As organizações tentam moldar os valores culturais por meios de suas iniciativas de relações públicas. As mudanças de valores podem preceder ou acompanhar as mudanças, bem como as alterações no gosto dos consumidores.
A cultura é importante para a estruturação organizacional, pois consegue diferenciar as influencias de valores em vários fatores ambientais à medida que ela atua na organização. Ela também exerce um impacto importante no modo pelo qual as organizações formulam suas estratégias para o futuro.
TEORIAS AMBIENTAIS
O surgimento da Teoria Ambiental deveu-se aos questionamentos feitos às organizações que utilizam a variável de adaptação ao ambiente construída sobre as bases conceituais da Teoria da Contingência. A Teoria Ambiental baseia-se em outras três teorias:
Teoria da Ecologia Populacional
Essa abordagem estuda como diferentes espécies de organização tornam-se mais populosas e frequentes em um dado momento em certo tipo de ambiente, entrando posteriormente em declínio. Variações nas espécies da organização, bem como suas características analisadas a partir do ambiente, constituem o foco principal desse tipo de análise.
A teoria coloca o fato de a organização ser tão flexível ao ambiente e se Basear na seleção natural de Darwin, onde o ambiente tem uma preponderância maior na seleção daquelas organizações que são mais aptas a sobreviver.
Teoria das Configurações Estruturais
Baseado nos estudos de Henry Mintzberg, essa teoria reforça o caráter ativo dos sistemas organizacionais na construção de seu ambiente de negócio, negando uma postura passiva em face do ambiente ao qual deveriam se adaptar. O ambiente não é visto como uma variável a priori, mas como resultado de uma construção sociopolítica.[2: MINTZBERG, Henry. Criando organizações eficazes: estruturas em cinco configurações. 2 ed. São Paulo: Atlas, 2006.]
Teoria da Dependência de Recursos
Alguns teóricos tratam a teoria da dependência de recursos considerando as organizações como tendo certa autonomia em relação ao ambiente externo. Eles mostram que as organizações procuram controlar seus recursos de modo que as incertezas geradas pelo seu setor, mais especificamente pelo seu meio ambiente imediato de atuação, seja de forma ativa.
Com base nisso, as organizações fazem acordos e alianças estratégicas com outras organizações, influenciando mudanças de seu setor e formando um sistema político, isto é, um “meio ambiente negociado”.
A PERCEPÇÃO DO AMBIENTE
Se considerássemos o ambiente como algo distante da organização, todas as pessoas poderiam facilmente observar e identificá-las., porém o ambiente penetra na organização sob a forma de informação e, como toda informação, está sujeito a problemas de comunicação e tomada de decisões que forem identificadas. Informações ambientais são informações a ser processada.
Uma organização seleciona os aspectos do ambiente com as quais lidará e essa seleção será afetada pelos processos de seleção de outras organizações com as quais estará em contato. Dessa maneira, as organizações agem como construindo ou inventando seus ambientes, seja pelo alcance do seu domínio ou pelo próprio ambiente que é reivindicado ou selecionado pelas organizações que exercem impactos sobre suas operações. Essas reivindicações podem ser limitadas de domínio associadas à sua estabilidade ou amplas com capacidade de inovação tecnológica na expansão do seu domínio. 
A teoria organizacional tem ressaltado a importância da incerteza percebida no ambiente. Torna-se importante enfatizar que o ambiente percebido é, muitas vezes, carregado de incertezas. Essa incerteza confronta-se com um conjunto de regras e procedimentos adotado pela organização. Portanto, o ambiente possui elementos de certeza e de incertezas, pois, mesmo quando o ambiente é certo, não existe a garantia de que será percebido como tal.
Do mesmo modo que as percepções dos indivíduos, as da organização são moldadas por suas experiências, em que por mais realistas que sejam as pessoas, irá existir constantes comparações entre as diversas organizações e seus respectivos ambientes. 
O AMBIENTE EXTERNO
O ambiente organizacional na sua concepção externa, tem o propósito de desenvolver uma estrutura de avaliação e mostrar como as organizações podem responder a eles. Para tal, é preciso identificar o domínio organizacional e os setores que influenciam a organização. Ao explorar as forças ambientais da organização, faz-se necessário ter, de forma precisa, as informações sobre as necessidades de recursos. Essas informações são obtidas por meio do projeto estrutural, do planejamento sistêmico e de tentativas para modificar e controlar os elementos do ambiente. 
O IMPACTO DO AMBIENTE SOBRE A ORGANIZAÇÃO
As organizações variam em sua vulnerabilidade às pressões ambientais e quanto mais uma organização for dependente de seu ambiente, mais vulnerável se tornará. É sabido que uma organização que possui grandes recursos financeiros, menos vulnerável ela será às flutuações econômicas das que as organizações que não tem reservas.
Quando uma organização é vulnerável, ela reage ao ambiente de forma mais “endurecida” e, consequentemente sofrerá mais pressão do ambiente em que se insere. Sob pressão, as organizações tendem a se articular mais com o ambiente e desenvolver inovações que podem ser benéficas a longo prazo, porém correm mais riscos de fracasso, caso uma inovação não venha a ser bem sucedida.
Toda organização depende, em certo grau, de seu ambiente e cada uma se adapta às estratégias internas para lidar com as pressões percebidas. O posicionamento específico que uma organização assume deriva das escolhas feitas através das tomadas de decisão, que, muitas vezes, é político no sentido das diferentes opções apoiadas por grupos diferentes.
A opção que for apoiada pelos grupos políticos da empresa segue procedimentos no âmbito da estrutura em consequência do poder dos indivíduos ou grupos que asapoiam. A constatação é que as pressões ambientais limitam o processo em seguir a opção que os segmentos poderosos da organização tradicionalmente escolheram.
Uma das estratégias que as organizações desenvolvem para lidar com seus ambientes, é a tentativa de moldar o próprio ambiente. Nessa condição, a organização tentam a ganhar e manter o poder sobre condições ambientais de importância estratégicas para elas.
As organizações competem entre si para obter vantagens tecnológicas, políticas, econômicas, legais e de outra natureza. Isso ocorre em dimensões ambientais que se sobrepõem, pois, uma vantagem política pode contribuir para uma vantagem econômica, e vice-versa. Os ambientes organizacionais estão, portanto, sujeitos à manipulação real, tentada, e talvez não intencional, pelas organizações em seu interior.

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