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Afecções respiratórias e Fisioterapia Respiratória em Crianças

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Afecções Respiratórias e 
Fisioterapia Respiratória 
em Crianças
Prof. MSc. Ricardo Meirelles Borba
Introdução
 Os lactentes e as crianças que apresentam afecções do aparelho respiratório 
são encaminhadas ao fisioterapeuta com a finalidade de melhorar a 
capacidade funcional dos pulmões;
 Na maioria dos casos, os objetivos são de:
 Limpeza das vias aéreas (higiene brônquica);
 Reexpansão de um segmento pulmonar;
 Aperfeiçoamento do mecanismo respiratório.
Papel preventivo da Fisioterapia
Aumento das 
secreções
Obstrução de 
vias aéreas
Atelectasias
Infecção das 
secreções retidas 
no segmento 
atelectásico
Fisioterapia tem por objetivo prevenir 
que a doença pulmonar progrida além 
desse ponto
Papel preventivo da Fisioterapia
Aumento das 
secreções
Obstrução de 
vias aéreas
Atelectasias
Risco de alterações irreversíveis 
sempre que a doença evoluir além 
desse ponto
Infecção das 
secreções retidas 
no segmento 
atelectásico
Técnicas Fisioterapêuticas
 Técnicas expiratórias lentas (para depuração das vias respiratórias médias):
- Expiração lenta e prolongada (ELPr): técnica passiva de ajuda expiratória 
aplicada ao bebê, obtida por meio de uma pressão manual toracoabdominal
lenta que se inicia no final de uma expiração espontânea e contínua até o 
volume residual;
- Seu objetivo é obter um volume expiratório maior que o de uma expiração 
normal;
- É realizada uma pressão manual conjunta abdominal e torácica na metade 
final do tempo expiratório espontâneo até o volume residual.
Técnicas Fisioterapêuticas
 Técnicas expiratórias lentas (para depuração das vias respiratórias médias):
- Expiração lenta e prolongada (ELPr) 
- Indicações: à todo acúmulo de secreções bronquiais que afete o bebê com 
menos de 24 meses;
- Contraindicações: não há contraindicações absolutas.
Técnicas Fisioterapêuticas
 Técnicas expiratórias lentas (para depuração das vias respiratórias médias):
- Aumento do fluxo expiratório (AFE) - lento;
- Aumento passivo, ativo-assistido ou ativo do fluxo aéreo expiratório, com 
objetivo de mobilizar, carrear e eliminar as secreções traqueobrônquicas;
- Pode ser rápida ou lenta;
- Lenta, mobiliza secreções dos brônquios menores até as vias aéreas 
proximais;
Técnicas Fisioterapêuticas
 Técnicas expiratórias lentas (para depuração das vias respiratórias médias):
- Drenagem autógena (DA): técnica de limpeza bronquial que utiliza 
inspirações e expirações lentas controladas pelo paciente;
- Começa pelo VRE (mobilização dos brônquios médios) e evolui para o VRI 
(eliminação da secreção proximal).
Técnicas Fisioterapêuticas
 Técnicas expiratórias lentas (para depuração das vias respiratórias médias):
- Drenagem autógena (DA)
- Indicações: indicado para limpeza bronquial de indivíduos com doenças 
crônicas;
- Contraindicações: pacientes não colaborativos.
Técnicas Fisioterapêuticas
 Técnicas expiratórias lentas (para depuração das vias respiratórias médias):
- Expiração lenta total com glote aberta infralateral (ELTGOL): expiração 
lenta até o VR, com a região com acúmulo de secreções no lado plano de 
apoio, para melhor desinsuflação no pulmão infralateral.
Técnicas Fisioterapêuticas
 Técnicas expiratórias lentas (para depuração das vias respiratórias médias):
- Expiração lenta total com glote aberta infralateral (ELTGOL):
- Indicações: acúmulo de secreções bronquiais na zona média das vias 
respiratórias;
- Contraindicações: pacientes não colaborativos.
Técnicas Fisioterapêuticas
 Técnicas expiratórias forçadas (para depuração das vias respiratórias 
proximais):
Técnicas Fisioterapêuticas
 Técnicas expiratórias forçadas (para depuração das vias respiratórias 
proximais):
- Aumento do fluxo expiratório (AFE) - rápido;
- Aumento passivo, ativo-assistido ou ativo do fluxo aéreo expiratório, com 
objetivo de mobilizar, carrear e eliminar as secreções traqueobrônquicas;
- Pode ser rápida ou lenta;
- Rápida, mobiliza secreções dos brônquios médios para os de grande calibre.
Técnicas Fisioterapêuticas
 Técnicas expiratórias forçadas (para depuração das vias respiratórias 
proximais):
- Técnica de expiração forçada (TEF): expiração forçada realizada em alto e 
médio volume pulmonar, graças a uma contração enérgica dos músculos 
expiratórios;
- Nas crianças pequenas, realiza-se uma pressão manual toracoabdominal pelo 
fisioterapeuta.
Técnicas Fisioterapêuticas
 Técnicas expiratórias forçadas (para depuração das vias respiratórias 
proximais):
- Técnica de expiração forçada (TEF):
- Indicações: eliminação de secreções acumuladas em grandes troncos 
bronquiais até o ducto aerodigestivo;
- Contraindicações: pacientes não colaborativos.
Técnicas Fisioterapêuticas
 Técnicas expiratórias forçadas (para depuração das vias respiratórias 
proximais):
- Tosse (dirigida e provocada): ato reflexo que também pode ser controlado de 
forma voluntária.
Técnicas Fisioterapêuticas
 Técnicas expiratórias forçadas (para depuração das vias respiratórias 
proximais):
- Tosse (dirigida): 
- Indicações: acúmulo de secreções nas vias respiratórias proximais. Pode ser 
realizada após expirações lentas, pois as secreções terão se acumulado nas 
vias proximais;
- Contraindicações: pacientes não colaborativos.
Técnicas Fisioterapêuticas
 Técnicas expiratórias forçadas (para depuração das vias respiratórias 
proximais):
- Tosse (provocada): 
- Indicações: mesmas indicações da tosse dirigida, porém, com paciente não 
colaborativo;
- Contraindicações: afecções laríngeas e alimentação há menos de 3 horas.
Técnicas Fisioterapêuticas
 Técnicas inspiratórias lentas (para depuração das vias respiratórias 
periféricas):
- Espirometria incentivada (EI): inspirações lentas e profundas executadas 
com o fim de prevenir ou tratar a síndrome restritiva. Podem ser utilizados 
inspirômetros de incentivo; a inspiração deve ser lenta, máxima e seguida de 
uma apneia por 3 a 4 segundos.
Técnicas Fisioterapêuticas
 Técnicas inspiratórias lentas (para depuração das vias respiratórias 
periféricas):
- Espirometria incentivada (EI): 
- Indicações: situações que levam à uma redução de ventilação e 
consequentemente à atelectasia, pós-operatório de cirurgias torácicas ou 
abdominais, afecções broncopulmonares crônicas obstrutivas.
- Contraindicações: paciente não colaborativo, pacientes com dor, hiper-
reatividade brônquica.
Técnicas Fisioterapêuticas
 Técnicas inspiratórias lentas (para depuração das vias respiratórias 
periféricas):
- Exercício de débito inspiratório controlado (EDIC): manobras inspiratórias 
lentas e profundas executadas em DL situando a região que será tratada 
supralateralmente. É realizada com a ajuda dos mesmos exercícios da EI, e 
tem o objetivo de expansão regional passiva dos espaços aéreos pela 
hiperinsuflação do pulmão supralateral.
Técnicas Fisioterapêuticas
 Técnicas inspiratórias lentas (para depuração das vias respiratórias 
periféricas):
- Exercício de débito inspiratório controlado (EDIC): 
- Indicações: indicados na presença de MV reduzido;
- Contraindicações: falta de cooperação, dor devido à uma afecção pleural 
concomitante e hiper-reatividade brônquica; 
Técnicas Fisioterapêuticas
 Técnicas complementares de limpeza broncopulmonar:
 Drenagem postural (DP): consiste em aproveitar a verticalidade dos condutos 
bronquiais com objetivo de eliminar as secreções contidas, pela força da 
gravidade.
Técnicas Fisioterapêuticas
 Técnicas complementares de limpeza broncopulmonar:
 Drenagempostural (DP)
Pulmão direito
Superior
Médio
Inferior
Apical
Anterior
Posterior
Lateral
Medial Superior
Basilar lateral
Basilar posterior
Basilar medial
Basilar anterior
Técnicas Fisioterapêuticas
 Técnicas complementares de limpeza broncopulmonar:
 Drenagem postural (DP)
Pulmão 
esquerdo
Superior
Inferior
Apical posterior
Anterior
Lingular
superior
Lingular inferior
Superior
Basilar lateral
Basilar posterior
Basilar medial
Basilar anterior
Técnicas Fisioterapêuticas
 Técnicas complementares de limpeza broncopulmonar:
 Drenagem postural (DP)
Lobos superiores: 
segmentos apicais. 
A criança pode 
inclinar-se para 
frente ou para trás, 
a fim de drenar os 
segmentos 
posteriores e 
anteriores
Técnicas Fisioterapêuticas
 Técnicas complementares de limpeza broncopulmonar:
 Drenagem postural (DP)
Lobos superiores: 
segmentos 
anteriores. DD, 
com travesseiros 
debaixo dos 
joelhos
Lobo médio: ¼ de volta da 
posição dorsal, com o lado 
direito voltado para cima. O 
tórax deve formar um 
ângulo de 30º com o plano 
horizontal. 
Técnicas Fisioterapêuticas
 Técnicas complementares de limpeza broncopulmonar:
 Drenagem postural (DP)
Lobos inferiores: 
segmentos apicais. DV, 
com um travesseiro sob o 
abdome.
Lobos inferiores: 
segmentos anteriores. 
DD, tórax formando com 
o plano horizontal um 
ângulo de 45º.
Técnicas Fisioterapêuticas
 Técnicas complementares de limpeza broncopulmonar:
 Drenagem postural (DP)
Lobo inferior esquerdo: 
segmento lateral. DL, 
tórax formando um ângulo 
de 45º com o plano 
horizontal.
Lobos inferiores: 
segmentos 
posteriores. DV, tórax 
formando um ângulo 
de 45º com o plano 
horizontal. 
Técnicas Fisioterapêuticas
 Técnicas complementares de limpeza broncopulmonar:
 Drenagem postural (DP)
Lobo superior direito: 
segmento posterior. Um 
travesseiro impede a 
criança de se virar para o 
decúbito ventral.
Lobo superior esquerdo: 
segmento da língula. ¼ de 
volta do DV, estando o lado 
esquerdo voltado para cima. 
O tórax deve formar um 
ângulo de 30º com o plano 
horizontal.
Técnicas Fisioterapêuticas
 Técnicas complementares de limpeza broncopulmonar:
 Drenagem postural (DP): 
- Indicações: depuração de secreções pulmonares; 
- Contraindicações: pressão intracraniana elevada (>20 mmHg), presença de 
aneurismas, afecções traumáticas de crâneo e coluna cervical não estabilizadas, 
afecções hemorrágicas com instabilidade hemodinâmica e pós-operatório imediato 
de intervenções da coluna vertebral, hemoptise, derrame pleural, edema 
pulmonar, descompensações cardíacas e embolia pulmonar.
Técnicas Fisioterapêuticas
 Técnicas complementares de limpeza broncopulmonar:
 Tapotagem: realiza-se com as mãos em formato de concha sobre o tórax do 
paciente, em movimentos rítmicos tanto na expiração quanto na inspiração. 
Durante a tapotagem, as ondas mecânicas mudarão a característica da secreção 
pulmonar (tixotrofismo), que favorece a eliminação.
Técnicas Fisioterapêuticas
 Técnicas complementares de limpeza broncopulmonar:
 Tapotagem:
 Indicações: acúmulo de secreções em vias respiratórias periféricas;
 Contraindicações: recém-nascidos.
Técnicas Fisioterapêuticas
 Técnicas complementares de limpeza broncopulmonar:
 Ventilação com pressão positiva expiratória: é um conjunto de técnicas que 
utilizam frenos expiratórios de diversos tipos, para melhorar o tempo expiratório, 
evita colapso e recruta unidades periféricas e mobilização de secreções (vibração):
 Freno labial;
 PEP-mask;
 Flutter;
 Acapella;
 Selo d’água;
 CPAP.
Técnicas Fisioterapêuticas
 Técnicas complementares de limpeza broncopulmonar:
 Vibração e vibrocompressão: contração isométrica dos braços e antebraços do 
fisioterapeuta mantendo sua mão sobre o tórax do paciente. É realizada na 
inspiração e expiração. A vibrocompressão é a associação da vibração com 
compressão torácica, o que favorece o deslocamento da secreção pulmonar por 
aumentar o fluxo expiratório;
 Obs.: ritmo necessário para que haja tixotrofismo é de 2 à 6 Hz;
 Contraindicações: não realizar em crianças com broncoespasmo ou que tem 
tendência ao broncoespasmo (como o asmático), pois a vibração pode piorar o 
quadro. Há autores que afirmam que a vibração causa apneia no RN.
Técnicas Fisioterapêuticas
 Técnicas complementares de limpeza broncopulmonar:
 Aspiração: procedimento (deve ser) rigorosamente asséptico;
- Procedimento simples, porém invasivo;
- Introdução de sonda nas vias aéreas rápida e delicadamente;
- A sonda precisa ter o calibre certo para a criança para não traumatizar as paredes 
das vias aéreas;
- A aspiração não é brônquica!;
- A sonda deve chegar até a faringe, o que já causa o reflexo de tosse.
Técnicas Fisioterapêuticas
 Técnicas complementares de limpeza broncopulmonar:
 Aspiração:
Passos a serem seguidos:
- Preparar material  aspirador à vácuo, luva e sonda estéreis e ampola de soro fisiológico;
- Monitorar FC e SPO2;
- Ajustar pressão do vácuo em 100 mmHg;
- Aumentar em 10% a FiO2 durante o procedimento;
- Introduzir a sonda com o vácuo clampeado;
- Aspirar por no máximo 10’’ a 15’’ em cada aspiração;
- Instilar 0,5 mL de soro, caso a secreção seja muito espessa;
- Aspirar narinas e, depois, boca;
- Retornar FiO2 ao valor basal;
Técnicas Fisioterapêuticas
 Técnicas complementares de limpeza broncopulmonar:
 Aspiração: 
- Indicações: higiene traqueobrônquica e orofaríngea e desobstrução de vias aéreas 
de paciente que não consegue tossir;
Referências
 Fisioterapia Respiratória na Criança. G. Postiaux. 1ª edição;
 Fisioterapia em Pediatria e Neonatologia. F. C. Lanza, M. R. Gazzotti, A 
Palazzin. 1ª edição;
 Fisioterapia em Pediatria. R. B. Shepherd. 3ª edição.
Tarefa – Entregar dia 09/06/2016
Dentre as principais doenças respiratórias agudas que acometem as crianças 
podemos destacar a Pneumonia e a Bronquiolite. Explique detalhadamente cada 
uma das duas e quais seriam seus objetivos fisioterapêuticos em cada um dos 
casos.