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AULA 02/08/2023 Desenvolvimento motor típico: Os primeiros 100 dias são os mais importantes, determinam o que vamos adquirir de aprendizados; Compreendem desde a gestação, os primeiros 12 meses e depois os dois anos de idade; São desenvolvidas habilidades motoras, cognitivas, comportamentais; Quando a mãe come vários tipos de legumes e frutas, a criança recebe com um sabor diferente e pode ter mais facilidades quando nascer com a alimentação; Na gravidez planejada a mãe já se prepara com hábitos alimentares melhores, e isso favorece o acontecimento correto de toda a transição, do zigoto até o feto; A formação da maioria dos órgãos internos e estruturas externas do corpo é de 5 semanas gestacionais, 3 semanas após a fecundação; Com 12 semanas já é possível ver as más formações e onde podem ocorrer; A partir de 9 semanas já é considerado feto, já tem formato de bebezinho; Diferenciação das estruturas do corpo; 9 a 12 semanas: início da atividade cerebral; início da formação do corpo caloso; já pode bocejar, chupar o dedo, engolir líquido amniótico, se alongar; diferenciação das genitálias e maturação intestinal; 13 a 15 semanas: pâncreas começa a secretar hormônios, alongamento de cervical, onde é feito a transluscência nucal para ver a síndrome de down; 16 a 18 semanas: ossificação (formação de todos os ossos, antes era muita cartilagem); formação completa da adeno-hipófise, responsável pela secreção hormonal de GH, ACTH, THS, LH, FSH e Prolactina; 19 a 21 semanas: o crescimento começa a desacelerar, porque o tamanho da barriga da mãe já está pequeno para o bebê; se o bebê nascer as chances de sobreviver são pequenas; partes do corpo se tornam mais proporcionais; formação das unhas e do cabelo; 22 a 25 semanas: movimentação ocular presente, dá pra perceber quando está dormindo ou acordado; o fato reage a estímulos extra-uterinos, quando a mãe conversa e etc; formação alveolar em desenvolvimento, onde nasce os prematuros extremos, porque não está com essa formação completa; conexão entre o sistema nervoso periférico e o central estão sendo estabelecidas; a chance de ter uma lesão nesse período se nascer é grande, principalmente na parte encefálica, que é a mais fraca; 26 a 30 semanas: aumento do peso fetal; maturação dos órgãos está sendo finalizado; 31 a 38 semanas: importante fase de desenvolvimento pulmonar; os bronquíolos se transformam em alvéolos primitivos; Quanto mais ficar na barriga da 40 semana pra frente, melhor Após o nascimento: Modificações progressivas e sequenciais; nem toda criança vai ter o mesmo desenvolvimento Affordances: possibilidades de ação dadas/possibilitadas pelo ambiente de acordo com as capacidades de ação do individuo RN: corresponde ao período do nascimento até os 28 dias de vida; É um período de grande vulnerabilidade; Padrão flexor, porque bebê se limita dentro do útero, e precisa de flexionar para caber; Período de amadurecimento dos sistemas digestórios e respiratório, primeira vez que está passando ar pela via aérea, pulmão começa a trabalhar com o oxigênio, é a primeira vez que o bebê vai mamar e ter a formação do bolo fecal, conforme se desenvolve, o sistema vai se maturando, onde pode ocorrer as alergias, como a APLV. Bebês prematuros tem mais problemas na parte muscular, respiratória, atraso no desenvolvimento motor; Quando nasce o pediatra avalia o Apgar: cor, frequência cardíaca, respiração, irritabilidade reflexa e tônus muscular/ é avaliado no primeiro minuto, e são pontuados de 0 a 10 Primeiro mês de vida: Padrão flexor ainda presente, o desenvolvimento motor acontece crânio-caudal, e a medida que ela cresce acontece mais ações voluntarias; Movimentação espontânea, que é diferente de movimentação voluntária; é gerada em tronco cerebral, que é onde fica o centro gerador de padrão; Exploração visual pela movimentação dos olhos e da cabeça, já consegue mover a favor da gravidade; Avaliação através dos General Movements (GM); Reflexo de moro presente: quando leva um susto levanta os bracinhos/se o reflexo não desaparece, pode ser um problema neurológico; Segundo mês de vida: Dissociação de MMII e MMSS começa a acontecer; Tem que estar fazendo liberação de vias aéreas com facilidade em prono/ é essencial, para questões de sobrevivência; Padrão flexor ainda presente; Terceiro mês de vida: Inicia controle cervical, criança que fica muito deitada não desenvolve a musculatura que precisa para segurar a cabeça; Presença de padrões assimétricos como RTCA (reflexo tônico cervical assimétrico); Diminuição ou ausência do reflexo de moro porque já tem um controle de cervical; Quarto mês de vida: Início da aquisição de rolar de supino para prono, é mais difícil a criança voltar porque precisa de uma força maior, e com 4 meses ainda não tem; Controle cervical deve estar completo; Em prono apoia o peso sobre os cotovelos (puppy 1), já tem maior contração de cintura escapular, de prono consegue descarregar mais peso em MMSS e consegue levantar mais o tronco; Movimento mais simétricos; Quinto mês de vida: Em prono eleva o tronco da superfície, maior extensão dos MMSS; Rola de supino para prono; Movimentação de MMSS e MMSS em maior simetria; Contato mão com mão e pé com pé precisa acontecer, e é um marco de aquisição considerado primordial para contabilizar um desenvolvimento neurológico adequado Sexto mês de vida: Introdução alimentar, começa quando o bebê já tem um bom controle de tronco; Posição sentada com apoio, utilizando ajuda; Controle de cervical e estabilidade de cintura escapular; Começa a se arrastar, quando está de prono, mas ainda não consegue engatinhar; Sétimo mês de vida: Tronco já está mais dissociado; Já consegue rotações, consegue se oscilar para as laterais; Reação de proteção anterior presente, se desequilibrar vai apoiar a mão na frente Oitavo mês de vida: Descarga de peso para as laterais; Reação de proteção lateral presente; Apoio de quatro apoio, já consegue quase engatinhar, abdome e cintura pélvica já estão mais formadas; · Quando a criança começa engatinhando, a cabeça do acetábulo se molda, no caso das crianças que já andam de primeira, as chances de ter uma luxação, escoliose e outros problemas é maior. Nono mês de vida: Começa a engatinhar de forma mais eficaz; Reação de proteção posterior; Décimo mês de vida: Realiza a posição ajoelhada e brinca nessa posição, orientar os pais para elevar os brinquedos, para a criança se interessar a escalar; Permanece de pé com apoio, desenvolvimento motor já passou do tronco; Inicia marcha lateral com apoio; Reflexo de preensão plantar começa a desaparecer; Décimo primeiro mês de vida: Começa a escalar mais superfícies; Fica de pé por meio da posição semi ajoelhada; Já fica de pé sem apoio; Marcha lateral com mais agilidade; Melhora da transferência de peso, na posição de pé; Um ano de vida: Inicia troca de passos, com a base alargada e usa os MMSS para equilíbrio; Melhor equilíbrio estático e dinâmico; Ainda podem cair bastante; Principais marcos do desenvolvimento; Um ano e meio a dois anos: Diminuição da base de apoio; Melhora da coordenação do uso dos MMSS durante a marcha; Posição de cócoras; Reflexos primitivos e reações posturais: Qual a importância de testar reflexos e reações? - Ver se tem alterações neurológicas - - Reflexos primitivos: - Movimento estereotipados, gerados a partir de um estímulo - Primeira experiencia motora, serve para testar a musculatura - Muito presente nos primeiros meses - Pode ser classificado em típico ou atípico (atípico: ausente, diminuída, aumentada, persistente) - A intensidade vai diminuindo Reflexo de Moro: - Se inicia da 32° semana de gestação até os 6 meses de vida - Extensão abrupta dos membros, e vai voltar pro padrão flexor - Como testar: simulação de queda de cabeça - Persistência do reflexo também implica do controle de cervical e tronco Reflexo de Galant: -RN até 2 meses - Quando estimula o bebê de prono nas laterais do corpo, com um dedo ou um pincel - Inclinação lateral do tronco do mesmo lado do estímulo - Persistência dessereflexo pode interferir no alinhamento de tronco e na transferência de peso Reflexo tônico cervical assimétrico: - 2 a 4 meses -Um dos mais importantes - Se ele permanece é prejudicial ao desenvolvimento do bebê, tem que sumir pelo 4° de vida - Extensão de MMSS do mesmo lado, flexão do MMSS do lado contrário - Testamos rodando a cabeça da criança, e ela tem que estender pro mesmo lado - Persistência pode prejudicar o alinhamento do tronco, controle de tronco, alcance da linha média Reflexo positivo de suporte: - RN a 2 meses - Coloca o bebê de pé, aumenta o tônus de postural de MMII quando há apoio do pé na base - Persistência gera prejuízo no ortostatismo Marcha automática/reflexa: - RN a 2 meses - Troca de passos automático, levanta a criança e inclina o tronco do bebê pra frente - A persistência gera prejuízo do ortostatismo e marcha Reflexo de colocação: - RN a 2 meses - Coloca o bebê de pé, “esbarramos” a parte de cima do pé do bebê em alguma superfície, para ela levantar a perna, fazer flexão de MMSS Reflexo do engatinhar: - RN a 4 meses - Impulso para frente, se arrasta, damos um apoio na sola do pé - Persistência gera prejuízo no engatinhar, tomada de peso, ortostatismo Preensão Palmar: - 26° semana de gravidez a 4 meses - Qualquer pressão na palma da mão, o bebê vai fechar a mão - Persistência gera prejuízo na transferência de prono, preensão voluntária Preensão plantar: - RN a 10 meses - Pressão na planta do pé no terço superior, e ele vai fletir os dedos - Persistência gera prejuízo no ortostatismo, alternância de peso e marcha Reações posturais: - Reações de retificação/endireitamento - Reações de equilíbrio - Reações de proteção Reação labiríntica de retificação: - 2 a 6 meses - Faz uma inclinação cervical e a cabeça vai virar para o lado contralateral para a cabeça ficar alinhada horizontalmente no olhar - Ausência gera prejuízo nos ajustes corporais e dificuldades nas trocas posturais Reação de landau: - 3 a 4 meses, e se completa aos 12 meses - Extensão do corpo do bebe na posição horizontal, quanto mais idade se espera maior extensão - Ausência gera prejuízo na percepção espacial, movimento antigravitacionais Reação cervical de retificação: - RN a 5 meses - Se espera que o corpo acompanhe a cervical ao fazer a rotação, em movimento de bloco - Ausência gera prejuízo nas trocas posturais Reação de equilíbrio: - 6 meses - Coloca o bebê sentado, e ele fica se mexendo, reação contralateral a estabilização - Ausência gera prejuízo no controle de tronco e reações de proteção Reação de proteção: - A partir dos 6 meses, até a vida adulta - Apoio dos braços para proteção da queda, testamos mudando a posição do centro de gravidade do bebê, de forma mais abrupta - Ausência gera prejuízo na proteção contra quedas Reação de paraquedas: - Segura o bebê de forma ventral, faz uma simulação de queda e ela apoia os braços na superfície, para se proteger - Pode ser testada junto com o landau Tipos de avaliação: Qualitativa: anamnese e avaliação clínica Quantitativa: o que conseguimos mensurar, avaliação do desenvolvimento motor etc. Avaliações neurológicas: vimos se o sistema motor está intrigo ou não, avaliamos com: - General Movements Assessement (GMA): os movimentos gerais fazem parte do repertório do bebe desde o início do período fetal até o primeiro ano de vida, envolve todo o corpo do bebe, é realizado de forma variável quanto a sequência, velocidade e intensidade, início e fim graduais, não são graduais, e também envolvem movimentos de rotação de forma fluente e elegante/ é indicado usar em bebes que tem fator de risco pro desenvolvimento, gestação de risco, traumas no período perinatal e traumas no período pós natal/ é feito um curso pago a parte, mas é feito filmagens de 3 a 5 minutos das crianças, com o bebe com o mínimo de roupa possível, fazendo movimentações espontânea, sem interferências externas, bebe calmo e de preferência acordado, avaliamos de acordo com o vídeo, e não o que vimos pessoalmente. OBSERVAMOS: sempre corrigir a idade gestacional até 40 - Exame neurológico infantil de Hammersmmith (HINE): bebes de 3 aos 18 meses, é um exame autoexplicativo, é utilizado para identificar o comprometimento do sistema nervoso e iniciar um intervenção precoce/ é indicado usar em bebes que tem fator de risco pro desenvolvimento, gestação de risco, traumas no período perinatal e traumas no período pós natal/ fazer com uma criança ativa e colaborativa, não pode estar chorando, sala sem interferências externas, é necessário um martelo de reflexos, chocalho com ruido fino, material com padrão preto e branco Escala de avaliação motora de Alberta (ALBERTA): usada para avaliar o desenvolvimento motor quantitativamente, escala visível para os pais, para eles verem que a criança está atrasada, colabora para a elaboração do plano de tratamento e estabelece parâmetros de alta terapêutica/ avaliar quando tem suspeita de atraso no desenvolvimento, avaliar a evolução do paciente/ aplicar observando a criança se movimentando voluntariamente; em prono, supino, deitado e em pé; é dado um ponto para cada figura que ela fizer, e no final colocar no gráfico; não podemos induzir a criança, somente organizar o ambiente para induzir que a criança se interesse para realizar o movimento; AULA 23/08 Padrões atípicos de desenvolvimento motor: - Bebês não tem preferência (lado, posição etc.) - Não existe bebê preguiçoso - Cada criança tem seu tempo, dentro de um determinado tempo - Postura de bruços é fundamental, para todo o desenvolvimento motor Escalas de Avaliação: GMFCS: classificação de crianças com Paralisia Cerebral; se baseia nas principais formas de transferência e mobilidade; é composto por 5 níveis, sendo o nível 1 o mais baixo, com menor comprometimento motor; habilidades e limitações na função motora grossa; Nível 1: crianças q andam sem limitações (hemiplegias) Nível 2: anda com limitações, precisa de um suporte Nível 3: usa dispositivo manual de mobilidade Nível 4: pode utilizar mobilidade autorizada, não tem marcha independente Nível 5: é transportado em cadeira de rodas por outra pessoa, não consegue andar sozinha Uma vez classificada, a criança não modifica, mesmo com intervenções e evoluções, ela vai ter uma limitação GMFM: medida avaliativa da função motora grossa de crianças com paralisia cerebral; GMFM-66 e GMFM-88; mensura as habilidades da criança, se faz a função completa, em partes; demonstra a evolução da criança de forma quantitativa Dimensões: A: deitar e rolar B: sentar C: engatinhar D: em pé E: andar, correr e pular Pontuação: de zero a três pontos 0: não inicia a tarefa (mesmo estimulando, mas a criança precisa fazer sozinha) 1: inicia a tarefa, mas não completa nem 50% 2: completa parcialmente 3: conclui a tarefa AULA 30/08 M2 Particularidades do Neonato: - Do nascimento até o 28° dia de vida - Recém-nascido termo: IG entre 37 e 42 semanas - Recém-nascido prematuro/pré-termo: Ig < 37 semanas - Recém-nascido pós termo: IG > ou = 2 semanas Período neonatal é um período de grande vulnerabilidade; É feito a avaliação do APGAR (0 a 10) é avaliada no primeiro e no quinto minuto de vida, quanto menor o apgar, maior o risco do bebê ter alguma doença que comprometa o desenvolvimento; A primeira semana de vida do RN é o período onde o bebe está mais susceptível a lesões neurológicas, então nesse período as manipulações devem se restringir as principais necessidades do bebe; É o período de amadurecimento dos sistemas digestório e respiratório, por isso tem bastante cólicas, APLV, etc; As principais complicações decorrentes da manipulação excessiva do bebê é a hemorragia peri-intraventricular; HPIV é um sangramento intracraniano de proporções e consequências variadas, como sequelas neurológicas permanentes a nível motor, comportamental e intelectual; Prevenções da HPIV: - Manutenção da cervical em posição neutra; - Ventialação pulmonar gentil; - Manutenção hemodinâmica; - Utilização de surfactante nas primeiras horas de vida; - Redução da dor e estresseao RN, como baixa luminosidade e manipulação, ruídos e temperatura (temperatura ambiente, o mais próximo do útero da mãe) Sistema respiratório: O nascimento prematuro vai alterar o crescimento e o desenvolvimentos dos pulmões; O ambiente extrauterino é desprovido das propriedades mecânicas e fisiológicas ideais para que o pulmão se desenvolva corretamente (quando o bebe já tem chances de nascer prematuro, a mãe precisa tomar sulfactante); Fatores perinatais que influenciam no desenvolvimento dos pulmões; Síndrome do desconforto respiratório, diminuição da complacência pulmonar; Na 36° semana gestacional é onde os bronquíolos se transformam em alvéolos; A produção de sulfactante é a partir da 20° semana gestacional, na 34° semana ocorre o pico de produção Reflexos primitivos: Sucção; Reflexo de prensão plantar e palmar; Reflexo de Moro e marcha Sistema digestório: Primeiro contato com o alimento; Mucosa preparada para receber os componentes do leite materno: lactose, caseína e lipídeos; Essenciais para a maturação do sistema digestório; Somente aos 3 meses de idade que o intestino passa a atuar como barreira antialérgica; Aumento da incidência de alergias, como o APLV, relacionada ao uso de fórmulas industrializadas; Aos 6 meses a mucosa já esta pronta para receber novos alimentos; Aleitamento materno: contribui para o desenvolvimento dos ossos do crânio, alinhamento da ATM, sistema estomatognático; prevenção de disfunções osteomusculares faciais; fortalecimento do vínculo com a mãe.
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