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KAROANY MARTINS ROCHA ECOLOGIA GERAL

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KAROANY MARTINS ROCHA
PRÁTICAS E CONSERVAÇÃO DE ESPÉCIES
Sena Madureira
2015
KAROANY MARTINS ROCHA
PRÁTICAS E CONSERVAÇÃO DE ESPÉCIES 
Trabalho de práticas e conservação de espécies para a disciplina de Ecologia Geral, solicitado pelo prof. Me. Hudson Veras 
Sena Madureira
2015
Lista de Figuras 
Foto de víbora européia.	12
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO	5
2 OBJETIVOS:	6
3 METODOLOGIA:	7
4 DESENVOLVIMENTO	8
4.1.1METAPOPULAÇÃO	8
4.1.2 Energia de Manutenção e Liquida	9
4.1.3 Seleção de espécies “ R” e “K”	10
4.1.4 Endogamia.	11
4.2 Estudos de Casos	13
4.2.1Metapopulação	13
4.2.2 Formação de subgrupos e sistema biológico de metapopulação	15
4.2.3 Endogamia: Efeito da Endogamia sobre Características de Crescimento de Bovinos da Raça Gir no Brasil	16
4.2.4 Resultados	17
5. CONCLUSÃO	19
6 REFERÊNCIAS	20
1 INTRODUÇÃO
 Alterações de fragmentos no ambiente podem ser naturais ou antrópicas ,trazendo consigo uma serie de consequências para os seres vivos. Influenciando a formação da metapopulação que tem aumentado por conta da fragmentação de hábitat, ou seja, um hábitat que era contíguo, como por exemplo, uma grande floresta, ao sofrer desmatamento em algumas áreas, faz com que uma determinada espécie que antes vivia em uma população por toda área da floresta torne-se distribuída de forma esparsa entre estas manchas ou fragmentos de habitat.
Essas espécies se apropriam em habitat diferente, podendo ocorrer a falta de alimento para aquela espécie e consequentemente a diminuição dessa população. Mas para essa população crescer e reproduzir é necessário energia de manutenção que é fundamental para sobrevir. A energia liquida é necessária para a reprodução, ou seja, para as gerações futuras, a energia liquida é dedicada a acasalamentos, produção de prole entre outros. Ambas são essências para a população.
A seleção “r” e “k” é de características biológicas que promovem o sucesso em determinados ambientes. É uma dinâmica populacional que “r” representa o crescimento populacional e “k” a capacidade de carga no seu meio ambiente. São colonizadoras pioneiras ou tardias , a seleção “r” explora nichos ecológicos vazios, enquanto a seleção “k” explora nichos bem preenchidos.
A endogamia estar presente nas populações e subpopulações pois são cruzamentos de indivíduos aparentados, que induz a aparição de problemas genéticos com má formação. A endogamia é utilizada principalmente por criadores de animais, com o objetivo de assegurar a uniformidade racial e fixação de características em linhagens. Consequentemente ocorre alterações no processo da amostragem ou oscilação genética. 
2 OBJETIVOS: Apresentar os conceitos, características, problemas e soluções da Metapopulação, Energia de Manutenção e liquida, seleção espécies “r” e “k” e Endogamia, além de exibir estudos realizados de endogamia e metapopulação na área da zootecnia. 
3 METODOLOGIA:Para a elaboração deste trabalho foi utilizado a pesquisa bibliográfica e sites de pesquisas.
4 DESENVOLVIMENTO
4.1Conceitos, Características, Problemas e soluções/remediação de cada assunto. 
4.1.1METAPOPULAÇÃO
Metapopulação é um conjunto de populações formadas por subpopulações locais conectados pela migração de indivíduos.As populações locais geralmente vivem em manchas isoladas de recursos, e o grau de isolamento pode variar dependente da distancia entre manchas. As populações que constituem uma metapopulação estruturam-se em fragmentos, áreas de habitat que apresentam os recursos necessários e condições para uma população persistir. Assim, quando tratamos de uma metapopulação, temos a configuração de populações locais heterogeneamente distribuídas no habitat em conformidade com a distribuição de recursos. Os fragmentos são circundados por áreas de habitat inadequados que podem ser estabelecidas naturalmente como manchas de paisagens ou serem formadas a partir da degradação ambiental, chamadas assim de remanescentes, ou seja, representam a área restante de um bioma anteriormente estabelecido. Essas áreas de habitats intervenientes, chamados de matriz, influenciam diretamente no fluxo e na migração das espécies, pois atuam como uma barreira para o movimento dos indivíduos entre as subpopulações, de forma que, ocasionalmente esses indivíduos podem se mover através delas, mas não podem persistir. (RICKLEFS, 2003) 
O tamanho da porção de habitat é um fator importante atuando na persistência de populações locais. Pois quanto maior a quantidade de porções de habitats utilizados em uma metapopulação maior será o fluxo de dispersão de indivíduos culminando em grandes populações locais. Sendo assim, as metapopulações que são constituídas por pequenas subpopulações são mais propícias à extinção, ou seja, tais populações podem persistir regionalmente somente em um balanço entre extinções locais. O equilíbrio estável é gerado por um feedback positivo na dinâmica populacional, a migração oriunda de uma população de grande tamanho aumenta o tamanho de subpopulações pequenas e, portanto diminui o risco de extinção. A colonização de porções de habitat depende do tamanho e da distância entre porções de habitat próximos. A taxa de extinção é inversamente proporcional ao tamanho da porção de habitat ocupado por uma população local. Há riscos elevados de extinção em pequenos tamanhos populacionais. Dessa forma, a quantidade total de habitat ocupado na paisagem é frequentemente um bom indicativo da persistência da metapopulação em longo prazo.
A fragmentação de habitat é o processo no qual um habitat contínuo é dividido em manchas, ou fragmentos, mais ou menos isolados. Tais habitats são afetados por problemas direto e indiretamente relacionados à fragmentação, tal como o efeito da distância entre os fragmentos; o grau de isolamento; o tamanho e a forma do fragmento; o tipo de matriz circundante e o efeito de borda, os quais implicam na restrição da distribuição de certas espécies na área fragmentada. Essa restrição pode acarretar consequências metapopulacionais importantes, dificultando, ou mesmo impedindo, os movimentos migratórios entre as subpopulações.
 Assim, quando as subpopulações locais ficam isoladas e a distâncias entre os fragmentos é grande, o movimento entre as manchas de habitat mais ou menos favoráveis pode tornar-se impossível, e assim, com o tempo as taxas de migração e dispersão se tornam menores e as populações sofrem problemas de troca gênica e declínio populacional (BRASIL, 2003).
Dessa forma, fragmentos que já tenham sofrido a extinção local de alguma espécie podem ser recolonizados pela mesma, aumentando as chances de persistência na área como um todo.
4.1.2 Energia de Manutenção e Liquida 
Os organismos individuais e as suas populações podem crescer ou se reproduzir somente se conseguir adquirir mais energia do que a necessária para a sua manutenção. A energia de manutenção consiste na taxa basal, ou de repouso, do metabolismo ( a qual pode ser medida no laboratório, variando com o tamanho e o tipo de organismo e com a temperatura) mais um múltiplo dela para cobrir a atividade mínima necessária para a sobrevivência, sobre condições de campo. Esta energia deve ser estimada para observações de tempo e energia no campo, pois ela varia grandemente, em decorrência de uma espécie ser sedentária ou ativa.
 A energia adicional ou líquida, necessária para a reprodução e, portanto, para a sobrevivência de gerações futuras, implica energia dedicada a estruturas reprodutivas, atividades de acasalamento, produção de prole (sementes, ovos, filhotes), cuidados dos pais etc. Quando a competição e a produçãotem baixo impacto, uma grande parte do fluxo de energia pode ir para reprodução e a produção de desentendes.
4.1.3 Seleção de espécies “ R” e “K” 
Seleção R estrategistas são espécies de pequena dimensão, de ciclo biológico curto, com grande velocidade de multiplicação e, por conseguinte, um taxa de renovação rápida.
Em termos gerais, as espécies com estratégia demográfica de tipo seleção “r” exploram nichos ecológicos vazios, e produzem um elevado número de descendentes a cada ciclo reprodutivo, ainda que cada um tenha poucas hipóteses individuais de sobreviver até à idade adulta. Podem apresentar picos populacionais. Além disso, as espécies R apresentam nos seus processos seletivos, um rápido desenvolvimento, máximo crescimento, reprodução inicial, corpo pequeno, semelparidade: única reprodução.O ciclo de vida é curto menos que um ano. Seu habitat é em florestas sujeito a mudança brusca instáveis de teio alimentar simples.
Seleção K estrategistas espécies de ciclo longo com uma fraca taxa de renovação. Por conseguinte, os indivíduos de uma população K estrategista tendem a preparar a prole para a competição por alimento, e a apresentar um tempo de vida mais longo em comparação a indivíduos de espécies r estrategistas. As espécies com estratégia demográfica de tipo selecção “K” são tipicamente competidoras com outras espécies, em nichos já bem preenchidos, investindo mais numa descendência menos prolífica, com cada descendente tendo uma maior probabilidade de sobreviver até à idade adulta.Apresenta em seus processos seletivos, um desenvolvimento lento, grande habilidade competitiva, baixa alocação de recursos, tamanho do corpo grande, iteroparidade: reproduções repetitivas. O ciclo de vida é longo mais que um ano. Seu habitat é em florestas estáveis e previsíveis, com teia alimentar complexa. 
4.1.4 Endogamia.
A endogamia é um sistema de acasalamento em que os indivíduos mais aparentados entre si que a média da população é utilizada como pais da próxima geração. Tem como principal efeito genético o aumento da homozigose e o aparecimento de genes recessivos que, geralmente, provocam alguma alteração na média do mérito individual.
A medida do aumento da homozigose é dada pelo coeficiente de endogamia, que se torna expressivo quando há especificação de algum ponto no passado, em que os ancestrais não são mais procurados, de modo que todos os genes presentes na população passam a ser não-idênticos por descendência. Esse ponto representa a população-base e, por definição, tem coeficiente de endogamia igual a zero (Falconer, 1987).
O coeficiente de endogamia depende do tamanho efetivo da população e, quanto menor for o tamanho da população, em gerações anteriores, maior será o número de ancestrais comuns e maior será o coeficiente de endogamia.
O cruzamento entre indivíduos aparentados induz o aparecimento da depressão endogâmica que pode diminuir a habilidade de sobrevivência e reprodução. Por exemplo, uma população de 40 víboras européias (Viperaberus, indicada à direita) sofreu uma depressão endogâmica quando atividades agrícolas na Suécia as isolaram de outras populações de víboras.¹ Na população isolada, nasceu uma maior proporção de descendentes natimortos e deformados do que nas populações maiores. Quando pesquisadores introduziram víboras de outras populações – um exemplo de exogamia – a população isolada se recuperou e produziu uma proporção maior de descendentes viáveis.A explicação para a depressão endogâmica está na história evolutiva da população. Através do tempo, a seleção natural extirpou alelos deletérios de uma população – quando os alelos deletérios dominantes são expressos, eles diminuem a eficácia do portador, então na próxima geração haverá menos cópias. Mas alelos deletérios recessivos são “escondidos” da seleção natural pelos seus deletérios dominantes. Um indivíduo carregando um único alelo deletério recessivo será saudável e pode facilmente passar o alelo deletério para a próxima geração.
Quando a população é maior, isso geralmente não é um problema - a população pode carregar muitos alelos deletérios recessivos, mas eles são raramente expressos. Entretanto, quando a população se torna pequena, parentes próximos acabam se acasalando uns com os outros, e esses parentes provavelmente carregam o mesmo alelo deletério recessivo. Quando parentes acasalam, a descendência pode herdar duas cópias do mesmo alelo deletério recessivo e sofrer as consequências de que o alelo deletério se expresse como mostrado no exemplo abaixo. No caso das víboras europeias suecas, significou descendentes natimortos e deformidades. ( WUSTER, 1996) (FIGURA 1).
Foto de víbora européia.
Para as víboras europeias suecas, a solução para a depressão endogâmica foi simples – introduzir víboras europeias de outras populações. Mas se os wombats de nariz peludo sofrerem de depressão endogâmica, não há outra população que possa salvá-los. Entender a história evolutiva de uma população e sua probabilidade de carregar alelos deletérios recessivos sugere que em nossos esforços de conservação deveríamos impedir que as populações caíssem a um nível muito baixo.
4.2 Estudos de Casos
4.2.1Metapopulação: Estudo comparativo de duas populações de capivaras (Hydrochoerushydrochaeris) no município de Pirassununga, SP e no CPTA/Ibama. 
O estudo da dinâmica populacional de uma espécie permite conhecer o seucomportamento em termos populacionais durante certo período de tempo. Através dessas informações é possível saber se uma população está se extinguindo, aumentando de tamanho ou em equilíbrio.
Conhecer a dinâmica populacional de capivaras (Hydrochaerishydrochaeris) mostra-se como uma boa ferramenta para aumentar o embasamento científico sobre a espécie e assim, traçar as técnicas de manejo de fauna pertinentes. Entenda-se por manejo de fauna toda e qualquer intervenção realizada no ecossistema ocupado por uma espécie silvestre ou mesmo na própria espécie, seja para a promoção de seu controle populacional, usufruto de parcela de maneira sustentável ou ainda para fins de conservação.
Devido ao seu potencial produtivo e reprodutivo a capivara se apresenta como uma espécie praga em algumas regiões do Estado de São Paulo, onde habita regiões urbanizadas. Desse modo, a necessidade de manejo visando o controle populacional de capivaras em algumas regiões do Estado de São Paulo é de caráter urgente, pois os recursos ambientais pertinentes à sobrevivência da espécie são abundantes, tornando o seu crescimento populacional incompatível à atividade humana.
O monitoramento populacional foi realizado durante 25 meses no Campus da USP/Pirassununga (outubro de 2002 a novembro de 2004) e a população do CEPTA/IBAMA foi monitorada durante 21 meses (fevereiro de 2003 a novembro de 2004).
A metodologia de monitoramento consistiu na contagem direta do número de indivíduos durante o período crepuscular, sendo a principal fonte de informação para determinar a dinâmica populacional. Durante as contagens os animais foram classificados, visualmente, quanto à classe etária (filhotes, jovens ou adultos), em função do seu tamanho corporal. 
 No Campus da USP/Pirassununga foram realizadas duascapturas com intervalo de cinco meses (outubro de 2003 e março de 2004), com a apreensão de 27 animais. Nesta população a identificação eletrônica das capivaras pelo uso de microchips permitiu conhecer quais animais foram recapturados.Apreenderam-se 15 indivíduos no CEPTA/Ibama em uma captura realizada no mês de setembro de 2003.
No Campus da USP/Pirassununga foram capturados dois filhotes na primeira captura (um macho e uma fêmea). O número de filhotes na segunda captura aumentou para quatro e a proporção entre sexos sofreu alteração (três machos e uma fêmea). O número de adultos apreendidos na segunda captura foi o dobro dos capturados na primeira, sendo que das dez fêmeas apreendidas nessa ocasião, nove haviam sido capturadas anteriormente, dentre as quais:
Cinco pertencentes à classe adulta desde a primeira captura desteestudo.
Quatro apreendidas anteriormente por Corradini (2003).
A recaptura de fêmeas adultas indica que a sua participação dentro do grupo aconteceu por no mínimo dois anos, considerando-se a primeira e a última captura. Sabe-se que seis dessas fêmeas já se encontravam na categoria de adulto desde primeira captura realizada por Corradini (2003), desse modo percebe-se que estas devem ser as principais reprodutoras do grupo, as quais contribuem para a reprodução desde então.
A estrutura populacional do agrupamento dominante da lagoa do Manancial(Campus da USP/Pirassununga) se modificou em um período de cinco meses, em que houve o aumento no número de fêmeas adultas, principalmente. Isso, provavelmente ocorreu pela maior tolerância dos indivíduos dominantes em função da abundância de alimento da estação chuvosa, ou mesmo devido ao ganho de peso e consequente realocação etária de algumas jovens fêmeas para a categoria de adultos.
No CEPTA/Ibama foram capturados cinco filhotes (dois machos e três fêmeas), quatro jovens, sendo apenas uma fêmea e seis adultos (um macho e cinco fêmeas).O agrupamento dominante da população do CEPTA/Ibama apresentou pouca diferença quanto ao número de indivíduos nas classes etárias.
As parcelas dominantes das duas populações apresentaram agrupamento do tipo harém, no qual há apenas um macho adulto (macho alfa), várias fêmeas adultas, além de jovens e filhotes de ambos os sexos.
4.2.2 Formação de subgrupos e sistema biológico de metapopulação.
Através da observação dos resultados entende-se que o aumento das densidades ecológicas de capivaras é um dos fatores que ocasiona a expulsão de indivíduos jovens, caracterizando um mecanismo de sobrevivência adotado pelo agrupamento principal, de maneira a garantir que os recursos disponíveis em sua área de vivência lhes sejam suficiente.
Considerando-se que as capivaras são animais territorialistas e sabendo-se que os indivíduos expulsos (satélites) permanecem nos arredores do agrupamento principal, acredita-se que os subgrupos são formados em decorrência da expulsão dos jovens.Esses grupos satélites permanecem em condições pouco favoráveis a sua sobrevivência, tornando-se vulneráveis às alterações ambientais, as quais podem implicar em escassez de alimento, falta de abrigo e presença de predadores.
A formação de pequenos agrupamentos marginalizados, devido à provável emigração de jovens e formações de subgrupos, pode caracterizar um sistema biológico de metapopulação. De acordo com Richard e Primack (2001), modelos de metapopulação estão relacionados com a presença de uma população central e outras populações temporárias ou flutuantes dependentes de migração. Essas populações flutuantes estariam, segundo esses autores, mais propensas à extinção local, em virtude das piores condições ambientais.
No entanto, para se confirmar a existência deste tipo de modelo populacional em capivaras, é preciso um estudo aprofundado sobre as premissas necessárias para a caracterização de metapopulação, no qual deverá ser abordada a metapopulação como um todo. Para tanto, um monitoramento de populações em um período de tempo maior se faz necessário com o intuito de distinguir variações anuais normais de tendências em longo prazo (RICHARD; PRIMACK, 2001).
4.2.3 Endogamia: Efeito da Endogamia sobre Características de Crescimento de Bovinos da Raça Gir no Brasil.
Apesar de seus riscos, a endogamia tem sido bastante usada para criadores de animais, principalmente, entre criadores de gados bovinos, com objetivo de assegurar uniformidade racial e fixação de certas características em linhagens cujos produtos têm maior aceitações comerciais.
 Entretanto, a endogamia acima de certos níveis tem sido registrada como deterioradora do rebanho, do vigor e do crescimento dos animais, ocasionando, ainda, diminuição no desempenho reprodutivo, a endogamia não apenas reduz a média em características que apresentam heterose, mas também os animais endogâmicos parecem ser mais sensíveis às influências ambientais.
A endogamia vem sendo estudada nos trabalhos pertinentes a gado de corte, utilizando-se, basicamente, dois delineamentos experimentais: (1)o uso de técnicas de regressão nas quais o coeficiente de endogamia (F) do indivíduo e/ou de sua mãe é modeladocomo covariável em modelos que incluem outros efeitos genéticos e de ambiente e (2) a comparação do desempenho de linhagens endogâmicas com outra não-endogâmica. Uma variação destas duas técnicas é a modelagem da endogamia como um efeito fixo, usando-se a endogamia distribuída em classes discretas.
As informações para o estudo do efeito da endogamia sobre as características de crescimento pesam a desmama, padronizado aos 205 dias (PD), e peso ao ano, padronizado aos 365 dias (PA), foram avaliados a partir de dados do Controle de Desenvolvimento Ponderal da Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ). Arquivos individuais para o estudo de cada uma das características foram obtidos a partir do arquivo geral da ABCZ contendo informações provenientes de pesagens de 147.325 animais da raça Gir, pertencentes a 12 rebanhos, distribuídos no período de 1970 a 1995.
4.2.4 Resultados 
No arquivo geral de dados contendo 103.381animais, os coeficientes médios de endogamia, para vacas, touros e bezerros foram 1,04; 0,96; e 1,66%,respectivamente, que podem ser considerados debaixa magnitude. Os percentuais de animais com Fmaior que 0 foram 11,65; 9,23; e 19,84%, sendo osvalores médios de F dos indivíduos endogâmicos iguais a 8,97; 10,41; e 8,38%, respectivamente, paraas categorias vacas, touros e bezerros.. Verifica-se que, entreos animais endogâmicos, os valores de F forammaiores para os touros, sugerindo que os criadoresutilizam reprodutores provenientes de um 'pool' gênicocomum, fazendo com que aumente o parentesco dosindivíduos da população. Observa-se, também, que aporcentagem de animais com algum grau deendogamia é maior para os bezerros, embora a médiade F para esta categoria seja menor que para touros.
O efeito da endogamia é decorrente do aumento da homozigosidade dos genes, o que provoca aumento na frequência de genótipos contendo genes recessivos, normalmente encobertos pelos alelos dominantes. Se estes alelos recessivos determinam disfunções e má formação nos animais, além de deprimir o desempenho nas características de importância econômica, deverá ser evitada. A endogamia constitui-se em um problema mais preocupante para os criadores de elite e, também, para criadores de raças locais ou pouco dispersas, devido à manutenção de rebanhos fechados. De maneira geral, o criador, por conhecer o efeito depressivo da consanguinidade, não a pratica de forma deliberada e, quando o faz, procura fazê-lo em níveis e taxas bem suaves.
 Entretanto, a tecnologia atual de inseminação artificial e transferência de embriões permite a utilização intensiva de animais com os melhores valores genéticos e, por sua vez, propicia o aumento do parentesco dos animais dentro
de uma mesma raça, o que, a longo prazo, levará ao aumento da endogamia.
A porcentagem de animais endogâmicos e as estimativas das médias de endogamia, nos rebanhos de corte da raça Gir no Brasil, foram de pequena magnitude. A endogamia influiu nas características estudadas e os resultados mostraram depressão endogâmica nas características PD e PA.
Recomenda-se evitar os acasalamentos endogâmicos intencionais e monitorar os acasalamentos, com base no parentesco entre os indivíduos, visando manter baixas as taxas de endogamia.
5. CONCLUSÃO
Sendo assim, as alterações naturais ou antrópicas influenciam na conservação de espécies de um ambiente ou ecossistemas, podendo ocorrer a extinção de espécies, a redução do tamanho das populações que é derivado ao surgimento de indivíduos aparentados dando a má formação genética, escassez de alimentos e mortalidade. 
Porem há praticas que diminua essas alterações nas espécies, dando auxilio na manutenção de seu habitat natural, conservação deáreas florestais, evitar cruzamentos entre indivíduos aparentados para que não haja redução dessa população, energia de manutenção e liquida para os organismos e populações crescer e reproduzir-se, diminuindo assim a extinção de espécies no ecossistema.
6 REFERÊNCIAS 
Metapopulção. Disponível em: <http://www.portaldaeducação.com.br/biologia/artigos/25307/metapopulacoes>. Acesso em: 30 de nov.2015
Efeito da Endogamia sobre Características de Crescimento de Bovinos da Raça Girno Brasil. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/rbz/v29n4/5613.pdf>. Acesso em: 30 de nov.2015.
Depressão endogâmica. Disponível em: <http://www.ib.usp.br/evosite/relevance/IIIA1Inbreeding.shtml>. Acesso em: 30 de nov.2015.
Seleção r e k. Disponível em: <https://obiomassa.wordpress.com/2007/10/08/selecao-r-e-k/>. Acesso em: 30 de nov.2015
Espécies r e k.Disponível em: <https://obiomassa.wordpress.com/2007/10/08/selecao-r-e-k/>. Acesso em: 30 
de nov.2015
Estudo da Metapopulçao em capivaras. Disponível em: <http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/74/74131/tde-07112005-100157/pt-br.php>. Acesso em: 30 de nov.2015
EUGENE PLEASANTS, odum/Ecologia: repartição e otimização da energia/seleção r e seleção k. Rio de Janeiro, ed.Guanabara Koogan, 2013.p. 251.

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