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Petições PEREIRA, Vantuil

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Texto 10: PEREIRA, Vantuil. “Petições: liberdades civis e política de consolidação dos direitos de cidadão no Brasil”
Discutir os direitos do cidadão por meio do direito de petição.
Possibilidade de mediação e um instrumento resolutivo para suas demandas
Imperador vs. Câmera dos Deputados: disputa em torno de concepções de poder.
Desde 1823 propunha a limitação do poder do Imperador.
Constituição Outorgada (1824): garantia o direito de petição, queixa e representação dos cidadãos.
Deputados objetivavam ter direito à voz ativa nas negociações.
Petições e queixas: a construção dos direitos do cidadão
No mesmo instante que ocorria a crise política, os cidadãos acorriam ao Parlamento para apresentar reivindicações variadas que alcançavam os deputados.
“Sociedade civil” busca maneiras de reivindicar a autonomia e a liberdade/participar da vida política do Estado/ pressionava-se
O direito de petição construía em um imbricamento entre código (Constituição e Leis Ordinárias) e o cotidiano.
Contradições: combinava valores do Antigo Regime e novos significados políticos.
Possibilitou o amadurecimento e o desabrochar da “sociedade civil” > movimentos “populares”
Marca do liberalismo político e com o ideário de liberdade
O mecanismo peticionário no Primeiro Reinado
Todo cidadão poderia apresentar, “por escrito, ao Poder Legislativo e ao Executivo, reclamações, queixas ou petições”.
Herança portuguesa
Mecanismo que possibilitassem salvaguardar em relação aos abusos das autoridades
O cidadão manifestava-se de forma a obrigar os legisladores a tomarem decisões a favor ou contra demandas populares > participação social
Um novo alcance significativo no que tange aos seus direitos
Petição e crise possuíram aspectos indissociáveis no Brasil
Os anos com maior número de petições na Câmara dos Deputados são aqueles períodos-chaves para a vida política. (Assembleia Constituinte e depois da Constituição outorgada)
As petições limitaram-se quase que exclusivamente aos problemas individuais (queixas e reclamações) num primeiro momento.
Ao “Soberano Congresso”
Os cidadãos viam o Poder Legislativo como um órgão especial.
Acudir à Câmara dos Deputados passou a significar a possibilidade de reposta para os males da política e da sociedade. A câmara foi capaz de se apresentar como uma instituição blindada e preparada para dar conta das demandas políticas que afligiam a vida cotidiana.
A câmara dos Deputados soube chamar para si o desejo de centralidade no jogo político
Fortalecimento da instituição política
As novas noções de direito: os direitos do Cidadão
Se os requerentes viam o Parlamento com uma das possibilidades de recurso e de refúgio para suas demandas, isto se deveu às transformações ocasionadas a partir da Revolução do Porto e à extrapolação da propaganda sobre a autonomia e sobre a liberdade desenvolvida pela recém-criada imprensa e pelos tribunos, que não se cansavam de propagar essas novas ideias.
Disseminação de ideias revolucionaria como direitos dos homens, igualdade e, principalmente, liberdade. 
Operava-se uma tomada de consciência por parte dos grupos excluídos da sociedade política (escravos, homens livres pobres e outros grupos).
Exigir uma explicação das autoridades e soluções rápidas.
Ter direito era garantir o acesso ao Parlamento através dos mecanismos legais estabelecidos pela Constituição.
Petições e estratégias políticas
Podemos enxergar no recebimento das petições e queixas dos cidadãos uma forma de a Câmara dos Deputados se tornar um órgão central no que se referia a soberania.
No interior do Parlamento havia uma linha de pensamento que defendia o princípio de que a Assembleia tinha plenos poderes para interferir em todos os assuntos
O acesso ao Judiciário tornava a Lei desigual, uma vez que para se requerer as instancias superiores era preciso meios financeiros. 
Garantiram ao Parlamento a fama de ser uma instituição que se não resolvia os problemas dos cidadãos, ao menos lhe dariam um destino melhor do que até então alcançado.
Fortalecimento do Legislativo do ponto de vista hegemônico (vários setores da sociedade apostavam na sua credibilidade)
Nova legitimidade do Legislativo frente a centralidade imperial.

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