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Aula 4 PJ

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A lógica do Direito
Diferença entre a lógica do Direito e 
a lógica das ciências naturais?
consiste no método, no procedimento da 
busca da solução
ciências naturais - método da demonstração - conclusão certa, independente de interlocutor (verdade objetiva)
ciências humanas (Direito) – método da verossimilhança – conclusão razoável, depende da argumentação do interlocutor (verdade subjetiva)
A lógica do Direito
Juízos Apodíticos: são compostos de proposições universais e necessárias, sejam elas positivas ou negativas. Ex.:
“Todos os homens são racionais” ou “Nenhum quadrado tem três lados”.
Juízos Hipotéticos: são constituídos de proposições universais ou particulares possíveis ou condicionados. Ex.:
“Se a educação for boa, os homens serão virtuosos”.
Juízos Disjuntivos: são aqueles que comportam proposições universais ou particulares, seja negativa ou positiva, mas como uma alternativa que depende dos fatos. Ex.:
“Ou choverá amanhã, ou não choverá”.
Silogismo
Argumento usado na dialética que decorre da lógica-formal, tornando mais confortável o convencimento pelo uso dos argumentos e não da demonstração.
Silogismo é o nome que se dá a um argumento composto de duas premissas e uma conclusão. O exemplo mais famoso é o célebre argumento da mortalidade de Sócrates:
Todo homem é mortal;
Sócrates é homem;
Logo, Sócrates é mortal.
O raciocínio jurídico, que é dialético, costuma imitar essa “arrumação” de ideias, apresentando argumentos compostos de premissas e conclusão. 
Quem age em legítima defesa não comete crime;
Sócrates agiu em legítima defesa;
Logo, Sócrates não cometeu crime.
Silogismo
Silogismos Dialéticos são juízos constituídos por juízos hipotéticos e/ou disjuntivos, pois referem-se apenas a opiniões, aquilo que é verossímil ou provável, não sendo, pois, objeto da ciência, mas de persuasão. São usados na retórica, porque visam convencer e não demonstrar uma verdade. 
Silogismos Científicos são constituídos de juízos apodíticos, pois a ciência visa demonstrar além da verdade, a universalidade e a necessidade de seus argumentos. 
TIPOS DE ARGUMENTAÇÃO
1) Argumento de autoridade 
o auditório é levado a aceitar a validade da tese ou conclusão defendida a respeito de certos dados, pela credibilidade atribuída à palavra de alguém publicamente considerado autoridade na área. 
As citações de doutrina são os exemplos mais claros do argumento de autoridade, que tem duplo efeito: primeiro, de fazer presumir-se certa a conclusão, porque emanada de alguém de notório conhecimento; segundo, de revelar que a conclusão é isenta de parcialidade.
2) Argumento por evidência
busca-se levar o auditório a admitir a tese ou conclusão, justificando-a por meio de evidências de que ela se aplica aos dados considerados.
3) Argumento por comparação (analogia)
o argumentador pretende levar o auditório a aderir à tese ou conclusão com base em fatores de semelhança ou analogia evidenciados pelos dados apresentados.
As citações de jurisprudência são os exemplos mais claros do argumento por analogia.
TIPOS DE ARGUMENTAÇÃO
4) Argumento de prova 
versa sobre os elementos de fato, buscando realçar algum aspecto da prova já colhida no processo. Pode referir-se à prova testemunhal, à prova técnica ou à prova documental.
5) Argumento contrario sensu
se relaciona com o artigo 5º, II, da Constituição: “ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa, senão em virtude de lei”.
6) Argumento a fortiori (com maior razão). 
É o argumento que deriva do brocardo “quem pode o mais, pode o menos”. Seu objetivo é elastecer a aplicação da lei, para que albergue situação que, nela, não é explícita.
TIPOS DE ARGUMENTAÇÃO
7) Argumento a completudine 
é o argumento que parte do pressuposto de que o ordenamento jurídico é completo, ou seja, que a lei não contém lacunas, não deve ser omissa e que o juiz não pode deixar, ainda que no silencio da lei, de apreciar e dar solução a qualquer demanda que diga respeito a lesão ou a ameaça de lesão a direito (artigo 5º, XXXV, da Constituição: “a lei não afastará da apreciação do Pode Judiciário lesão ou ameaça a direito”).
8) Argumento a coherentia 
é, segundo Perelman, aquele que “partindo da idéia de que um legislador sensato – e que se supõe perfeitamente previdente – não pode regulamentar uma mesma situação de duas maneiras incompatíveis, supõe a existência de uma regra que permite descartar uma das duas disposições que provocam a antinomia”. Fenômeno da conexão e prevenção (CPC).
9) Argumento psicológico 
é o argumento que procura investigar a vontade do legislador no momento da edição da norma.
TIPOS DE ARGUMENTAÇÃO
10) Argumento de senso comum
é o argumento que traz uma afirmação que representa consenso geral, incontestável. São raríssimos, em Direito, porque sempre há possibilidade de interpretação divergente. 
11) Argumento de fuga
é o argumento de que se vale o advogado para escapar à discussão central, onde seus argumentos não prevalecerão. Apela-se, em regra, para a subjetividade – é o argumento, por exemplo, que enaltece o caráter do acusado, lembrando tratar-se de pai de família, de pessoa responsável, de réu primário, quando há acusação de lesões corporais (ou homicídio culposo) na direção de veículo.
12) Argumento ad hominem
é direcionado contra a pessoa. Trata-se de uma falácia, isto é, de um erro de raciocínio, pois ao invés de dar sustentação à tese, o argumentante acaba por atacar a pessoa, colocando em dúvida a sua credibilidade.
A argumentação ad hominem costuma ser muito comum nos debates políticos.

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